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RTP lucra €2,5 milhões em 2023 e reduz dívida para €71,7 milhões

A melhoria dos resultados em 2023 deve-se à diminuição de €6,8 milhões do custo da grelha, para €79,6 milhões, e ao aumento de €1,2 milhões dos fornecimentos e serviços externos, que ascenderam a €38,4 milhões. As receitas publicitárias aumentaram €400 mil para €21,7 milhões, devido ao contributo da internet e da rádio

Catarina Nunes
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A RTP teve um lucro de €2,5 milhões em 2023, apesar do impacto da provisão a 100% do plano de saídas voluntárias da empresa e do aumento das taxas de juro, que duplicou o custo do serviço da dívida. É o resultado líquido mais elevado dos últimos oito anos, exceto 2020 (€3,1 milhões) em que os custos com a grelha foram abaixo do normal, por causa da pandemia. 2023 foi também o ano em que a RTP teve resultados líquidos positivos pelo 14º ano consecutivo, de acordo com os dados do relatório e contas da RTP.

O EBITDA de €17,7 milhões em 2023 é o mais elevado dos últimos 10 anos, excetuando 2020 que foi de €18,3 milhões, apesar de o aumento dos custos com pessoal ter sido superior à subida das receitas da taxa de contribuição para o audiovisual, entre 2022 e 2023. Os resultados operacionais, por seu lado, subiram 39% face a 2022, ascendendo a €17,7 milhões, e a dívida bancária diminuiu 15,4%, para €71,7 milhões.

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O capital próprio da RTP é negativo em €3,6 milhões, mas foi reforçado em €3,1 milhões, o que representa o valor negativo mais baixo dos últimos 10 anos, enquanto a dívida financeira é de €71,7 milhões, que reduziu 22% entre 2021 e 2023, depois de ter alcançado em 2016 o valor mais elevado dos últimos 10 anos (€112,5 milhões).

Em termos de receitas, a publicidade aumentou €400 mil para €21,7 milhões, devido ao contributo da internet e da rádio, enquanto os serviços de produção faturaram mais €4,3 milhões e a taxa de contribuição para o audiovisual subiu €5 milhões, para €190,1 milhões. No total, as receitas ascenderam a €235 milhões em 2023, o que representa um acréscimo de €4,5 milhões face a 2022. As vendas de conteúdos, no entanto, diminuíram €5,3 milhões, devido à ausência de revenda de direitos de eventos desportivos internacionais.

A melhoria dos resultados da RTP deve-se à diminuição de €6,8 milhões do custo da grelha, para €79,6 milhões, por em 2023 não ter sido ano de Campeonato Mundial nem de Europeu de Futebol Masculino, e ao aumento de €1,2 milhões dos fornecimentos e serviços externos, que ascenderam a €38,4 milhões, devido essencialmente ao efeito da inflação. Acompanhando o aumento de referência para a função pública, os gastos com pessoal foram de €96,7 milhões, o que representa um aumento de €5,3 milhões face a 2022.

O investimento, esse, subiu €600 mil em relação a 2022, para um total de €4,6 milhões, destacando-se o orçamento alocado à inovação, com candidaturas ao SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial) referentes a investimentos entre 2021 e 2023 no montante acumulado de €1,5 milhões. O plano de investimentos para 2024- 2026 foi fechado no último trimestre de 2024 e dá prioridade às tecnologias, sistemas de informação e estúdios de televisão e de rádio, em Lisboa e no Porto.

 

 

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Alunos criam agência de marketing digital para gerir redes sociais de negócios de restauração

Tróia foi o nome escolhido por dois jovens empreendedores da Lourinhã, que, com um investimento inicial de €150, criaram uma empresa que já tem dois clientes. Além de definirem a estratégia, também asseguram a produção e a otimização das publicações para os motores de busca

Dois alunos de marketing de 22 anos acabam de abrir uma agência de marketing digital especializada na gestão de redes sociais de negócios de restauração. Batizada Tróia, está sediada na Lourinhã e já tem dois clientes, o Villa Park Café na Lourinhã e o Café do Parque em Peniche. Para além de definirem a estratégia promocional dos espaços, Afonso Godinho e Liliana Vermelha também tiram as fotografias e gravam os vídeos que acompanham as publicações, redigem os textos que os seguidores leem e otimizam os conteúdos que produzem para conseguirem maior destaque nas pesquisas dos motores de busca da Google, do TripAdvisor e do The Fork.

