Marketing

“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

Luis Batista Gonçalves
Marketing

“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

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Luis Batista Gonçalves
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Apesar de estar a patrocinar eventos criados para o consumidor final e a vender produtos como retalhista na plataforma de comércio eletrónico 360hyper e na ‘marketplace’ própria, a Makro continua a assumir-se como grossista, direcionando a maioria da comunicação para o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés).

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da empresa, justifica a aposta estratégica no setor da restauração e da hotelaria e fala da evolução do negócio e da nova abordagem comunicacional para rejuvenescer a imagem da marca.

A Makro está a rejuvenescer a imagem. Qual é o posicionamento da marca em Portugal?

Estamos a assumir quem somos ao mercado. Durante muito tempo, as pessoas conheciam-nos como uma marca antiga, como aquela loja grande que só vende para profissionais, mas nunca nos afirmámos como grossistas.

Não está a mudar quem somos, mas o orgulho de dizer quem somos. É isso que se tem vindo a ver na nossa evolução enquanto marca. Hoje, somos orgulhosamente grossistas, uma empresa que serve um setor que é fundamental para o nosso país, que é o canal Horeca. A evolução da marca reafirma este posicionamento.

Embora se afirmem como grossistas, têm produtos à venda em plataformas de comércio eletrónico como o 360hyper, que é um retalhista. Como é que gerem esta dualidade?

70% dos nossos clientes vêm do canal Horeca e o nosso foco é esse setor. É para estes clientes que as nossas lojas são feitas. Vendemos grandes volumes. Dificilmente se conseguem comprar lá muitas coisas à unidade.

A nossa comunicação em loja é completamente diferente da do retalho tradicional. A parceria com o 360hyper é apenas mais uma área de negócio. Tem alguma oferta do nosso portefólio, mas não tem tudo o que temos, até porque o consumidor final não consegue comprar as quantidades e os volumes que vendemos em loja.

A renovação das lojas é pensada tendo apenas em conta as necessidades do canal Horeca?

Sim. Pretendemos ser o parceiro dos nossos clientes e é isso que estamos a querer afirmar, ao renovar a experiência de compra em loja, simplificando-a e tornando-a mais eficiente, até em termos da reposição de ‘stocks’, para garantir sempre produto.

Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro FOTO FRAME IT

Na entrada da loja, estão os equipamentos e os utensílios, depois os produtos de higiene e os alimentares e, na reta final, os congelados e os frescos. A comunicação procura dar visibilidade a esses setores, dando até palco aos nossos clientes nas comunicações que fazemos.

A Makro chega a Portugal há 35 anos como grossista, mas tem vindo a alargar o leque de consumidores. Como é que estão a comunicar para conquistar novos clientes?

O nosso foco é o canal Horeca. A estratégia e a transformação do negócio que estamos a fazer é direcionada para esses consumidores. Sendo uma rede de lojas profissionais à qual qualquer negócio pode ter acesso, como um escritório de advogados ou uma agência criativa, por exemplo, temos uma área de negócio que não podemos descurar. Mas o nosso foco, a 100%, é a restauração, a hotelaria e os cafés.

Como é que a marca comunica?

Temos uma estratégia que é definida pela equipa de marketing, que recorre muito ao marketing digital e que é complementada com uma estratégia de comunicação ao cliente através de SMS e newsletters.

Temos também os nossos catálogos, redes sociais e uma revista, a Mundo Makro, que nos promove de forma mais generalista. O tipo de comunicação que fazemos é mais ‘below-the-line’, com exceção de algumas campanhas que, cirurgicamente, vamos fazendo, em televisão e na rádio.

Em termos de comunicação, quais são os objetivos estratégicos para 2025?

A comunidade gastronómica continua a ser o principal foco. Além de a apoiar, vamos continuar a dar-lhe visibilidade, valorizando também a produção nacional. A nível da sustentabilidade, estamos a trabalhar, em termos de comunicação, em novos projetos nacionais e em projetos europeus que temos de implementar, que ainda não podemos divulgar.

A estratégia de comunicação para 2025 difere muito da de 2024?

Consolida-a. Vamos evoluindo e explorando novas áreas para comunicar mas, nesta fase, o caminho é reafirmar o posicionamento de grossista. Não vamos mudar substancialmente, mas vamos inovar. Queremos sempre surpreender e captar a atenção.

Apresentam-se como parceiros para todas as ocasiões. Este conceito vai continuar a nortear a estratégia de comunicação?

O sucesso do negócio dos nossos clientes é o nosso sucesso. Acaba por ser esse o nosso ‘claim’. É assim que vemos a forma como trabalhamos e o sermos parceiros está inevitavelmente associado a este posicionamento, que nos define.

A aposta nos eventos gastronómicos

A aposta em eventos gastronómicos é local ou faz parte da estratégia internacional da Makro?

A nível internacional, cada mercado tem a sua estratégia, mas é inevitável que o canal Horeca e a gastronomia andem de mãos dadas e, enquanto parceiros de negócio, devemos ser um dos grandes apoiantes desses momentos, em Portugal.

