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“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

Luis Batista Gonçalves
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“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

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Apesar de estar a patrocinar eventos criados para o consumidor final e a vender produtos como retalhista na plataforma de comércio eletrónico 360hyper e na ‘marketplace’ própria, a Makro continua a assumir-se como grossista, direcionando a maioria da comunicação para o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés).

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da empresa, justifica a aposta estratégica no setor da restauração e da hotelaria e fala da evolução do negócio e da nova abordagem comunicacional para rejuvenescer a imagem da marca.

A Makro está a rejuvenescer a imagem. Qual é o posicionamento da marca em Portugal?

Estamos a assumir quem somos ao mercado. Durante muito tempo, as pessoas conheciam-nos como uma marca antiga, como aquela loja grande que só vende para profissionais, mas nunca nos afirmámos como grossistas.

Não está a mudar quem somos, mas o orgulho de dizer quem somos. É isso que se tem vindo a ver na nossa evolução enquanto marca. Hoje, somos orgulhosamente grossistas, uma empresa que serve um setor que é fundamental para o nosso país, que é o canal Horeca. A evolução da marca reafirma este posicionamento.

Embora se afirmem como grossistas, têm produtos à venda em plataformas de comércio eletrónico como o 360hyper, que é um retalhista. Como é que gerem esta dualidade?

70% dos nossos clientes vêm do canal Horeca e o nosso foco é esse setor. É para estes clientes que as nossas lojas são feitas. Vendemos grandes volumes. Dificilmente se conseguem comprar lá muitas coisas à unidade.

A nossa comunicação em loja é completamente diferente da do retalho tradicional. A parceria com o 360hyper é apenas mais uma área de negócio. Tem alguma oferta do nosso portefólio, mas não tem tudo o que temos, até porque o consumidor final não consegue comprar as quantidades e os volumes que vendemos em loja.

A renovação das lojas é pensada tendo apenas em conta as necessidades do canal Horeca?

Sim. Pretendemos ser o parceiro dos nossos clientes e é isso que estamos a querer afirmar, ao renovar a experiência de compra em loja, simplificando-a e tornando-a mais eficiente, até em termos da reposição de ‘stocks’, para garantir sempre produto.

Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro FOTO FRAME IT

Na entrada da loja, estão os equipamentos e os utensílios, depois os produtos de higiene e os alimentares e, na reta final, os congelados e os frescos. A comunicação procura dar visibilidade a esses setores, dando até palco aos nossos clientes nas comunicações que fazemos.

A Makro chega a Portugal há 35 anos como grossista, mas tem vindo a alargar o leque de consumidores. Como é que estão a comunicar para conquistar novos clientes?

O nosso foco é o canal Horeca. A estratégia e a transformação do negócio que estamos a fazer é direcionada para esses consumidores. Sendo uma rede de lojas profissionais à qual qualquer negócio pode ter acesso, como um escritório de advogados ou uma agência criativa, por exemplo, temos uma área de negócio que não podemos descurar. Mas o nosso foco, a 100%, é a restauração, a hotelaria e os cafés.

Como é que a marca comunica?

Temos uma estratégia que é definida pela equipa de marketing, que recorre muito ao marketing digital e que é complementada com uma estratégia de comunicação ao cliente através de SMS e newsletters.

Temos também os nossos catálogos, redes sociais e uma revista, a Mundo Makro, que nos promove de forma mais generalista. O tipo de comunicação que fazemos é mais ‘below-the-line’, com exceção de algumas campanhas que, cirurgicamente, vamos fazendo, em televisão e na rádio.

Em termos de comunicação, quais são os objetivos estratégicos para 2025?

A comunidade gastronómica continua a ser o principal foco. Além de a apoiar, vamos continuar a dar-lhe visibilidade, valorizando também a produção nacional. A nível da sustentabilidade, estamos a trabalhar, em termos de comunicação, em novos projetos nacionais e em projetos europeus que temos de implementar, que ainda não podemos divulgar.

A estratégia de comunicação para 2025 difere muito da de 2024?

Consolida-a. Vamos evoluindo e explorando novas áreas para comunicar mas, nesta fase, o caminho é reafirmar o posicionamento de grossista. Não vamos mudar substancialmente, mas vamos inovar. Queremos sempre surpreender e captar a atenção.

Apresentam-se como parceiros para todas as ocasiões. Este conceito vai continuar a nortear a estratégia de comunicação?

O sucesso do negócio dos nossos clientes é o nosso sucesso. Acaba por ser esse o nosso ‘claim’. É assim que vemos a forma como trabalhamos e o sermos parceiros está inevitavelmente associado a este posicionamento, que nos define.

A aposta nos eventos gastronómicos

A aposta em eventos gastronómicos é local ou faz parte da estratégia internacional da Makro?

A nível internacional, cada mercado tem a sua estratégia, mas é inevitável que o canal Horeca e a gastronomia andem de mãos dadas e, enquanto parceiros de negócio, devemos ser um dos grandes apoiantes desses momentos, em Portugal.

FOTO FRAME IT

A gastronomia está muito em voga, mas há 35 anos, quando houve o evento Chefe Cozinheiro do Ano, que hoje em dia é o Chefe do Ano, a figura de chef existia, mas não era uma coisa de que todos falássemos. Não conhecíamos os chefs nem sabíamos quem eram. Mas a Makro já estava nesses eventos, a dar visibilidade a talentos.

Foram visionários?

Sim. Uma das pessoas que passou pelo Chefe Cozinheiro do Ano foi o Henrique Sá Pessoa, que hoje é um chef com duas estrelas Michelin. Já estávamos nestes eventos gastronómicos antes de terem a visibilidade que têm hoje.

Continuam a patrocinar chefs?

A Makro tem relação com muitos chefs mas, neste momento, não patrocinamos nenhum. Os patrocínios centram-se nos eventos.

A visibilidade é o que leva a Makro a investir nesses eventos?

