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Retoma das receitas publicitárias alavancou recuperação dos grupos de media

Após um ano de 2020 muito marcado pelo impacto da pandemia nas contas da Cofina, Impresa e Media Capital, os três grupos de media portugueses cotados em bolsa geraram, no seu conjunto, mais 36,6 milhões de euros no último ano, um crescimento na ordem dos 9,5%. Em receitas publicitárias, encaixaram aproximadamente mais 30 milhões de euros em 2021.

Pedro Durães
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Retoma das receitas publicitárias alavancou recuperação dos grupos de media

Após um ano de 2020 muito marcado pelo impacto da pandemia nas contas da Cofina, Impresa e Media Capital, os três grupos de media portugueses cotados em bolsa geraram, no seu conjunto, mais 36,6 milhões de euros no último ano, um crescimento na ordem dos 9,5%. Em receitas publicitárias, encaixaram aproximadamente mais 30 milhões de euros em 2021.

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Após um ano de 2020 muito marcado pelo impacto da pandemia nas contas da Cofina, Impresa e Media Capital, os três grupos de media portugueses cotados em bolsa geraram, no seu conjunto, mais 36,6 milhões de euros no último ano, um crescimento na ordem dos 9,5%. Em receitas publicitárias, os três grupos de media encaixaram aproximadamente mais 30 milhões de euros em 2021. No seu conjunto, atingiram 260 milhões de euros em receitas de publicidade, valor que supera já o de 2019, último ano pré-pandemia. No entanto, com exceção da Impresa, os números agora alcançados ainda ficam aquém do volume de negócios gerado antes da covid-19

Cerca de 260 milhões de euros em receitas publicitárias. Foi quanto encaixaram, no seu conjunto, a Cofina Media, a Impresa e a Media Capital, os três grupos de media portugueses cotados em bolsa. Com o mercado a recuperar após um ano de travagem a fundo ao primeiro impacto da pandemia, a retoma dos investimentos em publicidade chegou a todos, resultando em mais 30 milhões de euros captados em 2021. Com estes números, as receitas publicitárias geradas pelo conjunto das operações comerciais dos três grupos, não só regressam a valores pré-covid, como superam em cerca de 1,6 milhões de euros os 258,4 milhões de euros captados em 2019. Embora apenas a Impresa tenha efetivamente atingido receitas publicitárias acima dos valores pré-pandemia, Cofina e Media Capital aproximam-se igualmente dos números de outros tempos.

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No entanto, a recuperação das receitas publicitárias não é acompanhada da mesma forma nas restantes linhas de receita e, com exceção do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão, o volume de negócios gerado pelos três grupos de media ainda fica aquém dos valores pré-pandémicos. No seu conjunto, Cofina, Impresa e Media Capital geraram, em 2021, receitas totais na ordem dos 423,8 milhões de euros. Valor que representa um crescimento de 9,5% face a 2020, ano em que as receitas afundaram para os 387,1 milhões de euros, mas ainda a alguma distância dos 435 milhões de euros gerados pela operação dos três grupos em 2019. São ainda 11,2 milhões de euros a menos.
Contudo, não são representativos de uma mesma realidade vivida por todos no último ano. A Impresa, não só recuperou em 2021 as receitas perdidas no ano anterior, como superou até as receitas, tanto publicitárias como consolidadas, reportadas em 2019, crescendo mesmo face ao período pré-pandemia. Já a Cofina e a Media Capital, embora registem igualmente crescimentos relativamente às receitas totais alcançadas em 2020, permanecem ainda aquém dos valores de 2019 (ver quadro e análise individual às contas de cada um dos grupos).

