55% poupa, em média, entre 10% a 25% nas compras na Black Friday
Embora as marcas anunciem grandes reduções de preços durante este período, a maioria dos portugueses (55%) só poupa, “em média, entre 10% a 25% nas compras feitas durante a Black Friday”, […]
Luis Batista Gonçalves
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Embora as marcas anunciem grandes reduções de preços durante este período, a maioria dos portugueses (55%) só poupa, “em média, entre 10% a 25% nas compras feitas durante a Black Friday”, refere o novo estúdio da ConsumerChoice que analisa o comportamento, as estratégias e as tendências dos consumidores nesta época do ano.
Menos de um terço (27%) aponta “uma poupança até aos 50%”, sublinha a instituição. “Na edição do ano passado, quase metade (42%) gastou entre 50 € a 100 €”, avança.
“Apenas 24% investiu entre 101 € e 300 € nas compras que fez”, apuraram ainda os autores do estudo. Algumas dessas aquisições estavam a ser planeadas há meses. “36% dos entrevistados aguarda especificamente pela Black Friday para fazer compras de maior valor, como equipamentos informáticos e eletrodomésticos, mesmo que isso signifique adiar essas aquisições por vários meses”, sublinha a ConsumerChoice.
“Os eletrodomésticos de grande dimensão são os produtos mais atrativos durante as promoções da Black Friday, de acordo com 44% dos respondentes, logo seguidos pela categoria informática (36%) e pelas televisões (26%). Os pequenos eletrodomésticos surgem em quarto lugar das preferências (20%). Por outro lado, produtos nas categorias de áudio e vídeo, vestuário, calçado e fotografia não são avaliados com interesse prioritário durante este período de promoções”, concluiu a análise.
A resposta ao dilema moral que o estudo levantou
A possibilidade de adquirir mais produtos do que habitualmente por um menor preço nas lojas e marcas favoritas é um incentivo de compra assumido por 40% dos consumidores. Um terço descobre o que pretende no Facebook, Instagram, TikTok ou X. “Para saber das melhores ofertas, 30% utiliza principalmente as redes sociais e 26% consulta os sites oficiais das marcas/lojas. Apenas 19% assume recorrer às notificações recebidas por email, SMS ou outro formato”, assegura a pesquisa.
“O estudo que levámos a cabo incluiu, ainda, um cenário hipotético que apresentou um dilema ético: comprar um produto desejado com um desconto de 80%, sabendo que a empresa violou direitos humanos e éticos para oferecer essa promoção. Os resultados revelaram que 51% se recusaria a fazê-lo enquanto 49% dos entrevistados estaria, todavia, disposto a comprar o produto”, revela ainda a instituição.