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“Já ninguém quer só designers, marketeers ou programadores”

Como as novas gerações e o cruzamento de disciplinas estão a mudar o IADE, nas palavras do seu director Carlos Rosa Numa altura em que o IADE assinala meio século […]

Rui Oliveira Marques
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“Já ninguém quer só designers, marketeers ou programadores”

Como as novas gerações e o cruzamento de disciplinas estão a mudar o IADE, nas palavras do seu director Carlos Rosa Numa altura em que o IADE assinala meio século […]

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Como as novas gerações e o cruzamento de disciplinas estão a mudar o IADE, nas palavras do seu director Carlos Rosa

Numa altura em que o IADE assinala meio século de existência, é hora de olhar para a forma como perspectiva o ensino do design, marketing e publicidade. Fundada por António Quadros em 1969, a instituição apresenta-se agora como IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia (UE), após a sua compra por parte do grupo Laureate International Universities.

Meios & Publicidade (M&P): O IADE começou, há 50 anos, como uma escola de decoradores. O curso criado mais recentemente é o da licenciatura em Creative Technologies, com uma designação que já não é em português. Como é que pode evoluir esta instituição nos próximos anos?
Carlos Rosa (CR): Se fôssemos nós a criar as novas tendências ou a inventar o futuro seria maravilhoso. A criatividade está agora nos sítios de fronteira. Creative Technologies é um pouco isso: a tradução do que pode ser o futuro e o desenho da escola. Temos duas opções, ou apontamos para o centro das áreas científicas e fazemos crescer o design, marketing, comunicação e tecnologia como cursos tradicionais ou olhamos para as intersecções entre essas áreas para percebermos onde podemos criar inovação e ditar tendências. O Creative Technologies constrói-se na fronteira entre a tecnologia e o design e vai absorver alunos das artes, da matemática, da física e da programação.

M&P: A leitura do que é o design está a mudar muito rapidamente.
CR: Estamos muito seguros do que estamos a fazer mas a incerteza é gigantesca. Além da licenciatura temos um mestrado em aprovação que é também construído numa linha que divide duas áreas científicas. Quando montamos estes programas chamamos os parceiros do mercado para termos uma ideia mais fiel do que está a acontecer e de quais são as necessidades do mercado. Já ninguém quer só designers, marketeers ou programadores.

M&P: Os alunos estão conscientes disso?
CR: Que alunos? Os que estão cá ou os que nós queremos absorver? Será que os miúdos de 17, 18 anos, que são aqueles que vão escolher estas licenciaturas, estão conscientes de que aquele poderá ser o seu futuro na criatividade? O feedback que temos por parte do mercado é fantástico porque querem já os miúdos. O problema é que demorámos um ano a montar a licenciatura, um ano a aprová-la, e mais três para saírem os primeiros licenciados. Ao fim de quatro ou cinco anos, se calhar, já não é assim tão inovador. A criatividade é uma área em que a mudança anda a um ritmo mais acelerado do que noutras áreas. Quando somamos o vector da tecnologia a velocidade aumenta ainda mais.

M&P: Qual é a licenciatura mais procurada?
CR: A licenciatura que põe mais alunos é a de Marketing e Publicidade. A área científica do IADE mais procurada e que põe mais alunos continua a ser a área de Design porque temos mestrados e duas licenciaturas na área: Design e Design Global. O IADE tem cerca de 2500 alunos. A licenciatura de Marketing e Publicidade coloca 300 alunos por ano.

M&P: Estão a contar com alguma transformação nos próximos anos?
CR: Temos de estar de acordo com o que os miúdos querem para os seus cursos e de acordo com o que as empresas, agências, ateliers e marcas pretendem para o seu desenvolvimento empresarial. Não podemos ensinar Design como quando o IADE nasceu ou como se ensinava Marketing e Publicidade nos anos 90.

M&P: No ano passado assinava um artigo de opinião no M&P com o título “O poder do design gráfico: curar o mundo, combater a vulgaridade e ficar na História”, uma descrição que corresponde à ideia idílica da disciplina…
CR: Se tivesse de escrever hoje, escrevia a mesma coisa. O design gráfico já não é só fazer o poster. O design de produto já não é só fazer um par de óculos ou uma cadeira. Também o é, mas há caminhos no design que temos de olhar com muita atenção. Se não nos reinventarmos vamos ficar denotados como uma escola antiga, tradicional, conservadora e isso não é interessante para as escolas de criatividade, que devem ser escolas de vanguarda. O IADE sempre o foi, estava já a ensinar design não podendo ter o nome design no curso. Cinquenta anos depois damo-nos ao luxo de abrir licenciaturas em inglês, com aulas em inglês.