FOTO FRAME IT

A gastronomia está muito em voga, mas há 35 anos, quando houve o evento Chefe Cozinheiro do Ano, que hoje em dia é o Chefe do Ano, a figura de chef existia, mas não era uma coisa de que todos falássemos. Não conhecíamos os chefs nem sabíamos quem eram. Mas a Makro já estava nesses eventos, a dar visibilidade a talentos.

Foram visionários?

Sim. Uma das pessoas que passou pelo Chefe Cozinheiro do Ano foi o Henrique Sá Pessoa, que hoje é um chef com duas estrelas Michelin. Já estávamos nestes eventos gastronómicos antes de terem a visibilidade que têm hoje.

Continuam a patrocinar chefs?

A Makro tem relação com muitos chefs mas, neste momento, não patrocinamos nenhum. Os patrocínios centram-se nos eventos.

A visibilidade é o que leva a Makro a investir nesses eventos?

O Chefs on Fire é o único evento que é direcionado para o consumidor final. O Congresso de Cozinha, o Chefe do Ano, os Prémios Mesa Marcada e a Gala Michelin Portugal são eventos profissionais. Com o Chefs on Fire, a intenção é trabalhar com a comunidade gastronómica, porque é um evento onde a cabeça de cartaz é a cozinha.

A gastronomia tem vindo a ganhar um espaço de destaque, o que nos leva a apoiar o evento, com os nossos ingredientes. No início, até tínhamos lá um espaço aberto ao consumidor final e tínhamos esta relação, mas entretanto mudámos de estratégia.

Porquê?

Pela transformação que estamos a fazer para nos afirmarmos como grossistas. No evento Chefs on Fire em Cascais, que é o maior, nunca temos um espaço aberto ao consumidor. O espaço a que damos nome, o Makro Chef’s Lounge é uma zona exclusiva para os chefs e para as suas equipas, para reforçar a ideia que é para estes clientes que trabalhamos.

A estratégia é apoiar o evento que lhes dá a oportunidade de terem pessoas a conhecê-los e de descobrirem os restaurantes que representam, também com a intenção de criar uma relação com a comunidade gastronómica. Se o negócio deles crescer, o nosso também cresce. Há uma relação de mutualidade.

Os visitantes do Chefs on Fire apercebem-se da presença da Makro no evento?

Sim, provam os nossos ingredientes, com os quais os chefs cozinham e a marca está visível no espaço, mas de uma forma muito integrada no evento. Estamos presentes de uma forma subliminar, sem o ‘in your face’, e, mesmo assim, conseguimos que as pessoas retenham a Makro como uma das marcas que apoiam o evento.

Voltam a patrocinar o Chefs on Fire este ano?

A informação que temos mostra que estamos no caminho certo. Por isso vamos voltar a patrocinar o Chefs on Fire este ano.

Também renovam o apoio aos outros eventos?

Sim, vamos continuar com a Gala Michelin Portugal, com o Congresso de Cozinha e com os Prémios Mesa Marcada.

Qual é a percentagem do orçamento de comunicação canalizado para esse apoio?

70% do orçamento de comunicação da Makro é afeto ao apoio a eventos, essencialmente gastronómicos.

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No Chefs on Fire e no festival de gastronomia de Santarém, têm uma grande presença de visitantes fora do canal Horeca. Põem a hipótese de aproveitar esses eventos para fazer ativações de marca com consumidores que não costumam ir às vossas lojas?

O nosso foco não vai passar pelo consumidor final. Enquanto marca, é importante termos esta presença, porque entre os consumidores pode haver sempre potenciais clientes.

Além disso, queremos que seja uma marca que as pessoas tenham sempre presente. Apesar de não ser o foco da nossa estratégia, é inevitável que a comunicação que fazemos atinja o consumidor final.

A associação à música

Tendo em conta a distribuição no 360hyper, uma plataforma de retalho para consumidores finais, ponderam vir a patrocinar eventos desportivos ou musicais?

Pode vir a estar nos nossos planos. A iniciativa Sabores com Música by Makro é um formato que se insere nessa estratégia. Mas, em vez de patrocinarmos um concerto ou um um festival, levamos a música ao nosso cliente grossista, permitindo-lhe anunciar que vai receber um espetáculo do Diogo Piçarra no seu restaurante num determinado dia, por exemplo, gerando-lhe negócio por essa via.

Estamos cada vez mais a querer encontrar formas diferentes e alternativas para promover o negócio dos nossos clientes do canal Horeca.

Com patrocínios a eventos generalistas chegam mais facilmente ao cliente final. Apesar de terem o vosso ‘marketplace’ digital aberto a todos os consumidores, a estratégia não passa por aí?

Não quer dizer que não possa haver uma possibilidade de trabalharmos outro tipo de eventos, mais direcionados para o consumidor final. O importante é que tenham sempre relevância do ponto de vista do negócio e que também tenham representatividade do nosso cliente nesse evento.