O Chefs on Fire é o único evento que é direcionado para o consumidor final. O Congresso de Cozinha, o Chefe do Ano, os Prémios Mesa Marcada e a Gala Michelin Portugal são eventos profissionais. Com o Chefs on Fire, a intenção é trabalhar com a comunidade gastronómica, porque é um evento onde a cabeça de cartaz é a cozinha.

A gastronomia tem vindo a ganhar um espaço de destaque, o que nos leva a apoiar o evento, com os nossos ingredientes. No início, até tínhamos lá um espaço aberto ao consumidor final e tínhamos esta relação, mas entretanto mudámos de estratégia.

Porquê?

Pela transformação que estamos a fazer para nos afirmarmos como grossistas. No evento Chefs on Fire em Cascais, que é o maior, nunca temos um espaço aberto ao consumidor. O espaço a que damos nome, o Makro Chef’s Lounge é uma zona exclusiva para os chefs e para as suas equipas, para reforçar a ideia que é para estes clientes que trabalhamos.

A estratégia é apoiar o evento que lhes dá a oportunidade de terem pessoas a conhecê-los e de descobrirem os restaurantes que representam, também com a intenção de criar uma relação com a comunidade gastronómica. Se o negócio deles crescer, o nosso também cresce. Há uma relação de mutualidade.

Os visitantes do Chefs on Fire apercebem-se da presença da Makro no evento?

Sim, provam os nossos ingredientes, com os quais os chefs cozinham e a marca está visível no espaço, mas de uma forma muito integrada no evento. Estamos presentes de uma forma subliminar, sem o ‘in your face’, e, mesmo assim, conseguimos que as pessoas retenham a Makro como uma das marcas que apoiam o evento.

Voltam a patrocinar o Chefs on Fire este ano?

A informação que temos mostra que estamos no caminho certo. Por isso vamos voltar a patrocinar o Chefs on Fire este ano.

Também renovam o apoio aos outros eventos?

Sim, vamos continuar com a Gala Michelin Portugal, com o Congresso de Cozinha e com os Prémios Mesa Marcada.

Qual é a percentagem do orçamento de comunicação canalizado para esse apoio?

70% do orçamento de comunicação da Makro é afeto ao apoio a eventos, essencialmente gastronómicos.

FOTO FRAME IT

No Chefs on Fire e no festival de gastronomia de Santarém, têm uma grande presença de visitantes fora do canal Horeca. Põem a hipótese de aproveitar esses eventos para fazer ativações de marca com consumidores que não costumam ir às vossas lojas?

O nosso foco não vai passar pelo consumidor final. Enquanto marca, é importante termos esta presença, porque entre os consumidores pode haver sempre potenciais clientes.

Além disso, queremos que seja uma marca que as pessoas tenham sempre presente. Apesar de não ser o foco da nossa estratégia, é inevitável que a comunicação que fazemos atinja o consumidor final.

A associação à música

Tendo em conta a distribuição no 360hyper, uma plataforma de retalho para consumidores finais, ponderam vir a patrocinar eventos desportivos ou musicais?

Pode vir a estar nos nossos planos. A iniciativa Sabores com Música by Makro é um formato que se insere nessa estratégia. Mas, em vez de patrocinarmos um concerto ou um um festival, levamos a música ao nosso cliente grossista, permitindo-lhe anunciar que vai receber um espetáculo do Diogo Piçarra no seu restaurante num determinado dia, por exemplo, gerando-lhe negócio por essa via.

Estamos cada vez mais a querer encontrar formas diferentes e alternativas para promover o negócio dos nossos clientes do canal Horeca.

Com patrocínios a eventos generalistas chegam mais facilmente ao cliente final. Apesar de terem o vosso ‘marketplace’ digital aberto a todos os consumidores, a estratégia não passa por aí?

Não quer dizer que não possa haver uma possibilidade de trabalharmos outro tipo de eventos, mais direcionados para o consumidor final. O importante é que tenham sempre relevância do ponto de vista do negócio e que também tenham representatividade do nosso cliente nesse evento.

Faz sentido para a Makro investir em comunicação em eventos desportivos?

Sim. Temos uma parceria com o Casa Pia Atlético Clube, promovendo a importância da nutrição no desporto. Lá fora, a Metro, a nossa casa-mãe, patrocina a equipa de futebol alemã Fortuna Düsseldorf. Em Portugal, ainda não o fazemos, mas não quer dizer que não seja um caminho que se possa vir a explorar, mas não para já.

A evolução do negócio

Como é que as vendas têm evoluído?

Apesar de essa não ser a minha área, posso afirmar que temos conseguido ter uma evolução bastante estável. No ano fiscal de 2023/24, atingimos um volume de vendas de €600 milhões.

A aposta no canal Horeca tem aumentado a fidelização à marca?

O nosso posicionamento faz com que 70% dos nossos clientes sejam do canal Horeca. Mas, mesmo aí, apesar de termos uma presença muito forte no setor, temos margem para crescer.

Como é que o vosso ‘marketplace’ digital é comunicado?

Faz parte da nossa abordagem multicanal para os três canais de venda. Além das lojas de ‘cash & carry’, temos o ‘food service distribution’ e o ‘marketplace’. Tentamos ter uma abordagem em que os clientes podem usar os três canais como espaços de compra.

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O cliente do canal Horeca pode vir à loja para comprar determinados artigos, mas também os pode receber no seu estabelecimento, tendo nesse caso acesso a um sortido maior, que não nos é possível ter em loja pelo espaço limitado de que dispomos. No ‘marketplace’, é possível encontrar uma amplitude grande de sortido não alimentar, o que nos está a permitir crescer na área de suporte da cozinha, que em loja estamos limitados para expor.

Há mais vantagens que o ‘marketplace’ traga ao negócio da Makro?