M&P: Em que ponto está a captação de alunos estrangeiros?
CR: É um problema porque temos demasiados. Este ano vamos ter de reduzir o número de Erasmus porque está a vir demasiada gente e isso cria-nos alguns problemas. Não queremos prestar um mau serviço aos alunos. Neste ano lectivo recebemos cerca de 160 alunos no primeiro trimestre e 120 no segundo. Depois temos uma percentagem muito grande de estudantes internacionais residentes que são 10 por cento do total, sendo que o IADE tem 2500 alunos. O IADE já percebeu que não há mais ninguém para absorver no mercado internacional. A escola já é líder, já preenche as suas vagas todos os anos.

M&P: Então como pode crescer em termos de alunos?
CR: Há duas hipóteses. Ou vamos roubar alunos às outras escolas de design do país, o que não é interessante porque se não houver uma concorrência forte não seremos tão bons. É bom haver um Ronaldo e um Messi ao mesmo tempo. Agora, claramente, o mundo internacional é muito atractivo. Montou-se uma equipa para trazer alunos que está focada só no mercado internacional. O reflexo disso está no curso de doutoramento que tem uma percentagem superior de estudantes internacionais face aos estudantes nacionais.

M&P: A nível internacional o IADE está bem cotado?
CR: Diria que sim. O IADE conseguiu a distinção da revista Domus como uma das melhores escolas de design da Europa. Está a atrair muitos estudantes brasileiros mas também italianos, que são de um país que é referência no design e que escolhem vir estudar para Lisboa. Depois há muitos que vêm fazer Erasmus e depois voltam para fazer mestrado. O IADE tem tudo para ser uma escola de referência no contexto europeu.

M&P: Lisboa, à parte da questão de a cidade “estar na moda”, tem um ecossistema atractivo para as áreas criativas?
CR: Sem dúvida e o IADE tem aqui um diamante em bruto para lapidar, com esta combinação do design, comunicação e tecnologia. Ao nível de investigação interessa-nos fazer investigação aplicada. Interessa-nos que a nossa investigação esteja ligada a um projecto, que dê origem a um produto. Não é fazer um estudo comparativo com um gráfico bonito. Interessa-nos que dê origem a um objecto inovador. A partir do objecto pode-se fazer um segundo estudo de aceitação, de utilização ou de empatia. De forma arrogante, queremos fazer o que faz o MIT, apesar de estarmos muito longe disso. Em Portugal talvez possamos ser a instituição que, não sei se é a que está mais perto disso, que tem os ingredientes certos para chegar a essa dimensão inovadora do que pode ser o mundo dos objectos físicos, visuais e interfaces. Nos anos 90 o IADE formou 100 por cento dos art directors, dos directores criativos e dos accounts das agências em Lisboa. Foi uma época em que a publicidade e o design estavam em alta.

M&P: Os actuais alunos de design, marketing e publicidade querem ir trabalhar para agências?
CR: Começam a ter uma postura diferente perante o mercado de trabalho. Já não estão focados em entrar numa grande agência para trabalhar grandes contas. Há uma veia, não sei se é empreendedora, mas sinto que cada vez mais os miúdos estão focados em fazer trabalhos à peça, projecto a projecto. Há muitos ex-alunos que nos últimos cinco ou seis anos têm trabalhado assim. Não são funcionários de uma agência mas trabalham para todas. São criativos em nome individual ou criativos independentes.

M&P: Em que tipo de empresas querem trabalhar estes alunos?
CR: Querem trabalhar em nome individual, querem mais fazer o que os diverte do que pensar numa grande agência. Esta geração não é igual à dos anos 90. Sou dessa geração e, nessa altura, toda a gente queria ir para grandes empresas de design e publicidade da altura, como a BBDO, Novodesign. Hoje percebe-se que os alunos têm como referência designers em nome individual. Levam para as aulas nomes desconhecidos porque a internet nos deixa chegar a novos sítios, as referências são cada vez mais díspares.

