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“Vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media”

Um ano depois da aquisição da The Goat Agency pela GroupM, Paul Scannell, líder regional para a EMEA, vem a Lisboa para o lançamento da agência em Portugal. Em entrevista exclusiva ao M&P, explica a aposta no marketing de influência e os desafios deste mercado

Catarina Nunes
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“Vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media”

Um ano depois da aquisição da The Goat Agency pela GroupM, Paul Scannell, líder regional para a EMEA, vem a Lisboa para o lançamento da agência em Portugal. Em entrevista exclusiva ao M&P, explica a aposta no marketing de influência e os desafios deste mercado

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Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), veio a Lisboa para o lançamento em Portugal desta agência de marketing de influência, adquirida pela GroupM em 2023. Em entrevista ao M&P, fala sobre o posicionamento da Goat, as questões em torno da transparência das publicações de influenciadores nas redes sociais, a necessidade de autorregulação e a importância dos dados primários neste mercado.

Por que razão a GroupM está a investir agora em marketing de influência com uma agência própria, que comprou em 2023?

O marketing de influência já era uma parte interna do nosso negócio, mas agora a WPP investiu fortemente. No espaço de um ano, comprou as empresas Obviously, a Village Marketing e a The Goat Agency, três grandes investimentos em marketing de influência.

Há anos que o marketing de influência é uma tendência. A WPP está a entrar tarde?

Acho que estamos ainda no início da jornada. A indústria do marketing de influência, dependendo dos dados que lermos, estava avaliada em 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões), em 2023, o que é menos de 2% do mercado global de publicidade. Li uma citação do Goldman Sachs que referia que a economia dos criadores vai duplicar nos próximos cinco anos e vai ser cada vez mais importante. Isto decorre do facto de que estamos a passar por uma grande mudança na forma como consumimos media, em particular nas gerações mais jovens. Sou parte da geração mais velha que ainda liga a televisão todas as noites, mas as pessoas já não consumem media assim. Está a acontecer uma mudança geracional. A forma como consumimos conteúdos agora é no que chamaríamos de plataformas sociais, que já nem são propriamente sociais, são apenas plataformas de conteúdos, como o TikTok e o YouTube, que mudaram completamente o paradigma.

Qual é a origem da denominação da agência, Goat?

Foi a primeira pergunta que fiz também [risos]. Toda gente julga que é porque somos os melhores de todos os tempos [GOAT é o acrónimo de greatest of the all time], mas os fundadores da Goat [Arron Sheperd, Nick Cooke e Harry Hugo] gostam de manter a explicação do nome relativamente desconhecida. Anteriormente, tiveram a empresa Sportlobster [app de envolvimento de fãs de desporto] e, quando se lançaram como uma agência de influenciadores, quiseram manter a coisa animal. Os três fundadores mantêm-se na Goat e ajudam no crescimento da agência. O Arron é o CEO global da empresa, o Nick é o diretor de clientes e o Harry é o diretor de campanhas e, dependendo de a quem perguntar a origem do nome da Goat, a história é diferente.

É responsável pela EMEA. Nesta região, quais são os países onde os consumidores se envolvem mais e menos com o marketing de influência?

Há mercados que são mais emergentes. Estivemos na Polónia, há cerca de um mês, a falar com a nossa equipa, que tem cerca de 29 pessoas a trabalhar no negócio da Goat. Olhámos para mercados como Eslováquia, Chéquia, Hungria e todos os mercados do Leste Europeu, para tentar perceber se é possível uma abordagem central, se são ou não muito diferentes culturalmente. Diria que estes mercados ainda não descolaram em termos de marketing de influência. Mas, nos grandes mercados, nos cinco grandes na Europa, há muito marketing de influência já a acontecer.

A Goat afirma-se como líder mundial nas agências de marketing social. Quais são os dados que sustentam esta afirmação?

Agora, que temos o negócio integrado, temos cerca de 450 pessoas a trabalhar em todo o mundo, em 36 mercados diferentes, com campanhas ativadas em 70 países distintos. Não vemos mais ninguém que esteja a fazer marketing de influência neste nível de escala, globalmente. Também entendemos que o nível de dados que temos em termos de desempenho, dados que impulsionam todas as nossas tomadas de decisão e a forma como trabalhamos com influenciadores e como os selecionamos, é mais avançado do que qualquer outro que tenhamos visto. Tendo trabalhado na indústria durante oito anos, diria que somos os maiores e os melhores. Depois de ter observado tudo e de todas as maneiras possíveis de analisar a escala, acho que não há mais ninguém que possa competir connosco.

E em termos de receitas do negócio?

Não sabemos as receitas de todas as agências de influenciadores do mundo. Em relação às da Goat, se as partilhasse, o que não posso fazer, alguém provavelmente cortar-me-ia a cabeça, mas posso dizer que somos uma grande parte de uma indústria de 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões). Temos um vlog, e, se seguir a agência no LinkedIn, verá os vídeos que criamos três a quatro vezes por semana, todas as semanas, que são um meio de documentar a ascensão dos fundadores e a mostrar o que eles têm vindo a fazer desde há dez anos.

O vlog fala das receitas, dos números do negócio da Goat?

O vlog é sobre construir um negócio de um bilião de dólares, que é o valor a que estamos a tentar chegar, o que lhe pode dar uma ideia da escala.

O que é que a Goat tem de diferente de outras agências de marketing de influência?

Muita da diferença prende-se com os dados e com a tecnologia que alimentam a nossa abordagem ao marketing de influência. Quando os fundadores começaram a Sportlobster, em 2012 – há muito tempo, ainda antes de o marketing de influência ser realmente relevante – começaram a trabalhar com influenciadores, com uma app de redes sociais para tentar impulsionar downloads. Cada vez que trabalhavam com alguém, reuniam todos os dados, quanto pagavam, quantos downloads de aplicações eram feitos e todo o tipo de informações.