Faz sentido para a Makro investir em comunicação em eventos desportivos?

Sim. Temos uma parceria com o Casa Pia Atlético Clube, promovendo a importância da nutrição no desporto. Lá fora, a Metro, a nossa casa-mãe, patrocina a equipa de futebol alemã Fortuna Düsseldorf. Em Portugal, ainda não o fazemos, mas não quer dizer que não seja um caminho que se possa vir a explorar, mas não para já.

A evolução do negócio

Como é que as vendas têm evoluído?

Apesar de essa não ser a minha área, posso afirmar que temos conseguido ter uma evolução bastante estável. No ano fiscal de 2023/24, atingimos um volume de vendas de €600 milhões.

A aposta no canal Horeca tem aumentado a fidelização à marca?

O nosso posicionamento faz com que 70% dos nossos clientes sejam do canal Horeca. Mas, mesmo aí, apesar de termos uma presença muito forte no setor, temos margem para crescer.

Como é que o vosso ‘marketplace’ digital é comunicado?

Faz parte da nossa abordagem multicanal para os três canais de venda. Além das lojas de ‘cash & carry’, temos o ‘food service distribution’ e o ‘marketplace’. Tentamos ter uma abordagem em que os clientes podem usar os três canais como espaços de compra.

FOTO FRAME IT

O cliente do canal Horeca pode vir à loja para comprar determinados artigos, mas também os pode receber no seu estabelecimento, tendo nesse caso acesso a um sortido maior, que não nos é possível ter em loja pelo espaço limitado de que dispomos. No ‘marketplace’, é possível encontrar uma amplitude grande de sortido não alimentar, o que nos está a permitir crescer na área de suporte da cozinha, que em loja estamos limitados para expor.

Há mais vantagens que o ‘marketplace’ traga ao negócio da Makro?

Além de ser mais um canal de venda e de nos dar um espaço de visibilidade adicional, permite-nos trabalhar com mais fornecedores, aumentando o leque de oferta. O sortido de produtos não alimentares passa, nos últimos anos, de 20 mil para 120 mil artigos, focados nas necessidades dos setores de hotelaria e restauração.

O ‘marketplace’ já representa que a percentagem do negócio?

Estamos em linha com os objetivos de negócio definidos, tendo registado um crescimento de 50% em relação ao ano transato. Mais de 70% das vendas são realizadas com clientes profissionais, cerca de 60% das vendas são efetuadas por clientes com cartão Makro e a taxa de fidelização também se mantém elevada, com cerca de 55% das vendas a serem realizadas por clientes que já efetuaram compras anteriormente.

Zebras, astronautas e estátuas gregas revolucionam promoção da marca

Na comunicação têm privilegiado o humor, como a campanha da Comon em 2024, que enche as redes sociais, os múpis e as lojas Makro de zebras, astronautas e estátuas gregas. A estratégia é para manter?

Foi uma estratégia disruptiva, da nossa equipa de marketing, que traz uma novidade na forma como a Makro comunica. É esse o caminho que temos vindo a seguir.

Temos feito comunicações com mais humor, mais fora da caixa em relação ao habitual. Não diria que vai ser sempre assim, mas é importante mostrarmos que estamos atualizados e mais adaptados ao mercado. A Makro já não é aquela empresa mais envelhecida. É também isso que procuramos transmitir na comunicação.

A websérie ‘Negócios Temperados com Paixão’ é utilizada para mostrar o novo posicionamento. Vão explorar outros caminhos nesta área?

É possível que sim. Essa série fala de histórias reais, de negócios que passam de geração em geração. Os episódios, protagonizados por clientes da Makro, numa perspetiva de valorização, mostram a dureza do que é trabalhar no setor da restauração.

Mas há também uma beleza, principalmente quando é uma família a recordar as histórias dos avós e dos pais quando começaram o negócio. Estas narrativas desvendam o outro lado da gastronomia e da restauração e temos muito orgulho em dar-lhes palco.

Como é que exploram esse ‘storytelling’ para comunicar marcas e produtos?

Há muitas histórias para contar neste setor. Quando cá cheguei, há quatro anos, mergulhei num mundo totalmente novo e, a cada dia, descubro coisas novas. Como é um setor cativante, onde as pessoas que trabalham vivem com muita entrega e paixão, não faltam histórias para partilhar.

O ‘storytelling’ é muito explorado em formatos de ‘branded content’. Também o usam para comunicar com os clientes?

Também. Estamos a fazê-lo para divulgar a plataforma Dish by Makro, uma plataforma de reservas profissionais para restaurantes. Nas redes sociais, também exploramos esse ‘storytelling’, divulgando experiências e testemunhos de clientes.

Marcas próprias representam 34% das vendas

Em termos de consumo, quais são as áreas que têm crescido mais?

O que se nota mais é a abertura de diferentes tipologias de negócios, que leva a uma diversificação. Os produtos para ‘brunchs’ têm uma grande procura, os restaurantes italianos permanecem muito fortes, assim como a comida asiática e a comida típica portuguesa. Os donos desses espaços de restauração acabam por ser os nossos principais clientes.