M&P: Criaram um departamento chamado Fábrica. Em termos práticos é o quê?
CR: É um organismo que tem vários braços e que ajuda a que a máquina do IADE se desenvolva mais rapidamente. O IADE tem na sua estrutura programas lectivos e a unidade de investigação. A ideia é que a Fábrica consiga alimentar a unidade de investigação. Definimos três linhas de actuação para a Fábrica. Uma é a de projectos especulativos que não têm concretização. Depois temos a fabricação paralela que acompanha as áreas curriculares, como por exemplo o desafio que lançámos à Catarina Carvalho, directora executiva do Diário de Notícias [para redesenhar uma edição do jornal], o que fizemos com o Banco Alimentar no ano passado ou o que temos fechado para o início do próximo ano lectivo com a Cruz Vermelha. Depois temos a fabricação do futuro que é o que queremos fazer em paralelo com a unidade de investigação, que é alimentar a investigação aplicada, de forma a que o IADE comece a ser olhado não só pela sua inovação em termos de programas curriculares mas também por acrescentar valor no quotidiano, com novos produtos e serviços. Abrimos ainda o Observatório, que é uma espécie de CSI para o ensino superior para recolher crenças e atitudes dos miúdos entre os 15 e os 17 anos de forma a desenhar os programas adequados. O segundo vector do Observatório é o do contexto empresarial, nomeadamente o que querem e precisam as empresas e como se vêem daqui a 10 anos. Não queremos trazer alunos dos liceus nem arranjar empregos com estas relações. Trata-se de trazer informação, dados, para perceber que ajustes temos de fazer nas unidades curriculares.

M&P: Como vê o interesse de as empresas entregarem briefings às universidades para recolherem ideias ou desenvolverem projectos concretos?
CR: As empresas têm esse interesse porque têm a frescura e irreverência dos jovens, a par da massa crítica. Se uma empresa vier ao IADE injectar um projecto num mestrado em Design e Cultura Visual são logo 120 a 130 alunos. Se trabalhar em modelos individuais são 120 propostas. É vantajoso para as empresas terem esta ligação para as universidades. Ainda por cima, há a ideia de que ir à universidade é mais barato do que ir a um atelier ou a uma agência. Mas, porque é que é mais barato? Devemos fazer prestação de serviços enquanto instituição? Fazendo, porque devemos cobrar menos do que um atelier? A pergunta crítica é se devemos fazer ou não esses projectos. É que, fazendo, temos de ter uma postura diferente da do modelo de agência. Quem vem pedir um livro, marca ou objecto a uma universidade tem de vir de uma forma diferente da que pede a um atelier.

M&P: No limite a universidade está a concorrer…
CR: Com os seus antigos alunos. Quando estou a aceitar trabalho, estou a tirá-lo àqueles que ajudei a formar. Não faz sentido.

M&P: Chegam cá muitas propostas de empresas?
CR: Demasiadas. Mas se me perguntar se quero fazer prestação de serviços respondo que, se calhar, quero mas não nesta óptica da criatividade e comunicação que se faz numa empresa. Temos cá as áreas científicas, o corpo docente e volume. Mas somos nós que definimos o timing. Na agência o cliente pede o projecto para ontem. Aqui definimos nós o timing porque queremos que se enquadre, por exemplo, na lógica de um mestrado.

M&P: Que implicações tem no quotidiano da escola e dos alunos o facto de o IADE integrar uma multinacional do ensino?
CR: Não muda nada. Como instituição privada, significa que temos um proprietário.

M&P: Em que ponto está a permanência neste edifício em Santos? Saíram notícias de que tinha sido vendido.
CR: Sim, mas ficamos aqui mais sete anos.

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Natal no M&P com notícias diárias no site

Durante a época natalícia, o Meios & Publicidade mantém as notícias e atualizações no site meiosepublicidade.pt. A newsletter diária sai a 23 de dezembro e regressa no dia 30. A primeira edição de 2025 do jornal em papel e na versão ‘epaper’ está disponível a 10 de janeiro

Durante a semana do Natal, o jornal Meios & Publicidade mantém no site o acompanhamento da atualidade nacional e internacional, do setor da comunicação, publicidade, marketing, digital e media, com a publicação diária de notícias.