A Sportlobster é a empresa que gere os dados e a tecnologia?

É a empresa que precedeu a Goat, o negócio original dos fundadores. Quando eles viram o poder do marketing de influência, com esse tipo de influenciadores de nicho a falar para comunidades de nicho com os seus conteúdos, direcionaram o negócio para uma agência de influenciadores. Depois, passaram os oito anos seguintes a construir a que era, na época, a maior agência de influenciadores independentes do mundo. Sempre que alguém fazia uma publicação ou uma campanha para a Goat, rastreavam-na e mediam-na, construindo uma enorme base de dados numa pilha de tecnologia que nos permite tomar decisões sobre os influenciadores com os quais trabalhamos e para que clientes, sempre tendo em conta os objetivos da campanha que temos de entregar.

Qual é a diferença em relação a outras agências que também têm dados?

A nossa principal diferença é que estamos a mudar o marketing de influência a partir de uma abordagem baseada em relações públicas, através da qual se tenta que os influenciadores façam as coisas de graça, e eles não são valorizados como um canal de media. Isto funciona muito bem para as marcas, mas nós vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media, para ser possível comparar, contrastar e medir.

Os influenciadores são os novos meios de comunicação?

Acho que sim. O MrBeast é o maior, mas, se olhar para o número de visualizações que ele gera em comparação com a visualização de televisão em horário nobre nos Estados Unidos, no Reino Unido ou em qualquer outro lugar, é um canal de media genuíno por conta própria, apenas com o canal no YouTube. É desta forma que muitas pessoas estão, hoje, a consumir os media e, por isso, temos de o tratar como um canal de comunicação social.

Houve, no passado recente, o movimento de ‘desinfluenciar’, que promovia a autenticidade e a verdade nos influenciadores. Ainda é uma tendência que esteja a moldar a indústria?

Acho que sim. Provavelmente ganhou mais manchetes do que potencialmente teria ganho se não fosse uma parte emergente de um negócio sobre o qual o mundo inteiro está a falar. O interessante é que a tendência de desinfluência ganhou dimensão porque os influenciadores estavam a promovê-la, conferindo-lhe uma dimensão maior. Isto mostra o poder dos influenciadores na visibilidade de uma tendência que é sobre influência. Todas as pessoas que trabalham bem o marketing de influência entenderam sempre como fundamental trabalhar com alguém que seja autêntico para uma marca. Falamos muito sobre os dados e a tecnologia, mas, quando estamos num processo de seleção de influenciadores, estamos realmente perante uma verdadeira arte e uma ciência. Trabalhar esta área obriga-nos a tentar perceber quais os que vão impulsionar melhor o desempenho, mas é preciso encontrar pessoas que falem autenticamente sobre a marca para as suas audiências, sem causar problemas. Caso contrário, poderá gerar uma perceção negativa, se o influenciador trabalhar com uma marca que nunca ressoaria com o seu público.

Isso acontece muito…

Pode parecer estranho, mas a grande maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos rejeita muitos negócios, por não serem adequados para eles. Dizem aos clientes para os voltarem a contactar quando tiverem uma marca que se encaixe no seu perfil, porque eles conhecem bem o seu público. Como passaram anos e anos a construir as suas comunidades, não vão querer arriscar, são muito profissionais, pelo menos a maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos.

O que é mais importante: o perfil e o número de seguidores do influenciador ou os valores e a narrativa da marca?

O mais importante é encontrar alguém que seja autêntico para a marca. Trabalhamos com grandes influenciadores e até já trabalhámos com o MrBeast, mas a maior parte do trabalho que fazemos é com influenciadores de nicho, que podem tocar uma comunidade mais segmentada. Depende também da marca e dos seus objetivos, porque, às vezes, apenas querem um alcance de massa e trabalhar com alguém que é enorme e relevante. E é por isto que o endosso de celebridades é procurado. Todos os anúncios do Super Bowl têm uma celebridade endossada porque, às vezes, funciona para o que se quer.

Funcionam na conversão em vendas?

Tendemos a achar que as campanhas que funcionam melhor são as que…. Como sabe, as pessoas vão para as redes sociais para encontrar a sua tribo e subcultura. E é por isso que as pessoas se conectam. Encontram o seu pequeno nicho e pessoas que falam sobre ele de uma maneira que lhes agrada, envolvendo-se com elas. É esta a razão pela qual as pessoas realmente se sintonizam.

A sua empresa está a vender produtos.

Sim, mas pode vender produtos… Por exemplo, fazemos muito trabalho para a empresa 3M, que produz tudo. Aliás, um dos seus slogans é “Nunca está a mais de dez pés [três metros] de distância de um produto 3M”. Eles estavam a tentar vender capacetes de soldadura e, na América Latina, havia uma comunidade de pessoas que foram viver na floresta, construíram as suas próprias casas e criaram comunidades sociais. Mesmo quando se tenta vender capacetes de soldadura, que acho que custavam 500 dólares [€461], é possível encontrar as pessoas certas, se se souber onde procurar e encontrar as comunidades de nicho certas. Quem é que vai ser capaz de falar com essa audiência de determinada forma? Pode ser esta comunidade que construiu esse público ao longo do tempo.

Quando fala em nicho, isso é diferente de microinfluenciadores?

Há muitas maneiras diferentes de falar, cada qual tem a sua maneira de referir-se a diferentes tipos de influenciadores. A maioria das pessoas vai dizer que um microinfluenciador tem entre 10 mil e 100 mil seguidores, mas acho que é mais complicado do que essa distinção. Porque um microinfluenciador na área da beleza pode parecer muito diferente de um microinfluenciador que é um consultor em tecnologia de informação B2B. Mas as pessoas têm de ser colocadas em categorias porque a indústria em que trabalhamos funciona assim. O nicho tem mais a ver com o alcance da comunidade, que é diferente da quantidade de seguidores.