Além de ser mais um canal de venda e de nos dar um espaço de visibilidade adicional, permite-nos trabalhar com mais fornecedores, aumentando o leque de oferta. O sortido de produtos não alimentares passa, nos últimos anos, de 20 mil para 120 mil artigos, focados nas necessidades dos setores de hotelaria e restauração.

O ‘marketplace’ já representa que a percentagem do negócio?

Estamos em linha com os objetivos de negócio definidos, tendo registado um crescimento de 50% em relação ao ano transato. Mais de 70% das vendas são realizadas com clientes profissionais, cerca de 60% das vendas são efetuadas por clientes com cartão Makro e a taxa de fidelização também se mantém elevada, com cerca de 55% das vendas a serem realizadas por clientes que já efetuaram compras anteriormente.

Zebras, astronautas e estátuas gregas revolucionam promoção da marca

Na comunicação têm privilegiado o humor, como a campanha da Comon em 2024, que enche as redes sociais, os múpis e as lojas Makro de zebras, astronautas e estátuas gregas. A estratégia é para manter?

Foi uma estratégia disruptiva, da nossa equipa de marketing, que traz uma novidade na forma como a Makro comunica. É esse o caminho que temos vindo a seguir.

Temos feito comunicações com mais humor, mais fora da caixa em relação ao habitual. Não diria que vai ser sempre assim, mas é importante mostrarmos que estamos atualizados e mais adaptados ao mercado. A Makro já não é aquela empresa mais envelhecida. É também isso que procuramos transmitir na comunicação.

A websérie ‘Negócios Temperados com Paixão’ é utilizada para mostrar o novo posicionamento. Vão explorar outros caminhos nesta área?

É possível que sim. Essa série fala de histórias reais, de negócios que passam de geração em geração. Os episódios, protagonizados por clientes da Makro, numa perspetiva de valorização, mostram a dureza do que é trabalhar no setor da restauração.

Mas há também uma beleza, principalmente quando é uma família a recordar as histórias dos avós e dos pais quando começaram o negócio. Estas narrativas desvendam o outro lado da gastronomia e da restauração e temos muito orgulho em dar-lhes palco.

Como é que exploram esse ‘storytelling’ para comunicar marcas e produtos?

Há muitas histórias para contar neste setor. Quando cá cheguei, há quatro anos, mergulhei num mundo totalmente novo e, a cada dia, descubro coisas novas. Como é um setor cativante, onde as pessoas que trabalham vivem com muita entrega e paixão, não faltam histórias para partilhar.

O ‘storytelling’ é muito explorado em formatos de ‘branded content’. Também o usam para comunicar com os clientes?

Também. Estamos a fazê-lo para divulgar a plataforma Dish by Makro, uma plataforma de reservas profissionais para restaurantes. Nas redes sociais, também exploramos esse ‘storytelling’, divulgando experiências e testemunhos de clientes.

Marcas próprias representam 34% das vendas

Em termos de consumo, quais são as áreas que têm crescido mais?

O que se nota mais é a abertura de diferentes tipologias de negócios, que leva a uma diversificação. Os produtos para ‘brunchs’ têm uma grande procura, os restaurantes italianos permanecem muito fortes, assim como a comida asiática e a comida típica portuguesa. Os donos desses espaços de restauração acabam por ser os nossos principais clientes.

Mas nota-se que há tipologias de novos negócios a aparecer todos os dias no tecido empresarial português, o que faz com que estejamos atentos para ver se o nosso portefólio é suficiente ou se é necessário fazer algum tipo de adaptação.

As marcas próprias já representam que percentagem do negócio?

A representatividade das marcas próprias tem vindo a crescer. No ano fiscal de 2020/21, representavam 28% do total de vendas, tendo aumentado para os 34% no último ano fiscal, referente a 2023/24.

A promoção de Francisca Fernandes, em outubro, para gerir a oferta e as marcas próprias da Makro, vai dar origem a novos produtos?

A Francisca fazia parte da equipa de compras. Neste momento, está a fazer uma revisão do sortido, procurando perceber o que é que temos que pode não ser tão interessante para o nosso cliente, uma vez que abandonámos um bocadinho o retalho tradicional que tínhamos, para nos focarmos mais no retalho profissional, que é o grossista.

Com esta revisão de sortido, há espaço para detetarmos novas necessidades. Havendo novos produtos, serão imediatamente comunicados aos clientes.

Pode desvendar algumas das novidades?

Ao longo de todo o ano, teremos diversas novidades nas marcas próprias Metro Premium, Sabores Lusitanos, Metro Chef, Metro Professional, Rioba, Sigma, Tarrington House e Aro, mas também nos vinhos de marca própria.

As últimas novidades são as manteigas da Rioba, o sal marinho, os flocos de cebola, as bagas de zimbro e a pimenta-rosa da Metro Chef e os vinhos Monte Baixo Touriga Nacional, Monte Baixo Syrah, Monte Baixo Moscatel de Setúbal e Monte Baixo Special Blend.

A campanha publicitária que a Makro lança em meados de 2024 continua a ser exibida nas lojas do grossista

O portefólio de produtos ‘premium’ é comunicado de forma isolada?

Comunicamos ativamente os produtos premium, através dos catálogos, com muita frequência. Como o nosso sortido é, em grande parte, todo ele fora de série, não fazemos propriamente uma distinção. No caso dos vinhos de marca própria, a comunicação tanto abrange os mais caros como os mais baratos, não fazendo com que seja o preço a definir a qualidade do vinho.

A Makro produz os produtos de marca própria em Portugal?

80% do nosso sortido de marca própria é de produção nacional.

Como é que esses produtos são testados?

Os primeiros a experimentá-los são os colaboradores. Candidatam-se e, quando são selecionados, recebem o produto, experimentam-no e dão-nos feedback, do produto em si e da embalagem.

Novos paradigmas de consumo

A preocupação com uma alimentação saudável está refletida na vossa estratégia de comunicação?