“Escolhemos as melhores alturas do dia ou da semana para promover os negócios de restauração que trabalhamos, procurando dar maior relevância à área digital dos estabelecimentos”, explica ao M&P Afonso Godinho, cofundador da Tróia, agência que tem apenas uma semana. Licenciado em marketing turístico, está a acabar o mestrado em marketing digital na Nova IMS. Em parceria com a namorada, Liliana Vermelha, que tirou o curso técnico superior profissional em marketing digital no polo de Peniche do Instituto Politécnico de Leiria, investiram €100 na aquisição de material fotográfico e de equipamento de iluminação.

Para darem a conhecer a agência, despenderam também €50 numa campanha promocional no Instagram, onde anunciam os serviços de design gráfico que também prestam. “A nossa intenção é investir cerca de €50 por mês até ao final do ano para conquistarmos mais clientes”, revela o empreendedor. Os municípios em redor da Lourinhã são o alvo preferencial da agência no primeiro ano de atividade. “Como é uma zona muito turística, queremos tirar partido da diversidade de espaços que existem para nos diferenciarmos”, esclarece o empreendedor. Desenvolvido internamente, o logotipo da Tróia retrata o cavalo da icónica batalha como um peão de xadrez.

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McDonald’s promove copos colecionáveis com campanha com influenciadores (com vídeo)

Protagonizada por Wandson Lisboa, Soraia Tavares, Maria Seixas Correia, Concha de Lima Mayer e Luís Pinheiro, foi idealizada pela TBWA/BBDO, com direção criativa executiva de Marco Pacheco e direção criativa de Giampietro Zanon e Julliano Bertoldi. A produção é da Major West

Abre Espaço Para As Cores é o nome da nova campanha publicitária multimeios da McDonald’s, protagonizada por figuras públicas que estão a dar cartas no digital. Para além do designer, repórter e apresentador Wandson Lisboa e da cantora e atriz Soraia Tavares, os múpis e o filme que a integram, disponível em duas versões, contam com a participação da locutora e apresentadora Maria Seixas Correia, da criadora de conteúdos Concha de Lima Mayer e do locutor e apresentador Luís Pinheiro.

Concebida pela TBWA/BBDO, a campanha, com planeamento de meios da OMD, tem direção criativa executiva de Marco Pacheco, direção criativa de Giampietro Zanon e Julliano Bertoldi, direção de arte de Beatriz Roque e redação de André Águas. Produzido pela Major West com consultoria da Pro(u)d, o filme que divulga a colorida coleção de copos colecionáveis da insígnia foi realizado por António Amaral, com direção de fotografia de Manuel Braga. Inês Gomes assume a direção de produção.

Com locução de Diana Nicolau, o anúncio, com pós-produção da Ingreme e sonoplastia da Som de Lisboa, explora um universo feérico. “No enredo, cada um dos participantes personifica uma cor e tem o objetivo de representar o respetivo copo, através de um desfile leve e descontraído, num cenário de passarela, trazendo um toque divertido e autenticidade ao filme”, informa a marca, explicando que “a colaboração com figuras teve como objetivo aproximar a marca dos consumidores”.

“Para obter um copo, os consumidores apenas precisam de adquirir um McMenu Grande, ficando à escolha do cliente a cor do seu copo, mediante disponibilidade em stock. Os copos podem ser adquiridos em todos os restaurantes nacionais da marca, em todos os canais, exceto McDelivery. Para os verdadeiros fãs, haverá ainda um copo surpresa, que ficará disponível no início de julho, podendo ser adquirido exclusivamente a partir da nossa app”, informa ainda a McDonald’s Portugal.

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CMVM alerta para publicidade fraudulenta a investimento em ações da Galp

Os anúncios em causa (na foto), presentes em redes sociais e websites, solicitam dados pessoais para alegado posterior contacto e apresentação de investimento. Também não identificam a entidade responsável pela campanha, em desconformidade com o regime legal aplicável em Portugal na prestação e publicitação de serviços de investimento

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alerta para a publicidade fraudulenta, presente em redes sociais e websites, que incentivam o investimento em ações da Galp Energia, com anúncios associados à mensagem “Todos os portugueses têm a oportunidade de comprar 10 ações Galp por apenas €250 e receber dividendos mensais regulares de €3.000”, ou acompanhados por textos similares.