Como é possível uma marca destacar-se no ultrapovoado cenário digital?

Uma das coisas que a Goat tem é uma equipa de estratégia, que fala muito sobre a ideia do efeito oddball, porque há muitos conteúdos nas redes sociais que parecem o mesmo. A equipa de estratégia tem uma apresentação com uma dezena de imagens num ecrã, que um influenciador fotografou num barco num lago, que mostra também um pequeno clipe com um urso. Depois, perguntam qual é a imagem que apareceu no ecrã durante mais tempo. Toda a gente diz sempre que foi a imagem do urso, mas, na verdade, todas elas estiveram o mesmo tempo de exposição no ecrã. A equipa depois fala sobre isto, numa perspetiva criativa, sobre a relevância da irrelevância daquilo com que trabalhamos.

Qual é a conclusão?

Quando trabalhamos com influenciadores que são relevantes para a marca em causa, eles têm os mesmos valores. Mas é preciso criar algo que se destaque, algo criativo e ligeiramente diferente do que as outras pessoas estão a fazer.

Acertar nisso é rocket science.

Sim, e nem sempre acertamos. Mas a ideia é ter um pensamento criativo e estratégico para entender a plataforma, as tendências e como funciona o marketing de influência, para ter ideias incríveis que permitam que algo se destaque num mercado saturado. Acho que é isto que está em causa quando se trata de pessoas e criatividade.

Com tantas plataformas digitais que existem, e que continuam a aparecer, qual é o desafio?

Isso pode ser um desafio e uma oportunidade. Há campanhas em que posso inclinar-me para o YouTube, se quero entregar uma determinada mensagem para um determinado público de uma determinada maneira. Depois, há campanhas que me inclino mais para o TikTok ou para o Instagram. Penso que dão-nos mais opções, mais capacidade para trabalhar com criadores de uma maneira diferente. Os criadores do TikTok são muito diferentes dos do YouTube.

Não é mais difícil trabalhar com muitas plataformas?

Só porque existem mais plataformas não significa que em cada campanha se deve acrescentar mais. Trata-se de encontrar as pessoas certas. Se existirem mais, isso só dará mais capacidade de trabalhar com pessoas mais interessantes de maneiras mais diversas, que criam diferentes tipos de conteúdos que atraem públicos diferentes.

Os consumidores estão saturados de tantas plataformas?

Não vejo isso. Não acho que as pessoas não se lembram das marcas por causa do número de plataformas, a questão prende-se com a mensagem. A saturação é uma desculpa. Sempre tivemos desculpas suficientes para nos distrairmos. Durante anos, houve horas e horas de conteúdos publicados em todas as plataformas. Trata-se de criar coisas que se destaquem e atraiam o público. Se conseguirmos isto, quer haja uma dezena de plataformas ou um milhão, não importa. Se encontrarmos o público certo, é possível atingi-lo com as pessoas certas no momento certo, o conteúdo vai destacar-se e as pessoas vão lembrar-se.

Como é que vê as questões em torno dos influenciadores, com as publicações comerciais não identificadas, a legislação e respetiva fiscalização?

Esta questão é mesmo muito importante. No Reino Unido, somos membros fundadores da organização Influencer Marketing Trade Body (IMTB), desde há quatro anos. É uma entidade de autorregulação porque acreditamos que temos de dar esse primeiro passo, para que não sejamos regulados por pessoas que não entendem a indústria. Criámos um código de conduta, há dois anos, que todos subscrevemos enquanto membros e que se tornou o padrão na abordagem aos influenciadores, do ponto de vista da transparência em relação às audiências. Porque não queremos apenas uma regulamentação de governos, que estão a tentar dar um ponto de vista político a coisas que não entendem sobre esta indústria.

Porquê?

Temos de ser capazes de nos autorregular, mas, para fazer isso, precisamos que as pessoas que são influentes no marketing de influência colaborem e se certifiquem de que estamos a trabalhar juntos para garantir que todos estão a fazer as coisas da maneira certa. Infelizmente, o espaço de marketing de influência cria muito ruído e muitas manchetes e os políticos de todo o mundo podem usá-lo para uma voz política, em vez do que deveriam estar a fazer. Parece atrair muito mais atenção os influenciadores serem pagos para ir a um determinado lugar e não divulgarem isso no post versus o mundo editorial, em que não sei o quanto tudo é escrito nos mesmos termos, por exemplo, quando escrevem sobre um top 10 de destinos de férias. Não me parece que isto tenha o mesmo nível de atenção, mas, se calhar, é porque estou no espaço dos influenciadores.

Jornalismo é diferente de publicidade.

Exatamente. Mas onde é que essa linha é traçada? No universo do
marketing de influência, eles recebem presentes e escrevem sobre essas ofertas.

E são pagos para fazerem isso.

Às vezes. A questão é que a quantidade de conteúdos que as pessoas consomem de influenciadores e de criadores de conteúdos tornou-se um tema quente de debate. A minha opinião pessoal é pela autorregulação, que é o caminho a seguir, mas tem de ser feito corretamente.

Concorda com as publicações identificadas como publicidade?

Sim, absolutamente. Se alguém pagou a um influenciador para falar sobre uma marca, essa situação deve ser identificada, como em qualquer outro meio de comunicação.

Isso é suficiente?

É o requisito mínimo. Se os influenciadores estão a construir negócios, a criar conteúdos, a trabalhar com marcas, a construir marcas e negócios para elas, então estão a agir com um canal de media.

A relação dos influenciadores com as marcas é totalmente transparente, em relação, por exemplo, ao número de seguidores que podem ou não ter sido comprados?

Isso é algo em que os estamos a pressionar há anos. A grande maioria do mundo dos influenciadores ainda é construído em capturas de ecrã dos dados das plataformas.

Dessa forma, os números podem ser alterados no Photoshop.