Está, no sentido de divulgarmos a certificação, de termos produtos sustentáveis e de estarmos a apostar na produção local. Temos um portefólio gigante nessa área, para que os nossos clientes possam oferecer esses produtos aos deles. A definição dos menus é feita pelos nossos clientes, só temos que garantir que temos os produtos de que necessitam.

Como é que a sustentabilidade é comunicada, dentro e fora de loja?

Internamente, comunicamo-la muito. Há um relatório da Metro que indica as metas de sustentabilidade do grupo a nível interno, que partilhamos com os nossos colaboradores, para que também estejam aptos a responder às dúvidas dos clientes.

Dentro de loja, temos as indicações da origem dos produtos à vista e, quando temos ações ligadas a essa temática, também as comunicamos externamente, aos media.

O apoio a eventos como o Chefs on Fire, que tem uma política de plástico zero e de redução do desperdício alimentar através do reaproveitamento, também se insere nessa estratégia?

Sim. Em loja, o nosso sortido de utensílios descartáveis sustentáveis é gigante. Isso também mostra a aposta que fazemos para que o nosso cliente, quando tem um serviço de ‘takeaway’ ou organiza um evento, tenha uma oferta mais ecológica, em papel em vez de plástico.

Como é que a estão a utilizar inteligência artificial (IA) na comunicação e nas estratégias de venda?

É algo que estamos a explorar. É uma ferramenta de trabalho, mas o nosso negócio é muito humanizado. Os funcionários das lojas sabem o nome dos clientes e o contrário também sucede. Estamos a explorar como é que a IA nos pode tornar mais eficientes no negócio, mas acredito que o fator humano vai estar sempre muito presente no processo de compra.

A estratégia de ’employer branding’ da Makro, desenvolvida em colaboração com a Tux&Gill, tem os colaboradores da empresa como protagonistas

Há muitos retalhistas e até grossistas globais a investir em ‘retail media’. Também é o caso da Makro?

Não, porque a nossa comunicação é mais ‘below-the-line’. Podemos comunicar ‘above-the-line’, através de ‘outdoors’ ou outros meios, mas fazemo-lo sempre cirurgicamente, para determinadas campanhas, como foi o caso da das zebras, dos fatos espaciais e das estátuas gregas. Mas essa não é a forma como a Makro comunica habitualmente.

Antes de estar neste cargo, trabalha em publicidade e em eventos. Como perspetiva a evolução destas duas áreas em Portugal?

A nível de eventos, está a acontecer muita coisa. Portugal tornou-se no país que interessa a todos os organizadores de eventos, não só para o consumidor final como para o profissional. A nível de publicidade está cada vez mais interessante.

Estamos mais arrojados e inovadores, com uma criatividade forte. Os media digitais e até os meios em papel estão a começar a encontrar novos espaços e formas de comunicar e a publicidade está a acompanhar essa tendência.

 

“A comunicação interna continua a ser o parente pobre”

As estratégias de comunicação interna das empresas são pouco faladas. Por que razão?

A comunicação interna continua a ser o parente pobre da comunicação, tal como o ’employer branding’, que também é pouco falado. No caso da comunicação interna, aplicamos muitas vezes os conhecimentos que trazemos do marketing externo para dentro da empresa.

Não podemos comunicar para fora sem haver um alinhamento interno. E, da mesma maneira que tem que ser espampanante para fora, a comunicação interna também tem de ser aliciante para dentro.

As equipas têm de estar motivadas e têm de acreditar no que estamos a comunicar para fora, senão a campanha das zebras, dos astronautas e das estátuas gregas é muito engraçada para quem a vê, mas internamente não faz sentido.

Como é que a Makro comunica internamente?

Procuramos envolver as equipas para as motivar, para que sintam o mesmo amor pela marca e o deixem transparecer para fora. Parte do nosso trabalho enquanto departamento de comunicação foca-se na comunidade interna, os nossos primeiros ‘stakeholders’.

No caso da campanha que desenvolvem com a Comon, como é que envolvem os funcionários na comunicação?

Fizemos vídeos com os colaboradores a circular pela loja, um com uma cabeça de uma zebra e outro com uma cabeça de astronauta.

Com a loja aberta aos clientes?

Sim, os clientes viram esta ação a acontecer. Esses vídeos foram depois divulgados internamente. Quando lançámos a campanha ‘Leve Mais Pague Menos’, fizemos uma corrida interna nas lojas, para ver qual dos colaboradores é que conseguia encher mais o carrinho e pagar menos. Fomos com os colaboradores para as lojas para testar o conceito.

Também tivemos o Toy a entrar-nos pelo escritório adentro a cantar. Fazemos muitas ativações internas deste género. Não são conhecidas porque não são divulgadas. Mas não é só a Makro que as faz. Há muitas empresas a fazê-lo.

 

‘Employer branding’ é trabalhado pela Tux&Gill

O departamento de comunicação também contribui para a estratégia de ’employer branding’ da Makro?

Sim, o conceito é definido estrategicamente pelo grupo a que pertencemos e, sempre que se implementa em Portugal, cria-se um grupo de trabalho que envolve a comunicação e o marketing, para pensar como é que o desenvolvemos.

Por norma, vamos falar com uma agência. Com o ‘People & Culture’ estamos a trabalhar com a Tux&Gill, que criou um conceito, a partir dos nossos ‘briefings’, relacionado com uma coisa que é muito nossa, muito portuguesa, que é a expressão ‘N formas de’ fazer qualquer coisa, por exemplo, com o N como expressão de grandeza matemática, completamente alinhado com o Makro, que é uma palavra que também remete para algo grande.

Como é que esse conceito é materializado?

Substituímos o ‘N formas de’ pela expressão ‘M formas de’’. Neste momento, ‘M formas de acrescentar valor’ é o nosso ‘claim’ de ’employer branding’. O conceito evoluiu entretanto para uma campanha com os colaboradores, em que cada um explica como é que acrescenta valor à Makro dentro daquela que é a sua área de atuação.