Os anúncios em causa, que solicitam dados pessoais para alegado posterior contacto e apresentação de investimento, não identificam a entidade responsável pelo anúncio, em desconformidade com o regime legal aplicável, em Portugal, à prestação e publicitação de serviços de investimento, nos termos do Código da Publicidade e do n.º 4 do art. 7.º do Código dos Valores Mobiliários. Também não são promovidos pela entidade emitente Galp Energia, que tem ações admitidas à negociação na Euronext Lisbon e é sujeita à supervisão da CMVM.

“A CMVM adverte os investidores para os riscos associados à prestação da informação solicitada pelo anúncio”, tendo em conta que “podem inadvertidamente estar a partilhar dados pessoais e a incorrer em risco de fraude”, refere em comunicado de imprensa a entidade supervisora e reguladora dos mercados financeiros nacionais. Antes da contratualização de qualquer produto de investimento, a CMVM aos potenciais investidores que verifiquem se a entidade que oferece os referidos serviços de investimento tem autorização para exercer atividade em Portugal, consultando a lista de intermediários financeiros autorizados em Portugal.

“A comercialização de instrumentos financeiros só pode ser efetuada por intermediários financeiros, devidamente habilitados a prestar serviços e atividades de intermediação financeira em Portugal”, reforça a CMVM, chamando a atenção dos investidores para a possibilidade de fraude nos contactos com pessoas e entidades não habilitadas. “O investimento em ações não tem um rendimento garantido associado, uma vez que dependerá sempre da distribuição de dividendos pela sociedade e da evolução do preço das ações”, salienta.

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Cartão Continente está na base de nova marca de ‘retail media’

“A muito breve trecho, a Endless vai poder fornecer o conhecimento que tem dos consumidores a todo o tipo de marcas, independentemente do setor em que se posicionam”, avança Carlos Paulo, diretor de ‘retail media’ da MC, em declarações ao M&P

A MC acaba de lançar a Endless, nova marca de ‘retail media’ que vai ter por base os dados dos clientes que possuem o Cartão Continente. Carlos Paulo, diretor de ‘retail media’ da MC, revela ao M&P que o cartão de cliente do Continente, que já é utilizado por 85% dos clientes da retalhista, vai ser uma peça central na estratégia da Endless. “Através do Cartão Continente conseguimos conhecer muito bem os hábitos de consumo dos clientes e vamos colocar esses dados à disposição das marcas para poderem fazer uma comunicação mais eficaz e relevante”, explica.

O diretor de ‘retail media’ da MC explica que a Endless já está a trabalhar com várias marcas e que está a priorizar as que são fornecedoras da MC, bem como marcas que se encontram no setor dos bens de grande consumo, devido à proposta de valor da Endless. “Estamos a começar pelas marcas que são nossos fornecedores e fazemo-lo porque nesses casos a proposta de valor, que é a nossa capacidade de medir o impacto em vendas, materializa-se muito bem”. Carlos Paulo revela, no entanto, que “a muito breve trecho a Endless vai poder fornecer o conhecimento que tem dos consumidores a todo o tipo de marcas, independentemente do setor em que se posicionam”.

Quando questionado sobre o investimento da MC na nova área de negócio, Carlos Paulo não revela valores, mas destaca que a base do investimento está na tecnologia e nos dados. “O essencial do investimento que a MC está a fazer é no conhecimento e nos dados, bem como na componente tecnológica”.

Com a entrada no mercado de ‘retail media’, a MC pretende tirar partido do conhecimento dos dados quantificáveis dos seus clientes para criar estratégias de comunicação ajustáveis aos diferentes objetivos das marcas, de forma segmentada, personalizada e mensurável nos diferentes ‘touchpoints’ da jornada de compra do consumidor, seja nas lojas físicas ou nas plataformas online como o e-commerce do Continente.