Potencialmente, mas não trabalhamos dessa forma. Trabalhamos com dados de API [Application Programming Interface], que são retirados diretamente da plataforma. Pedimos aos influenciadores que se conectem à plataforma precisamente por esse motivo.

A questão da transparência dos influenciadores é com os utilizadores, os seguidores e com as empresas com as quais trabalham, as marcas.

Obviamente, alguns influenciadores estão a tentar ganhar a vida e, portanto, o incentivo deles é mostrar que entregam uma audiência e impressões. Mas fomos sempre muito claros sobre o facto de trabalharmos com dados primários, diretamente da plataforma. É por isto que considero que o mundo dos influenciadores precisa de continuar a amadurecer, de continuar a crescer. A questão não é se os influenciadores devem fornecer dados primários, isso é uma necessidade porque temos de ver esses dados. Sempre fomos muito inflexíveis nisto. A transparência é absolutamente tudo, porque, caso contrário, prejudica toda a indústria.

A inteligência artificial (IA) é uma oportunidade, uma ameaça ou ambas?

Essa é uma grande pergunta. Provavelmente, as duas coisas, porque já vimos as últimas coisas que a OpenAI está a produzir, de texto para vídeos, e o quanto a edição está a ser alterada pela IA. Há uma parte de mim que pensa que, se as pessoas podem ser mais produtivas e produzir mais vídeos de alta qualidade mais rapidamente, isso é ótimo. Mas, então, onde é traçada a linha que deixa claro que foi um vídeo produzido com IA? Porque, obviamente, todos usamos o Photoshop há anos. Mas, à medida que vamos mais longe, o influenciador terá de declarar que produziu uma legenda com recurso a IA? Há muita coisa que precisamos de melhorar e ninguém tem todas as respostas neste momento, porque estamos a aprender à medida que avançamos. Mas uma grande parte de fazer parte do IMTB é ter estas conversas com as pessoas que lideram a indústria. É preciso ser capaz de abordar estas questões e de tomar decisões sensatas e adultas, que garantam que a indústria se mantém saudável.

Qual é a sua opinião sobre os influenciadores digitais gerados por IA?

Na nossa equipa, há alguns exemplos de trabalhos com avatares artificiais e IA com várias marcas importantes, mas ainda não têm escala. É algo que ainda estamos a descobrir a coisa certa a fazer. Acho que, desde que as pessoas saibam que é media social de animação com IA, que não é real, não vejo nenhum problema nisso. Neste momento, não é uma parte significativa da nossa oferta, mas não vejo razões para que não o seja no futuro.

Qual é a plataforma de redes sociais que vê como dominante no curto prazo?

É difícil de dizer, porque, muitas vezes, não se consegue ver até ao momento em que acontece. A BeReal foi uma das redes sociais de que falamos até à exaustão o ano passado e agora já não se fala. Antes, tinha sido aquela plataforma de áudio Clubhouse. Toda a gente estava no Clubhouse, que entretanto morreu.

Qual é a plataforma que usa mais?

Sou velho…

O Facebook?

Sim… [risos] Estou a começar a estar mais no TikTok mais do que na maioria das outras redes sociais, porque o algoritmo leva-me a ver o conteúdo que quero mais rapidamente.

Acha que o TikTok virá a tornar-se na maior das redes?

Sim, mas depende muito da política e do que está a acontecer nos Estados Unidos [o projeto de lei que pode banir o TikTok do país] e o que isso significa em termos de regulação. O TikTok é incrível, provavelmente é um dos maiores agora. É lá que o público jovem está a gastar o seu tempo. Vamos ver o que acontece.

Todas as marcas precisam de marketing nas redes sociais?

Enquanto marcas, por tudo aquilo que envolvem, seria insensato não estarem nas redes sociais, porque, presumivelmente, têm a intenção de fazer crescer o seu negócio. Para o expandirem, precisam de encontrar mais clientes e, hoje, praticamente toda a gente está nas redes sociais. Esta é a mudança geracional de que falámos no início desta conversa. É nas redes sociais que as pessoas estão a passar o tempo e a envolver-se com conteúdos gerados por utilizadores, pessoas que conhecem e de quem gostam e que seguem porque querem experimentar esses conteúdos. Acredito que possam existir marcas que não precisem de estar nas redes sociais, mas eu não conheço nenhuma. Acho que é mau não estar, mas tenho a certeza que alguém vai ler esta entrevista e dizer que a marca X não precisa das redes sociais.

Perfil
Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency na EMEA

 

Da televisão até aos influenciadores

Qual foi o seu percurso antes de chegar à liderança regional da The Goat Agency?

Comecei nos media, em 2005, a vender publicidade em televisão para clientes e agências, até mudar para a venda de espaço publicitário em cinemas, o que era fácil, falava sobre filmes o dia todo. Depois transitei para o suporte digital e, mais tarde, para os anúncios nativos e depois para os influenciadores.

Quando é que entra na WPP?

Entrei para a GroupM, que integra a WPP, em 2016. Estou lá há oito anos.

Por que razão escolheu a área do marketing de influência?

Há um momento em que estava a trabalhar com um anúncio digital para uma campanha de uma nova rota da easyJet para Alicante. Queria medir se as pessoas expostas a esse anúncio tinham conhecimento dessa rota ou não. Trabalhávamos em direcionamento comportamental e em como veicular o anúncio no momento certo para a pessoa certa e aprendemos muito sobre segmentação e cookies. Fizemos um estudo em que analisámos os que foram expostos ao anúncio versus os que não foram e concluímos que não havia diferença. Aliás, as pessoas que foram expostas aos anúncios eram menos propensas a conhecer a nova rota.

Isso criou um problema com a easyJet?

