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Heineken reforça ativações e publicidade para a Liga dos Campeões

A campanha, em colaboração com a Sport TV, Dazn e Record, abrange ativações nos dias de jogos nos estádios de Alvalade e da Luz. A criatividade é da Leo Burnett e o planeamento de meios da Dentsu Media

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Heineken reforça ativações e publicidade para a Liga dos Campeões

A campanha, em colaboração com a Sport TV, Dazn e Record, abrange ativações nos dias de jogos nos estádios de Alvalade e da Luz. A criatividade é da Leo Burnett e o planeamento de meios da Dentsu Media

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A Heineken está a reforçar a parceria com a Liga dos Campeões da UEFA em Portugal, através de uma campanha integrada que abrange ativações em estádios, campanhas digitais e colaborações com plataformas desportivas como a Sport TV, Dazn e o Record.

A campanha, que decorre até dezembro, tem a criatividade da Leo Burnett e o planeamento de meios da Dentsu Media, e vai acumular um conjunto de ações multicanal destinadas a criar momentos de consumo memoráveis durante os jogos da competição.

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No que diz respeito às iniciativas multicanal para envolver os adeptos durante os jogos, a marca destaca as experiências ao vivo nos estádios, com ativações exclusivas nos dias de jogo, nas imediações do Estádio José Alvalade e do Estádio da Luz, com oferta de prémios em colaboração com um dos embaixadores digitais da Heineken. A SamyRoad é a agência de marketing de influência da campanha.

A Sport TV terá conteúdos exclusivos com a rubrica ‘Rumo a…’, onde serão apresentadas reportagens especiais sem faltar as interações com os adeptos, num total de 14 jogos da UCL, tanto em Portugal como no estrangeiro, de modo a reforçar a ligação emocional dos fãs à marca e ao desporto.

A campanha tem também múpis estáticos e digitais em Lisboa, iniciativa que já arrancou com mensagens como “Canais fechados? Os bares estão abertos”, disponibilizando, através de um QR Code, uma lista de bares onde os consumidores podem assistir aos jogos.

Nos múpis digitais, são exibidos conteúdos dinâmicos, dando a conhecer os resultados dos jogos que estão a decorrer, além de filmes promocionais da marca.

Nesta nova edição da Liga dos Campeões, à qual a marca atribui o estatuto de “a maior plataforma de ativação global da marca no desporto”, o propósito da Heineken mantém-se alicerçado em duas frentes, de acordo com a nota de imprensa, “ser o patrocinador não desportivo mais inclusivo no futebol e tornar-se a cerveja de eleição para a prova”, através das cervejas Heineken Original e Heineken 0.0% (sem álcool).

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TIN convoca assembleia de credores para apresentar plano de recuperação

“É inimaginável conceber a comunicação social em Portugal sem a presença fundamental das nossas revistas, que cumprem o dever constitucional de informar com rigor, qualidade e pluralidade”, justifica a editora num email enviado aos trabalhadores, a que o M&P teve acesso

A Trust in News (TIN) vai convocar uma assembleia de credores para apresentar o plano de insolvência, com vista à recuperação da empresa. A informação foi transmitida aos trabalhadores na tarde de 12 de novembro, após uma reunião com os diretores das 16 publicações da editora, numa comunicação por email, a que o M&P teve acesso.

“Na sequência da reprovação do PER [Processo Especial de Revitalização], a TIN vai comunicar formalmente ao AJP [administrador judicial provisório], que nada tem a opor ao parecer de insolvência que venha a sugerir, na convicção de que a empresa continua a operar, e manifestando, desde já, a sua intenção de apresentar um plano de insolvência, requerendo-se, desde logo, a convocação de uma assembleia de credores para apresentação e fundamentação do plano de recuperação da empresa”, refere o documento.

O empresário Luís Delgado, proprietário da editora de títulos como Visão, Exame, Caras, TV Mais e Prima, ainda acredita na viabilidade da empresa, a braços com uma dívida de €32,9 milhões e uma faturação anual inferior a €8 milhões. “A TIN sempre acreditou que o caminho da sua reestruturação e viabilização seria o mais consistente e positivo para todos os credores, e para todos os nossos colaboradores”, afirma a empresa.

Apesar de prever fechar 2024 com um prejuízo de €1,4 milhões, a editora continua a laborar, apesar de continuar a perder colaboradores. Mariana Correia de Barros, que em maio foi convidada a substituir Natalina de Almeida como diretora da revista Ativa, pediu a demissão nas últimas semanas. Será substituída internamente.