Mas nota-se que há tipologias de novos negócios a aparecer todos os dias no tecido empresarial português, o que faz com que estejamos atentos para ver se o nosso portefólio é suficiente ou se é necessário fazer algum tipo de adaptação.

As marcas próprias já representam que percentagem do negócio?

A representatividade das marcas próprias tem vindo a crescer. No ano fiscal de 2020/21, representavam 28% do total de vendas, tendo aumentado para os 34% no último ano fiscal, referente a 2023/24.

A promoção de Francisca Fernandes, em outubro, para gerir a oferta e as marcas próprias da Makro, vai dar origem a novos produtos?

A Francisca fazia parte da equipa de compras. Neste momento, está a fazer uma revisão do sortido, procurando perceber o que é que temos que pode não ser tão interessante para o nosso cliente, uma vez que abandonámos um bocadinho o retalho tradicional que tínhamos, para nos focarmos mais no retalho profissional, que é o grossista.

Com esta revisão de sortido, há espaço para detetarmos novas necessidades. Havendo novos produtos, serão imediatamente comunicados aos clientes.

Pode desvendar algumas das novidades?

Ao longo de todo o ano, teremos diversas novidades nas marcas próprias Metro Premium, Sabores Lusitanos, Metro Chef, Metro Professional, Rioba, Sigma, Tarrington House e Aro, mas também nos vinhos de marca própria.

As últimas novidades são as manteigas da Rioba, o sal marinho, os flocos de cebola, as bagas de zimbro e a pimenta-rosa da Metro Chef e os vinhos Monte Baixo Touriga Nacional, Monte Baixo Syrah, Monte Baixo Moscatel de Setúbal e Monte Baixo Special Blend.

A campanha publicitária que a Makro lança em meados de 2024 continua a ser exibida nas lojas do grossista

O portefólio de produtos ‘premium’ é comunicado de forma isolada?

Comunicamos ativamente os produtos premium, através dos catálogos, com muita frequência. Como o nosso sortido é, em grande parte, todo ele fora de série, não fazemos propriamente uma distinção. No caso dos vinhos de marca própria, a comunicação tanto abrange os mais caros como os mais baratos, não fazendo com que seja o preço a definir a qualidade do vinho.

A Makro produz os produtos de marca própria em Portugal?

80% do nosso sortido de marca própria é de produção nacional.

Como é que esses produtos são testados?

Os primeiros a experimentá-los são os colaboradores. Candidatam-se e, quando são selecionados, recebem o produto, experimentam-no e dão-nos feedback, do produto em si e da embalagem.

Novos paradigmas de consumo

A preocupação com uma alimentação saudável está refletida na vossa estratégia de comunicação?

Está, no sentido de divulgarmos a certificação, de termos produtos sustentáveis e de estarmos a apostar na produção local. Temos um portefólio gigante nessa área, para que os nossos clientes possam oferecer esses produtos aos deles. A definição dos menus é feita pelos nossos clientes, só temos que garantir que temos os produtos de que necessitam.

Como é que a sustentabilidade é comunicada, dentro e fora de loja?

Internamente, comunicamo-la muito. Há um relatório da Metro que indica as metas de sustentabilidade do grupo a nível interno, que partilhamos com os nossos colaboradores, para que também estejam aptos a responder às dúvidas dos clientes.

Dentro de loja, temos as indicações da origem dos produtos à vista e, quando temos ações ligadas a essa temática, também as comunicamos externamente, aos media.

O apoio a eventos como o Chefs on Fire, que tem uma política de plástico zero e de redução do desperdício alimentar através do reaproveitamento, também se insere nessa estratégia?

Sim. Em loja, o nosso sortido de utensílios descartáveis sustentáveis é gigante. Isso também mostra a aposta que fazemos para que o nosso cliente, quando tem um serviço de ‘takeaway’ ou organiza um evento, tenha uma oferta mais ecológica, em papel em vez de plástico.

Como é que a estão a utilizar inteligência artificial (IA) na comunicação e nas estratégias de venda?

É algo que estamos a explorar. É uma ferramenta de trabalho, mas o nosso negócio é muito humanizado. Os funcionários das lojas sabem o nome dos clientes e o contrário também sucede. Estamos a explorar como é que a IA nos pode tornar mais eficientes no negócio, mas acredito que o fator humano vai estar sempre muito presente no processo de compra.

A estratégia de ’employer branding’ da Makro, desenvolvida em colaboração com a Tux&Gill, tem os colaboradores da empresa como protagonistas

Há muitos retalhistas e até grossistas globais a investir em ‘retail media’. Também é o caso da Makro?

Não, porque a nossa comunicação é mais ‘below-the-line’. Podemos comunicar ‘above-the-line’, através de ‘outdoors’ ou outros meios, mas fazemo-lo sempre cirurgicamente, para determinadas campanhas, como foi o caso da das zebras, dos fatos espaciais e das estátuas gregas. Mas essa não é a forma como a Makro comunica habitualmente.