Era o líder deste cliente e pus-me à procura de desculpas, a gritar com toda a gente, a questionar por que razão é que não tinha funcionado. Até que a pessoa da área de pesquisa perguntou como era o anúncio. Ninguém sabia. Recebemos uma linha de código que carregámos num servidor de anúncios. Não tinha ideia sobre a criatividade da publicidade nem de como era importante. O que aconteceu foi que o anúncio não mostrava a rota para Alicante antes dos seis segundos. No digital, ninguém chega lá e na agência, na altura, ninguém sabia desta situação. Foi um momento em que questionei o que andava a fazer. Estava a aprender tudo sobre dados, segmentação e todo este tipo de coisas, mas não sabia nada sobre criatividade.

Com esse discernimento, o que fez a seguir?

Iniciei uma jornada, fui ouvir podcasts e ler livros sobre marketing de conteúdo e marketing criativo. Depois, tentei arranjar um emprego em publicidade nativa para tentar perceber melhor, por se tratar de um tipo de conteúdo de formato longo, muito presente nas páginas de internet das editoras. Fiz isto durante algum tempo e, nessa fase, apercebi-me do aumento dos media sociais e do número de criadores de conteúdo. Todo o meu percurso decorre disto, de estar apenas a executar uma campanha sem saber qual é o aspeto visual da parte criativa. É isto que estamos a tentar fazer e foi isso que me levou ao caminho do marketing de influência, onde estou há cinco, seis anos.

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TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em abril

O futebol continua a dominar as preferências dos telespetadores nacionais. Os cinco programas mais vistos no quarto mês do ano foram disputados em estádios, segundo os dados oficiais do Social Media Explorer do grupo Marktest. O Big Brother, na TVI, mantém-se como o programa com mais menções nas redes sociais

O futebol ocupa as cinco primeiras posições do top 10 dos programas mais vistos em abril. A primeira posição pertence ao jogo Benfica x Sporting a contar para a Taça de Portugal, transmitido na RTP1 a 2 de abril, com uma audiência de 2.229.200 espectadores, de acordo com os dados oficiais do Social Media Explorer, do grupo Marktest.

Na segunda posição, está o encontro a contar para a Liga Europa, Marselha x Benfica, transmitido na SIC a 18 de abril, seguido pela segunda mão desta disputa, o Benfica x Marselha, transmitido na SIC no dia 11 de Abril, que ocupa o terceiro lugar.

No top 10 de programas mais vistos com gravações no próprio dia, a liderança é ocupada pelo programa da RTP1 Taskmaster, do dia 13 de Abril.

No que diz respeito aos 10 programas mais vistos com gravações de sete dias, o líder da tabela é também o programa da RTP1 Taskmaster, com a emissão de 6 de Abril.

Em relação aos 10 programas com mais menções nas redes sociais, na primeira posição da tabela mantém-se o reality show Big Brother. O programa das manhãs da TVI Dois Às 10 ocupa o segundo lugar da tabela, enquanto em terceiro encontra-se o programa semanal da SIC Fama Show. Ainda neste top, o programa Goucha, na tarde da TVI, ocupa o quarto lugar, à frente da série Morangos com Açúcar, também exibida na TVI, que está em quinto lugar, seguida da novela Senhora do Mar, na SIC, na sexta posição, e do programa Júlia, também na SIC, em sétimo lugar. O programa Casa Feliz, nas manhãs da SIC, é o número oito da tabela.

Nas últimas posições do top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais encontram-se o programa da SIC Era Uma Vez Na Quinta, em nono, e a novela Cacau, na TVI, que termina o mês de abril em décimo lugar.

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Laranja Mecânica recorre à IA para mostrar Lisboa em 2224 em campanha da UAL (com vídeo)

Os atores Oceana Basílio e Ricardo Sá, embaixadores da universidade, são os protagonistas da campanha multimeios, divulgada em 1.500 múpis na Área Metropolitana de Lisboa, que aposta forte nas redes sociais, além de incluir também spots de rádio. A produção é da Corner Studio e o planeamento de meios da Nova Expressão

Futuro Brilhante é o nome da nova campanha publicitária da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), desenvolvida pela agencia criativa Laranja Mecânica e produzida pela produtora Corner Studio, apurou o M&P. Com planeamento de meios da Nova Expressão, integra um filme para televisão e plataformas digitais, disponível em versões de 25 e 35 segundos, que recorre à inteligência artificial (IA) para mostrar como será Lisboa em 2224.

Os atores Oceana Basílio e Ricardo Sá, embaixadores do estabelecimento de ensino, são os protagonistas da campanha multimeios, divulgada em 1.500 múpis na Área Metropolitana de Lisboa, que aposta forte nas redes sociais, além de incluir também spots de rádio. “Os formatos desktop e mobile terão conteúdos adaptados, estáticos e de vídeo, com o objetivo de impactar os públicos-alvo e de proporcionarem o storytelling”, informa a UAL em comunicado de imprensa.

No processo de produção, foi utilizada uma técnica de mapeamento fotográfico que recorre a uma tecnologia avançada para capturar mais de três milhares de imagens para recriar a icónica praça Marquês de Pombal. “As imagens ilustram as potencialidades da vida académica autónoma ao longo do dia e da noite, simbolizando a flexibilidade e a acessibilidade a um ensino superior de qualidade”, esclarece o documento.

“Esta campanha publicitária de ingressos para o ano letivo 2024/2025, marcada pela inovação, transporta-nos numa viagem visual pelo tempo, explorando o presente e antevendo as possibilidades do amanhã”, explica ainda o estabelecimento de ensino. “Foi concebida para ilustrar visualmente a vivência das pessoas  no ano de 2224, onde a tecnologia, a robótica e a IA andarão, lado a lado, com as  personagens do filme”, refere também o comunicado da UAL.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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FCB Lisboa cria campanha do novo leite Matinal Livre (com vídeo)

Edson Athayde, Pedro Magalhães, Rafael Nântua, José Lage, Inês Casola e Vinicius Baumgratz assinam a criatividade da campanha da marca de laticínios da Lactogal, idealizada pela FCB Lisboa. A produção é da Show Off e o planeamento de meios da Mindshare

A Lactogal entregou à FCB Lisboa a campanha publicitária do novo leite Matinal Livre, com criatividade de Edson Athayde, Pedro Magalhães, Rafael Nântua, José Lage, Inês Casola e Vinicius Baumgratz. O filme promocional, que conta com a produção da Show Off e realização de Alexandre Montenegro, explora a caraterística de leveza do novo leite sem lactose, com fermentado de bifidobactérias tindadalizadas, e aprovado pela Sociedade Portuguesa para a Inovação em Microbioma e Probióticos (SPIMP).

