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As múltiplas faces do ‘outdoor’

O M&P foi saber as posições dos líderes das empresas protagonistas das mais recentes movimentações no OOH, em relação aos temas que afetam o setor

Catarina Nunes
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As múltiplas faces do ‘outdoor’

O M&P foi saber as posições dos líderes das empresas protagonistas das mais recentes movimentações no OOH, em relação aos temas que afetam o setor

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2024 poderá ser o ano em que o mercado de comunicação ‘out-of-home’ (OOH) passa por uma das transformações mais estruturais, com o advento da digitalização dos suportes e da publicidade programática, e os movimentos de consolidação, com a compra da Cemark pela DreamMedia e da Unimidia pela Spreading Advertising.

Em paralelo, a JC Decaux e a MOP enfrentam a providência cautelar do Automóvel Clube de Portugal (ACP), que as força a desligar alguns dos seus painéis luminosos de grandes dimensões, em Lisboa. O estudo de audiências de ‘outdoor’ e os painéis ilegais que ainda proliferam pelo país, por seu lado, são temas recorrentes.

O mercado de ‘outdoor’ é cada vez mais apetecível e disputado, com os estudos internacionais a apontá-lo como o meio com mais potencial de crescimento, capitalizado pela digitalização dos suportes e a venda em plataformas programáticas. Sem disponibilizar dados por operador, a Marktest estima que o ‘outdoor’ em Portugal, entre janeiro e junho deste ano (dados mais recentes), represente cerca de €215 milhões em compra de espaço a preço de tabela.

A Markest ressalva que “os indicadores de 2024 são ainda preliminares e assentes em dados declarativos, fornecidos pelos próprios operadores”, acrescentando que “os dados só serão consolidados no final do ano, pelo que a comparação direta com 2023 não deverá ser feita sem estas ressalvas”. Entre janeiro e junho de 2023, os investimentos em compra de espaço a preços de tabela em ‘outdoor’ totalizam €185 milhões.

Apontar o operador líder deste mercado não é tarefa fácil, tendo em conta que não existem dados independentes sobre o número de faces e/ou de equipamentos, quotas de mercado e faturação de cada operador.

O M&P recolheu a informação possível, junto dos quatro operadores que protagonizam as mais recentes movimentações no OOH. Os números reproduzidos refletem as respostas de cada um deles.

A DreamMedia apresenta-se com um maior número total de faces do que a JC Decaux, mas ambas reclamam a liderança. A MOP apresenta dados que superam ambas, nomeadamente na sequência da concessão da rede Multibanco, que soma aos transportes públicos, entre outros suportes.

Painéis desligados na JC Decaux e MOP

Um dos temas de ‘outdoor’ que ganhou mais visibilidade mediática é a providência cautelar do ACP, que obriga a JC Decaux e a MOP a desligarem determinados painéis em Lisboa.

No operador mais visado, a JC Decaux, Phillipe Infante, CEO da empresa, refere que a medida diz respeito apenas aos 99 equipamentos relativos ao Lote 2, do contrato com a Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente os de 37m2 e de 100m2. “O ACP apenas pediu que fossem desligados cinco dos maiores painéis da zona de Lisboa” e o “tribunal pediu que estes equipamentos fossem desligados provisoriamente, para ter tempo de ouvir todas as partes e posteriormente tomar a sua decisão”, salienta o diretor-geral da JC Decaux.

Phillipe Infante nota que existem equipamentos digitais de grande formato nas principais capitais mundiais, onde também são tidas em conta as mesmas regras e preocupações de segurança.

“Por este motivo, estamos convencidos de que vamos conseguir voltar a ligar os equipamentos num curto espaço de tempo”, antevê. Até lá, “as campanhas em curso continuarão a decorrer nos outros equipamentos e estamos a trabalhar para resolver esta situação com a maior brevidade possível”, revela.

O diretor-geral da JC Decaux Portugal sustenta que “existem ecrãs digitais em todo o país, e, até à data, não foram identificados quaisquer incidentes de segurança rodoviária. Todos os estudos de que temos conhecimento apontam o excesso de velocidade, o álcool e a utilização de telemóvel como causas principais dos acidentes. Não a publicidade exterior”.

Sobre os painéis luminosos da MOP abrangidos na providência cautelar, Vasco Perestrelo, CEO da MOP, salienta que “essa decisão apenas visa os chamados grandes formatos digitais de Lisboa, dos quais a MOP terá sete formatos duplos. Como ainda estamos em fase de colocação, a consequência desta ação foi só desligar um suporte, que já estava a funcionar”.

Apesar de o painel ter sido desligado, e como a MOP é visada na providência cautelar, “pensamos que o seu enquadramento é demasiado genérico, com vários argumentos indevidos, e tem de ser contestada”. Vasco Perestrelo argumenta que “o surgimento de suportes digitais de grande formato é uma realidade em todas as grandes cidades de países desenvolvidos e Lisboa apenas seguiu essa tendência. É sempre possível fazer ajustamentos. Em todo o lado, quando uma nova concessão põe estes formatos num período de tempo concentrado, é normal que existam comentários e ajustes a fazer”.

Em termos das campanhas que foram suspensas na sequência da providência cautelar, o CEO da MOP revela que “esse único suporte que tínhamos a funcionar já tinha clientes e vendas formalizadas. O impacto foi obrigar-nos a falar com esses clientes, no sentido de tentar encontrar novas soluções. Mas, obviamente, cada dia que passa com o painel desligado, representa menos receita para a MOP”.