A newsletter, habitualmente enviada de segunda a sexta-feira de manhã, sai a 23 dezembro e regressa no dia 30. A primeira edição de 2025 do jornal em papel e na versão ‘epaper’ está disponível a 10 de janeiro. Até lá, continue a acompanhar-nos no site.

Votos de feliz Natal, de toda a equipa do M&P.

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Milka promove Calendário do Advento digital e interativo

“A campanha (na foto) está presente no Instagram oficial da Milka, que é a plataforma principal para a interação e os desafios diários”, explica ao M&P Pedro Santos Serra, CEO da Euro M, agência responsável pelo planeamento estratégico e criativo

A Milka está a lançar diariamente desafios que convidam os portugueses a expressarem ternura e a partilharem as suas memórias mais especiais, relembrando as recordações mais felizes que têm do Natal, recomendando o filme natalício perfeito para ver em família, apontando a música ou o emoji mais natalício e identificando a primeira pessoa que lhes vem à cabeça.

Inspirada nos calendários do Advento, a campanha da marca de chocolates ‘O Natal Mais Ternurento’ pretende recolher 24 marcos que refletem a verdadeira essência do Natal à portuguesa, desde os cheiros aos sabores, passando pelas músicas e pelos pequenos gestos que tornam a quadra especial.

“Durante o mês de dezembro, serão lançados 24 desafios, um por dia, até ao Natal”, explica ao M&P Pedro Santos Serra, CEO da Euro M, revelando que “a campanha está presente no Instagram oficial da Milka, que é a plataforma principal para a interação e os desafios diários. O planeamento estratégico e criativo é desenvolvido pela agência Euro M”.

Todos os dias são anunciados os quatro vencedores do desafio. “São premiados com produtos exclusivos da marca. Entre os prémios, destacam-se as meias personalizadas da Milka, da marca Chulé, e um copo térmico personalizado da Milka, entre outros. Os prémios irão variar diariamente ao longo do passatempo, garantindo surpresas e momentos únicos para os participantes”, refere ainda o responsável.

A ação também permite aos utilizadores identificarem, no Instagram, as pessoas a quem gostariam de oferecer um cabaz de produtos da marca. “O Natal é uma época única para reforçar as conexões que nos unem. Com esta campanha queremos dar um novo significado às pequenas tradições que tornam esta época tão especial”, justifica Swati Kumar, diretor das marcas de chocolate da Mondelez Portugal, citado em comunicado de imprensa.

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Media britânicos recusam uso de obras protegidas por empresas de IA

The Guardian, Financial Times e The Telegraph são alguns dos jornais que integram a Creative Rights in AI Coalition, que contesta a proposta legislativa

The Guardian, Financial Times e The Telegraph são alguns dos media britânicos que recusam a utilização de obras protegidas por direitos de autores pelas empresas que treinam algoritmos para as ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa que desenvolvem, no âmbito da proposta legislativa, apresentada a 17 de dezembro pelo Governo britânico.

Além destes jornais, o plano que pode vir a permitir a utilização de textos, fotografias, vídeos e músicas por empresas como OpenAI, Google e Meta também é contestado pela Getty Images, Mumsnet, British Phonographic Industry, Independent Society of Musicians, Motion Picture Association e Society of Authors.

Estas entidades uniram-se para criar a organização Creative Rights in AI Coalition (CRAC), organização que contesta a proposta legislativa que pretende retirar o estatuto de proteção a obras com direitos de autor, para agilizar os testes que as empresas de IA desenvolvem para melhorar as respostas aos ‘prompts’.

Segundo Chris Bryant, ministro com as pastas da tecnologia e da cultura, citado no The Guardian, o diploma, em consulta pública por um período de dez semanas, permite “melhorar o acesso aos conteúdos por parte dos criadores de IA, possibilitando, ao mesmo tempo, que os titulares de direitos controlem a forma como o seu conteúdo é utilizado para formação em IA”.

Os donos de obras protegidas contestam o plano governamental. A petição lançada por artistas, criadores e personalidades como a atriz Julianne Moore, o músico Thom Yorke, a cantora Kate Bush, o compositor Adam Saunders, a escritora Maureen Freely e o ‘podcaster’ Tom Holland já ultrapassa as 38.200 assinaturas.