A sonorização da campanha multimeios, denominada Dois Cérebros, Um Destino, é da Som de Lisboa e a locução de Joana Santos, apurou o M&P. “Esta ação promocional projeta a importância da sintonia entre cérebro e intestino, considerado o nosso segundo cérebro, num círculo virtuoso, lançando o desafio para que as pessoas o descubram e valorizem através de escolhas positivas, que impactem o bem-estar no seu dia a dia, como é o caso do novo Matinal Livre”, sublinha Ana Dulce Ribeiro, gestora de projeto da marca Matinal.

O planeamento de meios é da Mindshare e a comunicação da BCW. “Este lançamento é o culminar de um longo e exigente projeto de investigação, de conhecimento partilhado por uma incrível equipa multidisciplinar, o que exigiu uma grande aposta em desenvolvimento tecnológico envolvendo parceiros especializados, igualmente líderes na sua área de expertise. É uma inovação que antecipa o futuro do leite e que dá resposta à crescente procura de produtos benéficos para a saúde e bem-estar”, sublinha a responsável.

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Fundação Galp lança campanha com documentário sobre o bairro de Alcântara (com vídeo)

A campanha é protagonizada por vários membros da comunidade de Alcântara e serve para a Galp se apresentar aos novos vizinhos, traduzindo a energia deste bairro lisboeta. Os múpis incluem um código QR, que dá acesso ao trabalho das instituições retratadas na campanha da agência criativa Happy Monday

A Galp, que ocupa agora um novo edifício localizado no bairro de Alcântara, em Lisboa, acaba de lançar a campanha Energia de Alcântara, que serve para se apresentar aos novos vizinhos e pretende contar a história de rostos conhecidos e com impacto social da comunidade de Alcântara. A campanha, que é acompanhada por um minidocumentário do mesmo nome, inclui múpis, expostos exclusivamente nas ruas de Alcântara, e que pretendem retratar a energia deste bairro lisboeta. A criatividade da campanha é da responsabilidade da agência criativa Happy Monday, em colaboração com o departamento de comunicação da Galp.

O minidocumentário e os múpis têm como objetivo representar a energia do bairro de Alcântara, personificada por diversos membros da comunidade de Alcântara como o Miguel (roupeiro do Boa-Hora Futebol Clube), o Adama (atleta do Boa-Hora Futebol Clube), a Maria (coordenadora da associação Crescer) e a Célia (voluntária da Galp no Banco Alimentar). Os múpis da campanha incluem ainda um código QR, que permite explorar o trabalho destas instituições.

Através da sua fundação, a Galp colabora agora com o Boa-Hora Futebol Clube, apoiando e incentivando a ocupação dos tempos livres dos mais jovens com atividades educativas e desportivas. A parceria com o Boa-Hora passa também pelo desenvolvimento de um projeto de autoconsumo solar coletivo, que para além de cobrir as necessidades energéticas do clube permite ainda fornecer energia renovável a outros parceiros sociais da comunidade, avança a Galp em comunicado de imprensa.

As iniciativas da Fundação Galp em Alcântara estendem-se ainda a associações como a Crescer, que promove a inclusão na comunidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, a Entrajuda, que junta voluntários para apoiar as instituições de solidariedade social no combate à pobreza, e o Banco Alimentar, que se dedica ao desperdício de produtos alimentares, encaminhando-os para serem distribuídos a pessoas carenciadas.

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57,3% dos ouvintes escutam rádio em tempo real através dos sites e das apps das estações

O Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal, realizado pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal, revela que a média de escuta de áudio digital, incluindo podcasts, ronda atualmente as 14 horas semanais. A geração Z é a que mais tempo lhes dedica

A maioria dos ouvintes (57,3%) escuta rádio em tempo real através dos sites e das aplicações móveis das estações radiofónicas, avança o Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal, realizado pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal. Segundo o documento, oito em cada 10 portugueses utilizadores de internet (83,5%) têm o hábito regular de consumir áudio digital, um número que tem vindo a aumentar. Em 2023, quase quatro em cada 10 (38,7%) garantiram ter ouvido mais conteúdos digitais, incluindo emissões de rádio e podcasts.

Este ano, a tendência mantém-se, com um terço (31,9%) dos 808 inquiridos a contar aumentar o consumo áudio online nos próximos 12 meses. “Pela evolução da mobilidade nas grandes cidades e pela crescente oferta de conteúdo áudio, que é de consumo mais conveniente, está-se a assistir a um crescente consumo de plataformas áudio, de programação linear e on demand. Hoje, é impensável não consumir rádio ou outros produtos de áudio”, afirma, em declarações ao M&P, Salvador Ribeiro, CEO da Bauer Media Áudio Portugal.

A média de escuta ronda atualmente as 14 horas semanais, com 78,2% dos inquiridos a revelarem que o fazem diariamente. O telemóvel o dispositivo mais usado para esse fim. “Música, entretenimento e humor figuram no top 3 dos conteúdos mais ouvidos”, revela o estudo. “Os dados recolhidos demonstram não existir uma diferença substancial no consumo de áudio digital, já que 83,2% da população masculina confirma consumir áudio em formato digital, contra 83,7% do público feminino”, refere ainda o documento.