Provedoria faz levantamento de ‘outdoors’ ilegais

Sobre os painéis ilegais que proliferam no país, Phillipe Infante não tem dúvidas que, em primeiro lugar, “representam uma enorme poluição visual”. Em segundo lugar, “anualmente, os contribuintes perdem uma significativa receita fiscal, dado que a ilegalidade impede o pagamento das taxas devidas, valores que seriam destinados ao financiamento de serviços para as comunidades”.

A isto soma ainda o impacto negativo a nível da “ética comercial para os anunciantes” e “a concorrência desleal para os operadores de publicidade exterior”, uma vez que “as marcas e anunciantes de boa-fé sofrem, ao verem as suas campanhas associadas a suportes ilegais, o que contraria os compromissos de responsabilidade social e de ética comercial de qualquer empresa”, argumenta Phillipe Infante, escusando-se a referir eventuais situações de painéis ilegais da JC Decaux.

O diretor-geral da JC Decaux revela que “a Provedoria de Justiça está a realizar um levantamento abrangente, em mais de 30 autarquias em todo o país, e prevê-se que, com base nestes dados, possa emitir recomendações e sugestões para enfrentar este problema de âmbito nacional”. Phillipe Infante diz que na JC Decaux “encorajamos, após fiscalização, a remoção de todos os painéis ilegais e isto aplica-se a todo o país, não apenas às grandes cidades”.

Phillipe Infante argumenta ainda que “as empresas que atuam de forma legal e transparente enfrentam uma concorrência desleal por parte dos operadores que exploram painéis ilegais. Estes, ao escapar aos custos legais, oferecem preços publicitários não competitivos recorrendo a este rendimento ilegal, podem ainda propor valores irreais em concursos públicos de concessão, baseados unicamente no critério financeiro”.

Do lado da MOP, Vasco Perestrelo reconhece que “já tivemos situações muito pontuais de painéis que, por temas administrativos como uma legislação alterada ou um proprietário que não pagou a licença, não tinham tudo correto num período curto de tempo, mas logo que tal é identificado é corrigido e desmontado”.

Quanto à questão dos painéis ilegais, Ricardo Bastos, CEO do grupo DreamMedia, diz que “não é nossa política responder a perguntas sobre outras empresas do setor, especialmente de concorrentes. A atuação de alguns concorrentes, com múltiplos processos judiciais e queixas, tem sido prejudicial para o setor, criando um ambiente de incerteza e desconfiança”.

Sobre a eventual exploração de painéis ilegais na empresa que lidera, Ricardo Bastos afirma que “a DreamMedia está totalmente comprometida com a legalidade, sendo o operador que, em 2024, pagou mais milhões de euros em taxas anuais, e continua a lutar contra a ilegalidade que afeta a indústria, comprometendo tanto a segurança pública quanto a reputação das marcas. A DreamMedia mantém o seu foco na inovação e na legalidade. A nossa posição no mercado tem sido fortalecida pelo nosso compromisso com a transparência e com o crescimento sustentável”.

DreamMedia x JC Decaux

Conferir quotas de mercado por operador de OOH em Portugal é difícil, na medida em que não existe uma regulação efetiva desta atividade.
“A Marktest publica mensalmente os dados de investimento publicitário dos diferentes meios, mas estes apenas incluem os operadores que são auditados por esta entidade. No caso do OOH, estão representadas a JC Decaux, MOP, Cemark, Brand Digital, Liftmedia e APSmedia, entre outras. A DreamMedia não é auditada”, justifica Phillipe Infante.

Tendo em conta o número de ativos instalados e o número de faces comercializadas (15.930 faces convencionais e mais de 1.200 ecrãs digitais, segundo o CEO da JC Decaux), e apesar de não divulgar a faturação em Portugal, Phillipe Infante considera que “a JC Decaux será naturalmente a empresa número um a nível nacional, mantendo a sua histórica liderança no mercado de OOH, com uma cobertura nacional do mobiliário urbano, transportes e grande formato. Temos assistido, recentemente, a vários operadores a autoproclamarem-se líderes do mercado OOH em Portugal, mas apenas um o pode ser de facto”.

Os números fornecidos pela DreamMedia dão outra indicação. “Com a aquisição da Cemark, terá mais de 20 mil faces a partir de 2025, o que a torna claramente líder de mercado em inventário de OOH e DOOH, e com 100% de capital português”, refere Ricardo Bastos, CEO da empresa, acrescentando que “a DreamMedia investiu fortemente e conquistou muitas novas concessões, pelo que terá um grande crescimento no investimento das agências em 2025, o que solidifica ainda mais a sua posição de liderança”.

As eternas audiências de ‘outdoor’

Outro dos temas ‘quentes’, na ordem do dia há vários anos, é o estudo de audiências de ‘outdoor’. Nomeadamente a exclusão da DreamMedia, que em entrevista ao M&P a 18 de outubro, Ricardo Bastos justificava com a oposição da JC Decaux e da MOP à entrada da empresa que lidera, no estudo da PSE.

Phillipe Infante responde agora à acusação, argumentando que “qualquer empresa pode, unilateralmente, fazer parte do estudo. Terá, no entanto, que concordar com as regras de autorregulação previstas e cumprir com um conjunto de pressupostos alinhados com os que existem em muitos JIC [Joint Industry Committees] por todo o mundo. Entre estes pressupostos, está a legalidade dos ativos instalados”.

O diretor-geral da JC Decaux salienta que o estudo em causa “audita mais de 55 mil faces de ‘outdoor’ e, do ponto de vista metodológico, é uma referência internacional em termos de qualidade e robustez, contribuindo, para a credibilidade da publicidade exterior nacional. É, obviamente, desejável que este estudo de audiências seja representativo do mercado, pelo que está aberto a todos os operadores”.