Temos a participação de um empregado do talho, de um funcionário da peixaria, de um colaborador da equipa de vendas e de um diretor de loja. O conceito é bastante amplo e permite-nos criar essa comunicação interna de várias maneiras.

Só internamente?

A ideia era que só vivesse internamente, mas estamos também agora a utilizar esse conceito para comunicar a marca externamente. Esta campanha vive nas nossas redes sociais, está a ser divulgada no LinkedIn. Foi feito um pequeno anúncio, que tem tido algumas declinações.

Estão previstas novas declinações?

Vamos continuar a explorar o conceito, ao longo do ano, com o propósito de falar de quem somos culturalmente enquanto empresa e também no que representamos enquanto lugar para trabalhar. Podemos falar em ‘M formas de’ evoluir ou ‘M formas de’ celebrar. São muitas as possibilidades.

 

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68% dos consumidores preferem marcas facilitadoras de mudança

Consumidores valorizam mais as marcas com preocupações ambientais e sociais. 40% dos inquiridos reconhecem mérito às empresas que protegem os dados e a privacidade dos clientes

Cerca de sete em cada dez portugueses (68%) procuram marcas que atuem como facilitadoras da ação individual e coletiva, revela o estudo ‘Meaningful Brands’, realizado pela Havas Media Network. Segundo a análise, os consumidores valorizam mais as marcas com preocupações ambientais (81%) e sociais (78%) e só depois com os consumidores a nível individual (41%).

“Ao nível do planeta, existe uma expetativa de que as marcas adotem programas de utilização responsável de recursos (48%), que fomentem um consumo consciente e sustentável (40%) e que compensem a sua pegada de carbono (42%)”, refere o estudo, elaborado com base em cerca de 1,5 milhões de consumidores em 24 países e cerca de 2.600 representantes de marcas.

“Se, em 2023, a exigência do consumidor se centrava na resolução de problemas do quotidiano, o ano de 2024 provocou um salto da ‘me-conomy’ para uma mentalidade mais coletiva. Nesta expetativa de progresso conjunto, as marcas são vistas como entidades que devem potenciar o impacto da ação dos consumidores”, salienta a Havas Media Network, em comunicado de imprensa.

A procura de um novo sentido de positividade, resiliência e iniciativa por parte dos consumidores é uma das tendências apontadas no estudo. “As marcas têm agora, mais do que nunca, a oportunidade de serem facilitadoras de mudança, de fortalecer um sentimento de pertença e de promover uma cultura inclusiva, que valorize a diversidade e a cooperação”, defende a análise.

A investigação revela que 66% das pessoas acredita que a tecnologia traz benefícios e melhorias à sua vida, desde que utilizada de forma responsável pelas marcas, com 40% dos inquiridos a reconhecer mérito às empresas que adotam procedimentos que salvaguardam os dados e a privacidade dos clientes.

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Festival CCP revela presidentes de júri

Em termos de patrocinadores das categorias a concurso, esta edição do festival do Clube da Criatividade de Portugal conta com a Worten (Publicidade); Pingo Doce (Design); Nos (Digital); Betclic (Experiências de Marca); Leroy Merlin (Craft); e EDP (Integração)

Icaro Doria, Miguel Viana, Adriano Esteves, Andrea Siqueira e João Nuno Pinto, profissionais com carreiras nacionais e internacionais, vão liderar os grupos de júri do 27º Festival CCP – Clube da Criatividade de Portugal, em que a categoria de Integração é composta por todos os presidentes de júri das cinco categorias do concurso.

À frente do painel de votação na categoria de Publicidade está Icaro Doria (presidente e CCO da DM9); em Design é Miguel Viana (coCEO, CCO e cofundador da Unlock Brands); em Digital é Adriano Esteves, (fundador e diretor criativo da Bürocratik);  em Experiências de Marca é Andrea Siqueira (sócia e CCO da AMPFY); e em Craft em Publicidade é João Nuno Pinto (realizador e fundador da Garage, Do You Play?).

Em termos de patrocinadores das categorias a concurso, esta edição do Festival CCP conta com a Worten (Publicidade); Pingo Doce (Design); Nos (Digital); Betclic (Experiências de Marca); Leroy Merlin (Craft); e EDP (Integração).

Os grupos de júri de cada categoria passam a ser compostos por um presidente, cinco jurados e um anunciante, exceto a categoria de Publicidade, que mantém um presidente, sete jurados e um anunciante. Cada grupo de júri integra ainda um elemento júnior, sem direito a voto. As sub categorias de Meios passam a vigorar dentro da categoria de Publicidade.

O júri oficial de cada categoria será revelado em breve e pode ser consultado no site do CCP na página de inscrições do concurso, onde figura também o júri de ‘shortlist’, no qual os sócios do Clube podem inscrever-se, até 28 de março, aqui. Agências, estúdios, ‘freelancers’ e produtoras podem candidatar os trabalhos a concurso até 10 de abril.

“A verificação dos dados de inscrição na plataforma é da exclusiva responsabilidade da entidade que inscreve. A organização do concurso
não se responsabiliza por irregularidades, faltas ou erros nas inscrições. Recordamos que os trabalhos podem ser desclassificados caso incluam logótipos das empresas autoras ou referências aos autores, exceto nas peças de autopromoção. O regulamento é de leitura obrigatória para todos os que entregam trabalhos a concurso”, refere a direção do Clube da Criatividade de Portugal em comunicado de imprensa.

A votação online decorre de 18 de abril a 4 de maio; o prazo para a entrega de peças físicas é de 5 a 9 de maio (das 10 às 18h); o fecho da ‘shortlist’ pelos presidentes de júri é de 8 a 14 de maio; a votação presencial acontece a 14, 15 e 16 de maio; a Semana Criativa de Lisboa tem lugar de 16 a 23 de maio; e a Gala de Entrega de Prémios e a festa de encerramento estão previstas para 23 de maio.