As maiores alterações verificam-se na análise às diferentes faixas etárias, com 98,4% da geração Z a consumir áudio digital, mais 30% do que a dos baby boomers (68,4%). “O YouTube e o Spotify lideram o ranking das plataformas mais utilizadas para consumo de áudio digital, com 77,7% e 58,4%, respetivamente, mas as apps de estações de rádio
aparecem logo em terceiro lugar, com 42,3%”, sublinha a análise da Marktest, tornada pública a 10 de maio, sexta-feira.

“A morte da rádio tem vindo a ser sucessivamente anunciada, primeiro com a televisão, depois com a internet e, agora, com o streaming. Contudo, o que estes dados nos mostram é que uma grande parte da população continua a ouvir rádio, embora agora a consumam de uma forma digital. Isso e é transversal a todas as gerações”, realça Salvador Ribeiro. “Este estudo abre muitos caminhos para o futuro do áudio digital e para podermos continuar na frente desta transformação, percebendo os ouvintes e dando-lhes aquilo que eles querem ouvir”, refere ainda o responsável.

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Legendary volta a criar campanha para a Solverde.pt (com vídeo)

A campanha, ainda sem data de término, tem produção da Snowberry, direção de fotografia de João Castela, realização de Vladimiro Leopoldo e planeamento de meios da Media DuYes. O filme publicitário que a integra apela à inscrição na plataforma de jogo

Tens Faro Para a Diversão? Então Joga na Solverde.pt é o nome da nova campanha publicitária da Solverde.pt, a segunda desenvolvida em colaboração com agência criativa Legendary, sediada no Porto. Lançada em televisão, digital e suportes exteriores, está também a ser divulgada em todos os canais da marca de apostas e nos parceiros da empresa de jogos online. Com produção da Snowberry e direção de fotografia de João Castela, tem realização de Vladimiro Leopoldo. “Arrancou a 6 de maio e ainda não tem data de conclusão. O planeamento de meios é da Media DuYes”, avançou ao M&P fonte da Solverde.pt.

“No spot televisivo, um jogador fareja a diversão pela casa e pela rua, até que se depara com uma colmeia e um enxame de abelhas, um sinal que deve jogar o Honey Gems, a popular slot machine disponível na Solverde.pt. A campanha ainda informa que é possível ganhar 25 free spins no registo na plataforma e ganhar um bónus de 100% até €100”, informa a marca, lançada em 2017, em comunicado de imprensa.

“Nesta segunda campanha com a Legendary, colocamos a diversão em primeiro lugar, que é o mesmo que os jogadores fazem quando decidem abrir uma slot ou outro jogo de casino”, esclarece Telma Marques, diretora de marketing da Solverde.pt. “Ao perguntar à nossa audiência se tem faro para diversão, estamos a brincar com uma expressão bem portuguesa, que dá o mote para o tom bem-humorado da campanha. Ao fazê-lo, estamos, ao mesmo tempo a homenagear aqueles sentimentos que todos reconhecemos de procurar sinais e seguir a nossa intuição”, sublinha ainda a responsável.

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Pinko troca Irina Shayk e Georgia May Jagger por Mariacarla Boscono

Fotografada por Pablo Di Prima, a campanha de primavera/verão 2024 da marca de moda, protagonizada pela modelo italiana, recupera o glamour da década de 1990. Lorenzo Posocco, diretor criativo do projeto, também assina o styling da produção fotográfica

A modelo italiana Mariacarla Boscono é a protagonista da campanha de primavera/verão 2024 da Pinko, substituindo a manequim russa Irina Shayk, que foi o rosto da campanha de primavera/verão 2023 da marca italiana. A modelo britânica Georgia May Jagger, filha do cantor Mick Jagger e da modelo e atriz Jerry Hall, tinha sido a eleita para a campanha de outono/inverno 2023/24 da etiqueta. Fotografada por Pablo Di Prima, Mariacarla Boscono é a nova embaixadora da Pinko. Além das lojas da marca, as imagens já podem ser vistas em cartazes, anúncios de media e publicações digitais.

“A campanha primavera/verão 2024 celebra o glamour na sua forma mais pura, mais icónica e mais reconhecível, recuperando o glamour da década de 1990, uma década que moldou a moda tal como a conhecemos ainda hoje. É num fundo branco puro, cadeiras de designer e um espaço só para ela, que encontramos a icónica modelo Mariacarla Boscono, representando a personificação de uma mulher Pinko confiante, empreendedora, sexy e irresistível. O styling original é da autoria de Lorenzo Posocco, diretor criativo da campanha”, informa a marca em comunicado.

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Airchat é a nova rede social com publicações por voz

O Airchat, que se autodenomina como ‘walkie talkie social’ e tem Sam Altman, CEO da OpenAI, como investidor, foi lançado em outubro de 2023 e já superou os 45 mil downloads em todo o mundo. As mensagens de voz são automaticamente transcritas, permitindo aos outros utilizadores ler ou ouvir as publicações, pretendendo fornecer aos utilizadores uma experiência mais pessoal e menos artificial

Ao contrário da maioria das redes sociais, que são alimentadas por textos, imagens e vídeos, o Airchat é uma rede social que se diferencia por ser centrada na comunicação por voz. Esta nova plataforma, criada pelo cofundador do AngelList, Naval Ravikant, e pelo diretor de produto do Tinder, Brian Norgard, exige que os utilizadores partilhem mensagens através de gravações de áudio. As mensagens de voz são automaticamente transcritas, permitindo aos outros utilizadores ler ou ouvir as publicações, pretendendo fornecer aos utilizadores uma experiência mais pessoal e menos artificial.

O Airchat, que se autodenomina como ‘walkie talkie social’ e tem Sam Altman, CEO da OpenAI, como investidor, foi lançado em outubro de 2023 e já superou os 45 mil downloads em todo o mundo. Atualmente, só tem acesso ao Airchat quem for convidado, por esta rede social se encontrar numa fase inicial e ainda não estar preparada para lidar com um tráfego elevado de pessoas.

