A marca mais valiosa é a que deixamos na comunidade: Opinião de Diogo Sousa
O mundo empresarial tende, naturalmente, a recorrer a um amplo universo de métricas para avaliar o desempenho das empresas e dos seus profissionais, bem como para quantificar a evolução e […]
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O mundo empresarial tende, naturalmente, a recorrer a um amplo universo de métricas para avaliar o desempenho das empresas e dos seus profissionais, bem como para quantificar a evolução e o impacto das decisões estratégicas que se tomam. Num mundo cada vez mais data centered é inevitável – diria mesmo salutar e inteligente – que assim seja.
Os gestores de marca e quem participa na definição de estratégias de comunicação corporativa, sabem também que é crítico estar permanentemente atento aos fatores e variáveis que afetam a reputação de uma empresa. E sabemos bem quais são os dados que, recolhidos junto de diferentes stakeholders externos, constroem a imagem global – ou a reputação – de uma marca e empresa: a qualidade dos produtos e serviços colocados no mercado, o atendimento ao cliente, a forma como comunica, a confiança que inspira, o propósito, a capacidade de inovar, a diferenciação face à concorrência… não faltam métricas para posicionar as empresas nos rankings que frequentemente vemos publicados.
Mas há também nesses estudos uma variável cuja importância tem crescido exponencialmente, o do impacto na comunidade. Numa sociedade informada que exige cada vez mais, esta é uma área que extravasa as simples métricas e que se assume como um precioso ativo intangível para a cultura de qualquer empresa que esteja focada no bem comum e em impacto sistémico.
O Dia Internacional do Voluntariado, que hoje se assinala, é uma ocasião que me permite sublinhar – com orgulho, assumo – que é possível fazer do impacto na comunidade uma preocupação transversal numa grande empresa como a Galp. Partindo da convicção profunda, mas simples, de que podemos ir além da mera filantropia pontual entregue a uns quantos, e fomentar um movimento que envolva todos os colaboradores em torno de um propósito social.
Sim, o mundo corporativo pode, ou deve, ter em mente a ideia de retribuir parte daquilo que a sociedade lhe dá. Mas na Galp quisemos ir além desse mindset. Não queremos apenas dar ou devolver, queremos construir em conjunto. No terreno, com envolvimento direto nas comunidades, colocando as nossas pessoas ao lado das pessoas que abraçam e impulsionam projetos meritórios, ajudando a transformar o mundo num lugar melhor.
A responsabilidade social que as empresas assumem é tão mais efetiva quanto maior for a sua capacidade de mobilizar as pessoas para as suas causas. E essa premissa só será bem-sucedida se conseguirmos, em primeira instância, agregar as nossas pessoas em torno da ideia de ajudar o próximo, de forma consistente e consequente.
A promoção do voluntariado nas empresas deve ser, neste contexto, um pilar essencial de uma estratégia de impacto social e da sua própria identidade. Foi por isso que, na Galp, fizemos um esforço para reforçar e promover internamente esta mensagem. Criámos há mais de uma década bolsas de horas de voluntariado, mas decidimos nos últimos anos intensificar o desafio aos nossos colaboradores para que abracem causas e se envolvam na comunidade. E os resultados foram evidentes: em 2022, 1255 voluntários Galp deram 6.442 horas a projetos comunitários, muitos dos quais onde a Galp é investidora social, como o Banco Alimentar. E se esses números já nos orgulhavam, em 2023 já conseguimos batê-los, com mais de 1500 voluntários Galp a investirem mais de 7000 horas no apoio a projetos comunitários. São 22% do total dos colaboradores do grupo, envolvendo dois terços dos diretores e todos os elementos da administração executiva.
São números que impressionam. Mas não são métricas. Quando o Filipe e a Maria João tiram a manhã para ajudar a carregar o camião do Banco Alimentar que vai distribuir comida em instituições de solidariedade, não estão a trabalhar para métricas. Quando a Ana e o Pedro passam parte da sua tarde na Fundação Gil a trabalhar numa iniciativa da Make a Wish, não estão a pensar em reputação. Quando a Sanda e o Jorge investem o seu dia na renovação e pintura do recreio de uma creche, não estão a pensar em goodwill empresarial.
Quando se voluntariam para abraçar estas causas estão, todos eles, a contribuir de forma autêntica e genuína para os propósitos mais louváveis de todos: olhar pelo próximo, fortalecer laços comunitários e partilhar a responsabilidade que todos temos na construção de um futuro melhor e mais justo.
No Dia Internacional do Voluntariado, lanço o desafio para que cada um se esforce por fomentar estes valores na cultura da sua empresa. Olhemos lá para fora. Procuremos causas que nos façam sentido. E disponibilizemos o nosso tempo, força e vontade no seu apoio. Sem pensar em métricas. Sem pensar em rankings. Focando apenas no essencial. Porque tão importante como a marca que construímos é a marca que deixamos na comunidade.
Artigo de opinião assinado por Diogo Sousa, diretor de comunicação e de impacto social da Galp