“O uso não licenciado de trabalhos criativos para treinar IA generativa é uma ameaça demasiado importante e injusta para os meios de subsistência das pessoas que estão por detrás desses trabalhos, pelo que não deve ser permitido”, alegam os signatários da petição.

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Joana Santos Silva é a nova CEO do ISEG Executive Education

“Nos próximos meses, trabalharei para continuarmos a oferecer programas de excelência, alinhados com as tendências globais e as exigências locais”, garante Joana Santos Silva (na foto), que sucede a Francisco Velez Roxo

A nova CEO do ISEG Executive Education é Joana Santos Silva, que nos últimos três anos tem desempenhado as funções de conselheira da presidência, coordenadora e docente de programas, assumindo a direção de inovação do ISEG Executive Education e a direção do ISEG MBA.

“Nos próximos meses, trabalharei para continuarmos a oferecer programas de excelência, alinhados com as tendências globais e as exigências locais. Estou convicta de que podemos elevar ainda mais o impacto da nossa instituição”, refere, citada em comunicado de imprensa, Joana Santos Silva, que sucede a Francisco Velez Roxo.

A nova CEO do ISEG Executive Education, que é também professora de estratégia, transformação digital, marketing e marketing digital, tem cerca de 15 anos de experiência no ensino superior e em formação de executivos. “Foi escolhida pela visão holística que tem do potencial de impacto e dos desafios da formação de executivos, tendo a missão de criar condições para o desenvolvimento de soluções de aprendizagem cada vez mais alinhadas com as necessidades e objetivos das empresas e executivos”, refere o comunicado de imprensa.

A nomeação ocorre numa altura em que ISEG permanece entre as melhores escolas de negócios da Europa, segundo o ranking do Financial Times, “e pouco tempo depois do ISEG entrar no restrito grupo de menos de 1% das ‘business schools’ mundiais que tem a acreditação Triple Crown (AACSB, EQUIS e AMBA)”, refere o documento.

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Temu cresce em mercados ocidentais e enfrenta desafio da rentabilidade

Apesar de a Temu ser a aplicação gratuita mais descarregada na App Store dos Estados Unido, Reino Unido, Alemanha e Espanha, em 2024, um estudo do WARC indica que a plataforma chinesa de comércio eletrónico está a perder cerca de 7 dólares (€6,74) em cada encomenda feita

A Temu tem a aplicação gratuita mais descarregada na App Store dos Estados Unidos em 2024, bem como no Reino Unido, Alemanha e Espanha, segundo os dados da Apple. Estes resultados indicam que as estratégias agressivas de preços e de marketing parecem estar a funcionar. A plataforma chinesa de comércio eletrónico, porém, está a perder cerca de 7 dólares (€6,74) em cada encomenda feita, de acordo com a análise do World Advertising Research Center (WARC), com base em dados de vários estudos sobre aplicações.

A Temu também se encontra em primeiro lugar no Reino Unido e em outros grandes mercados, como Alemanha e Espanha. O TikTok, que já tinha sido desalojado da liderança da App Store, em 2023, ocupa o terceiro lugar, atrás do Threads da Meta, que se encontra na segunda posição.

O ChatGPT está em quarto lugar, superando as descargas do Google Search, que ocupa a quinta posição. O Instagram e o WhatsApp da Meta, por seu lado, estão em sexto e sétimo, respetivamente, enquanto o Facebook fica-se pela 13ª posição. O McDonald’s, único restaurante a entrar no top 20, está na 19ª posição, com a Amazon a fechar o ranking, em 20º.

Segundo o WARC, o crescimento sustentável da Temu pode estar longe, mas a popularidade da plataforma liderada por Colin Huang é evidente. Um inquérito realizado durante o verão de 2024, divulgado no TechRadar, revela que 94% dos inquiridos não confiam na Temu, o que significa que o elevado nível de desconfiança dos consumidores não impede o crescimento do número de utilizadores da plataforma.

A Temu também não está a mostrar sinais de abrandamento do investimento publicitário nos Estados Unidos, tendo comprado cinco espaços publicitários para promover uma campanha durante o Super Bowl. A plataforma também gastou 15 milhões de dólares (€14,4 milhões) em brindes e cupões, para incentivar a transferência da aplicação, uma iniciativa que a torna alvo de controvérsia. De par com isto, a Temu está a ser investigada pelo Congresso dos Estados Unidos, por alegadamente vender produtos fabricados na China com recurso a trabalho forçado.