Antes de estar neste cargo, trabalha em publicidade e em eventos. Como perspetiva a evolução destas duas áreas em Portugal?

A nível de eventos, está a acontecer muita coisa. Portugal tornou-se no país que interessa a todos os organizadores de eventos, não só para o consumidor final como para o profissional. A nível de publicidade está cada vez mais interessante.

Estamos mais arrojados e inovadores, com uma criatividade forte. Os media digitais e até os meios em papel estão a começar a encontrar novos espaços e formas de comunicar e a publicidade está a acompanhar essa tendência.

 

“A comunicação interna continua a ser o parente pobre”

As estratégias de comunicação interna das empresas são pouco faladas. Por que razão?

A comunicação interna continua a ser o parente pobre da comunicação, tal como o ’employer branding’, que também é pouco falado. No caso da comunicação interna, aplicamos muitas vezes os conhecimentos que trazemos do marketing externo para dentro da empresa.

Não podemos comunicar para fora sem haver um alinhamento interno. E, da mesma maneira que tem que ser espampanante para fora, a comunicação interna também tem de ser aliciante para dentro.

As equipas têm de estar motivadas e têm de acreditar no que estamos a comunicar para fora, senão a campanha das zebras, dos astronautas e das estátuas gregas é muito engraçada para quem a vê, mas internamente não faz sentido.

Como é que a Makro comunica internamente?

Procuramos envolver as equipas para as motivar, para que sintam o mesmo amor pela marca e o deixem transparecer para fora. Parte do nosso trabalho enquanto departamento de comunicação foca-se na comunidade interna, os nossos primeiros ‘stakeholders’.

No caso da campanha que desenvolvem com a Comon, como é que envolvem os funcionários na comunicação?

Fizemos vídeos com os colaboradores a circular pela loja, um com uma cabeça de uma zebra e outro com uma cabeça de astronauta.

Com a loja aberta aos clientes?

Sim, os clientes viram esta ação a acontecer. Esses vídeos foram depois divulgados internamente. Quando lançámos a campanha ‘Leve Mais Pague Menos’, fizemos uma corrida interna nas lojas, para ver qual dos colaboradores é que conseguia encher mais o carrinho e pagar menos. Fomos com os colaboradores para as lojas para testar o conceito.

Também tivemos o Toy a entrar-nos pelo escritório adentro a cantar. Fazemos muitas ativações internas deste género. Não são conhecidas porque não são divulgadas. Mas não é só a Makro que as faz. Há muitas empresas a fazê-lo.

 

‘Employer branding’ é trabalhado pela Tux&Gill

O departamento de comunicação também contribui para a estratégia de ’employer branding’ da Makro?

Sim, o conceito é definido estrategicamente pelo grupo a que pertencemos e, sempre que se implementa em Portugal, cria-se um grupo de trabalho que envolve a comunicação e o marketing, para pensar como é que o desenvolvemos.

Por norma, vamos falar com uma agência. Com o ‘People & Culture’ estamos a trabalhar com a Tux&Gill, que criou um conceito, a partir dos nossos ‘briefings’, relacionado com uma coisa que é muito nossa, muito portuguesa, que é a expressão ‘N formas de’ fazer qualquer coisa, por exemplo, com o N como expressão de grandeza matemática, completamente alinhado com o Makro, que é uma palavra que também remete para algo grande.

Como é que esse conceito é materializado?

Substituímos o ‘N formas de’ pela expressão ‘M formas de’’. Neste momento, ‘M formas de acrescentar valor’ é o nosso ‘claim’ de ’employer branding’. O conceito evoluiu entretanto para uma campanha com os colaboradores, em que cada um explica como é que acrescenta valor à Makro dentro daquela que é a sua área de atuação.

Temos a participação de um empregado do talho, de um funcionário da peixaria, de um colaborador da equipa de vendas e de um diretor de loja. O conceito é bastante amplo e permite-nos criar essa comunicação interna de várias maneiras.

Só internamente?

A ideia era que só vivesse internamente, mas estamos também agora a utilizar esse conceito para comunicar a marca externamente. Esta campanha vive nas nossas redes sociais, está a ser divulgada no LinkedIn. Foi feito um pequeno anúncio, que tem tido algumas declinações.

Estão previstas novas declinações?

Vamos continuar a explorar o conceito, ao longo do ano, com o propósito de falar de quem somos culturalmente enquanto empresa e também no que representamos enquanto lugar para trabalhar. Podemos falar em ‘M formas de’ evoluir ou ‘M formas de’ celebrar. São muitas as possibilidades.

 

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Emma Roberts é a primeira embaixadora global da Kiko Milano

Emma Roberts x Kiko Milano é a coleção de cosmética de edição limitada, em parceria com a atriz e cantora norte-americana (na foto), que protagoniza a campanha de lançamento

Emma Roberts, que tem 20,5 milhões de seguidores no Instagram, é a primeira embaixadora global da Kiko Milano, protagonizando a nova campanha da marca de cosmética italiana, que divulga a coleção de maquilhagem Emma Roberts x Kiko Milano, linha de edição limitada lançada a 10 de abril.