“Lamentavelmente, e malogrados todos os nossos esforços no sentido de manter e estabilizar a nossa atividade, cuja reestruturação está em curso e a produzir efeitos positivos, chegamos ao momento onde somos forçados a assumir o próximo passo”, refere o email enviado aos trabalhadores, que não avança uma data para a realização da assembleia de credores.

“É inimaginável conceber a comunicação social em Portugal sem a presença fundamental das nossas revistas, que cumprem o seu dever constitucional de informar com rigor, qualidade e pluralidade. Entendemos, por isso, que uma insolvência cega e que determine a simples dissolução e liquidação da TIN irá deixar a comunicação social nacional mais pobre, e desprotegerá todos os colaboradores e credores, incluindo o próprio Estado”, refere o documento.

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Morreu Fernando Magalhães Crespo

Presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia tinha 94 anos. “É hora de agradecer a uma personalidade que teve sempre numa atitude de serviço e luta pela verdade e pela liberdade, pelo bem e pela causa da comunicação social portuguesa”, refere a empresa em comunicado

Morreu Fernando Magalhães Crespo, aos 94 anos. Presidente emérito do Grupo Renascença Multimédia desde que se reformou, em 2005, o engenheiro integrou, durante mais de 30 anos, o conselho de gerência da Rádio Renascença, primeiro como gerente e, mais tarde, como vice-presidente.

“Incansável, Magalhães Crespo envolveu-se em diferentes causas e em muitas frentes, designadamente sempre que considerava estar em perigo a liberdade e os direitos que alguns pretendiam negar à igreja. Porém, tal nunca o impediu de dialogar com todos e de construir pontes com os mais diversos setores da vida social e política”, recorda o Grupo Renascença Multimédia em comunicado de imprensa.

No aniversário dos 82 anos da Renascença, Fernando Magalhães Crespo foi homenageado internamente com a atribuição do seu nome a uma das salas do novo edifício, na Buraca, para onde o Grupo Renascença Multimédia se mudou, em maio de 2016.

“É hora de agradecer a uma personalidade que teve sempre numa atitude de serviço e luta pela verdade e pela liberdade, pelo bem e pela causa da comunicação social portuguesa, que ficará mais pobre, mas também indelevelmente marcada pela presença desta figura na nossa história”, refere Paulo Franco, presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Multimédia, em nome da empresa, citado no documento.

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Digital

Visa apoia criadores de conteúdos digitais e equipara-os a PME

A empresa de pagamentos anunciou também, na Web Summit, a continuidade e expansão da parceria com Pharrell Williams (na foto, à esq.), associando a Visa a dois projetos filantrópicos do artista

A Visa assumiu o compromisso de apoiar os criadores de conteúdos digitais, dando-lhes benefícios de pagamentos que até à data só disponibilizava a Pequenas e Médias Empresas (PME), revelou a empresa durante a sessão de abertura da Web Summit.

A empresa de pagamentos digitais pretende valorizar o impacto dos criadores de conteúdo na economia. Independentemente da sua dimensão, estes criadores de conteúdo vão conseguir pagar e receber pagamentos através das ferramentas financeiras da Visa, além de terem a oportunidade de recorrer a produtos que a Visa apenas disponibiliza às PME.

“É incrivelmente gratificante ver o mundo a reconhecer finalmente os criadores de conteúdos como a força motriz da economia digital”, afirma Jonathan Kolozsvary, diretor global de pequenas empresas da Visa, citado em comunicado de imprensa.

Este lançamento surge no âmbito de um estudo recente da Visa que indica que os influenciadores se deparam com pagamentos lentos e processos pouco eficientes, prejudicando o seu crescimento. Com este apoio, terão a hipótese de receber pagamentos em tempo real nos cartões de débito.

“Estamos entusiasmados com a ajuda que vamos dar aos criadores para que desenvolvam e façam crescer os seus negócios, seja no acesso a financiamento através de uma solução de capital circular, seja pelo facto de poderem passar a receber pagamentos em tempo real”, adianta Jonathan Kolozsvary.

A Visa também anunciou na Web Summit a continuidade e expansão da parceria com o artista norte-americano Pharrell Williams, que é embaixador da marca, desde junho de 2024. A parceria associa a Visa a dois projetos filantrópicos de Pharrell Williams, as organizações sem fins lucrativos Black Ambition e Yellow.