No que diz respeito aos lucros alcançados, há também duas realidades distintas, o que condiciona a análise ao resultados no seu conjunto, puxados para baixo pelos valores negativos da Media Capital. Ainda assim, a melhoria é evidente e transversal aos três grupos de media, cujos resultados líquidos, no seu conjunto, cresceram 645,4%, passando de 1,7 milhões de euros em 2020 para perto de 12,8 milhões de euros no fecho das contas do último ano. Apesar de se manter no vermelho, a dona da TVI viu os seus resultados melhorarem 63,2%, reduzindo os prejuízos dos 11,1 milhões de euros para os 4,1 milhões de euros em 2021. Em 2019, recorde-se, a Media Capital reportava prejuízos na ordem dos 54,7 milhões de euros. A Cofina viu também os seus resultados melhorarem significativamente, encerrando o exercício de 2021 com lucros de 4,2 milhões de euros, um crescimento de 165,9%. Números que, ainda assim, ficam aquém dos lucros reportados pelo grupo dono do Correio da Manhã e da CMTV no último ano pré-pandemia, quando apresentava um resultado líquido de 7,2 milhões de euros. A Impresa, que já no último ano registou um aumento dos lucros apesar da situação pandémica, volta a encerrar com evolução positiva, fixando-se nos 12,6 milhões de euros, uma subida de 12,5% face aos lucros de 11,2 milhões de euros reportados no exercício de 2020.

Ao nível do endividamento, os três grupos de media apresentam, no seu conjunto, uma dívida na ordem dos 278,2 milhões de euros. A Media Capital está agora nos 79,9 milhões de euros, uma redução de 200 mil de euros em comparação com a dívida reportada no final de 2020. A dívida líquida nominal da Cofina está nos 33,9 milhões de euros, valor que representa uma redução de 6,2 milhões face a Dezembro do último ano. A maior dívida dos três grupos continua a pertencer à Impresa, que, apesar de uma diminuição de 14,2 milhões relativamente ao valor com que encerrou o ano anterior, se situa agora nos 138,6 milhões de euros.

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CEO da FCB New York revela o que faz para gerir a agência mais premiada do mundo

Em cinco anos, Emma Armstrong (na foto) implementa uma estratégia que converte o que era “uma boa agência” na agência criativa mais premiada do mundo. A campanha ‘Dreamcaster’, que cria para a Michelob Ultra, é a mais premiada de sempre

Emma Armstrong gere a agência mais premiada do mundo, segundo os World Creative Rankings 2025 do The Drum, a FCB New York, que é também responsável pela campanha ‘Dreamcaster’, da marca de cerveja norte-americana Michelob Ultra que é a mais premiada de sempre, de acordo com a publicação.

“A nossa função é criar trabalhos que se destaquem, que nunca tenham sido vistos antes, que surpreendam pela originalidade. Essa missão pode parecer muito assustadora, uma vez que exige uma atitude corajosa. O nosso trabalho é fazer as coisas com segurança, por considerarmos que essa é a estratégia certa para o negócio”, esclarece Emma Armstrong, CEO da FCB New York desde 2019, em entrevista ao The Drum.

Na altura em que assume o cargo, depara-se com o que descreve como “uma boa agência”, mas longe de ser aquilo que é hoje. Em apenas cinco anos, entre 2019 e 2024, a FCB New York triplica o volume de negócio e, só no ano passado, conquista 12 novos clientes, incluindo as marcas Cheez-It, Pringles, Rice Krispies Treats e Eggo.

“Qualquer agência pode ter um ano de sucesso ou um trabalho que se destaque num determinado momento. Mas [nos últimos cinco anos], tentámos realmente focar-nos na excelência criativa sustentada no sucesso dos nossos clientes e tem sido realmente gratificante ver essa estratégia ganhar vida e a ser bem sucedida”, admite a dirigente.

A importância de estreitar relações com os clientes

Para além da criatividade diferenciadora, fundamental numa era onde muitas marcas voltam a ter medo de arriscar, por receio das reações negativas que as campanhas mais arrojadas possam vir a gerar nas redes sociais, o sucesso da agência americana deve-se, na opinião de Emma Armstrong, à relação de confiança que a agência tem vindo a estabelecer com os clientes.

“Não se atinge o nível de crescimento que tivemos nos últimos cinco anos se perdermos clientes tão rapidamente como os ganhamos. Tivemos a sorte de ter pessoas excelentes que atraíram clientes excelentes, que querem fazer um trabalho criativo incrível, e que faça a diferença no seu negócio”, reconhece a responsável, que também aposta na valorização contínua dos colaboradores da agência, pertencente ao Interpublic Group (IPG).