Realizado por Mateusz Sitek, com direção criativa de Benn Northover, o anúncio está a ser divulgado nas redes sociais, sites e múpis digitais. Os materiais promocionais da campanha integram ainda conteúdos audiovisuais realizados nos bastidores da produção, assinados por Simone Rigamonti.

“Criar uma coleção inspirada no meu próprio visual era um sonho que tinha desde que era adolescente. Esta colaboração torna esse meu sonho realidade. Nunca me sinto tão eu como quando uso tons quentes e terrosos e um batom vermelho poderoso. Espero que as outras pessoas se sintam inspiradas a criar e a partilhar os seus próprios looks com os produtos desta coleção”, refere Emma Roberts, citada em comunicado de imprensa.

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O Lado B da edição 978 do M&P

No Lado B, a rubrica Fatal, Banal, Genial apresenta o Insteroid, carro elétrico da Hyundai que é inspirado na estética dos videojogos. O chocolate do Dubai e o impacto das tarifas nos investimentos publicitários são outros dos temas na última página do jornal

Fatal, Banal, Genial

Carro real ou de videojogos? É as duas coisas

O nome do novo protótipo da Hyundai pré-anuncia ao que vem. O Hyundai Insteroid é uma versão em esteroides do utilitário elétrico Inster, com inspiração na estética dos videojogos. O objetivo é cativar quem mais ordena nos planos de marketing: os consumidores jovens (ou os menos jovens que não largaram os videojogos).

Mas não só: também todas as tendências de consumo e de comunicação estão a ‘obrigar’ as marcas a trazer os universos imersivos para a realidade e a gamificar as experiências de utilizador. Em tudo idêntico aos carros dos jogos de corridas, o Insteroid faz jus à origem: habitáculo semelhante a uma consola de jogos, gaiola de segurança, bancos ajustáveis, controlos minimalistas próprios da competição automóvel, sistema de áudio Beat House e um dispositivo Message Grid, para o condutor transmitir mensagens para o exterior, através dos píxeis instalados na traseira do carro, entre outros.

Revelado a 1 de abril no evento Night Garage Party, em Seul, pode até parecer mentira, mas está a ser apresentado até 13 de abril, no Salão da Mobilidade de Seul. Fica por saber se e quando vai ser comercializado ou se é apenas um projeto para construir a notoriedade da Hyundai e promover o Inster.

52%

É a percentagem de pessoas que considera que as mulheres são culpadas pelas situações de assédio sexual em espaços públicos, devido às suas atitudes, comportamentos ou aparência. Os resultados do estudo, divulgado por ocasião da semana internacional contra o assédio na rua (de 6 a 12 de abril), dão o mote à campanha ‘A Culpa Nunca é Tua’, da L’Oréal Paris.

Para dar poder às mulheres e recordar-lhes o direito de serem quem são, a mensagem é difundida no Instagram e no TikTok, nas universidades e com ativações no metro da Alameda, em Lisboa, que incluem o revestimento de uma carruagem com a cor laranja.

O Melhor🔥

A campanha da companhia aérea Icelandair, que pede às grandes empresas de inteligência artificial (IA) que parem de gerar imagens enganosas da Islândia. O argumento é que as paisagens do país são tão espetaculares que não precisam de ser melhoradas. Como nenhuma imagem de IA pode substituir a verdadeira Islândia, a campanha da agência criativa Hvita Husid pede às empresas de IA que sugiram aos utilizadores uma visita ao país.

O Pior💀

O agravamento das tarifas dos Estados Unidos, o quarto país de destino das exportações nacionais. Em Portugal, a Centromarca manifesta preocupação e pede medidas para proteger o mercado único da União Europeia, que tem uma tarifa generalizada de 20%, que acresce à de 25% sobre os automóveis, aço e alumínio. É inevitável o efeito dominó na desestabilização das cadeias de abastecimento e na retração dos investimentos publicitários.

 

A Seguir

Chocolate do Dubai e a subida de preço do pistáchio

É uma tendência difícil de antecipar o que ainda está por inventar. Cada uma à sua maneira, Galp, Staples, Control, Magnum, Licor Beirão, Electrão, Cleanup, Remax, Sociprime, Lindt, Artisani, Regina – e até a Lusíadas Saúde, a GNR e a PSP – são apenas algumas das marcas que em Portugal estão a capitalizar a comunicação nas redes sociais, em torno da histeria mundial com o chocolate do Dubai.

Outras aproveitam o Dia das Mentiras e promovem produtos com chocolate do Dubai, que não vão lançar. Ou ‘colam’ a narrativa chocolate/pistáchio/Dubai a produtos com zero em comum com esta trilogia. Faz sentido? Dá ‘engagement’, a métrica do ‘vale tudo o que seja o que os consumidores querem ouvir falar e comprar’. Enquanto houver filas nas lojas e os ditos chocolates esgotarem assim que vão para as prateleiras.