Ricardo Bastos, por seu lado, diz que “a Cemark, empresa do grupo DreamMedia, é o único operador com contrato assinado no estudo de análise de audiências. Todos os restantes operadores, incluindo a DreamMedia, continuam a fazer parte do estudo e a liquidar os custos, mas sem ter ainda o contrato assinado”.

O CEO do grupo DreamMedia explica que “isso acontece porque nenhum operador concordou integralmente com os termos dos contratos”. Em relação à análise de investimentos, “sendo convidada anualmente para integrar o estudo da Marktest, optou-se até ao momento por não entrar na análise dos dados de investimentos em ‘outdoor’, uma vez que até 2023 não era um operador de redes, mas sim de formatos unitários. Neste momento, detendo a maior cobertura de redes de múpis e digitais do país, não descartamos a possibilidade de entrar no estudo num futuro próximo”.

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TOMI regista cerca de 27 milhões de interações em Lisboa na última década

A função de ‘city marketing’, que permite aos utilizadores tirar fotos ou criar ‘GIFs’ diretamente no ecrã, é hoje uma das favoritas de lisboetas e turistas, revela a MOP

A rede Tomi Lisboa, um dos produtos de exploração publicitária da MOP, celebra dez anos de operação na cidade, tendo registado nesse período cerca de 27 milhões de interações nos módulos ‘Procurar’, ‘Notícias’, ‘Eventos’ e ‘Mobilidade’, 20 mil eventos promovidos e de dois milhões de fotos partilhadas por email.

A função de ‘city marketing’, que permite aos utilizadores tirar fotos ou criar ‘GIFs’ diretamente no ecrã, é hoje uma das favoritas de lisboetas e turistas.

“Os Tomi são muito mais do que mobiliário urbano interativo. São verdadeiros ‘concierges’ digitais. A sua capacidade de fornecer serviços e informação local é ímpar, destacando e recomendando eventos culturais, apontando os melhores estabelecimentos, sugerindo roteiros turísticos ou organizando coleções temáticas, que ajudam a explorar Lisboa de forma única. O Tomi pode também emitir alertas importantes, que ajudam a proteger e a informar a população com alertas críticos geolocalizados, programaticamente definidos pela administração local”, salienta Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado de imprensa.

Para além das funções para os utilizadores que andam nas ruas de Lisboa, o Tomi tem ao dispor das entidades locais um sistema de análise, com recurso a tecnologias de inteligência artificial, que permite recolher, monitorizar e correlacionar dados locais em tempo real, verificar padrões de utilização e de audiência.

“Esta tecnologia, criada, desenvolvida e disponibilizada na plataforma Tomi, demonstra o seu potencial como ferramenta essencial para ajudar as cidades a anteciparem e a adaptarem-se às necessidades, otimizando assim o serviço público e a experiência urbana”, acrescenta Vasco Perestrelo.

“São dez anos de inovação e compromisso na entrega de serviços e informação útil e oportuna, no momento certo. Ao longo deste tempo, os Tomi tornaram-se uma ferramenta essencial, no dia a dia de quem vive ou visita Lisboa”, refere o comunicado de imprensa da MOP.

Ao longo da última década, a rede Tomi Lisboa conquista vários prémios, como o Produto do Ano (AHRESP), o Technical Innovation Award (FEPE International), a certificação Solução Acessível (ENAT), a Melhor Solução e-Gov Smart Cities (WSCO) e o Melhor Interface e Design Interativo (Design Awards), entre outras distinções.

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Ana Galvão e José Condessa conduzem podcast da Vodafone sobre o mundo digital

No Digitalmente, Ana Galvão (na foto, à esq.) e José Condessa (à dir.) abordam temas como a relação dos jovens com as tecnologias e as redes sociais, a desinformação e o papel da inteligência artificial na criatividade e na recomendação de conteúdos

A Vodafone está a lançar o Digitalmente, podcast semanal conduzido pela radialista Ana Galvão e pelo ator José Condessa, que visa estimular o debate sobre o papel da tecnologia na sociedade, incluindo a temática do seu uso responsável.

Nos próximos três meses, o podcast, que também está disponível em vídeo e que será transmitido no YouTube, Spotify e Apple Podcasts, vai explorar a forma como o digital influencia o dia a dia das pessoas. ‘Conectados e ansiosos: onde está o equilíbrio?’ é o tema do primeiro episódio, já disponível nas plataformas digitais, que tem o psiquiatra Gustavo Jesus como convidado.

“Numa conversa honesta, sem ‘script’, filtros ou medos, todas as semanas os dois anfitriões vão abordar, com um convidado especialista diferente, temas que emergem da relação humana com a tecnologia e o mundo digital”, refere a Vodafone em comunicado de imprensa.

A relação dos jovens com as tecnologias e as redes sociais, a influência do digital no equilíbrio vida/trabalho ou na gestão das expetativas e da ansiedade, são alguns dos temas em destaque.

São também abordadas questões como a desinformação, a fraude e a proteção da privacidade, que são transversais às várias gerações, sem esquecer o papel da inteligência artificial na criatividade e na recomendação de conteúdos.

Este projeto é um dos esforços da Vodafone para sensibilizar a comunidade para o uso responsável da tecnologia. No início de dezembro, a Vodafone Portugal já tinha dedicado a este tema à campanha publicitária de Natal, ‘Experimenta viver mais’.

Abordando a importância do uso responsável da tecnologia, em particular dos dispositivos móveis, a campanha de Natal recorre ao exemplo de um jovem que, através da redescoberta da relação humana próxima e presencial, se reconecta com a vida fora do ecrã.

