86% dos consumidores desconfia dos influenciadores digitais. 90% preferia conteúdos das marcas
As marcas continuam a investir em força no marketing de influência. Segundo o Open Creative Project, mais de 60% das insígnias planeia reforçar este investimento nos próximos meses, com cerca […]
Luis Batista Gonçalves
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As marcas continuam a investir em força no marketing de influência. Segundo o Open Creative Project, mais de 60% das insígnias planeia reforçar este investimento nos próximos meses, com cerca de 85% dos diretores de marketing a considerarem-no mesmo um dos elementos-chave para o crescimento dos seus negócios.
De acordo com um estudo da LTK, realizado em parceria com o Retail Analytics Council da Northwestern University, 92% das marcas considera aumentar o investimento em influence marketing em 2024. Um novo inquérito da EnTribe, plataforma digital norte-americana, revela, no entanto, que 86% dos consumidores já não confia nos influenciadores digitais.
Em vez de publicações pagas de figuras com comunidades de seguidores, 90% dos inquiridos preferia ver nas redes sociais conteúdos elaborados diretamente pelas insígnias. “81% considera que o recurso a influencers já não tem impacto ou tem até mesmo um impacto negativo na perceção das marcas, com mais de metade (51%) a admitir que passa para a publicação seguinte quando vê um post de um influenciador digital”, revela a EnTribe.
86% assume que valoriza mais as marcas que partilham user-generated contents (UGC), conteúdos orgânicos que surgem espontaneamente, não são pagos e não têm qualquer intervenção da insígnia, do que as que investem em influence marketing. “Só 12% dos inquiridos é que afirmaram que poderiam ser tentados a avançar para a compra de um produto ou a contratação de serviço se houvesse um influenciador digital a promovê-lo”, garante a empresa.
42% arrepende-se de ter ido atrás dos influenciadores digitais
Nos últimos anos, o investimento em marketing de influencia disparou. No entanto, segundo a H2H, dois terços das campanhas realizadas falharam. “62% confessa que nunca adquiriu nada que tivesse sido publicitado por um influencer e, dos que o fizeram, 42% assume ter-se arrependido da compra. Em contrapartida, 90% dos que responderam ao inquérito revelaram ter adquirido produtos e/ou serviços depois de terem sido elogiados por familiares e/ou amigos”, avança o novo estudo.
“Se as empresas incorporassem UGC nos seus planos de marketing, os consumidores sentir-se-iam mais inclinados para os adquirir”, defende a empresa californiana, sediada em Oakland. O ano passado, a EnTribe divulgou um estudo que afirmava que 64% dos utilizadores de redes sociais prestava efetivamente atenção às publicações patrocinadas que via nas redes sociais. Este ano, essa percentagem desceu para os 41%, registando uma quebra de 23%.
Em 2022, o número dos que considerava que esses posts impactavam a sua perceção das marcas de forma negativa era de 29%. Em 2023, esse número aumentou para os 38%. “Este estudo comprova o sentimento negativo que os consumidores estão a ter em relação aos influenciadores digitais”, sublinha. “É a prova de uma mudança comportamental a que temos vindo a assistir, com as pessoas a preferirem conteúdos orgânicos e mais autênticos”, refere Adam Dornbusch, CEO da EnTribe.