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Paula Portugal Mendes reeleita para o ‘board’ da Global Alliance

Licenciada em relações públicas e gestão de imagem pela Escola Superior de Comunicação Social, Paula Portugal Mendes (na foto) é diretora-geral da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa, que integra a confederação das associações do setor da comunicação e relações públicas

Paula Portugal Mendes foi reeleita para o ‘board’ da Global Alliance for Public Relations and Communication Management, enquanto diretora-geral da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE), que integra a confederação das associações do sector.

Licenciada em relações públicas e gestão de imagem pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) do Instituto Politécnico de Lisboa, onde também tirou o mestrado em relações públicas e ciências da comunicação, Paula Portugal Mendes iniciou o percurso profissional como professora assistente na mesma instituição em que completou a formação académica.

Quando ainda dava aulas na ESCS, assumiu uma posição como membro no ‘board’ da APCE, sendo promovida depois a secretária-geral da APCE. Em 2016, ascende à direção-geral da associação, cargo que ocupa até hoje. No mesmo ano, integrou pela primeira vez o ‘board’ da Global Alliance for Public Relations and Communication Management.

 

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Se a espargata não fosse do Van Damme, não era a mesma coisa (com vídeo)

Apesar da dificuldade em escolher, a campanha que Nuno Leal mais gostaria de ter feito é a The Epic Split para a Volvo Trucks, da agência criativa Forsman & Bodenfors. A campanha que mais o concretizou foi a Ao Vivo Ou Morto, para a associação Circuito

Nuno Leal

Qual é a campanha que gostaria de ter feito?

Tantas, que às tantas estou na dúvida entre algumas da Guinness, Skittles, Axe, John Lewis, Playstation, Diesel, Cadbury’s e Canal Plus, mas escolho o filme publicitário The Epic Split para a Volvo Trucks.

Quais são as razões dessa escolha?

Adoro como num briefing que pretende vender a direção dinâmica com controlo de estabilidade nos camiões Volvo, alguém se lembrou da espargata do Van Damme, imagem mítica dele apoiado entre duas cadeiras. E viu naquela imagem dos anos 1980 a chave louca para uma nova demonstração ou ‘Live Test’, que é o nome da campanha da Volvo Trucks, na qual através de uma série de filmes publicitários são demonstradas as valências destes camiões.

Como num território não naturalmente muito criativo, de linguagem direta, para empresários e condutores profissionais, conseguiram ser simples, mas de forma tão divertida, eficaz e louca.

Outra coisa que admiro é a realização de Andreas Nilsson, que acrescentou à ideia um brilhantismo insuperável, no ritmo, nos tempos entre a voz do pensamento do Jean Claude e a revelação da espargata entre camiões em marcha-atrás em plano contínuo, com a banda sonora corajosa que se revela perfeita, da Enya, seguindo o formato atual de manobras ao vivo, bem ao estilo do que a Red Bull faz, ou de programas de televisão tipo o Top Gear, que o tornaram deliciosamente viral e que fizeram com que fosse replicado em ‘spoofs’, paródias e memes até à exaustão.

O que é que lhe chamou mais a atenção: o texto, a imagem, o protagonista ou outro aspeto do projeto e porquê?

O inusitado de rever o Van Damme, ao som de Enya e todo esse azeite se diluir numa ideia incrível e simples, numa estética bela e moderna, onde de repente já nada é azeite, mas sim, os melhores camiões do mundo e um dos melhores anúncios do universo.

Este projeto inspirou-o a nível criativo? Se sim, em quê e de que formas?

Como um goleador da Segunda Liga a ver os golos do Haaland, claro que me inspirou a acreditar que tudo é possível e que vale a pena lutar por detalhes que por vezes são essenciais, seja em que ideia for.

Se a espargata não pudesse ter sido feita com o próprio Van Damme, não era a mesma coisa. Aquela intro épica com outra voz ou com outra música, se de repente tivesse uma daquelas músicas baratinhas da biblioteca de sons do Audiojungle, não era a mesma coisa, pois não?

Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente? Porquê?

São já duas décadas de trabalho criado com muita gente incrível, em agências que gostei muito de trabalhar e, felizmente, tenho algumas campanhas que me concretizaram profissionalmente.

Como também felizmente ainda procuro sempre outras mais, aquela melhor ainda – porque é assim que tem de ser – não podemos ficar à sombra da nossa melhor campanha. E porque agora estou muito feliz na Dentsu Creative, escolho a campanha do Circuito.

Como é que chegou a esta ideia e avançou para a execução?

É uma campanha muito especial, nascida em plena pandemia, por causa do estado péssimo em que o mundo da música estava na altura. Um circuito de bares e salas de concerto fechadas sem data para reabrir, era mesmo uma questão de ‘ao vivo ou morto’, o conceito orelhudo inicial que fazia mesmo muito sentido quando tínhamos músicos e trabalhadores ligados à música a precisar do mais elementar: ganhar para comer e pagar a renda.

Nasceu a hashtag e a ideia de criar uma fila de protesto à porta de um local emblemático de concertos, como que à porta de um festival que não iria acontecer. Uma fila de simpatizantes pela causa, combinada com um ‘line-up’ de artistas que se juntaram, apresentados num filme nascido de muitos esforços e boa vontade, uma grande fogueira e muitos músicos, incluindo um dos seus realizadores, o João Marques da 78.

E um texto que me deu muito prazer em escrever. Veio do coração, com uma achega à então algo inerte ministra da Cultura. Palavras lidas por um ator que também é músico, o Pedro Laginha, que também vivia o que estava a ser lido.

E esse filme convidou à fila, a par dos posters #AoVivoOuMorto, que se quadruplicou em Lisboa, Porto, Viseu e Évora e muita gente juntou, cinco quilómetros de pessoas atrás de pessoas na então era das máscaras faciais que aos poucos conseguiram ter concertos de volta, nos bares e salas de espetáculos que se juntaram ao Circuito.

O que é que faz quando não tem ideias?

Não faço ideia. Agora a sério. Acho que é mais o que faço quando não tenho ‘boas’ ideias. Pensando um pouco, refletindo, há sempre ideias para qualquer necessidade. O problema é não chegar a nenhuma de jeito ou chegar a uma boa, mas já feita. Isso sim, ataca-nos com a força da síndrome de impostor, até que, se correr tudo na normalidade, lá surge uma boa ideia, original.

Às vezes surge ainda outra ideia, bem melhor, mas já depois de entregue a outra ideia, aprovada, o que a deixa sem tempo de acontecer e isso dói tanto como uma folha em branco. Também acontece. Faz parte de sermos humanos e não IA. Que ainda nunca vi ter uma boa ideia, já agora.

Ficha técnica

Campanha: Live Test
Anúncio:The Epic Split
Agência: Forsman & Bodenfors
Cliente: Volvo Trucks
Realizador: Andreas Nilsson
Supervisores de conta: Cilla Pegelow, Olle Victorin
Diretores de arte: Anders Eklind, Sophia Lindholm
Redatores: Bjorn Engstrom, Martin Ringvist
Produtor: Joi Persson
Designer: Jerry Wass
Diretor de fotografia: Ed Wild

Ficha técnica

Campanha: #AoVivoOuMorto
Cliente: Circuito – Associação Portuguesa de Salas de Programação e de Música
Agência: Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo executivo: Ivo Purvis
Diretor criativo: Gil Correia
Redator: Nuno Leal
Designer: Gil Correia
Estratega: António Dias
Gestora executiva de conta: Inês Pinhão
Produtor: Martim Cardoso de Lemos
Produtora: 78
Realizador: João Marques
Som: Guel

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Garnier é a nova patrocinadora oficial do Meo Kalorama 2024

A marca estará presente com um stand, onde vai oferecer brindes e máquinas de jogos para proporcionar experiências interativas, promovendo os seus produtos e as práticas sustentáveis. Além do stand, a Garnier terá ainda uma pista de skate, a ser personalizada em tempo real pela Underdogs Gallery, e contando com a participação de skaters nacionais

A Garnier é uma das novas patrocinadoras oficiais do festival Meo Kalorama 2024,  festival de música, arte e cultura, que decorre de 29 a 31 de agosto, no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Destacar as gamas de produtos ecologicamente responsáveis, reforçando a mensagem de que “é possível cuidar de si e do planeta ao mesmo tempo”, é o objetivo da Garnier com a associação ao festival.

A marca estará presente com um stand, onde vai oferecer brindes e máquinas de jogos para proporcionar aos festivaleiros atividades e experiências interativas, promovendo os seus produtos e a importância das práticas sustentáveis. Além do stand, a Garnier terá ainda uma pista de skate, a ser personalizada em tempo real pela Underdogs Gallery, e contando com a participação de vários skaters nacionais que irão realizar performances ao longo dos dias do festival.

