Accenture aposta em modelo preditivo com dados sintéticos
Os dados sintéticos poderão deixar de ser vistos como uma tecnologia experimental e passar a ser considerados uma ferramenta com um papel no futuro do marketing e do desenvolvimento de produtos e da estratégia comercial

Daniel Monteiro Rahman
WPP reforça na IA ao investir na Stability AI
Publicis reforça gestão e obtenção de dados com aquisição da Lotame (com vídeo)
IA agêntica está a afetar as métricas de desempenho online
Tráfego orgânico na internet cai entre 15% a 25% por causa da IA
68% dos consumidores compram produtos sugeridos por IA
Google melhora recursos criativos para campanhas
Adoção de IA generativa está aquém do expectável
Receitas da Havas crescem 1,5% para €2,73 mil milhões
The New York Times adota IA na redação
José Correia é o novo diretor da divisão de ‘mobile’ da Samsung Portugal
A Accenture Ventures, empresa de capital de risco da Accenture, está a investir e a colaborar com a Aaru, empresa que detém um modelo preditivo alimentado por inteligência artificial (IA) agêntica, com recurso a dados sintéticos, noticia o The Drum. Este modelo cria simulações que reproduzem o comportamento humano com elevada precisão.
A Accenture Song planeia integrar o modelo da Aaru no conjunto de ferramentas de IA do grupo de agências, dando às marcas a capacidade de ‘prever’ a resposta dos clientes antes de lançarem campanhas, produtos ou serviços. A medida é indicativa de que os dados sintéticos poderão deixar de ser vistos como uma tecnologia experimental e passar a ser considerados uma ferramenta com um papel significativo no futuro do marketing, do desenvolvimento de produtos e da estratégia comercial.
Isto pode representar o fim da era em que as marcas dependem de estudos de mercado dispendiosos e demorados. “Antecipar as necessidades dos clientes e descobrir novas oportunidades de crescimento através de agentes alimentados por IA é agora uma vantagem estratégica para as empresas”, justifica Baiju Shah, diretor de estratégia da Accenture Song, em comunicado de imprensa.
Cameron Fink, CEO da Aaru, antevê, por seu lado, nesta área a próxima grande mudança na IA. “A simulação é uma ferramenta incrivelmente poderosa e será o fator diferenciador entre as empresas que lideram o mercado e as que ficam para trás na era da IA”, refere.
Se a aposta na Aaru for bem-sucedida, pode reescrever as regras do envolvimento do consumidor, transformando o marketing numa ciência preditiva. Com o apoio da Accenture, é possível que se torne apenas uma questão de tempo até os dados sintéticos se tornarem um elemento essencial do marketing.