A Normal e o Lidl serão os mais recentes retalhistas a inovar com derivados desta tendência, que faz esquecer a reconhecida qualidade e tradição dos chocolates suíços e belgas. A Normal lança chocolate do Dubai em creme para barrar, enquanto o Lidl aventura-se na versão em licor. Entretanto, o preço do pistáchio está a disparar. A próxima ‘trend’ das redes sociais já está à espreita?

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Novobanco rejuvenesce marca com campanha da BBDO

Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha (na foto), o filme publicitário é divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e redes sociais, com o planeamento de meios da Hearts & Science

O Novobanco prossegue a estratégia de rejuvenescimento da comunicação da marca com uma campanha criada pela BBDO. Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha, que volta a dar a cara pela instituição bancária, o filme publicitário está a ser divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e múpis digitais dos balcões, com adaptações mais curtas para as redes sociais. A Hearts & Science assina a estratégia de planeamento de meios da campanha.

“Esta comunicação assinala uma evolução clara no nosso posicionamento, materializado numa identidade visual mais vibrante, alinhada com a leveza e frescura dos protagonistas”, explica o Novobanco em comunicado de imprensa.

A instituição bancária recorre, pela primeira vez, a um tema musical internacional, ‘Alright’, lançada pela banda britânica Supergrass em 1995, que ultrapassa os 400 milhões de ‘streams’ no Spotify. “Esta música é um hino à juventude que perdura. Capta a energia e o otimismo de quem é e se mantém jovem, onde a vida aparece sempre cheia de possibilidades”, refere o documento.

A campanha serve também para apresentar a nova assinatura de marca da instituição bancária: ‘Novobanco. Presente no meu futuro’. “É uma declaração expressa pelos clientes, na primeira pessoa, e que capta a essência do que representamos, um parceiro de confiança que desempenha um papel ativo, hoje, na vida dos seus clientes e que os acompanha na construção do futuro que desejam”, esclarece ainda o comunicado.

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Millie Bobby Brown e Jake Bongiovi promovem turismo do Dubai

O casal é o protagonista da campanha promovida pelo ‘Visit Dubai’, co-realizada pelo argentino Armando Bo, e que tem como objetivo destacar a variedade de experiências turísticas que a cidade tem para oferecer

A atriz e embaixadora da Unicef, Millie Bobby Brown, e o seu marido, o ator e modelo Jake Bongiovi, protagonizam a campanha de marketing ‘Descubra a sua história no Dubai’, promovida pelo departamento de economia e turismo do Dubai (Visit Dubai), com o objetivo de mostrar as aventuras que os viajantes podem viver na cidade, mesmo durante uma breve escala.

Escrito e co-realizado pelo argentino Armando Bo, vencedor do Óscar de melhor argumento original em 2015 pelo filme ‘Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)’, a campanha será lançada, numa primeira fase, em 21 países, nos quais se inclui Portugal, e estará presente em várias plataformas, incluindo publicidade ‘online’, meios ‘outdoor’, redes sociais e serviços de ‘streaming’.

Filmado em vários locais do Dubai, o enredo do filme começa no Aeroporto Internacional do Dubai (DXB), onde Brown e Bongiovi, com algumas horas antes do próximo voo, encontram um argumento de cinema mágico que os leva para uma nova história, segundo o comunicado de imprensa.

O argumentista e realizador Armando Bo explica que a campanha pretende mostrar ao mundo como o Dubai é um lugar cheio de possibilidades: “Os locais de filmagem foram perfeitos para ilustrar tudo o que a cidade tem para oferecer”.

Millie Bobby Brown, que protagoniza o filme da Netflix ‘The Electric State’ e é conhecida pelo papel de Eleven na série ‘Stranger Things’ contracena pela primeira vez com o marido, Jake Bongiovi.

Cidade procura novos públicos internacionais

Durante uma pausa nas filmagens, a atriz partilha o entusiasmo por colaborar com o Dubai e elogia a diversidade cultural da cidade: “É uma cidade global e diferente de qualquer outro lugar onde já estive. Parece mesmo que reúne muitos destinos num só”. Jake Bongiovi destaca a beleza das paisagens do deserto: “Explorar a cidade foi uma experiência muito especial e levamos connosco memórias inesquecíveis”.

Integrada no marketing global do ‘Visit Dubai’ para promover a cidade junto de novos públicos internacionais, a campanha ‘Descubra a sua história’ junta-se a outras ações protagonizadas por nomes do mundo do entretenimento, como Zac Efron e Jessica Alba em ‘Dubai: A Romance to Remember’ ou Gwyneth Paltrow, Zoe Saldana e Kate Hudson em ‘A Story Takes Flight’.

