Cofina abandona definitivamente compra da Media Capital e acusa Prisa de “violações contratuais graves”. Prisa rejeita
Após ter dado uma condição à Prisa para que as negociações pudessem prosseguir, a Cofina decidiu abandonar definitivamente a intenção de adquirir a Media Capital e acusa o grupo de “violações contratuais graves”. Prisa reage em comunicado e rejeita acusações.
Pedro Durães
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Após ter dado uma condição à Prisa para que as negociações pudessem prosseguir, entretanto rejeitada pelo grupo espanhol, a Cofina decidiu abandonar definitivamente a intenção de adquirir a Media Capital. Em comunicado enviado à CMVM na madrugada desta sexta-feira, o grupo liderado por Paulo Fernandes faz saber que “na falta de qualquer acordo relativo à modificação do contrato de compra e venda de acções representativas de 100% do capital social e dos direitos de voto da Vertix SGPS, celebrado no dia 20 de Setembro de 2019, tal como alterado (o contrato) de forma a restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme com os princípios da boa-fé, a notificação de resolução do contrato produziu os seus efeitos”.
O grupo dono da CMTV e Correio da Manhã vem agora apresentar as suas justificações para colocar um ponto final no negócio, revelando ter encontrado “inesperada e muito significativa degradação da situação financeira e perspetivas da Vertix e da Media Capital, especialmente agravadas pelo presente contexto de emergência causado pela pandemia Covid-19”. A par do enquadramento financeiro encontrado, a Cofina critica ainda o “comportamento da Prisa, que incorreu em violações contratuais graves e, por último, manifestou expressamente a intenção de não cumprir o contrato, o que afectou irremediavelmente a relação de confiança entre as partes”.
“A Cofina transmitiu igualmente à Prisa o entendimento de que, mesmo no caso de a declaração de resolução vir no futuro a ser entendida como ineficaz, a concretização da aquisição prevista no contrato sempre dependeria da determinação final do valor da compensação devida à Cofina por força das referidas violações contratuais, a qual, nos termos gerais, deveria ser abatida ao preço contratualmente previsto”, sublinha ainda, no comunicado enviado à CMVM, o grupo liderado por Paulo Fernandes.
Em reacção ao comunicado da Cofina, a Prisa argumenta que “o contrato de compra e venda foi rescindido, tendo a Cofina violado voluntariamente a sua obrição contratual, apesar de ter declarado em diversas ocasiões (…) que tinha os compromissos necessários para financiar o montante suficiente para assegurar a conclusão do acordo de compra e venda, tanto por parte das instituições de crédito como dos accionistas relevantes, por forma a cobrir o montante correspondente ao aumento de capital”.
No mesmo comunicado, o grupo espanhol que detém a Media Capital acusa a Cofina de não ter comunicado “a sua alegada incapacidade para completar o aumento de capital ou a sua vontade de desistir da sua execução”. “Apesar da comunicação emitida pela Cofina a 12 de Março de 2020, nos últimos sete dias a Cofina não apresentou à Prisa qualquer proposta para corrigir o acordo de compra e venda”, prossegue o grupo espanhol, assegurando que “sempre agiu de boa-fé ao longo de todo o processo”, pelo que “rejeita as afirmações da Cofina sobre as alegadas violações da Prisa”.
Notícia actualizada às 14h51 com a reacção da Prisa