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SIC e Cristina Ferreira chegam a acordo

“Ambos os lados expressam satisfação com a resolução encontrada”, revelam o canal de televisão e a apresentadora, em comunicados de imprensa idênticos. O acordo diz respeito ao pagamento de €4,7 milhões à SIC, decretado em tribunal

A SIC, a empresa Amor Ponto e a apresentadora Cristina Ferreira, “chegaram a um acordo mútuo, no âmbito do litígio que opunha a primeira às segundas”, revelam ambas as partes em comunicados de imprensa idênticos.

Este acordo, “alcançado após negociações construtivas, põe termo ao litígio existente entre as partes”. O comunicado refere ainda que “ambos os lados expressam satisfação com a resolução encontrada”, sem no entanto revelar o valor pago por Cristina Ferreira.

Em novembro, os bens da empresa Amor Ponto, detida por Cristina Ferreira, tinham sido executados num montante até €4,7 milhões, por decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.

A penhora surge na sequência da condenação da apresentadora da TVI, que a 11 de junho viu a Amor Ponto ser condenada pelo tribunal de Sintra a pagar mais de €3,3 milhões à SIC, pela quebra unilateral de contrato com a televisão do grupo Impresa, em julho de 2020, absolvendo Cristina Ferreira.

A apresentadora recorreu da decisão, mas não pediu efeitos suspensivos, nem apresentou caução com garantias bancárias. Nesta época, Cristina Ferreira declarava, em comunicado publicado nas redes sociais, que “importa apenas esclarecer que foi a SIC que executou a sentença de primeira instância, apesar de a mesma ainda estar pendente de recurso e, por isso, poder vir a ser revertida. Trata-se de uma iniciativa da SIC, apenas desta e não do Tribunal [Judicial da Comarca de Lisboa Oeste], dirigida à sociedade Amor Ponto”.

No mesmo comunicado, a apresentadora da TVI esclarecia ainda que “a Amor Ponto irá usar o mecanismo legal que lhe permite suspender esta iniciativa da SIC, enquanto se aguarda serenamente pela decisão que vier a incidir sobre o recurso interposto”.

O julgamento que opunha Cristina Ferreira à SIC iniciou-se a 8 de novembro de 2023 e terminou a 11 de junho, com a condenação da apresentadora.

Em setembro de 2020, a SIC tinha dado entrada com um processo contra Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Em causa esteve a saída da SIC da apresentadora para regressar à TVI, de onde tinha saído cerca de dois anos antes.

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TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em novembro

O penúltimo mês do ano não foge à regra, com o futebol a continuar a liderar a tabela dos programas de televisão mais vistos. Nas gravações caseiras diárias, a ficção da SIC sai vitoriosa. A TVI destaca-se nas menções nas redes sociais

No penúltimo mês do ano, o futebol volta a dominar as primeiras posições do top de programas. Na liderança do top de programas de novembro está o Croácia x Portugal, a contar para Liga das Nações, transmitido na RTP1 a 18 de novembro, com uma audiência média a rondar os dois milhões de espetadores. Segue-se o Portugal x Polónia transmitido na RTP1, a 15 de novembro.

Na terceira posição, encontra-se o SL Benfica x CF Estrela Amadora a contar a para a Taça de Portugal, também transmitido na RTP1, a 23 de novembro.

 

 

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança é ocupada pela estreia da segunda temporada da novela ‘A Promessa’, transmitida na SIC a 18 de novembro. Nas gravações de sete dias, o programa da SIC ‘Hell’s Kitchen Famosos’, apresentado por Ljubomir Stanisic, ocupa a primeira posição deste top.

 

 

Nas redes sociais, na primeira posição da tabela mantém-se em destaque o ‘reality show’ ‘Secret Story-Casa dos Segredos’. Em segundo e em terceiro lugar, continuam o programa matinal ‘Dois às 10’ e a série ‘Morangos com Açúcar’, respetivamente. A novela ‘A Fazenda’, estreado este mês na TVI, está na quarta posição seguida do programa ‘The Voice Portugal’.

O programa matinal da SIC, ‘Casa Feliz’, encontra-se na sexta posição, à frente do programa ‘Somos Portugal’. Este programa de entretenimento, que depois de 13 anos nos ecrãs chega ao fim em novembro, ocupa o sétimo lugar. A encerrar o top 10 estão a novela ‘Senhora do Mar’ (oitavo lugar) e os programas ‘Goucha’ (nono lugar) e ‘Passadeira Vermelha’ (décimo lugar).

 

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SIC e Expresso têm novas estruturas diretivas

Marta Brito dos Reis, atual subdiretora de informação da SIC, passa a diretora-adjunta e Martim Silva transita da direção do Expresso para a da SIC. A direção do Expresso conta com um novo subdiretor, Pedro Candeias, até agora editor-executivo do jornal

Na sequência da nomeação de Bernardo Ferrão como diretor de informação da SIC e da SIC Notícias, a partir de 6 de janeiro de 2025, a SIC terá uma nova estrutura diretiva, tendo já sido ouvido o conselho de redação da estação. A nova direção é composta pelo diretor Bernardo Ferrão, pelos diretores-adjuntos José Gomes Ferreira e Marta Brito dos Reis, e pelos subdiretores Martim Silva e Patrícia Moreira.

José Gomes Ferreira e Patrícia Moreira mantêm-se na direção da SIC, com os mesmos cargos. Marta Brito dos Reis, atual subdiretora de informação da SIC, passa a ocupar o cargo de diretora-adjunta. Martim Silva transita da direção do Expresso para a da SIC.