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Campanha da KKi Creative promove em Portugal turismo no Piauí (com vídeo)

Para além de ter um stand exclusivo na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, o destino brasileiro está a ser promovido através de uma campanha publicitária omnicanal (na foto), que está a ser divulgada em imprensa, exterior e redes sociais

‘Bora Alí, no Piauí?’ é o nome da campanha que está a promover Piauí, destino turístico brasileiro que está a ser apresentado aos operadores nacionais. Concebida pela KKi Creative, agência criativa de origem brasileira com sede em Cascais, a campanha publicitária omnicanal está a ser divulgada em imprensa, exterior e redes sociais.

“Sendo o coração do nordeste brasileiro, o estado do Piauí destaca-se pela a sustentabilidade e pelo vasto património natural, propício ao turismo de natureza. Além disso, este território é único, do ponto de vista humano, geológico e arqueológico, pois ali se encontram as mais antigas pinturas rupestres da América do Sul”, explica a Visit Brazil Travel Association (VBRATA) em comunicado de imprensa.

A campanha, que decorre durante o mês de março, está a ser comunicada pela Press Hub e é amplificada através de um stand exclusivo na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, feira de promoção turística que decorre entre os dias 12 e 16 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Direcionada para os portugueses que procuram destinos de sol e praia, a campanha multimeios tem o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Piauí, do Governo do Estado do Piauí, da Secretaria de Turismo do Piauí e da agência de atração de investimentos estratégicos Investe Piauí.

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‘Retail media’ é mais eficaz em espaços comerciais pequenos

A atenção captada pelos ecrãs de ‘retail media’ é 4,5 vezes maior nas superfícies comerciais menores. Ao contrário dos estabelecimentos grandes, as lojas de conveniência tendem a gerar mais interações

O ‘retail media’ é mais eficaz em espaços comerciais pequenos, avança o ‘In-store Retail Media Attention Study’. De acordo com o estudo, da Lumen Research em colaboração com o retalhista britânico Co-op, a atenção captada pelos ecrãs de ‘retail media’ é 4,5 vezes maior nas superfícies comerciais com uma área menor.

Segundo a análise, a possibilidade de os suportes de comunicação instalados no interior dos espaços serem vistos duplica nas lojas de menores dimensões. “Os suportes de ‘retail media’ em lojas pequenas têm um impacto quatro vezes superior na recordação da marca do que os das lojas de grande formato, porque os compradores exploram mais as lojas, revisitando várias vezes os corredores”, conclui a Lumen Research.

O estudo, elaborado com base num inquérito junto de uma amostra de 60 consumidores, após visitas de dez a 15 minutos a superfícies comerciais de diferentes dimensões e tipologias, analisa também o comportamento dos participantes durante as compras.

“Os compradores usaram óculos de rastreio ocular para medir a atenção às exposições dos media presentes nas lojas durante as compras. Após completarem a missão, preencheram um inquérito online avaliando a sua recordação das exposições, o reconhecimento da marca e a intenção futura de compra da marca”, explica o estudo.

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Judas faz colaborações com diretores criativos convidados

Denominada coLab, a iniciativa desdobra-se em edições que se prolongam por vários meses. Durante esses períodos, os diretores criativos convidados trabalham e colaboram estreitamente com a equipa da Judas nos projetos da agência

A Judas inicia um novo ciclo de colaboração com diretores criativos convidados, com o intuito de promover a troca de experiências entre os designers portugueses mais conceituados e a equipa da agência, num ambiente dinâmico e colaborativo.

Denominada coLab, a iniciativa divide-se em edições com a duração de vários meses, durante os quais os diretores criativos convidados trabalham e colaboram estreitamente com a equipa da Judas nos projetos da agência. O projeto também visa explorar novas perspetivas, abordagens e processos, criando um ambiente propício à renovação criativa.

O primeiro a subir ao palco é Diogo Potes que, em cerca de 20 anos de carreira, colabora com vários estúdios e agências de design em Lisboa, nomeadamente RMAC, Alva e Solid Dogma, onde é diretor criativo e chefe de design durante sete anos. Em 2023, funda o Studio Potes, focado na tipografia experimental e na direção de arte.

Diogo Potes tem um percurso que inclui projetos de identidade institucional e de marcas, design editorial, cartazes, tipografia experimental, ilustração e direção de arte arquitetónica. Entre os trabalhos de destaque, destacam-se colaborações com o Lux Frágil, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu Berardo, o Festival Iminente e a Red Bull.

Nos próximos meses, Diogo Potes vai colaborar com a equipa criativa da Judas, contribuindo com a sua experiência para acelerar a procura de soluções inovadoras para os projetos da agência. Esta parceria pretende marcar uma nova fase de evolução da Judas, que introduz novos processos criativos e uma nova abordagem ao design e à comunicação visual.

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Publicis reforça gestão e obtenção de dados com aquisição da Lotame (com vídeo)

A aquisição consolida a estratégia do Publicis de apostar em dados baseados em identidades. Com a junção da Lotame ao portefólio de ativos focados em dados, o grupo expande os perfis individuais para 4 mil milhões e atinge cerca de 90% dos consumidores adultos com acesso à internet

O Publicis Groupe adquire a Lotame, plataforma norte-americana de gestão de dados, para complementar o portefólio de ativos focados em dados, que pretende combinar com inteligência artificial (IA) para ajudar os clientes a alcançar os consumidores com maior eficácia.

A aquisição consolida a estratégia do Publicis de apostar em dados baseados em identidades, uma abordagem de segmentação e personalização de marketing que se baseia na recolha de fontes de dados primárias para construir perfis de pessoas reais. A Lotame vem reforçar a base de dados do Publicis alojada na Epsilon, agência do grupo que fornece dados à ‘holding’ sobre 2,3 mil milhões de pessoas a nível mundial.