Esta parceria, que agora aumenta a plataforma de interação entre a Yellow, cujo objetivo é nivelar as oportunidades dos jovens através da educação, e a Visa, vai funcionar no sentido de melhorar a literacia dos jovens envolvidos no projeto ao fornecer-lhes ferramentas e recursos de inclusão financeira e digital da Visa.

Pharrell Williams anunciou a parceria, na sessão de abertura da Web Summit, ao lado do diretor de marketing da Visa, Frank Cooper III, num momento dedicado a discutir como as empresas e os indivíduos podem aproveitar o poder da economia dos criadores de conteúdo. “Esta colaboração vai permitir-nos incutir um espírito de melhoria contínuo em estudantes pertencentes a comunidades negras e hispânicas, e inspirá-los a lutar diariamente pela excelência”, disse Pharrell Williams.

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Gonçalo Borges Dias / GPM

Digital

Web Summit: ChatGPT em português e mais de 70 mil participantes

Na cimeira tecnológica, que na edição deste ano tem o número de participantes mais elevado até à data, Luís Montenegro (na foto) referiu que as empresas vão ter a “oportunidade de projetar os seus serviços numa era de IA em português”

O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou na abertura da Web Summit 2024 o lançamento de um grande modelo de linguagem português, no primeiro trimestre de 2025, que considerou “um passo crítico” para o ensino, administração pública e empresas, noticia a Renascença.

“No primeiro trimestre de 2025, vamos lançar um LLM [grande modelo de linguagem] português para inovarmos em português, preservando o nosso idioma e utilizando a nossa cultura ao serviço da inovação”, diz Luís Montenegro, citado na Renascença.

Segundo o primeiro-ministro, a ferramenta vai dar “a cada aluno um tutor educativo de inteligência artificial (IA) adaptado aos nossos currículos” e um “acesso acesso aos serviços da administração pública de forma mais simples, direta e personalizada”. Luís Montenegro referiu ainda que as empresas vão passar a ter a “oportunidade de projetar os seus serviços numa era de IA em português”.


Luís Montenegro colocou o combate à desinformação como prioritário na Web Summit, destacando também o investimento nas áreas da saúde, transição energética e educação. “Entre os desafios que enfrentamos, destaco a transição energética, oportunidades para todos no ensino, colocar a IA ao serviço dos cuidados médicos de qualidade na saúde e na comunicação combater, com todas as armas, a manipulação e a desinformação”, disse.

O primeiro-ministro indicou ainda as mais valias de Portugal para as empresas, como a “descida de impostos para as pessoas e empresas”, menos burocracia e as “políticas de estímulo para a investigação científica e inovação”, que de acordo com Luís Montenegro se traduzem “em desenvolvimento económico e empresarial”.


A cimeira de tecnologia acolhe este ano 71.528 participantes, o número mais elevado até à data, contando ainda com a presença de 3050 empresas, 1066 investidores, 953 oradores e 2005 meios de comunicação social.

A IA emerge como o setor mais representado. Entre os parceiros presentes no evento estão a IBM, Adobe, Meta, Huawei, SAP, Dell, Qualcomm, Visa, American Express, Niantic, Pitchbook, EDP e KPMG, entre outras.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Comunicação

Magda Oliveira Santos na direção geral da Luvin’ e da Public’

Desde há quatros anos na direção de operações da Luvin’, que se dedica ao agenciamento de talentos e respetiva ligação a marcas, Magda Oliveira Santos (na foto) é a responsável pelo lançamento da nova agência Public’

Magda Oliveira Santos é a nova diretora geral da recém-lançada agência de comunicação Public’, cargo que acumula com a direção geral da Luvin’, a primeira agência do grupo fundado por Tiago Froufe Costa, há 11 anos.

Desde há quatros anos na direção de operações da Luvin’, que se dedica ao agenciamento de talentos e respetiva ligação a marcas, Magda Oliveira Santos tem trabalhado a nível da definição da estratégia de negócio e otimização dos recursos. É a responsável pelo ‘rebranding’ da Luvin’ e pelo lançamento da nova agência Public’, dedicada às áreas de relações públicas, consultoria estratégica e marketing de influência. O objetivo é que as duas agências trabalhem em parceria, nas respetivas áreas de atuação.

