Estudos revelam expetativas de consumo natalícias dos portugueses
Praticamente metade dos portugueses (46%) está preocupado com as despesas natalícias mas, ainda assim, 48% planeia gastar mais de 200 € em presentes para oferecer a familiares e amigos, revela […]
Luis Batista Gonçalves
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Praticamente metade dos portugueses (46%) está preocupado com as despesas natalícias mas, ainda assim, 48% planeia gastar mais de 200 € em presentes para oferecer a familiares e amigos, revela o Klarna Holiday Report, um estudo elaborado pela rede global de pagamentos e assistente de compras baseada em inteligência artificial (IA) que reúne dados, tendências e expetativas dos consumidores para esta época festiva de uma amostra que conta com mais de 15.000 consumidores de 15 países, incluindo Portugal.
“O panorama económico atual é conhecido por todos e vai impactar as compras da época festiva deste ano para a maior parte dos consumidores (81%) e mais de metade (61%) admite reduzir o orçamento em produtos não essenciais, procurando itens mais baratos (69%) ou mesmo comprando menos (44%)”, informa a organização em comunicado de imprensa.
“Estamos a viver um panorama económico especial e com características particulares, pelo que é natural que se reflita nos hábitos de compra nesta época de Natal”, antecipa Alexandre Fernandes, country manager da Klarna em Portugal e Espanha.
“A pandemia, que para muitos já é um passado longínquo, teve um impacto grande na forma de consumir que perdura até hoje. O online assume uma relevância especial em diferentes fases de compra, assumindo-se como um impulsionador das vendas das marcas, até nos seus espaços físicos”, assegura o gestor.
Muitos já antecipam as aquisições. “49% dos portugueses inquiridos começa as compras de Natal em novembro para aproveitar descontos e o orçamento [para esta época] será dividido essencialmente entre presentes (43%) e comida (41%). Quase metade dos portugueses (40%) admite comprar num misto entre o online e os espaços físicos, aproveitando as vantagens de cada um”, avança o comunicado da Klarna.
“56% inclui a oferta de experiências entre as suas compras, pois também mais de metade (77%) gosta de os receber, principalmente vouchers de hotel (57%), espetáculos culturais ou concertos (50%) ou tratamentos spa (41%)”, esclarece ainda a organização.
“Chegada a altura de pagar, um em cada quatro portugueses reequaciona os produtos escolhidos no checkout online com regularidade e o cartão de débito é o meio de pagamento escolhido pela maioria (60%), que prioriza ainda os pagamentos simples (53%), seguros (69%) e sem juros (34%), embora 8% já escolhem soluções de pagamento a prestações sem juros, como a nossa”, informa ainda a Klarna.
Adultos oferecem, em média, quatro presentes
Um outro estudo, realizado pela NetSonda a pedido da Sonae Sierra, na origem da campanha publicitária “Desembrulha-te de preconceitos e muda o presente”, também revela dados (muito) curiosos. “No Natal, quase metade dos portugueses (49%) não planeia a compra de presentes com antecedência e a maioria (63%) acaba por oferecer prendas parecidas ou iguais de ano para ano”, garante a empresa, que gere centros comerciais como o NorteShopping, o Colombo, o Vasco da Gama e o AlgarveShopping.
60% dos inquiridos para o estudo, intitulado “Os portugueses e os presentes de Natal”, referem dedicar menos de um dia a esta tarefa. “Destes, 39% fazem-no em dezembro e 24% quando veem as primeiras decorações”, esclarece a insígnia.
“No que respeita ao tipo de prendas, a análise mostra que há uma diferença substancial entre o que os portugueses preveem oferecer a meninas comparativamente aos meninos e a mulheres versus homens. Enquanto livros, maquilhagem, bonecas e artigos de princesas são maioritariamente oferecidos a meninas, dá-se mais brinquedos de construção, artigos de desporto ou com super-heróis aos meninos”, apurou a pesquisa.
“Ao olhar para os adultos, há uma maior tendência para oferecer roupa e acessórios (76%) e chocolates (74%) a mulheres e garrafas de bebidas alcoólicas (76%) a homens, embora também haja tendência para [ofertar] roupa (63%)”, referem ainda as conclusões do estudo.
“À exceção do marido/companheiro e da mulher/companheira, em que há uma maior procura por inovar, 54% no caso delas e 56% no caso deles, mais de metade dos presentes oferecidos serão iguais ou parecidos aos de anos anteriores”, antecipa a empresa.
“Se partirmos do princípio de que metade da população adulta em Portugal, cerca de quatro milhões, oferece, em média, quatro presentes, falamos num total de 16 milhões de presentes, dos quais oito milhões vão ser pouco valorizados”, sublinha Joana Moura e Castro, diretora de marketing ibérica da Sonae Sierra. O estudo da NetSonda teve por base 400 entrevistas online a cidadãos entre os 18 e 55 anos residentes em território nacional.