De acordo com um relatório do New York Times, citado no WARC, a Temu colocou 1,4 milhões de anúncios em todo o mundo através dos serviços da Google, em 2023. Só a Meta estima que a publicidade da Temu represente 10% das suas receitas, com um investimento de dois mil milhões de dólares (€1,9 mil milhões) nas plataformas da Meta, em 2023.

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Rádio Comercial mantém liderança

A quinta vaga de 2024 do Bareme Rádio da Marketest, referente a dezembro, indica que as rádios da Bauer Media Audio Portugal continuam a ter um ‘share’ de audiência, ‘reach’ semanal e audiência acumulada de véspera superiores aos dos grupos concorrentes

A Comercial (na foto) termina o ano como a rádio mais ouvida em Portugal. De acordo com a quinta vaga do estudo Bareme Rádio da Marketest, referente ao mês de dezembro, a rádio da Bauer Media Portugal tem um ‘reach’ semanal de 39,1%, mais 0,2 pontos percentuais do que na análise anterior relativa a setembro, com uma audiência acumulada de véspera de 19,5% e um ‘share’ de audiência de 25%.

Em segundo lugar, surge de novo a RFM, com um ‘reach’ semanal de 36,4%, menos 0,3 pontos percentuais do que no relatório anterior, com uma audiência acumulada de véspera de 16,6% e um ‘share’ de audiência de 19,1%. A terceira posição volta a ser ocupada pela M80, com um ‘reach’ semanal de 19,6%, uma audiência acumulada de véspera de 8,5% e um ‘share’ de audiência de 12,8%.

Em quarto lugar mantém-se a Rádio Renascença, com um ‘reach’ semanal de 16%, uma audiência acumulada de véspera de 6,4% e um ‘share’ de audiência de 6,8%, à frente da Antena 1, que ultrapassa a Cidade FM, que no ranking anterior ocupava a quinta posição. A Antena 1 cresce 0,9 pontos percentuais, conseguindo um ‘reach’ semanal de 11,7%, uma audiência acumulada de véspera de 5,1% e um ‘share’ de audiência de 5,1%.

Por grupos de estações, o Bauer Media Audio Portugal (Rádio Comercial, M80, Cidade FM, Smooth FM e Batida FM) lidera com 42,3% de ‘share’ de audiência, a mesma percentagem apontada no estudo anterior, com 54% de ‘reach’ semanal e 29,9% de audiência acumulada de véspera. O Grupo Renascença Multimédia (RFM, Rádio Renascença e Mega Hits) regista 24,6% de ‘share’ de audiência, 48,5% de ‘reach’ semanal e 24,6% de audiência acumulada de véspera.

As rádios da RTP (Antena 1, Antena 2 e Antena 3) obtêm 7,1% de ‘share’ de audiência, um ‘reach’ semanal de 15,7% e 6,9% de audiência acumulada de véspera. A TSF, com uma evolução de cinco pontos percentuais, chega aos 3,5% de ‘share’ de audiência, com 7,9% de ‘reach’ semanal e 3,7% de audiência acumulada de véspera. A Rádio Observador, por seu lado, perde audiência, com o ‘reach’ semanal a cair 0,4 pontos percentuais, para 3,4%, e um ‘share’ de audiência de 1,5%.

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Bloom lança concurso no TikTok para escolher influenciadoras digitais

“Com foco na criatividade, autenticidade e paixão pelo universo da beleza, esta ação reforça o compromisso da Bloom e da Wells em conectar-se com um público jovem e digital, dando origem à primeira Bloom Squad em 2025”, explica a marca de beleza

A Bloom, marca de beleza da Wells, está a lançar um concurso no TikTok para escolher as embaixadoras e criadoras de conteúdos para 2025.  Através da ação ‘Embaixadoras Bloom 2025’, vai selecionar três perfis de mulheres, entre os 18 e os 30 anos, com conteúdos dedicados à beleza e uma comunidade de seguidores no TikTok entre os dois mil e os 20 mil seguidores.

Com esta iniciativa, a marca conhecida pelos ‘gadgets’ e acessórios de beleza, pretende selecionar as três criadoras de conteúdos no TikTok, que irão representar a Bloom ao longo do próximo ano. As inscrições estão abertas até 5 de janeiro, na página oficial wellsbloomsquad.pt e as três vencedoras, anunciadas a 6 de fevereiro, serão premiadas com produtos exclusivos. A primeira classificada participará num ‘shooting’ oficial da marca, em Madrid.