“Tem sido um prazer poder acompanhar de perto estes últimos anos tão importantes em termos de crescimento, não só do nosso negócio como do próprio setor. Desde 2020 que o digital tem crescido exponencialmente, de ano para ano, e tem sido muito gratificante para toda a equipa acompanharmos também esta linha de crescimento na Luvin’. A Public’ chega para ‘arrumarmos a casa’ e consolidarmos um plano que vem sendo delineado, cujo principal objetivo é clarificar o mercado sobre as nossas áreas de atuação e alcançarmos rapidamente mais negócio, de uma forma mais estratégica e estruturada”, refere Magda Oliveira Santos, citada em comunicado de imprensa.

Com cerca de 20 anos de experiência em comunicação, no mercado nacional e internacional, trabalhou em estratégias de ‘rebranding’ e lançamento de marcas. Trabalhou em Angola, durante nove anos, em áreas como a banca, gás e transportes. Fez parte da campanha presidencial de São Tomé e Príncipe em 2016, tendo sido um dos primeiros países dos PALOP com uma estratégia digital forte e em direto nas redes sociais. Foi ainda ‘country manager’ de uma agência de comunicação espanhola, tendo participado na implementação de ativações de marca no mercado ibérico.

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O que acontece e não fica em Las Vegas

Em exclusivo ao M&P, Inês Reis e Gil Santos, redatora e diretor de arte da Leo Burnett, revelam as ferramentas adquiridas na mentoria criativa, que reúne em Las Vegas 125 jovens talentos internacionais, durante o programa organizado pelos London International Awards

Catarina Nunes

Para Inês Reis e Gil Santos, redatora e diretor de arte da Leo Burnett Lisboa, tudo parece mais real quando veem o sinal que marca a chegada a Las Vegas. Durante cinco dias, esta cidade icónica, mais associada aos casinos e aos espetáculos, será também o epicentro do que vem a ser uma experiência profissional transformadora, para os jovens criativos que representam Portugal no programa de mentoria dos London International Awards (LIA).

Desenvolver, inspirar e encorajar 125 jovens talentos da área criativa, de todo o mundo, é o objetivo do Creative LIAisons 2024, que lhes irá fornecer ferramentas profissionais que irão reverberar para lá do que se passa durante o programa em Las Vegas. Selecionados através do Art Directors Club of Europe (ADCE), os dois criativos da Leo Burnett são os únicos participantes nacionais. Ambos com 30 anos, Inês Reis é escolhida por ter ganho Ouro no Young Lions Portugal 2023, enquanto no caso de Gil Santos o critério é o título de All-Star (vencedor) na Portfolio Night Lisboa 2023.

De 30 de Setembro a 4 de Outubro, a semana de mentoria criativa no hotel The Encore At Wynn promete uma imersão em palestras inspiradoras, ‘workshops’ dinâmicos e a oportunidade de conhecer e partilhar experiências com alguns dos grandes ‘rockstars’ da indústria criativa global.

Mais. O programa LIAisons 2024 decorre em simultâneo com a avaliação dos trabalhos a concurso nos LIA, à qual ambos os criativos assistem e que os faz ganhar conhecimentos de apoio no desenvolvimento da criatividade. “Volto principalmente com uma nova visão sobre o que se passa numa sala de júri. Foi uma excelente oportunidade de desmistificar todo o processo e perceber, ao vivo, a importância e o peso dos detalhes que elevam ou abatem um bom trabalho”, argumenta Gil Santos.

Já Inês Reis salienta que “estar presente na sala de júri e perceber o tipo de dúvidas, opiniões e debates, que determinados detalhes podem suscitar, foi muito importante para redefinir a forma como olho para uma ideia, um ‘case’, e para a sua história”.

A importância da resiliência

Certos de que a criatividade é uma linguagem universal, como comprovam nas palestras a que assistem ao longo da semana, a experiência em Las Vegas encoraja Inês Reis e Gil Santos a questionar as normas e a explorar o potencial da criatividade.

São muitos os ‘insights’ que recolhem, desde a importância da resiliência no processo criativo, discutida por diretores criativos executivos, até à ideia de quebrar regras para inovar. A mentoria criativa, aliás, traduz-se nos momentos de partilha que acontecem ao longo da semana, liderados por diretores criativos executivos e CEO dos quatro continentes.

“Ter uma proximidade tão natural com líderes do mercado, que nos inspiram tanto diariamente e poder aprender com eles, foi umas das experiências mais gratificantes da minha carreira até agora”, Inês Reis. Entre as palestras mais marcantes, a redatora salienta a que é dedicada à estratégia criativa e ao impacto transformativo nos negócios, em que a frase “estrategas e criativos juntos podem resolver qualquer coisa” é a que mais lhe fica a ressoar.

“Isto reforça como o poder de uma campanha está na forma como contamos a sua história. Para que isso aconteça, há coisas fundamentais, como entender a marca profundamente e procurar as pequenas oportunidades, ir onde ninguém vai. E quando um cliente ou diretor criativo não aceitam uma ideia e realmente acreditamos nela, então ‘dig a little deeper'”, argumenta Inês Reis.

A matemática da generosidade criativa

Inês Reis destaca também a palestra sobre a matemática da generosidade criativa, conduzida por Susan Credle, membro do conselho da FCB e consultora criativa da IPG.

“Sublinhou a importância de partilharmos as nossas ideias e discutirmos em conjunto, e não nos agarrarmos a elas como se fossem apenas nossas. A colaboração é crucial para o crescimento. Para ela, a criatividade nunca está concluída, e é esse espírito colaborativo e aberto que faz com que o processo seja enriquecedor para todos e nos leve mais longe”, conta a redatora da Leo Burnett.

Do lado de Gil Santos, entre as apresentações mais marcantes refere a de Toan Nguyen, fundador e diretor executivo da Jung von Matt Nerd, agência alemã nas áreas criativa e de media que trabalha jogos digitais e as suas comunidades.

A mentoria inclui troca de experiências com ‘rockstars’ da publicidade

“O que nos transmitiu foi que o mundo já não é movido pela cultura tradicional, mas pelos ‘nerds’, ‘geeks’ e super fãs. São eles que movem a cultura e nós temos a oportunidade e a capacidade de os acompanhar. Os meios digitais permitiram que o nicho fosse global. O mundo mudou e temos o dever de pertencer ao presente. Há públicos para além do tradicional, há mundos maiores e com maior alcance do que os canais habituais”, refere o diretor de arte da Leo Burnett.

Outra das apresentações que destaca é a de Bianca Guimarães, sócia fundadora e diretora criativa executiva da Mischief, agência independente norte-americana que se tem destacado a nível mundial. Gil Santos considera que o trabalho de Bianca Guimarães e da Mischief parece arriscado e provocador à superfície, mas na verdade é o resultado de uma estratégia cuidadosamente desenhada.

“Um dos pontos principais da sua palestra foi sobre a importância de proteger o ‘core’ das ideias, ou seja ‘don’t make jaws without the shark’, como Bianca Guimarães referiu. Significa que não devemos deixar que algo demova a essência de uma ideia e, quando isso é inescapável, temos de ser flexíveis e honestos com o cliente e procurar outra solução. É preferível descobrir outro caminho do que não concretizar uma visão”, relata Gil Santos.

Oito horas para responder a um ‘briefing’

A semana do programa LIAisons 2024 não é só feita de passagem de conhecimento. Inclui o desafio de receber e responder a um ‘briefing’. No workshop ‘Create and Make’, os mentorandos são reunidos em grupos de 11 criativos, moderados por Tara Mckenty, diretora criativa executiva e de inovação da BMF Sydney, agência criativa dedicada aos media sociais.

Ao grupo dos jovens criativos nacionais cabe a tarefa de dar resposta à criação de uma nova empresa, personagens e produtos para a Superplastic, marca criadora de bonecos de celebridades em vinil e outros colecionáveis, com o foco em universos digitais imersivos. O objetivo é lançar a nova galáxia da marca, a Supercorp, que quer refletir uma crítica humorística ao capitalismo.

A dupla da Leo Burnett regressa de Las Vegas com a certeza de que o que faz um trabalho ser bom atravessa fronteiras

“No caso do meu grupo, tentámos responder à pergunta ‘como dar energia a uma geração Z sobre-estimulada, que quer estar em todo o lado, fazer tudo e não perder nada?’. Para isso, criámos uma empresa que rouba a energia dos próprios consumidores, para a vender novamente em formato de bebida energética”, revela Inês Reis.

Gil Santos explica que “a narrativa de cada um dos universos tem a mesma estrutura: existe uma ‘big corp’ que corrompe o mundo e todos os personagens (brinquedos) são um comentário esdrúxulo aos efeitos negativos dessa empresa. O tom é cómico, sarcástico e absurdo”. A resposta ao ‘briefing’ é, por si só, uma sessão de mentoria de oito horas, entre o processo para chegar à ideia, a projeção e a execução, até apresentarem o resultado final.

“Todos usamos o mesmo tipo de músculo criativo”

Ao longo da semana, as horas sem dormir por causa do fuso horário e o calor constante perdem, segundo Inês Reis, face à “oportunidade de conhecer esta cidade tão inusitada, com todo o seu brilho, e ao mesmo tempo tão impessoal, e o seu caos constante. E saber que, no meio de tudo isto, o que mais se destacou foi a relação genuína entre todas as pessoas envolvidas no programa”.

Para Gil Santos não há aspetos negativos a apontar. “Foi uma oportunidade de visitar os Estados Unidos pela primeira vez, de conhecer o deserto do Nevada e a cidade de Las Vegas. A somar a isto estivemos em contacto com grandes nomes da indústria, fizemos novas amizades e aprendemos. Foi uma experiência ‘win-win'”, considera.

Os criativos assistiram à avaliação dos trabalhos a concurso nos LIA

O diretor de arte da Leo Burnett destaca a importância da diversidade como uma das maiores lições que traz do programa LIAisaons 2024. “Estar entre tantos pares de sítios diferentes foi inspirador e enriquecedor, a nível pessoal e profissional. Todo o evento foi uma prova do seu valor. Ouvir tantos testemunhos, entre conversas, avaliações e apresentações, provou que o futuro está na inclusão do maior número de vozes, ‘insights’ e ‘inputs’. Tanto a sala de júri como o workshop que fizemos foram prova disso”, resume Gil Santos.

Em reflexão comum, Inês Reis e Gil Santos ressaltam a conclusão de que a maioria das questões e dilemas dos criativos são os mesmos, independentemente dos contextos, culturas e visões dos profissionais que se reuniram em Las Vegas: “como liderar?” e “como ganhar a confiança dos clientes?”, por exemplo. A dupla da Leo Burnett regressa com a certeza de que o que faz um trabalho ser bom atravessa fronteiras. “Todos usamos o mesmo tipo de músculo criativo”.

Passaporte criativo
–––

Gil Santos
Diretor de arte
30 anos
É um criativo português de Lisboa, especializado em identidades visuais, cultura visual e direção de arte. Atualmente, é na Leo Burnett Lisboa que trabalha como diretor de arte. Ao longo do percurso profissional, tem vindo a trabalhar marcas como, por exemplo, Renault, Stellantis, Heineken, Domino’s Pizza, Unilever, Genesis, Bimbo e Castello, entre outras.

Inês Reis
Redatora criativa
30 anos
Depois da licenciatura em design de produto, opta por criar conceitos e ideias num formato diferente: a escrita. Começa na Young&Rubicam, passa por outras agências nacionais, até ir aterrar na David Madrid, de onde regressa. É redatora criativa na Leo Burnett, em Lisboa. Já trabalhou marcas como Burger King, Domino’s Pizza, BMW Groupe, Heineken, VISA, Caixa Geral de Depósitos, Unilever, Bimbo e NOS.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Anúncio falso da Dior demonstra potencial de produção da IA (com vídeo)

O ‘spot’ de 50 segundos não foi autorizado pela Dior e apresenta versões de Rihanna (na foto) e Emilia Clarke geradas por IA. “Para a direção artística, explorei inspirações da Grécia antiga e do Japão”, refere David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production

Um anúncio falso da Dior, gerado por inteligência artificial (IA) e publicado no LinkedIn, está a chamar a atenção dos profissionais de marketing. O anúncio, protagonizado pela cantora norte-americana Rihanna e pela atriz britânica Emilia Clarke, não se trata de um ‘deepfake’, mas uma tentativa de uma produtora de demonstrar os limites do que é possível quando se utiliza a IA para criar publicidade, noticia a Adage.

“Comecei com a abordagem tradicional de caneta e papel, esboçando cenários básicos sob a forma de um ‘storyboard’. Visto que se tratava de uma ideia original, com poucas ou nenhumas referências, dediquei algum tempo a analisar a marca, concentrando-me no seu estilo visual, na sua missão e na narrativa que utilizam para se relacionarem com o seu público”, revela David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production, referindo-se ao anúncio da Dior.

“O meu objetivo era criar uma justaposição da elegância intemporal da arquitetura antiga com o luxo moderno e a beleza etérea das mulheres, dos seus vestidos e do próprio produto. Foi um projeto que demorou 29 dias a executar e que resultou em 13.212 imagens geradas”, acrescenta David Blagojevic, salientando que “para a direção artística, explorei inspirações da Grécia antiga e do Japão, acabando por ficar algures no meio para criar um visual e uma sensação únicos”.

O ‘spot’ de 50 segundos ‘The Ascendance’, desenvolvido pela Davinci Production, produtora sediada na Sérvia, procurou fazer o que vários anúncios falsos costumam evitar, como representar produtos e logótipos das marcas e retratar pessoas reais. “Isto faz parte de um esforço intencional para ir além da demonstração da capacidade da IA para criar imagens impressionantes, que tem sido o principal foco de atenção dos criativos”, afirma David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production, citado na Ad Age.

O anúncio da Davinci baseia-se em projetos anteriores de criativos, que utilizam marcas reais como modelos para o respetivo conteúdo gerado por IA. Durante o verão, por exemplo, uma publicação de um colorista tornou-se viral no LinkedIn, por ter criado um anúncio da Volvo, que combina o estilo de um anúncio automóvel tradicional com imagens relacionados com o fundo de apoio social e ambiental da Volvo. Tal como os seus antecessores, a Davinci criou o anúncio sem a autorização da marca.

 

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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75% da indústria publicitária quer afastar-se dos ‘cookies’, apesar do volte-face da Google

O inquérito da ID5, junto de anunciantes, editores e gestores de plataformas de tecnologia publicitária, revela que 76% dos inquiridos já adotaram uma alternativa de obtenção de dados sem ‘cookies’ e 15% planeiam adotar uma solução semelhante

75% da indústria publicitária reafirma decisão de afastamento dos ‘cookies’, apesar de a Google ter decidido manter os ‘cookies’ de terceiros, indica o relatório ‘State of Digital Identity Report 2024’, da ID5. Este fornecedor de dados para publicidade digital analisa a forma como o setor está a reagir, não só à decisão da Google de continuar com os ‘cookies’ de terceiros, como à aposta da empresa em progredir na adoção de tecnologias de obtenção de dados dos consumidores.

O relatório, que tem por base 202 entrevistas a anunciantes, editores e gestores de plataformas de tecnologia publicitária, revela que 76% dos inquiridos já adotaram uma alternativa de obtenção de dados que não inclui ‘cookies’ e outros 15% planeiam adotar uma solução semelhante. Das soluções alternativas disponíveis no mercado, as identificações universais revelam-se as mais utilizadas, com 85% dos inquiridos a afirmarem que as utilizam para resolver o problema do tráfego sem ‘cookies’.

A análise também revela que a indústria da publicidade está a virar a atenção para outros canais, como a ‘connected TV’, o áudio, os telemóveis e os videojogos. “Os últimos quatro anos deram à indústria a margem de manobra necessária para abandonar sistemas obsoletos, como os ‘cookies’ de terceiros”, enfatiza Mathieu Roche, CEO e cofundador da ID5, citado em comunicado de imprensa.

“O que descobrimos em 2024 é que o mercado está pronto para dar o salto, encerrando a fase dos ‘cookies’, e que está preparado para expandir as lições de rastreamento que aprendeu com a internet para outros canais, como a ‘connected TV’, o áudio, os dispositivos móveis e os videojogos”, acrescenta Mathieu Roche.

Quando questionados sobre qual dos canais, além da internet, precisa de mais suporte na frente da rastreabilidade de dados, 53% dos entrevistados identificam a ‘connected TV’ como a principal prioridade, seguida pelos dispositivos móveis com 26%. Na edição de 2023 do mesmo relatório, 66% dos inquiridos referiram que a ‘connected TV’ não dava aos utilizadores transparência ou controlo sobre os seus dados. Em 2024, esta percentagem aumenta para quase 80% dos inquiridos.

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Ikea recria música das Doce em campanha da Uzina (com vídeo)

“Num mundo onde tudo acontece cada vez mais depressa, e onde a informação e os estímulos nos chegam de todo o lado, queremos promover este sentimento de ‘joy of missing out’”, refere Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea

Para promover a importância de uma boa noite de sono, a Ikea está a divulgar uma campanha publicitária, que recria a letra da música ‘Amanhã de Manhã’, interpretada pelas Doce nos anos 1980. Com criatividade da Uzina e produção musical de Joaquim Albergaria e Ivo Costa, do Estúdio Barulho, a campanha está no ar até 7 de dezembro.

Ao revisitar um dos maiores hits da pop nacional, a Ikea cria uma nova canção para mandar para a cama os portugueses, entre os quais 52% sentem que dormem muitas vezes mal, segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Para contrariar esta tendência, a Ikea promove a canção ‘Até Amanhã de Manhã’, focada no prazer de dormir, descansar e desligar do mundo.

“Num mundo onde tudo acontece cada vez mais depressa, e onde a informação e os estímulos nos chegam de todo o lado, queremos promover este sentimento de ‘joy of missing out’, a capacidade de encontrar prazer, em vez de stress, em estar a perder algo. E que melhor forma de fazer isto, do que através de uma canção que não nos sai da cabeça?”, explica Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea Portugal, citada em comunicado de imprensa.

A campanha da Uzina está a ser veiculada em televisão, rádio e nas plataformas digitais, bem como nas ‘boxes’ e ‘smart TV’ dos lares em Portugal, com XAXIS Connected TV, em dispositivos móveis, tablets e desktops com XAXIS Integrated Video. “Continuamos a alimentar este grande movimento que arrancou em agosto, que visa sensibilizar os portugueses para a importância de um sono melhor. Temos desenvolvido
iniciativas, adaptadas a diferentes audiências, que nos relembram o quão importante é dormir bem”, recorda Mónica Sousa.

 

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Audiências semanais: TVI e cabo reforçam ‘share’

Na semana de 4 de novembro a 10 de novembro, o ‘reality show’ da TVI ‘Secret Story’ e o concurso da RTP1 ‘O Preço Certo’, são os programas mais vistos. O consumo global de televisão aumenta, registando um decréscimo de quatro minutos por dia face à semana anterior

O consumo global de televisão decresce de forma ligeira esta semana cerca de quatro minutos por dia face à semana anterior, sendo agora de cinco horas e trinta e dois minutos diárias, face à semana anterior.

Na equação do ‘share’ de audiência semanal, a TVI e o cabo são os canais que registam crescimento da quota de audiência, a SIC está mantém o mesmo valor da semana anterior e a RTP1 e ‘outros’ perdem ‘share’ esta semana.

Assim, a RTP1 regista uma descida do valor do seu ‘share’ e tem agora 10,2%, a SIC mantém o mesmo valor que já tinha e fica com os mesmos 13,5% de ‘share’, com a TVI a ser o único canal aberto que reforça, tendo esta semana 14,9% de quota. O cabo também reforça e atinge esta semana os 42,7% de quota de audiência, ao contrário do que se verifica com o ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos), que desce até aos 17,4% de quota semanal.

O pódio dos canais mais vistos do cabo continua sem alterações, sendo ocupado pela CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições que se seguem também não há mudanças, estão nos mesmos lugares da semana passada os canais Star Channel, Hollywood, Globo e SIC Mulher. Nas restantes posições encontramos o V+, antigo TVI Reality, o Now, e esta semana o destaque é para o regresso da Sport TV+ ao top 10 da oferta do cabo, ocupando a décima posição.

No top de programas da semana, um dos programas diários do ‘reality show’ da TVI, ‘Secret Story – Especial’, continua a liderar a tabela global. Seguem-se o concurso ‘O Preço Certo’, da RTP1, o ‘Jornal da Noite’ da SIC e a novela da TVI ‘Cacau’. A fechar o top 5 encontra-se novamente o concurso da RTP1 ‘O Preço Certo (R)’.

Em semana de jogo ‘clássico’ no campeonato, o programa desportivo da CMTV ‘Golos: Primeira Parte/Benfica X FC Porto’ lidera o ranking dos programas mais vistos da oferta cabo esta semana, seguido pelo informativo ‘Notícias CM’.

As restantes posições são dominadas pelo desporto, com a presença de ‘Golos: Segunda Parte/Sp. Braga X Sporting’, ‘Duelo Final/Lazio X FC Porto’ e ainda ‘Liga d’Ouro/Champions’, todos estes conteúdos da CMTV.

Data Insights, Havas Media Network

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