“Temos muita autonomia para gerir a agência da melhor forma para os clientes, para o trabalho e as pessoas, e para os criativos talentosos que temos na agência. Mas também de termos todos os recursos da ‘holding’ à nossa disposição, desde os dados da Axicom a vários recursos provenientes de parcerias incríveis”, salienta Emma Armstrong.

Apesar a boa fase que a FCB New York atravessa e das conquistas que tem conseguido nos últimos cinco anos, a fusão iminente entre o IPG e a Omnicom, anunciada na primeira semana de dezembro de 2024, deixa o futuro da agência criativa em aberto. “Acreditamos firmemente que é possível ser uma agência criativa de muito sucesso com o apoio de uma ‘holding’. Acho que esse suporte nos favorece”, considera.

A campanha que 10,4 milhões de telespectadores viram

Para além de ser a agência mais premiada do mundo, a FCB New York é também a autora da campanha mais premiada de sempre. Concebido para a marca de cerveja Michelob Ultra, o anúncio acompanha o desenvolvimento de uma nova tecnologia que permite a cidadãos com deficiência visual sentir as emoções dos jogos de basquetebol da National Basketball Association (NBA).

O filme publicitário, que conquista 32 prémios no festival One Show 2024, 15 nos ADC Awards 2024, quatro nos The ANDY Awards 2024 e sete no Cannes Lions 2023, é produzido pela DaHouse Audio, pela Helo e pela Nepyru, com o propósito de tornar a modalidade desportiva mais acessível.

Protagonizado por Cameron Black, um cego que realiza o sonho de comentar um jogo da NBA em direto na televisão, o ‘spot’ mostra os preparativos para o grande dia, numa partida que opõe os New York Knicks aos Cleveland Cavaliers, terminando com gravações de telespectadores que elogiam o trabalho do comentador. O anúncio foi visto por 10,4 milhões de pessoas.

O impacto gerado leva a Michelob Ultra a investir 115 milhões de dólares (€105,4 milhões) em iniciativas de promoção da inclusão. “O cliente ficou de imediato entusiasmado com a ideia. Desenvolvemos a tecnologia, que está patenteada, para criar uma experiência que envolvesse os adeptos com deficiência visual, permitindo-lhes compreender um jogo de basquetebol ao vivo sem o ver”, explica Alexandre Abrantes, vice-presidente e diretor criativo executivo da FCB New York, em declarações ao The Drum.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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48% dos portugueses comparam preços antes de realizar uma compra

47% dos consumidores dizem que o poder de compra permanece estável, enquanto 12% dos portugueses admitem que a capacidade financeira diminui consideravelmente face ao ano anterior, revela um estudo da Escolha do Consumidor

Grande parte dos consumidores compara os preços, na maioria das vezes, antes de realizar uma compra (48%), analisando as diferentes opções para garantir a melhor escolha possível, revela um estudo da Escolha do Consumidor.

Por outro lado, 5% dos entrevistados fazem essa comparação apenas em compras de valores mais elevados, considerando esse fator mais importante em decisões financeiras significativas, enquanto 2% revelam ainda que raramente comparam os preços, enquanto 1% nunca realizam essa comparação, optando por outros critérios na sua decisão de compra.

Quanto ao tempo despendido na comparação de preços dos diferentes produtos ou serviços disponíveis no mercado, a maioria dos consumidores dedica entre cinco e 15 minutos a esta ação antes de realizar uma compra (42%), garantindo um equilíbrio entre análise e rapidez na decisão.

Já 30% dos participantes investem mais de tempo a avaliar as diversas opções e encontrar a melhor oferta no mercado, entre 15 e 30 minutos. Apenas 13% dedicam mais de 30 minutos ao processo, demonstrando um perfil mais detalhista e criterioso.

Em contrapartida, 14% dos inquiridos realizam essa comparação de forma mais rápida, levando menos de cinco minutos para decidir o que vão adquirir. Uma pequena percentagem afirma também não ter o hábito de comparar os preços antes de comprar qualquer tipo de produto ou serviço no seu dia a dia (1%).