Com a entrada de Martim Silva para a SIC, haverá alterações na direção do Expresso, tendo também já sido ouvido o conselho de redação do jornal. A direção do Expresso conta com um novo elemento, Pedro Candeias, que passa de editor-executivo do jornal para subdiretor.

A nova direção do jornal é constituída pelo diretor João Vieira Pereira, pelos diretores-adjuntos David Dinis, Paula Santos e Miguel Cadete, pelo novo subdiretor Pedro Candeias e pelo diretor de arte Marco Grieco. À semelhança da SIC, as alterações também entram em vigor a partir de 6 de janeiro de 2025.

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“Ninguém em Portugal terá mais faces de múpi a partir de 2025 do que a DreamMedia”

O peso de cada um dos formatos da DreamMedia “está distribuído entre o digital, o mobiliário urbano e o ‘outdoor’ clássico, que recebe um peso ainda um pouco maior”, refere Ricardo Bastos, CEO da empresa. O Oporto Gate (na foto) está a ser promovido como o maior ‘outdoor’ digital no norte do país

Catarina Nunes

Com a aquisição da Cemark, a 10 de outubro, a DreamMedia garante ter-se consolidado “como líder em múpis em Portugal”. “São mais de 15 mil faces apenas de múpi em papel, encontradas num ecossistema global que terá mais de 20 mil faces multiformato, com outros meios”, garante Ricardo Bastos, CEO do grupo DreamMedia, em declarações ao M&P a 5 de novembro, durante a apresentação do Oporto Gate, que está a ser promovido como o maior ‘outdoor’ digital no norte do país, com uma dimensão de 20×5 metros.

“A Cemark foi uma peça fundamental para garantir o sucesso da família de mobiliário urbano da DreamMedia” e “esta expansão permite-nos oferecer a maior cobertura ‘out-of-home’ do país, criando uma relevância acrescida para marcas e anunciantes, que passam a ter agora maior poder de escolha e a possibilidade de aceder à rede de múpis e de formatos digitais mais diversificada e tecnologicamente avançada do país”, garante Ricardo Bastos.

Tendo entrado no negócio do mobiliário urbano em 2021, com as operações a começarem com mais força a partir de 2023, o CEO do grupo refere que “a DreamMedia conquistou um conjunto de municípios muitíssimo relevantes no panorama nacional”, em que “a aquisição da Cemark vem reforçar a operação da DreamMedia na área do mobiliário urbano e vai-lhe permitir alcançar a liderança de mercado. Ninguém em Portugal terá mais faces de múpi a partir de 2025 do que a DreamMedia”.

Questionado sobre a quota de mercado que o grupo que lidera detém, com o acréscimo das faces da Cemark, herdeira da extinta Cemusa, Ricardo Bastos garante que “na globalidade de mercado, o ‘share’ de mercado, considerando todos os meios e inventário do grupo DreamMedia, aproxima-se dos 20%”.

Em termos do peso de cada um dos formatos que a DreamMedia disponibiliza, “neste momento está distribuído entre o digital, o mobiliário urbano e o ‘outdoor’ clássico, que recebe um peso ainda um pouco maior que os outros meios. Porque foi a nossa operação base, foi o ‘outdoor’ clássico que permitiu gerar valor para transformar o grupo”, revela o CEO da DreamMedia.

Quanto ao volume de negócios do grupo, Ricardo Bastos, em entrevista, publicada no M&P na edição de 18 de outubro, já tinha revelado que “em 2024, a DreamMedia conjugada com a Cemark deverá aproximar-se dos €30 milhões de faturação”, depois de ter fechado 2023 nos €20 milhões.

Consolidação da oferta e concessões em vista

Em 2025, a DreamMedia pretende consolidar aquilo que define como seis famílias de produtos. “Acabámos de introduzir hoje [5 de novembro] a família dos transportes, a rede Move, que é a nossa sexta família, através da exploração de autocarros.

Ricardo Bastos não pretende ficar por aqui. “Estamos muito atentos àquilo que é a concessão dos aeroportos em Portugal e a concessão dos metros do Porto e de Lisboa. Contudo, 2025 será um ano de consolidação do nosso inventário e das nossas famílias de produtos”, avança.

Ricardo Bastos, CEO do grupo DreamMedia, avança que “2025 será um ano de consolidação do nosso inventário e das nossas famílias de produtos”

Em relação à consolidação da oferta que já disponibiliza, Ricardo Bastos considera que “existe uma necessidade urgente do mercado encontrar um equilíbrio entre aquilo que é o inventário líder de mercado, neste momento no país, com aquilo que é o investimento que este inventário recebe”.

O CEO da DreamMedia justifica esta posição por considerar que “todas as conquistas e transformação do mercado, que acabaram por se verificar, vão fazer com que a DreamMedia seja efetivamente beneficiada com aquilo que é um incremento de investimento nas nossas operações”.

Oportunidade no Porto

Na gama Collection, na qual se integra o Oporto Gate, a estratégia da DreamMedia passa por encontrar as melhores localizações para os melhores equipamentos do país. “O lançamento do Oporto Gate vai permitir uma comunicação na entrada do Porto, mas vindo de norte. Ou seja, possuímos já o Lake Lights, à entrada do Porto vindo de sul, e entendemos que havia espaço no mercado para encontrar uma nova posição na entrada norte”, explica Ricardo Bastos, justificando a aposta.

“Sabemos que a entrada norte do Porto, principalmente a A3, é um dos grandes polos de movimento pendular e de entrada e saída da cidade do Porto, um local onde o licenciamento de publicidade é muitíssimo restrito porque já é uma área inserida no município do Porto. Surgiu esta oportunidade, que era única, cumpria as regras de licenciamento, estava numa localização soberba, não só de tráfego diário muito forte, como nas horas de ponta está em zona de trânsito parado. Este local tinha todo o enquadramento para servir uma posição da gama Collection”, contextualiza o CEO do grupo DreamMedia.

Inovação e sustentabilidade

Presente em cerca de 60 municípios, a DreamMedia posiciona-se no eixo da inovação e da sustentabilidade, aponta Ricardo Bastos.
“Faz parte do nosso ADN, continuaremos a investir continuamente na sustentabilidade, através dos Green Station, os únicos abrigos 100% sustentáveis e amigos do ambiente em Portugal, que estão a proliferar por todo o país, e continuaremos a apostar muito fortemente na digitalização da rede e na programática”, avança.

Recordando o lançamento, em janeiro deste ano, da DreamMedia Ads, plataforma programática 100% portuguesa, Ricardo Bastos refere que “lançámos agora a novidade de integrarmos a DreamMedia Ads nos principais SSP e DSP do mundo”.

Isto significa que “atualmente é possível comprar a rede digital DreamMedia por via da Google, Yahoo ou The Trade Desk, ou seja, os maiores DSP do mundo já possuem o inventário DreamMedia e é possível fazer o planeamento de campanhas omnicanal em digital com maior eficiência”.

Em relação à aposta nas plataformas programáticas que permitem aos anunciantes e agências comprarem publicidade através da automação, Ricardo Bastos salienta que a intenção não é transformar a DreamMedia Ads num DSP global.

“Temos sim interesse em manter a DreamMedia Ads como uma excelente solução para marcas, que preferem fazer a compra e o planeamento direto através da plataforma, obtendo com isso uma poupança bastante significativa, porque comprar diretamente na plataforma DreamMedia Ads comporta um conjunto de benefícios para as agências e para o anunciante”.

Em simultâneo, outro dos grandes objetivos da DreamMedia Ads é “continuar a conexão desta plataforma a todos os DSP e SSP globais, para garantir que a oferta digital DreamMedia possa ser comprada através de um telemóvel em qualquer parte do mundo, a qualquer momento do dia. Essa é a nossa grande ambição para o futuro digital em Portugal”, avança o CEO do grupo DreamMedia.

*com Daniel Monteiro Rahman

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JC Decaux aposta no digital e na sustentabilidade

JC Decaux terá um total de 15.930 faces convencionais e mais de 1.200 ecrãs digitais (na foto), no final de 2024. “Considerando o número de faces mencionadas, pode deduzir-se facilmente de que lado está a liderança”, refere Phillipe Infante, diretor-geral da JC Decaux em Portugal

Catarina Nunes

Reforçar a digitalização da oferta em todo o país, com mais ecrãs digitais em vários formatos e ambientes, é uma das prioridades da JC Decaux em 2025, com a venda programática, iniciada em 2023, a continuar a ser uma aposta.

“Com a digitalização, abrimos a porta a um vasto leque de oportunidades que estes suportes permitem, tanto ao nível da criatividade como no recurso a dados e à utilização em tempo real, tanto na venda direta como na programática”, justifica Philippe Infante, diretor-geral da JC Decaux Portugal, em declarações ao M&P, acrescentando que “a incorporação da DMP [Data Management Platform] e de outras ferramentas baseadas em dados permitem potenciar a eficácia do meio e otimizar o investimento das marcas”.

Além da venda do digital por si só, a chave da comunicação exterior passa pela conjugação do digital com o convencional. Para o diretor-geral da JC Decaux Portugal, a combinação oferece o melhor dos dois mundos, “a solidez e impacto constante do ‘out-of-home’ (OOH) aliado à inovação e dinamismo do digital, que maximiza a atenção e a relevância das mensagens”, em que “o foco não está no formato do meio, mas nas audiências que queremos atingir”.

Ao unir o digital ao papel, Phillipe Infante argumenta que se consegue criar uma comunicação visual que se ajusta ao contexto, maximizando a visibilidade. “Os equipamentos convencionais continuam a ser relevantes na oferta da JC Decaux, com cobertura e capilaridade. O digital, em localizações ‘AAA’, permite uma flexibilidade exclusiva e a entrega da mensagem certa, à pessoa certa, no local e no momento certos”, explica.

50 anos, 91 concelhos

A estratégia a curto e médio prazo consiste sobretudo na digitalização dos ativos nas três áreas de atividade: mobiliário urbano, transportes e grande formato. “Contamos no final de 2024 ter instalados mais de 1.200 ecrãs distribuídos por todo o país. No mobiliário urbano, temos ativos digitais instalados em ambiente urbano nos concelhos de Lisboa, Porto, Oeiras, Cascais e, mais recentemente, em Sintra. Ainda este ano contamos ter mais equipamentos digitais em outras seis cidades do país”, revela Phillipe Infante.

Em ambiente de centros comerciais, a JC Decaux está presente com soluções digitais em 34 dos centros de maior audiência, em 27 concelhos em Portugal continental e ilhas. Está ainda em 16 áreas de serviço das principais autoestradas do país, em oito concelhos, segundo Phillipe Infante.

“Na área de transportes, temos ativos digitais nos cinco principais aeroportos do país: Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada. Os formatos em causa são os standards da indústria no pequeno formato (2 m2) e os novos ecrãs de maior dimensão (desde 6 m2 a 100 m2), na linha do que tem vindo a ser instalado nos últimos tempos”, refere.

Phillipe Infante, diretor-geral da JC Decaux Portugal, refere que “os equipamentos convencionais continuam a ser relevantes na oferta da JC Decaux, com cobertura e capilaridade”

Presente em Portugal há cerca de 50 anos, e em 91 concelhos, “a JC Decaux está empenhada em continuar a definir as tendências e a reforçar o seu posicionamento como número um nacional no mercado OOH”, argumenta Phillipe Infante, garantindo que no final de 2024, a JC Decaux terá um total de 15.930 faces convencionais, considerando os formatos ‘standard’ em todos os ambientes em que opera: mobiliário urbano, transportes e grande formato.

Em termos de digital, serão mais de 1.200 ecrãs, “o que representa um crescimento de 84% face a 2023″, alega. Em relação à quota de mercado da JC Decaux no OOH, Phillipe Infante refere que “o mercado de OOH português não é auditado na sua totalidade, pelo que é difícil atribuir quotas de mercado com rigor”.

“No entanto, considerando o número de faces mencionadas, pode deduzir-se facilmente de que lado está a liderança”, refere. O responsável revela ainda que a empresa detém 93% de equipamentos analógicos. Quanto à faturação em Portugal, alega que, sendo cotada em bolsa, a JC Decaux só pode disponibilizar resultados globais do grupo.

Digitalização e relevância dos dados

A transformação digital é acompanhada pelo aumento da relevância dos dados. “Essas duas dimensões são parte fundamental da nossa estratégia, com a qual procuramos criar um ecossistema de soluções globais e locais”, explica Phillipe Infante.

A abordagem da JC Decaux, avança o diretor-geral, segue três etapas no processo de definição e construção de campanhas: otimização (trabalhar o planeamento com base em ‘insights’); ‘engagement’ (criar experiências interativas ao longo da campanha); e avaliação (aferir o impacto da estratégia).

“Dentro da otimização das campanhas, assente na criatividade, temos o Optix Creative Heatmap, que já é uma realidade bem presente no dia a dia dos clientes e agências que trabalham com a JC Decaux, e fornece análises sobre a atenção dos consumidores sobre peças criativas, assentes em inteligência artificial (IA)”, diz Phillipe Infante.

Este responsável salienta como novidades os ‘scores’ de atenção por área, que diferenciam logótipo, produto e mensagem; a análise da envolvência para perceber os ganchos de atenção na área circundante ao equipamento onde está a campanha; e o ‘score’ associado a outras variáveis, como o ‘engagement’, a cognição e a clareza da informação como um todo.

A entrega de uma campanha em função do KPI contratado terá o Proof of Play, comprovativo certificado por terceiros, a lançar em 2025

A Data Management Platform (DMP) é outra das ferramentas que destaca. “Trata-se de uma plataforma tipicamente associada ao digital e à venda programática, mas que hoje já usamos também no OOH, aplicada tanto ao digital como ao convencional”, refere, revelando o lançamento em 2025 do Proof of Play, em que as marcas receberão o comprovativo, certificado por terceiros, de entrega da campanha em função do KPI contratado.

“Estas novas ferramentas ajudam-nos a responder à crescente exigência do mercado, com foco em resultados e a definir as tendências no nosso setor. Acreditamos que o futuro não é apenas antecipado, mas moldado a partir das decisões que tomamos hoje. Cada uma destas ferramentas permite antecipar os objetivos dos anunciantes e ajustar as suas campanhas em função dessas aprendizagens”, justifica Phillipe Infante.

O desenvolvimento sustentável é também um elemento central da estratégia para o próximo ano. “Temos vindo a defender que sejam incluídos critérios de avaliação de sustentabilidade nos concursos públicos e a sensibilizar as câmaras municipais para a importância de valorizar requisitos que promovam a sustentabilidade, sempre que é lançado um concurso público. No que toca aos equipamentos, por exemplo, avaliar se utilizam materiais recicláveis e reciclados, ou até se são dotados de funcionalidades como painéis fotovoltaicos/tetos vegetalizados, com flores e vegetação no topo”, avança Phillipe Infante.

Nesta matéria, além das medidas já adotadas nos últimos anos, a JC Decaux Portugal instalou recentemente um recuperador de águas pluviais, que serão utilizadas tanto nas instalações da empresa como na manutenção e limpeza dos equipamentos. A nível global, a JC Decaux está a lançar o Eco Design Index, ferramenta para avaliar e comparar o desempenho ambiental dos seus produtos, em duas áreas principais: a conceção e o fabrico, e a operação e a utilização.

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Steve Colmar integra júri do The One Show 2025

O diretor criativo do Publicis Groupe Portugal (na foto), que lidera as equipas criativas da Leo Burnett Lisboa, da Publicis e da Digitas e já avaliou campanhas no Cannes Lions, D&AD, NYF, ADCE, Eurobest e El Ojo, é um dos 12 jurados na categoria Moving Image Craft & Production

Steve Colmar é um dos jurados do The One Show 2025. Num coletivo que integra 200 representantes de 40 países e regiões, o diretor criativo do Publicis Groupe Portugal, que lidera as equipas criativas da Leo Burnett Lisboa, da Publicis e da Digitas e já avaliou campanhas no Cannes Lions, D&AD, NYF, ADCE, Eurobest e El Ojo, é um dos 12 jurados na categoria Moving Image Craft & Production.

Fundado em 1973, o The One Show distingue anualmente os melhores trabalhos em publicidade e design. As candidaturas para a edição do próximo ano podem ser entregues até 28 de fevereiro de 2025. Até 13 de dezembro, decorre uma das duas fases de inscrições preliminares, com o período de candidaturas regular a arrancar a 31 de janeiro de 2025.