Nos termos do acordo, a Lotame, fundada em Columbia, Maryland, em 2006, vai manter a denominação e a estrutura atuais. A plataforma trabalha com quatro mil marcas e editores em 109 países e conta com 150 funcionários. A Lotame dá à ‘holding’ francesa acesso a cerca de 1,6 mil milhões de perfis de consumidores, permitindo ao Publicis expandir os perfis individuais para 4 mil milhões e atingir cerca de 90% dos consumidores adultos com acesso à internet mundialmente, refere o Publicis em nota de imprensa.

Investimento contínuo em dados e IA

Embora os termos financeiros da aquisição não tenham sido mencionados, Arthur Sadoun, presidente e CEO do Publicis Groupe, revela num vídeo de 20 minutos dedicado aos funcionários que o Publicis investe 1,5 mil milhões de dólares (€1,3 mil milhões) em dados e tecnologia nos últimos seis meses e reitera que o grupo vai gastar entre 800 e 900 milhões de dólares (€737 e €829 milhões) em aquisições de IA e tecnologia em 2025.

Este negócio aumenta a capacidade do Publicis em termos de dados nas regiões da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), bem como na região da Ásia-Pacífico (APAC). Scott Hagedorn, diretor de soluções do Publicis, revela que a ‘holding’ não tinha uma cobertura de dados tão significativa na APAC como desejava antes da aquisição. “Isto dá-nos uma presença muito forte na APAC, onde muitos outros grupos têm tido dificuldade em implementar uma estratégia de identidade”, declara Scott Hagedorn à Ad Age.

No vídeo dedicado aos funcionários, Arthur Sadoun descreve como a Lotame será integrada na plataforma de IA da empresa, a CoreAI, lançada em janeiro de 2024. O CEO do Publicis Groupe também refere que a IA “não é nada sem dados”, salientando que quanto mais dados a empresa tiver em diferentes pontos de contacto com o consumidor, melhor poderá fornecer conteúdo personalizado em larga escala.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Diogo Stilwell integra júri do Young Lions Ucrânia

“Sabendo de todos as dificuldades que este povo tem sofrido nos últimos três anos, é bom sentir que contribuímos para alguma normalidade, nem que seja a avaliar ideias”, refere ao M&P Diogo Stilwell (na foto), criativo da Dentsu Portugal

Diogo Stilwell, criativo da Dentsu Portugal, integra o júri de Imprensa dos prémios de criatividade Young Lions Ucrânia, que são retomados em 2025 após três anos de paragem. Ainda sem data marcada, a reunião de jurados acontece em Kiev, mas os convidados estrangeiros vão avaliar os trabalhos remotamente.

“O facto de um país em guerra estar a recuperar os prémios e de termos um português convidado é um grande privilégio. Sabendo de todos as dificuldades que este povo tem sofrido nos últimos três anos, é bom sentir que contribuímos para alguma normalidade, nem que seja a avaliar ideias. É um sinal de que a criatividade resiste até nas piores tempestades”, refere ao M&P Diogo Stilwell.

Além do criativo português, os trabalhos na categoria de Imprensa vão ser avaliados por Bogan Teodoresco, diretor criativo da VML&R; Mariana Peluffo, diretora criativa executiva da Sweep Picking; Serhii Malyk, cofundador e diretor criativo da Angry, e Jelena Fiskus, cofundadora e diretora criativa executiva do Studio Sonda.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Havas põe CTT a entregar encomendas nas ondas da Nazaré (com vídeos)

Com direção criativa executiva de Paulo Pinto, direção de produção de Raquel Gomes da Costa, direção de arte de Alexandre Meneses e redação de Gonçalo Paiva, a campanha (na foto) é produzida pela Casper Films e realizada por Flávio de Sousa

A nova campanha dos CTT, idealizada pela Havas, põe um carteiro a entregar uma encomenda nas ondas da Nazaré. Com direção criativa executiva de Paulo Pinto, direção de produção de Raquel Gomes da Costa, direção de arte de Alexandre Meneses e redação de Gonçalo Paiva, o filme da campanha, produzido pela Casper Films e realizado por Flávio de Sousa, mostra que os CTT fazem entregas onde for preciso.

“É uma ideia simples de uma marca que, apesar de ter mais de 500 anos de história, se reinventa e se mantém relevante não só através do serviço que presta, mas também das histórias que conta”, explica Filipa Nascimento, diretora de comunicação e de marca dos CTT, citada em comunicado de imprensa.

O anúncio, com produção executiva de João Cabezas, é protagonizado pelo surfista Tony Laureano, que na semana de ondas gigantes na Nazaré perde a prancha no mar. A equipa que o apoia pede aos CTT para lhe entregarem uma prancha de substituição rapidamente, com o carteiro a deslocar-se a toda a velocidade numa mota de água para que o surfista não perca nem mais uma onda.

“A Nazaré é o palco da maior onda do mundo, o lugar onde poucos ousam entrar. Este é o sítio ideal para demostrar a capacidade de entrega dos CTT onde for preciso, no momento em que ela é mais necessária”, sublinha Paulo Pinto, diretor criativo executivo da Havas, citado do documento. A campanha, que está a ser divulgada nas redes sociais, pretende reforçar o posicionamento dos CTT como operador logístico e de comércio eletrónico.