“Com foco na criatividade, autenticidade e paixão pelo universo da beleza, esta ação reforça o compromisso da Bloom e da Wells em conectar-se com um público jovem e digital, dando origem à primeira Bloom Squad em 2025”, refere a marca em comunicado de imprensa. As participantes deverão demonstrar a sua criatividade, através da publicação de um vídeo original no TikTok, que recrie o lançamento ou a apresentação de um produto de ‘skincare’ ou acessório de beleza, utilizando a ‘hashtag’ oficial do concurso #WellsBloomSquad.

“Entre os prémios e vantagens para as três eleitas destacam-se: receber em primeira mão novos lançamentos da Bloom, participar em eventos exclusivos e ter os seus conteúdos amplificados no TikTok oficial da Wells. Terão ainda a possibilidade de ganhar um prémio monetário no valor de mil euros, para a criação de conteúdos exclusivos, a atribuir no final de parceria e mediante os objetivos de colaboração definidos pela marca”, explica a Bloom em comunicado.

O passatempo conta com o apoio das influenciadoras digitais @marianabossy, @inesribeirooficial e @brunaroqueneves, que estão a
promover a iniciativa nas suas redes sociais e a dar a conhecer a nova coleção de Natal da Bloom, de edição limitada.

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Força feminina é destaque em campanha da Johnnie Walker (com vídeo)

O filme protagonizado pela atriz brasileira Alice Braga (na foto) é uma homenagem ao ‘The Man Who Walked Around The World’, clássico anúncio da marca de uísque, desafiando estereótipos

A Johnnie Walker encerra o ano com uma campanha que quer dar resposta àqueles que questionam a força das mulheres. Intitulada ‘Forte São Elas’, é criada no Brasil pela AlmapBBDO e pretende celebrar a resiliência e a força das mulheres, propondo um brinde aos esforços e às conquistas das mulheres este ano.

“A campanha reconhece a força emocional e a resiliência de todas as mulheres, que enfrentam e superam obstáculos todos os dias, e desafia corajosamente estereótipos ultrapassados. Quando dizem que o uísque é demasiado forte para as mulheres, dizemos-lhes: são as mulheres que são fortes”, enfatiza Andrea Rubim, diretora de marketing da Johnnie Walker no Brasil.

O filme publicitário, protagonizado pela atriz brasileira Alice Braga, é uma homenagem ao clássico anúncio da Johnnie Walker de 2009, ‘The Man Who Walked Around The World’, desenvolvido pela BBH, com o ator escocês Robert Carlyle a caminhar pelas Terras Altas da Escócia.

Produzido pela brasileira Surreal Hotel Arts, realizado por Lu Villaça e com banda sonora original do Cabaret Studio, o ‘spot’ mostra Alice Braga a caminhar enquanto descreve como a força tem um papel essencial no quotidiano de todas as mulheres. Seja ao enfrentar estereótipos ou ao superar desafios pessoais e profissionais.

A mensagem principal reforça que as mulheres são donas de suas escolhas e, juntas, seguem construindo suas trajetórias.

“Esta é uma oportunidade para a Johnnie Walker celebrar a jornada de todas as mulheres, mostrando que o sucesso pode ser tanto uma jornada individual quanto coletiva”, sublinha Guilherme Martins, vice-presidente da Diageo, empresa-mãe da Johnnie Walker, no Brasil.

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Prime Video aposta em concursos televisivos para aumentar receitas publicitárias

A transição dos desportos em direto para o ‘streaming’ tem sido um dos exemplos desta estratégia, que pretende replicar a escala de audiências que continua a ser exclusiva da televisão linear

A Prime Video está a apostar em concursos televisivos, numa altura em que os serviços de ‘streaming’ procuram equilibrar a oferta de conteúdos, para manter os subscritores que veem do ecossistema televisivo e aumentar a publicidade nas plataformas.

A transição dos desportos em direto para o ‘streaming’ tem sido um dos exemplos desta estratégia, que pretende replicar a escala de audiências que continua a ser exclusiva da televisão linear.

Na Prime Video, a aposta é num bloco de programas, às quartas-feiras, o ