68% dos consumidores compram produtos sugeridos por IA
Cerca de 70% dos consumidores da geração Z decidem o que comprar com base nas recomendações de influenciadores digitais virtuais. 58% dos compradores estão a substituir os motores de busca por ‘chatbots’, segundo um estudo global da Capgemini
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Luis Batista Gonçalves
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Cerca de dois terços dos consumidores (68%) já compram produtos e contratam serviços recomendados por ferramentas de inteligência artificial (IA), revela o estudo global ‘What Matters to Today’s Consumer’, do Capgemini Research Institute, instituto de pesquisas da consultora Capgemini.
Segundo a análise, que reflete as opiniões e os comportamentos de 12.000 consumidores com mais de 18 anos de 12 países da Europa, América do Norte e Ásia-Pacífico, não divulgados, 58% dos compradores estão a substituir os motores de busca por ‘chatbots’, com cerca de 70% dos consumidores da geração Z a decidirem o que comprar com base nas recomendações de influenciadores digitais virtuais, criados com recurso a IA.
De acordo com o estudo, 75% dos compradores atuais estão abertos às recomendações de IA, mais 12% do que os 63% que uma análise da Capgemini identificou em 2023. A integração crescente de tecnologias de IA generativa nas interações de compra com as marcas é defendida por mais de dois terços (70%) dos inquiridos, mais 18% do que em 2023.
“Os consumidores de hoje são a favor de experiências de compras personalizadas, melhoradas pela IA e pela IA generativa, pelo que, para se manterem competitivos e criarem lealdade à marca, os retalhistas devem adotar estratégias que coloquem o consumidor no centro, alavancando a IA para proporcionar interações excecionais com os clientes”, defende Lindsey Mazza, diretora de retalho global da Capgemini, citada no estudo.
A análise da consultora também avalia o impacto da publicidade no comportamento de compra. Segundo o estudo, 67% dos consumidores prestam atenção aos anúncios dos sites e das aplicações de retalhistas quando procuram um produto. No entanto, nos últimos doze meses, menos de um terço dos inquiridos admite ter sido influenciado pela publicidade.