Sites comparadores de preços

Quando questionados sobre as ferramentas utilizadas para fazer a comparação de preços, 33% recorrem a websites comparadores de preços para assegurar a melhor escolha antes de comprar, 23% visitam lojas físicas para comparar os preços presencialmente e 21% aproveitam os folhetos promocionais para identificar ofertas e descontos.

De realçar que 48% dos participantes recorrem a estas promoções frequentemente, mas apenas quando realmente precisam de um determinado produto ou serviço, sendo que 33% tentam aproveitar todos os descontos disponíveis sempre que possível.

As aplicações especializadas em comparação de preços e a análise entre diferentes ‘marketplaces’ também são mencionadas por alguns dos consumidores (8% e 7%, respetivamente). Além disso, 4% baseiam-se em redes sociais, como grupos online e recomendações de influenciadores. Os restantes inquiridos preferem recorrer outros métodos para comparar os preços antes de fazerem uma compra (4%).

Poder de compra dos portugueses

O top 3 dos produtos ou serviços mais consumidos reúne o setor da alimentação no primeiro lugar (31%), seguindo-se roupa/calçado e saúde e bem-estar (20% em ambos), o que reflete a importância destas três áreas no orçamento pessoal e consumo diário. Em oposição, os artigos eletrónicos e de tecnologia são os menos priorizados pelos entrevistados (22%), logo depois as viagens e turismo (21%) e a educação e formação (16%).

No que diz respeito ao poder de compra no decorrer dos últimos meses, 47% dos portugueses declaram que este permaneceu estável e sem grandes variações no orçamento. Contudo, 26% verificam uma ligeira redução, sentindo até algum impacto nas despesas.

Por outro lado, 15% relatam um aumento no poder de compra, mantendo ou inclusive melhorando o padrão de consumo, em comparação com o ano passado. Para 12%, a capacidade financeira diminuiu consideravelmente, levando alguns dos participantes a enfrentar maiores dificuldades para manter os mesmos hábitos de consumo.

15 de Março: Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

No âmbito do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, assinalado já no próximo sábado, a Escolha do Consumidor vai implementar algumas ações, nomeadamente a criação de um espaço interativo onde os consumidores poderão experimentar produtos e serviços das marcas eleitas Escolha do Consumidor em 2025. O evento terá lugar no centro comercial Ubbo, na Amadora, de 14 a 16 de março.

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Falta de objetividade e de feedback útil está a prejudicar a criatividade

Apenas 30% dos criativos e 27% dos ‘marketers’ revelam ter formação adequada para avaliar ideias, um processo em que há demasiadas pessoas envolvidas e que é descrito como “inconsistente, lento, subjetivo e doloroso”

Apenas 30% dos criativos e 52% dos ‘marketers’ dizem que fornecem feedback claro e construtivo relativamente aos projetos em que estão envolvidos, de acordo com o estudo ‘The BetterIdeas Project’, da consultora de marketing BetterBriefs.

A análise revela que 89% dos criativos e 84% dos profissionais de marketing concordam que a opinião tem um grande impacto na tomada de decisões, o que conduz à falta de objetividade no processo criativo.

Neste sentido, o estudo conclui que é necessária mais formação sobre como avaliar ideias e dar um melhor feedback. De facto, apenas 30% dos criativos e 27% dos profissionais de marketing referem ter formação adequada para avaliar ideias, com os investigadores a descobrirem que são necessárias cinco rondas de desenvolvimento criativo para aprovar uma ideia, em comparação com três rondas registadas numa investigação do Institute of Practitioners in Advertising (IPA) no Reino Unido, em 2007.

A análise, desenvolvida com o IPA e a World Federation of Advertisers, tem por base as respostas de 1034 profissionais criativos e de marketing de 54 países, abrangendo os setores B2C e B2B, e revela a necessidade de simplificar o processo de aprovação de ideias, de modo a garantir que apenas as pessoas realmente responsáveis sejam incluídas no processo de tomada de decisões.