“A Garnier é uma marca ‘fun’, que adora o espírito outdoor e, por isso, a nossa ligação com festivais de verão como o MEO Kalorama é natural. Este evento é não só um palco para a diversão e a boa música, mas também um referência em termos de sustentabilidade, algo com o qual a Garnier se identifica e apoia plenamente”, destaca Tiago Melo, diretor-geral da Garnier em Espanha e Portugal.

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Campanha global da Dove que questiona padrões de beleza gerados por IA chega a Portugal (com vídeo)

Desenvolvida pela agência brasileira Soko, com direção criativa executiva de Vinícius Chagas, Rafael Alves e Marina Cota, direção de arte de Heloísa Lima, Pedro Miranda e Eduardo Diniz e redação de Lucas Abreu e Vitoria Ferrari, a campanha The Code (na foto) foi adaptada internamente pela Dove para o mercado nacional

Lançada internacionalmente em abril, chega agora a Portugal a campanha publicitária The Code da Dove, desenvolvida pela agência criativa Soko, adquirida pela Accenture a 11 de junho. No ano em que assinala os 20 anos da promoção do conceito que valoriza a beleza real das mulheres, a marca alerta agora para os padrões estéticos gerados por inteligência artificial (IA), que tendem a apresentar rostos e silhuetas com padrões irrealistas, o que afeta a autoestima de milhares de consumidoras, de acordo com um novo estudo da Dove.

“Uma em cada cinco mulheres perderia um ano de vida para atingir o seu ideal de beleza e uma em cada cinco raparigas até aos 18 anos estaria disposta a sacrificar até cinco anos de vida para atingir o mesmo ideal”, informa a Dove em comunicado de imprensa. O inquérito realizado revela ainda que oito em cada 10 mulheres sentem ansiedade por causa das redes sociais e que, até aos 22 anos, metade das inquiridas dizem ser influenciadas a experimentar os produtos e tratamentos cosméticos que as influenciadoras digitais recomendam nas redes sociais.

A problemática vai ser discutida a 29 e 30 de junho, no Jardim da Estrela, em Lisboa, entre as 10h e as 18h, num evento de entrada gratuita. Além de aulas de ioga, workshops de cerâmica, sessões fotográficas e atividades para crianças, estão agendados quatro debates sobre beleza, autoestima, saúde mental e IA, moderados pela atriz e psicóloga Carla Andrino, que irá estar à conversa com nomes como Teresa Burnay, Ana Borges, Maria Seruya, José Sobral, Isabel Silva e Carolina Deslandes, que encerra o evento com um miniconcerto, no domingo.

O evento servirá também para fazer o lançamento oficial de The Code em Portugal. Com direção criativa executiva de Vinícius Chagas, Rafael Alves e Marina Cota, a nova campanha publicitária multimeios da agência brasileira Soko, que por via da aquisição da Accenture integra agora a Droga5, tem produção executiva de Marcelo Altschuler e Carol Pessini, direção de arte de Heloísa Lima, Pedro Miranda e Eduardo Diniz e redação de Lucas Abreu e Vitoria Ferrari. Barbara Alvarez assina a direção de fotografia.

Os materiais que a integram a campanha, com edição de Amy Rosenberg, de Malu Leopassi e da Cut + Run, têm produção da Saigon, efeitos visuais da The Mill e pós-produção visual da Nash. O filme publicitário foi adaptado internamente para o mercado nacional pela Dove, dando continuidade à estratégia de valorização feminina que a insígnia tem vindo a empreender desde 2004, com a ambição de combater estigmas e preconceitos que continuam a afetar a população feminina.

“Nos primeiros anos, a mensagem era sobretudo dirigida aos media e à indústria publicitária, mas, com a transferência do poder da criação de conteúdos a passar para a ponta dos nossos dedos, tornou-se imperativo educar e sensibilizar a população para a necessidade de não ajudar a propagar padrões de beleza irrealistas. Hoje, todos contribuímos com os conteúdos que partilhamos, quer seja no uso de editores de imagem, filtros ou no recurso à IA, que é uma ameaça real que afeta a autoestima das mulheres”, refere Maria Matos, diretora de marketing da Dove.