No que diz respeito ao seu funcionamento, o Airchat não se baseia apenas em áudio. É possível também enviar notas de voz ou até ler as mensagens e, à semelhança de outras redes sociais, o Airchat também permite a troca de mensagens em privado. As publicações são apresentadas num feed, muito semelhante à rede social X, com a diferença de que os áudios originais das publicações são reproduzidos automaticamente à medida que o utilizador vai percorrendo o feed.

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Há quatro empresas nacionais premiadas no Eventex Awards 2024

A Desafio Global é a que traz mais prémios (nove), seguida da GR8 (4) e da Tox’Inn Events e do Auditório Francisco de Assis, ambos com um troféu. O Eventex Awards é um concurso internacional que, desde 2009, distingue agências de produção de eventos e marketing de experiências em diversas categorias

A Desafio Global, a GR8, a Tox’Inn Events e o Auditório Francisco de Assis são as empresas nacionais premiadas no Eventex Awards 2024, concurso internacional que, desde 2009, distingue agências de produção de eventos e marketing de experiências em diversas categorias. A Desafio Global é a que traz mais prémios (nove), seguida da GR8 (4) e da Tox’Inn Events e o Auditório Francisco de Assis, ambos com um troféu.

A Desafio Global recebeu um prémio de Ouro na categoria Envolvimento de Colaboradores e uma Prata na categoria Narração de Evento, com o evento Deloitte – All Aboard for the Christmas Spirit; um Ouro na categoria Evento Corporativo, uma Prata na categoria Cenografia e um Bronze na categoria Eventos B2B, com o evento Fidelidade – Think Bigger. A agência de eventos arrecadou também uma Prata e dois Bronzes nas categorias Evento de Mudança Positiva, Evento de Liderança de Pensamento e Conferência, com o evento Estoril Conferences 2023. O evento Gala de Reabertura do Convento do Beato valeu outro Prata à Desafio Global, na categoria Envolvimento de Parceiros.

A GR8 Events, que arrecadou quatro prémios no total, foi galardoada com um Ouro na categoria Evento de Celebração, com o evento Sibs 40 Years Creating the Future, e dois Bronzes, um na categoria Cerimónia, com o evento Liga Portugal Awards e outro na categoria Experiência Virtual Gamificada, com o Calendário de Natal NTT Data. A GR8 Events conquistou ainda o prémio Rising Star Agency, que consagra a melhor novidade no mundo dos eventos e do marketing de experiências.

Do lado das empresas distinguidas com um prémio, a Tox’Inn Events recebeu um Bronze na categoria Empresa de Recrutamento e o Auditório Francisco de Assis mereceu uma Prata, na categoria de Espaços Eleitos Pelo Público.

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Perfect Storm recorre a imagens geradas por computador para campanha da Betclic de apoio ao Sporting (com vídeo)

Com recurso a imagens geradas por computador através da tecnologia CGI, o estúdio criativo, que idealizou e produziu o filme publicitário em apenas três semanas, conseguiu pôr um leão a desfilar pelo centro de Lisboa. Existiam versões com outras equipas

Depois de ter desenvolvido a nova campanha internacional da Coca-Cola em colaboração com a agência criativa AKQA, o estúdio de produção criativa português Perfect Storm, sediado em Lisboa e com delegações na Alemanha e nos Estados Unidos, foi mandatado pela Betclic para homenagear o Sporting CP pela conquista do campeonato nacional de futebol 2023/24. Com recurso a imagens geradas por computador através da tecnologia CGI, colocaram um leão gigante, símbolo do clube, a desfilar pela Rotunda do Marquês de Pombal, o cenário habitual das celebrações desportivas.

“Foi um processo atípico. Propusemos diretamente o projeto à Betclic mas só avançámos com a criatividade e a produção há cerca de três semanas, o que é muito pouco tempo para um projeto como este. Tínhamos várias versões preparadas porque, na altura, ainda não haviam garantias quanto à equipa que poderia ganhar o campeonato”, admite, em declarações ao M&P, Mariana Marques, coprodutora executiva da campanha, uma tarefa que dividiu com André Valenti Gaspar, realizador do filme publicitário que a integra.

Com efeitos visuais da Glimpse VFX e pós-produção da Light Film, o anúncio tem sonorização da Índigo, com som adicional de Pedro Sachetti. Algumas das imagens adicionais foram recolhidas por Artur Carvalho com recurso a um drone. “Foi modelado um leão realista e imponente. A textura de pelo, a simulação de física do pelo e o brilho nos olhos foram pensados ao pormenor e reproduzidos com precisão meticulosa. Uma investigação detalhada sobre a anatomia e os movimentos dos leões foi essencial para assegurar a veracidade da animação”, assegura a produtora.

A luta contra o tempo não facilitou a vida do estúdio criativo, permanentemente atento a todos os detalhes. “Um dos aspetos mais importantes foi a integração perfeita do leão [desenvolvido com recurso a] CGI no ambiente real captado nas filmagens. Uma composição meticulosa, ajustes finos de cor e iluminação foram realizados para garantir que todos os elementos visuais coexistissem de forma coesa. Efeitos sonoros precisos foram sincronizados com as ações do leão, desde seu poderoso rugido até o ecoar dos seus passos na calçada”, esclarece ainda.

“O filme está a tornar-se viral rapidamente, ganhando vida própria nas redes sociais imediatamente, após a confirmação do título do Sporting CP. A capacidade de captar e expressar a emoção do momento, aliada à técnica avançada de animação CGI, estabeleceu um novo padrão no mercado publicitário português, mostrando que a Perfect Storm não só consegue responder a desafios complexos e urgentes, mas também inovar de forma significativa no conteúdo que produz”, refere André Valenti Gaspar, realizador e produtor executivo da Perfect Storm.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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