Issam Kazim, responsável pelo departamento de economia e turismo do Dubai (Visit Dubai), explica a aposta numa estratégia de marketing diversificada, assente em campanhas criativas e feitas à medida. “Ter Millie Bobby Brown e Jake Bongiovi como protagonistas da nova campanha permite-nos alcançar um público alargado, ao mesmo tempo que destacamos a variedade de experiências turísticas que o Dubai tem para oferecer. Eles personificam o espírito de descoberta e estamos confiantes de que a narrativa do filme irá inspirar os viajantes a transformar uma simples escala numa estada memorável”.

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P28 expõe arte em painéis publicitários de grande formato

Setúbal exibe o trabalho da artista Isabel Baraona (na foto) e é uma das sete cidades que acolhem as criações de sete artistas durante sete meses, no âmbito da Outdoor ’25, mostra de arte contemporânea

A P28 está a expor arte em painéis publicitários de grande formato (8x3m) em sete cidades do país (Viana do Castelo, Viseu, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Évora e Faro). Ao longo de sete meses, a associação de desenvolvimento criativo e artístico divulga obras de sete de artistas plásticos (Cláudia R. Sampaio, Edson Chagas, Isabel Baraona, Isabel Simões, José Maçãs de Carvalho, Luísa Cunha e Pedro Valdez Cardoso), no âmbito da mostra de arte simultânea Outdoor ’25.

“Estamos a aproveitar o enorme potencial destes ‘outdoors’, que são meios de comunicação de massas, para levar a arte contemporânea a todos de forma gratuita e improvável”, salienta a P28 em comunicado de imprensa, explicando que “a iniciativa surge da necessidade de reabilitar e de reavivar suportes que foram concebidos para outros propósitos”.

Os trabalhos dos artistas selecionados para a Outdoor ’25 vão circular entre as sete cidades entre abril e outubro, apresentando criações em fotografia, pintura, texto e escultura. “Em vez de serem exibidas penduradas numa típica parede branca, as obras surgem em ponto grande, expostas na paisagem urbana, fazendo com que seja a exposição que se desloca até ao visitante”, esclarece a associação.

Nascida em 2012, a iniciativa Outdoor, dinamizada pela P28, tem divulgado, ao longo dos anos, obras de artistas como Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis ou Jeff Koons, sempre com o objetivo de trazer a arte contemporânea para a rua, mostrando-a em lugares improváveis.

“Pode acontecer que a pessoa só se aperceba da presença daquela obra depois de ter passado naquele local três ou quatro vezes, mas é esse tipo de contacto com o grande público – inesperado, invulgar e subversivo – que pretendemos alcançar, levando a arte aos visitantes através destes espaços públicos que são não-lugares”, refere ainda a associação, que está sediada em Lisboa.

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Marketing na era digital do niilismo

O novo niilismo pode ajudar as marcas a interagir com os consumidores numa época de elevada incerteza económica, de acordo com o relatório da Ipsos em conjunto com a Effie Worldwide

64% dos consumidores concordam com a ideia de que “o importante é aproveitar a vida hoje, o amanhã encarregar-se-á de si próprio”, um número que sobe cerca de 50% face a 2013, de acordo com o relatório ‘Navigating Nouveau Nihilism: How Brands Can Thrive in the YOLO Economy’, publicado pela Ipsos em conjunto com a Effie Worldwide. Compreender esta ideia, apelidada de novo niilismo pela Ipsos, pode ajudar as marcas a interagir com os consumidores numa época de elevada incerteza económica.

Segundo a análise, os consumidores estão a adaptar-se à incerteza a curto prazo e à estratificação económica a longo prazo. “As pessoas estão a adotar uma mentalidade de ‘só se vive uma vez’, que dá prioridade à satisfação imediata, embora estejam cientes da necessidade premente de planear o futuro”, refere o relatório. Perante este contexto, os ‘marketers’ devem encontrar formas de satisfazer as necessidades dos consumidores a curto e a longo prazo.

A análise, baseada num inquérito a 1005 consumidores norte-americanos, revela que 76% dos inquiridos consideram os pequenos luxos uma forma de autocuidado e que 62% gastam dinheiro com pequenos luxos, independentemente do seu custo. Os millennials (60%) e a geração Z (58%) são mais propensos a optar por experiências mais dispendiosas do que a geração X (44%) e os baby boomers (37%).

Entre as estratégias que as marcas podem implementar para servir os consumidores, destacam-se a criação de momentos significativos (38%), a capacidade de proporcionar momentos de alegria (35%) e a satisfação do desejo de pequenas indulgências (33%). A empatia é outro aspeto essencial, assim como a criação de um sentido de comunidade e a oferta de experiências que permitam ao consumidor escapar momentaneamente da realidade.

A Ipsos e a Effie Worldwide recomendam que as marcas proporcionem conforto e tranquilidade face à incerteza (46%), apresentem soluções concretas e relevantes para os problemas (44%) e projetem um futuro positivo que as pessoas queiram alcançar (43%). Segundo o relatório, outras abordagens úteis passam por privilegiar a educação financeira, incentivar hábitos responsáveis e demonstrar como os produtos podem representar um investimento útil a longo prazo.

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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