86% dos consumidores desconfia dos influenciadores digitais. 90% preferia conteúdos das marcas
As marcas continuam a investir em força no marketing de influência. Segundo o Open Creative Project, mais de 60% das insígnias planeia reforçar este investimento nos próximos meses, com cerca […]

Luis Batista Gonçalves
Dio Rods é o ‘gamer’ nacional com mais interações no Instagram
Doja Cat dá a cara pela Marc Jacobs
APR exige retoma de programa de aquisição de geradores para rádios locais
João Maia Abreu assume direção executiva da SPi
Hub Media reforça portefólio com quatro novas contas
Nuno Markl é a personalidade nacional que gera mais empatia
Coca-Cola é alvo de boicote e tenta distanciar-se de Trump
SA365 lança primeira produtora de vídeo 100% inteligência artificial
Agência Trema Creative com identidade renovada
Grupo Gate adquire participação maioritária na Naughty Boys
As marcas continuam a investir em força no marketing de influência. Segundo o Open Creative Project, mais de 60% das insígnias planeia reforçar este investimento nos próximos meses, com cerca de 85% dos diretores de marketing a considerarem-no mesmo um dos elementos-chave para o crescimento dos seus negócios.
De acordo com um estudo da LTK, realizado em parceria com o Retail Analytics Council da Northwestern University, 92% das marcas considera aumentar o investimento em influence marketing em 2024. Um novo inquérito da EnTribe, plataforma digital norte-americana, revela, no entanto, que 86% dos consumidores já não confia nos influenciadores digitais.
Em vez de publicações pagas de figuras com comunidades de seguidores, 90% dos inquiridos preferia ver nas redes sociais conteúdos elaborados diretamente pelas insígnias. “81% considera que o recurso a influencers já não tem impacto ou tem até mesmo um impacto negativo na perceção das marcas, com mais de metade (51%) a admitir que passa para a publicação seguinte quando vê um post de um influenciador digital”, revela a EnTribe.
86% assume que valoriza mais as marcas que partilham user-generated contents (UGC), conteúdos orgânicos que surgem espontaneamente, não são pagos e não têm qualquer intervenção da insígnia, do que as que investem em influence marketing. “Só 12% dos inquiridos é que afirmaram que poderiam ser tentados a avançar para a compra de um produto ou a contratação de serviço se houvesse um influenciador digital a promovê-lo”, garante a empresa.
42% arrepende-se de ter ido atrás dos influenciadores digitais
Nos últimos anos, o investimento em marketing de influencia disparou. No entanto, segundo a H2H, dois terços das campanhas realizadas falharam. “62% confessa que nunca adquiriu nada que tivesse sido publicitado por um influencer e, dos que o fizeram, 42% assume ter-se arrependido da compra. Em contrapartida, 90% dos que responderam ao inquérito revelaram ter adquirido produtos e/ou serviços depois de terem sido elogiados por familiares e/ou amigos”, avança o novo estudo.
“Se as empresas incorporassem UGC nos seus planos de marketing, os consumidores sentir-se-iam mais inclinados para os adquirir”, defende a empresa californiana, sediada em Oakland. O ano passado, a EnTribe divulgou um estudo que afirmava que 64% dos utilizadores de redes sociais prestava efetivamente atenção às publicações patrocinadas que via nas redes sociais. Este ano, essa percentagem desceu para os 41%, registando uma quebra de 23%.
Em 2022, o número dos que considerava que esses posts impactavam a sua perceção das marcas de forma negativa era de 29%. Em 2023, esse número aumentou para os 38%. “Este estudo comprova o sentimento negativo que os consumidores estão a ter em relação aos influenciadores digitais”, sublinha. “É a prova de uma mudança comportamental a que temos vindo a assistir, com as pessoas a preferirem conteúdos orgânicos e mais autênticos”, refere Adam Dornbusch, CEO da EnTribe.