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Filipe Rodrigues é o novo diretor digital da Havas Media Network

“Há um desafio claro de apoiar os nossos clientes na sua jornada de evolução e transformação digital, de os ajudar a inovar e fazer crescer os seus negócios”, diz Filipe Rodrigues (na foto), até aqui diretor de digital e de inovação da Arena Media

Filipe Rodrigues é o novo diretor digital da Havas Media Network, assumindo a gestão e transformação digital das agências de media do grupo e respetivos clientes.
“Assumir a liderança de uma área que é fundamental nas estratégias de comunicação das marcas, num grupo de agências que é líder de mercado, mas que nem por isso deixa de inovar e de se preparar para o futuro, é um enorme privilégio e orgulho, que vem acompanhado com um também enorme sentido de responsabilidade”, salienta Filipe Rodrigues, citado em comunicado de imprensa.
Licenciado em publicidade e marketing pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e com um curso de criatividade publicitária na Restart Creative Education, ao longo da carreira desempenha funções no WPP e na Havas Media Network, tendo sido diretor de digital e de inovação da Arena Media nos últimos quatro anos.
“Há um desafio claro de apoiar os nossos clientes na sua jornada de evolução e transformação digital, de os ajudar a inovar e fazer crescer os seus negócios, mas também de capacitar da melhor forma as nossas equipas para responder aos desafios estruturais que a área digital atravessa”, esclarece Filipe Rodrigues.
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Marcas de luxo exploram potencial do digital, mas não descuram lojas físicas

A transmissão de desfiles de moda de marcas de luxo no LinkedIn quintuplica em três anos, com marcas como Dior (na foto), Balenciaga e Louis Vuitton a procurar atrair os utilizadores de redes sociais. A abertura de lojas nas principais artérias comerciais europeias é outra das estratégias, que inclui Lisboa

As marcas de luxo, a braços com quebras nas vendas que se acentuam depois da pandemia, estão a recorrer cada vez mais ao LinkedIn para transmitir os desfiles de moda e às redes sociais para mostrar as novas coleções, procurando atrair as novas gerações de consumidores e os utilizadores destas plataformas. A abertura de lojas nas principais artérias comerciais europeias é outra das estratégias para recuperar o negócio.

De acordo com um estudo realizado pela rede social profissional, entre 2021 e 2024 as transmissões de desfiles de moda em direto quintuplicaram, com marcas como Dior, Balenciaga e Louis Vuitton a procurarem conectar-se com consumidores com um perfil económico mais elevado. Segundo a análise, 85% das marcas de moda de luxo estão presentes no LinkedIn, usando a rede para divulgar produtos, não se ficando apenas pelas publicações corporativas.

“A moda de alta qualidade, outrora reservada para revistas de luxo e montras exclusivas, está agora a dar passos ousados ​​para o mundo profissional, exatamente onde os marcos de carreira e as compras de luxo colidem, com 67% dos utilizadores a comprar roupa depois de serem promovidos”, sublinha Stephanie Barret, diretora global de luxo do LinkedIn, citada no estudo.

À semelhança do que fazem no Instagram, a Cartier, a Chanel e a Jacquemus exibem muitas das novas criações na rede social profissional. No entanto, de acordo com a análise, a transmissão dos desfiles no LinkedIn Live, onde ficam disponíveis, gera um envolvimento maior.

Os quatro primeiros desfiles da Louis Vuitton, um dos exemplos apontados, fazem o número de seguidores da marca crescer 45%, passando dos 940.000 para os 1,36 milhões e evoluindo para os atuais 2,8 milhões, em cinco anos.

27% dos produtos de luxo são comprados nas redes sociais

Entre 2023 e 2024, segundo o LinkedIn, o número de seguidores das dez maiores marcas de luxo cresce 17%. Numa altura em que 27% dos consumidores que adquirem produtos de marcas de luxo através das redes sociais usam sobretudo o Instagram e no TikTok, o LinkedIn procura atrair uma nova vaga de influenciadores digitais com a transmissão dos desfiles de moda.

No Reino Unido, segundo o relatório ‘Beyond the Runway’, elaborado pelo grupo WPP, cerca de 40% dos consumidores que têm tendência a deixarem-se influenciar revelam ter em conta as opiniões pessoais dos influenciadores digitais, incluindo as posições políticas que muitos reservam para o LinkedIn e o X, antes de comprarem os produtos de beleza e moda de luxo que promovem.

“As marcas devem adaptar-se a este cenário em evolução, dando prioridade a parcerias autênticas com influenciadores e criando experiências de compra perfeitas que correspondam às expetativas ‘on-demand’ dos consumidores de luxo de hoje”, recomenda Rahul Titus, diretora de marketing de influência global da Ogilvy, citada no estudo.

Marcas de luxo investem em localizações privilegiadas

Apesar da aposta nas redes sociais, as marcas de luxo continuam a investir em lojas físicas, procurando concentrar as aberturas nas principais artérias comerciais. De acordo com o estudo ‘European Luxury Retail – Report 2025’, realizado pela Cushman & Wakefield, a Avenida da Liberdade, em Lisboa, regista a abertura de lojas de cinco marcas de luxo em 2024.

Além da marca de moda italiana Paul & Shark, que abre uma loja de 190 metros quadrados no edifício Liberdade 242, a marca de design de mobiliário Molteni&C inaugura a primeira ‘flagship’ em Lisboa. A Patek Philippe, em parceria com a David Rosas, abre a primeira boutique no edifício Liberdade 12. A IWC Schaffhausen, em parceria com o Grupo Tempus, também se estreia com uma boutique própria, na mesma avenida.

Após uma extensa renovação, a Cartier reabre em Lisboa em 2024 e a loja do antigo edifício do Diário de Notícias está arrendada “a uma marca a divulgar brevemente, com abertura prevista para este ano”, revela a Cushman & Wakefield em comunicado de imprensa.

“A Avenida da Liberdade é o destino por excelência das marcas de luxo internacionais, e o facto de estar no prime CBD [Central Business District] – onde se localizam as sedes das grandes empresas e hotéis de cinco estrelas – cria o habitat perfeito para estas marcas. Alguns edifícios têm boas fachadas e áreas que vão ao encontro dos requisitos das marcas, mas o grande desafio continua a ser o número de unidades disponíveis”, comenta Maria José Almeida, associada da Cushman & Wakefield Portugal e especialista em retalho de luxo.

A análise da consultora internacional revela que 83 novas lojas de comércio de luxo abriram nas 20 principais artérias da Europa em 2024, face às 107 identificadas na edição do estudo referente a 2023. A Via Montenapoleone, em Milão, é apontada como o destino de retalho mais caro do mundo, devido ao valor das rendas.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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