“A criatividade é uma ferramenta poderosa que aumenta a eficácia da publicidade. Embora muitas ideias sejam elaboradas, apenas algumas são aprovadas e concretizadas. Este estudo mostra que a avaliação das ideias é crucial para o nosso setor. Se os ‘briefings’ servem de orientação para o raciocínio das agências, então as ideias são o veículo que impulsiona a eficácia no mundo da publicidade”, argumenta Matt Davies, cofundador da BetterBriefs.

A análise indica que são demasiadas as pessoas, ou as pessoas erradas, envolvidas no processo de tomada de decisão, descrito como “inconsistente, lento, subjetivo e doloroso”. Apenas 23% dos criativos e 56% dos ‘marketers’ concordam que o atual processo de aprovação funciona bem, e apenas 43% dos criativos e 62% dos profissionais de marketing referem que as pessoas que aprovam as ideias são as mais indicadas para tomar a decisão.

O estudo alerta ainda para o facto de as pessoas não avaliarem as ideias criativas em função do ‘briefing’ e dos critérios-chave da marca. Apenas 23% dos criativos e 15% dos ‘marketers’ concordam que os ‘briefings’ são utilizados pelas organizações para avaliar as ideias e somente 10% dos inquiridos concordam que as ideias são avaliadas em função de critérios claramente definidos nas respetivas empresas.

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Coca-Cola revê conta de meios nos Estados Unidos. WPP e Publicis são finalistas

Se a empresa de bebidas escolher o Publicis, terá mais uma vez as contas de meios divididas entre várias ‘holdings’, dissociando os meios da criatividade nos EUA. As contas de criatividade, meios, dados e tecnologia de marketing da The Coca-Cola Company estão avaliadas em cerca de €3,7 mil milhões

O WPP e o Publicis Groupe estão na final do processo de revisão das agências de meios da The Coca-Cola Company nos Estados Unidos, noticia a Ad Age. Se não sair vencedor, o WPP perderá a conta de meios conquistada em 2021.

Além dos meios, o WPP detém as contas de dados e tecnologia de marketing, bem como de criatividade da empresa de bebidas, em cerca de 200 países e avaliadas num total de cerca de 4 mil milhões de dólares (€3,7 mil milhões), mas estas não estão em consideração.

Quando conquista a conta da The Coca-Cola Company, o WPP cria a unidade OpenX, dedicada a servir as cerca de 200 marcas da empresa a nível mundial. O Publicis fica em segundo lugar na revisão de 2021, o que leva o WPP a ficar com 90% dos meios de comunicação da The Coca-Cola Company. A Dentsu fica com os restantes 10%.

Se a The Coca-Cola Company contratar o Publicis, terá mais uma vez as contas de meios divididas entre várias ‘holdings’, dissociando os meios da criatividade nos Estados Unidos. Quando o WPP é contratado, em 2021, Manolo Arroyo, diretor global de marketing da Coca-Cola, enfatiza a criação de um modelo de agências centrado no consumidor, considerando que os consumidores “não distinguem a mensagem do meio”. Na época, Manolo Arroyo destaca o alcance multinacional do WPP, admitindo, no entanto, que o Publicis é mais forte na América do Norte.

A The Coca-Cola Company investe cerca de 1,8 mil milhões de dólares (€1,6 mil milhões) em publicidade nos Estados Unidos em 2023, o que representa um aumento de cerca de 17% em relação a 2022, segundo o Ad Age Datacenter. A empresa ocupa o 28.º lugar no ranking da Ad Age dos principais anunciantes nos Estados Unidos em 2024.

Segundo dados da MediaRadar, a The Coca-Cola Company gasta 409 milhões de dólares (€377 milhões) em meios de comunicação nos Estados Unidos nos primeiros nove meses de 2024 e 621 milhões de dólares (€573 milhões) em 2023.

