“Ninguém em Portugal terá mais faces de múpi a partir de 2025 do que a DreamMedia”
O peso de cada um dos formatos da DreamMedia “está distribuído entre o digital, o mobiliário urbano e o ‘outdoor’ clássico, que recebe um peso ainda um pouco maior”, refere Ricardo Bastos, CEO da empresa. O Oporto Gate (na foto) está a ser promovido como o maior ‘outdoor’ digital no norte do país
Catarina Nunes
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Com a aquisição da Cemark, a 10 de outubro, a DreamMedia garante ter-se consolidado “como líder em múpis em Portugal”. “São mais de 15 mil faces apenas de múpi em papel, encontradas num ecossistema global que terá mais de 20 mil faces multiformato, com outros meios”, garante Ricardo Bastos, CEO do grupo DreamMedia, em declarações ao M&P a 5 de novembro, durante a apresentação do Oporto Gate, que está a ser promovido como o maior ‘outdoor’ digital no norte do país, com uma dimensão de 20×5 metros.
“A Cemark foi uma peça fundamental para garantir o sucesso da família de mobiliário urbano da DreamMedia” e “esta expansão permite-nos oferecer a maior cobertura ‘out-of-home’ do país, criando uma relevância acrescida para marcas e anunciantes, que passam a ter agora maior poder de escolha e a possibilidade de aceder à rede de múpis e de formatos digitais mais diversificada e tecnologicamente avançada do país”, garante Ricardo Bastos.
Tendo entrado no negócio do mobiliário urbano em 2021, com as operações a começarem com mais força a partir de 2023, o CEO do grupo refere que “a DreamMedia conquistou um conjunto de municípios muitíssimo relevantes no panorama nacional”, em que “a aquisição da Cemark vem reforçar a operação da DreamMedia na área do mobiliário urbano e vai-lhe permitir alcançar a liderança de mercado. Ninguém em Portugal terá mais faces de múpi a partir de 2025 do que a DreamMedia”.
Questionado sobre a quota de mercado que o grupo que lidera detém, com o acréscimo das faces da Cemark, herdeira da extinta Cemusa, Ricardo Bastos garante que “na globalidade de mercado, o ‘share’ de mercado, considerando todos os meios e inventário do grupo DreamMedia, aproxima-se dos 20%”.
Em termos do peso de cada um dos formatos que a DreamMedia disponibiliza, “neste momento está distribuído entre o digital, o mobiliário urbano e o ‘outdoor’ clássico, que recebe um peso ainda um pouco maior que os outros meios. Porque foi a nossa operação base, foi o ‘outdoor’ clássico que permitiu gerar valor para transformar o grupo”, revela o CEO da DreamMedia.
Quanto ao volume de negócios do grupo, Ricardo Bastos, em entrevista, publicada no M&P na edição de 18 de outubro, já tinha revelado que “em 2024, a DreamMedia conjugada com a Cemark deverá aproximar-se dos €30 milhões de faturação”, depois de ter fechado 2023 nos €20 milhões.
Consolidação da oferta e concessões em vista
Em 2025, a DreamMedia pretende consolidar aquilo que define como seis famílias de produtos. “Acabámos de introduzir hoje [5 de novembro] a família dos transportes, a rede Move, que é a nossa sexta família, através da exploração de autocarros.
Ricardo Bastos não pretende ficar por aqui. “Estamos muito atentos àquilo que é a concessão dos aeroportos em Portugal e a concessão dos metros do Porto e de Lisboa. Contudo, 2025 será um ano de consolidação do nosso inventário e das nossas famílias de produtos”, avança.
Em relação à consolidação da oferta que já disponibiliza, Ricardo Bastos considera que “existe uma necessidade urgente do mercado encontrar um equilíbrio entre aquilo que é o inventário líder de mercado, neste momento no país, com aquilo que é o investimento que este inventário recebe”.
O CEO da DreamMedia justifica esta posição por considerar que “todas as conquistas e transformação do mercado, que acabaram por se verificar, vão fazer com que a DreamMedia seja efetivamente beneficiada com aquilo que é um incremento de investimento nas nossas operações”.
Oportunidade no Porto
Na gama Collection, na qual se integra o Oporto Gate, a estratégia da DreamMedia passa por encontrar as melhores localizações para os melhores equipamentos do país. “O lançamento do Oporto Gate vai permitir uma comunicação na entrada do Porto, mas vindo de norte. Ou seja, possuímos já o Lake Lights, à entrada do Porto vindo de sul, e entendemos que havia espaço no mercado para encontrar uma nova posição na entrada norte”, explica Ricardo Bastos, justificando a aposta.
“Sabemos que a entrada norte do Porto, principalmente a A3, é um dos grandes polos de movimento pendular e de entrada e saída da cidade do Porto, um local onde o licenciamento de publicidade é muitíssimo restrito porque já é uma área inserida no município do Porto. Surgiu esta oportunidade, que era única, cumpria as regras de licenciamento, estava numa localização soberba, não só de tráfego diário muito forte, como nas horas de ponta está em zona de trânsito parado. Este local tinha todo o enquadramento para servir uma posição da gama Collection”, contextualiza o CEO do grupo DreamMedia.
Inovação e sustentabilidade
Presente em cerca de 60 municípios, a DreamMedia posiciona-se no eixo da inovação e da sustentabilidade, aponta Ricardo Bastos.
“Faz parte do nosso ADN, continuaremos a investir continuamente na sustentabilidade, através dos Green Station, os únicos abrigos 100% sustentáveis e amigos do ambiente em Portugal, que estão a proliferar por todo o país, e continuaremos a apostar muito fortemente na digitalização da rede e na programática”, avança.
Recordando o lançamento, em janeiro deste ano, da DreamMedia Ads, plataforma programática 100% portuguesa, Ricardo Bastos refere que “lançámos agora a novidade de integrarmos a DreamMedia Ads nos principais SSP e DSP do mundo”.
Isto significa que “atualmente é possível comprar a rede digital DreamMedia por via da Google, Yahoo ou The Trade Desk, ou seja, os maiores DSP do mundo já possuem o inventário DreamMedia e é possível fazer o planeamento de campanhas omnicanal em digital com maior eficiência”.
Em relação à aposta nas plataformas programáticas que permitem aos anunciantes e agências comprarem publicidade através da automação, Ricardo Bastos salienta que a intenção não é transformar a DreamMedia Ads num DSP global.
“Temos sim interesse em manter a DreamMedia Ads como uma excelente solução para marcas, que preferem fazer a compra e o planeamento direto através da plataforma, obtendo com isso uma poupança bastante significativa, porque comprar diretamente na plataforma DreamMedia Ads comporta um conjunto de benefícios para as agências e para o anunciante”.
Em simultâneo, outro dos grandes objetivos da DreamMedia Ads é “continuar a conexão desta plataforma a todos os DSP e SSP globais, para garantir que a oferta digital DreamMedia possa ser comprada através de um telemóvel em qualquer parte do mundo, a qualquer momento do dia. Essa é a nossa grande ambição para o futuro digital em Portugal”, avança o CEO do grupo DreamMedia.
*com Daniel Monteiro Rahman