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Andreia Vaz assume direção de marca e experiência de cliente da Worten

“Estou ansiosa para trabalhar em estreita colaboração com todas as equipas de negócio da Worten e contribuir para a sua estratégia de crescimento, fortalecendo a marca para os próximos anos”, refere Andreia Vaz (na foto), que até agora dirigia o marketing e a inovação da Nespresso

Andreia Vaz é a nova diretora de marca e experiência de cliente da Worten. Além de liderar a equipa de marca e comunicação da empresa, com o pelouro da experiência de cliente, integra as equipas de serviço ao cliente e Competitive Marketing Intelligence (CMI), duas áreas que passam a estar interligadas, para elevar a experiência de marca em todos os pontos de contato.

“Estou ansiosa para trabalhar em estreita colaboração com todas as equipas de negócio da Worten e contribuir para a sua estratégia de crescimento, fortalecendo a marca para os próximos anos, preparando-a para o futuro, sempre com a criatividade na base de tudo o que fazemos, quer nas soluções de negócio, quer inspirando as nossas pessoas”, diz Andreia Vaz, citada em comunicado de imprensa.

A diretora de marca e experiência de cliente da Worten reporta diretamente ao COO da empresa, Mário Pereira. “Fico muito feliz por conseguir ter a Andreia na nossa equipa e estou certo de que conseguirá continuar o bom caminho que a marca tem feito nos últimos anos, agora com uma visão uniforme da marca e da experiência do cliente. É uma excelente forma de fechar o ano”, refere o responsável, citado no documento.

Com 25 anos de experiência em marketing de consumidor e de inovação, com foco em estratégia e ‘branding’, a antiga diretora de inovação e transformação da Nestlé Iberia e ex-diretora de marketing e inovação da Nespresso Portugal lançou, ao longo da carreira, cerca de cem produtos e desenvolveu localmente marcas como a Optimus, Pampero, Bushmills, Tanqueray, Johnnie Walker, Pimm’s e Peppa Pig, em Portugal e a partir do Reino Unido, onde trabalhou entre 2010 e 2020, primeiro na Diageo e depois na Merlin Entertainments.

Andreia Vaz dá os primeiros passos na área do marketing e do ‘branding’ com uma passagem de três anos pela Media Capital, como gestora de produto das rádios Mix FM e Cidade FM, saindo para a Optimus como gestora de publicidade da marca, cargo que desempenha entre 2003 a 2007. Ao longo da vida profissional, integra o júri do Eurobest e Cannes Lions, tendo sido a primeira portuguesa a presidir um júri no Eurobest, na categoria de Innovation & Creative Data, em 2022.

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Bluesky pode vir a integrar anúncios

A apresentação de anúncios nos resultados de pesquisa na rede social é uma hipótese. “Queremos manter os nossos objetivos alinhados com os utilizadores e garantir que não nos transformamos num modelo em que a atenção do utilizador é o produto”, diz Jay Graber, CEO da Bluesky

A Bluesky está a estudar formas de aumentar as receitas e monetizar a plataforma social, considerando a possibilidade de integrar anúncios e de lançar uma subscrição. Jay Graber, CEO da Bluesky, aborda a viabilidade das diferentes possibilidades em entrevista ao TechCrunch, revelando que, apesar do compromisso de não ‘arruinar’ a plataforma com anúncios, não exclui a hipótese de integrar publicidade na plataforma.

Recentemente, a CEO da Bluesky tem mencionado potenciais fontes de rendimento para a rede social, incluindo subscrições, algoritmos e a venda de nomes de domínio. Quando questionada sobre se o futuro da rede social será sem anunciantes, Jay Graber sublinha que “não acho que isso seja necessariamente verdade”.

“A forma como exploraremos a publicidade, se o fizermos, será muito mais orientada para a intenção do utilizador”, explica a CEO da Bluesky, acrescentando que “queremos manter os nossos objetivos alinhados com os utilizadores e garantir que não nos transformamos num modelo em que a atenção do utilizador é o produto”.

Jay Graber sustenta que para a Bluesky “é extremamente importante não replicar os modelos e erros de outras redes sociais, onde as plataformas têm historicamente apresentado anúncios aos utilizadores através de um ‘feed’ algorítmico”. A forma como a Bluesky é construída impede, de um modo geral, um modelo de negócio exclusivamente baseado em anúncios, porque os utilizadores podem criar ‘feeds’ alternativos sem anúncios, devido ao protocolo aberto da plataforma.

A Bluesky não exclui, no entanto, a possibilidade de vir a testar a integração de anúncios que não comprometam a experiência do utilizador. A CEO da rede social esclarece que isso poderá incluir a apresentação de anúncios nos resultados de pesquisa, como um exemplo de um modelo de publicidade menos intrusivo, que a plataforma pode vir a implementar.

Até à data, a empresa angariou 15 milhões de dólares (€14,2 milhões), com Jay Graber a avançar que já está a receber a atenção de novos investidores. É, contudo, provável que a Bluesky demore algum tempo até começar a monetizar ativamente a plataforma, sendo que atualmente está concentrada no crescimento.

A Bluesky subiu de três milhões de utilizadores ativos em fevereiro de 2024 para 24 milhões de utilizadores atualmente, mas a plataforma ainda tem espaço para crescer. O Threads da Meta, por exemplo, tem mais de 275 milhões de utilizadores mensais ativos, e mesmo assim ainda não tem anúncios, estando essa integração prevista para o início de 2025.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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