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TikTok é a rede social com mais horas de utilização por mês

Com uma taxa de crescimento mais rápida do que a do Facebook (9,3%) e a do Instagram (19,0%), o TikTok deverá representar 11% do total das despesas com publicidade nas redes sociais, com um investimento total de 32 mil milhões de dólares (€29,5 mil milhões), em 2025

O TikTok é a rede social com o número mais elevado de horas de utilização mensal, segundo os dados da Meltwater, empresa que fornece soluções de análise de redes sociais, analisados pelo WARC Media. A rede social chinesa lidera de forma destacada, com os utilizadores a passarem em média cerca de 35 horas por mês na plataforma, em 2024, o equivalente ao dobro das horas passadas, em média, pelos utilizadores do Instagram.

O consumo é mais elevado nos Estados Unidos, onde os utilizadores passam em média quase 44 horas por mês na rede social. Segundo a análise, se o TikTok evitar uma proibição nos Estados Unidos, o investimento publicitário mundial na plataforma deverá atingir cerca de 32 mil milhões de dólares (€29,5 mil milhões) em 2025, o que representa um aumento de 24,5% em relação a 2024.

Com uma taxa de crescimento mais rápida do que a do Facebook (9,3%) e a do Instagram (19,0%), a plataforma deverá representar 11% do total das despesas com publicidade nas redes sociais a nível mundial, em 2025. No que diz respeito ao consumo diário médio, o cenário é outro: de acordo com a análise, o tempo médio que um utilizador passa no TikTok é de cerca de seis minutos, abaixo dos sete minutos e 41 segundos que os utilizadores passam em média no YouTube, que lidera esta classificação.

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O que pode ler na edição 976 do M&P

O Lado B, novo espaço na contracapa do M&P (na foto), é totalmente dedicado à mulher. Fica o convite para começar a leitura desta edição pelo fim, dando prioridade ao muito que há por fazer no equilíbrio da balança de género

Na edição 976 do M&P, Tiago Flores, CEO da Xiaomi em Portugal, explica a estratégia seguida para afirmar a marca chinesa no mercado nacional – onde é a segunda mais vendida em ‘smartphones’, a seguir à Samsung e à frente da Apple – e crescer no segmento ‘premium’, a reboque dos novos modelos da série 15, recém-lançados no Mobile World Congress 2025, em Barcelona. “Mais do que sermos líderes, temos uma ambição maior e acima das vendas”, revela em entrevista exclusiva a Catarina Nunes, diretora do M&P.

Em vésperas do arranque da temporada de Fórmula 1, no Grande Prémio da Austrália, a 16 de março, os jornalistas Daniel Monteiro e Luis Batista Gonçalves, dão a conhecer como é que as audiências televisivas desta modalidade – que ascendem globalmente a 1,6 mil milhões de espectadores e crescem entre os jovens e as mulheres – estão a atrair marcas e a fazer disparar os valores de renegociação dos direitos de transmissão. Marketing gerado por dados e inclusivo marcam a reinvenção da Fórmula 1, enquanto suporte de comunicação.

No rescaldo dos Óscares, Daniel Monteiro escreve sobre a corrida ao espaço publicitário nos intervalos da transmissão televisiva da cerimónia, em que se destaca o vídeo da campanha conjunta da Samsung, L’Oréal Paris, Carnival Cruise Line, Kiehl’s e Mntn, que homenageia os duplos de Hollywood e mostra os bastidores das cenas mais arriscadas dos anúncios.

Na rubrica De Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, Ana Relvão, designer industrial e sócia-fundadora do estúdio Relvãokellermann, em Munique, partilha com Catarina Nunes a experiência de liderar um dos estúdios mais premiados na Alemanha.

O dossier especial, assinado por Susana Marvão, é dedicado à nova era na criação de conteúdos para marcas através de ‘branded content’, incluindo a visão dos grupos de media nacionais e das empresas que trabalham este formato, bem como a entrevista exclusiva a Patrícia Weiss, presidenta da Branded Content Marketing Association – BCMA Portugal e América do Sul, associação que promove a segunda edição em Portugal dos Branded Content Awards, que serão entregues em maio.

Na coluna de opinião Silicon Wood, que reflete a indústria das redes sociais e dos criadores de conteúdos – na interseção entre a tecnologia e o entretenimento -, Inês Ramada Curto, codiretora executiva e sócia da Snack Content Portugal, chama a atenção para o novo paradigma que surge, com o crescente ênfase no interesse dos conteúdos publicados, em detrimento de quem cria o conteúdo. Por que razões os algoritmos das redes sociais favorecem temas em vez de influenciadores?