 

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Rodrigo Freixo assume direção executiva de negócio da Coca-Cola na VML

Na nova função, o profissional (na foto), formado em comunicação e jornalismo pela Universidade Lusófona de Lisboa, tem a responsabilidade de liderar a equipa da VML que trabalha as marcas da The Coca-Cola Company na área comercial e de experiência de marca e do cliente

Rodrigo Freixo assume a direção executiva de negócio da The Coca-Cola Company através da agência VML, onde é diretor de experiência de marca. O profissional, que desde o início do ano acumula este cargo na VML com a direção de desenvolvimento de negócios na WPP Portugal, tem agora a responsabilidade de liderar a equipa da VML que vai trabalhar a área comercial e de experiência de marca e do cliente das marcas da The Coca-Cola Company.

“Tenho a responsabilidade de gerir uma equipa unida e criar soluções completas para a The Coca-Cola Company que ultrapassem barreiras geográficas, operacionais e de capacidades. Tudo isto integrado no Open X, solução criada pelo grupo quando ganhou a conta global e que tem revelado um êxito incrível ano após ano”, revela Rodrigo Freixo, em declarações ao M&P.

Formado em comunicação e jornalismo pela Universidade Lusófona de Lisboa, Rodrigo Freixo começou o percurso profissional na McDonald’s Portugal, como gestor de relações públicas. Posteriormente, integrou o grupo Impresa, onde trabalhou durante nove anos como jornalista, fotógrafo e editor de vídeo.

Quando troca o jornalismo pela gestão, Rodrigo Freixo vai para a Grey London, agência de publicidade onde ascende a coordenador internacional da Team Volvo. Posteriormente, entra no Grey Group como diretor global, sendo promovido a diretor-geral executivo. Até janeiro de 2024, assumiu o cargo de CEO da VML Portugal.

“O desafio é enorme e super entusiasmante, sobretudo numa altura em que a The Coca-Cola Company aposta numa transformação de todo o seu marketing que passa muito por mudar o ‘mindset’, mais do que aplicar novos processos. Estamos já a fazer algumas campanhas globais para a empresa com a nossa equipa na Europa e conseguimos estar nos maiores palcos mundiais, como o Tribeca Festival, com a campanha de Natal, e Cannes, entre outros. O objetivo é ir ainda mais longe e atingir a excelência criativa ano após ano”, refere o diretor executivo de negócio da The Coca-Cola Company através da VML.

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Apple é alvo das primeiras acusações ao abrigo do novo Regulamento de Mercados Digitais

Se for considerada culpada, a Apple poderá ter de pagar uma multa de até 10% dos €357 mil milhões anuais de receitas globais que gera. A coima pode ser aumentada para 20% das receitas globais, se a infração for repetida

A Comissão Europeia (CE) acusou a Apple de violar o novo Regulamento dos Mercados Digitais por impedir os programadores de aplicações na App Store de encaminharem livremente os consumidores para serviços mais baratos. As acusações, apresentadas a 24 de junho, são as primeiras a serem decretadas ao abrigo do novo regulamento europeu.

O Digital Markets Act (DMA), que entrou em vigor no início de 2024, estabelece uma lista de regras destinadas a assegurar que todos, incluindo as grandes empresas tecnológicas, cumprem as regras do mercado digital em condições de concorrência equitativas. As conclusões preliminares da CE resultam de uma investigação aberta em março de 2024.

Se for considerada culpada, a Apple poderá ter de pagar uma multa de até 10% dos €357 mil milhões anuais de receitas globais que gera, destaca a CE em comunicado de imprensa. A coima pode ser aumentada para 20% das receitas globais da empresa, se a infração for repetida.

Em reação às acusações da CE, a Apple argumenta que efetuou as alterações necessárias nos últimos meses, para cumprir o novo regulamento e as exigências dos criadores de aplicações.

“Hoje, tomamos novas medidas para garantir que a Apple cumpre as regras do Regulamento de Mercados Digitais. Temos razões para crer que as regras da App Store, que não permitem que os criadores de aplicações comuniquem livremente com os seus próprios utilizadores, violam o DMA”, reforça Thierry Breton, comissário europeu de Mercado Interno.

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