Miguel Moreira Rato, diretor-geral da Adagietto, aborda o Dia Internacional da Mulher e reconhece que as agências de hoje ainda têm elementos da agência de Don Draper, da série ‘Mad Men’. A Adagietto ainda tem nuances desse mundo.

O M&P fecha, desde a edição anterior, com o Lado B, novo espaço na última página do jornal, que apresenta campanhas publicitárias, estratégias de comunicação ou de design de produtos, com o objetivo de fomentar o debate sobre criatividade, sob o lema Fatal, Banal, Genial.

O barómetro de atualidade do melhor e do pior na indústria da publicidade, comunicação, media e marcas, bem como os números que se destacam e os temas e notícias a seguir são outras das rubricas nesta página.

Na edição 976, o Lado B é totalmente dedicado à mulher, com campanhas de agências de comunicação e projetos dirigidos ao Dia Internacional da Mulher, e ao melhor e ao pior em matéria de igualdade de género.

Numa perspetiva de inversão da lógica, fica o convite para começar a leitura desta edição pelo fim, dando prioridade ao muito que há por fazer no equilíbrio da balança de género.

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Accenture aposta em modelo preditivo com dados sintéticos

Os dados sintéticos poderão deixar de ser vistos como uma tecnologia experimental e passar a ser considerados uma ferramenta com um papel no futuro do marketing e do desenvolvimento de produtos e da estratégia comercial

A Accenture Ventures, empresa de capital de risco da Accenture, está a investir e a colaborar com a Aaru, empresa que detém um modelo preditivo alimentado por inteligência artificial (IA) agêntica, com recurso a dados sintéticos, noticia o The Drum. Este modelo cria simulações que reproduzem o comportamento humano com elevada precisão.

A Accenture Song planeia integrar o modelo da Aaru no conjunto de ferramentas de IA do grupo de agências, dando às marcas a capacidade de ‘prever’ a resposta dos clientes antes de lançarem campanhas, produtos ou serviços. A medida é indicativa de que os dados sintéticos poderão deixar de ser vistos como uma tecnologia experimental e passar a ser considerados uma ferramenta com um papel significativo no futuro do marketing, do desenvolvimento de produtos e da estratégia comercial.

Isto pode representar o fim da era em que as marcas dependem de estudos de mercado dispendiosos e demorados. “Antecipar as necessidades dos clientes e descobrir novas oportunidades de crescimento através de agentes alimentados por IA é agora uma vantagem estratégica para as empresas”, justifica Baiju Shah, diretor de estratégia da Accenture Song, em comunicado de imprensa.

Cameron Fink, CEO da Aaru, antevê, por seu lado, nesta área a próxima grande mudança na IA. “A simulação é uma ferramenta incrivelmente poderosa e será o fator diferenciador entre as empresas que lideram o mercado e as que ficam para trás na era da IA”, refere.

Se a aposta na Aaru for bem-sucedida, pode reescrever as regras do envolvimento do consumidor, transformando o marketing numa ciência preditiva. Com o apoio da Accenture, é possível que se torne apenas uma questão de tempo até os dados sintéticos se tornarem um elemento essencial do marketing.

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WPP reforça na IA ao investir na Stability AI

Os clientes do WPP passam a ter acesso ao modelo de imagens da Stability AI e a outros que produzem vídeo, áudio e objetos 3D

O WPP anuncia um investimento e uma parceria com a Stability AI, empresa por trás da Stable Diffusion, modelo de conversão de texto em imagem que está na origem da atual vaga de modelos de inteligência artificial (IA) generativa. A parceria centra-se na introdução das ferramentas de IA generativa da Stability AI na produção de conteúdos no WPP Open, ‘hub’ tecnológico do WPP.

No âmbito da parceria, o WPP vai fornecer conhecimentos sobre o mercado e sobre o consumidor, ajudando a Stability AI a desenvolver ferramentas empresariais para criativos e marcas, de acordo com o comunicado de imprensa. Esta proximidade com o processo de desenvolvimento de produtos da Stability AI pode, por sua vez, permitir ao WPP oferecer aos clientes acesso antecipado às mais recentes ferramentas de marketing de IA.

Os clientes do WPP passam a ter acesso ao principal modelo de imagens da Stability AI, bem como aos modelos que produzem vídeo, áudio e objetos 3D, segundo refere o WPP na nota de imprensa. Embora as condições financeiras do negócio não tenham sido divulgadas, o WPP descreve o acordo como um investimento minoritário.

Esta parceria surge num momento em que a indústria publicitária tenta integrar cada vez mais a IA para aproveitar as oportunidades criativas que a tecnologia proporciona. Em janeiro de 2024, o WPP compromete-se a investir 318 milhões de dólares (€295 milhões) por ano em IA. Grande parte deste investimento é direcionado para o WPP Open, que a ‘holding’ tem utilizado para servir clientes como a Coca-Cola, a L’Oréal, a Nestlé e a Ford.

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Campanha da KKi Creative promove em Portugal turismo no Piauí

Para além de ter um stand exclusivo na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, o destino brasileiro está a ser promovido através de uma campanha publicitária omnicanal (na foto), que está a ser divulgada em imprensa, exterior e redes sociais

‘Bora Alí, no Piauí?’ é o nome da campanha que está a promover Piauí, destino turístico brasileiro que está a ser apresentado aos operadores nacionais. Concebida pela KKi Creative, agência criativa de origem brasileira com sede em Cascais, a campanha publicitária omnicanal está a ser divulgada em imprensa, exterior e redes sociais.

“Sendo o coração do nordeste brasileiro, o estado do Piauí destaca-se pela a sustentabilidade e pelo vasto património natural, propício ao turismo de natureza. Além disso, este território é único, do ponto de vista humano, geológico e arqueológico, pois ali se encontram as mais antigas pinturas rupestres da América do Sul”, explica a Visit Brazil Travel Association (VBRATA) em comunicado de imprensa.

A campanha, que decorre durante o mês de março, está a ser comunicada pela Press Hub e é amplificada através de um stand exclusivo na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market, feira de promoção turística que decorre entre os dias 12 e 16 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Direcionada para os portugueses que procuram destinos de sol e praia, a campanha multimeios tem o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Piauí, do Governo do Estado do Piauí, da Secretaria de Turismo do Piauí e da agência de atração de investimentos estratégicos Investe Piauí.

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‘Retail media’ é mais eficaz em espaços comerciais pequenos

A atenção captada pelos ecrãs de ‘retail media’ é 4,5 vezes maior nas superfícies comerciais menores. Ao contrário dos estabelecimentos grandes, as lojas de conveniência tendem a gerar mais interações

O ‘retail media’ é mais eficaz em espaços comerciais pequenos, avança o ‘In-store Retail Media Attention Study’. De acordo com o estudo, da Lumen Research em colaboração com o retalhista britânico Co-op, a atenção captada pelos ecrãs de ‘retail media’ é 4,5 vezes maior nas superfícies comerciais com uma área menor.

Segundo a análise, a possibilidade de os suportes de comunicação instalados no interior dos espaços serem vistos duplica nas lojas de menores dimensões. “Os suportes de ‘retail media’ em lojas pequenas têm um impacto quatro vezes superior na recordação da marca do que os das lojas de grande formato, porque os compradores exploram mais as lojas, revisitando várias vezes os corredores”, conclui a Lumen Research.

O estudo, elaborado com base num inquérito junto de uma amostra de 60 consumidores, após visitas de dez a 15 minutos a superfícies comerciais de diferentes dimensões e tipologias, analisa também o comportamento dos participantes durante as compras.

“Os compradores usaram óculos de rastreio ocular para medir a atenção às exposições dos media presentes nas lojas durante as compras. Após completarem a missão, preencheram um inquérito online avaliando a sua recordação das exposições, o reconhecimento da marca e a intenção futura de compra da marca”, explica o estudo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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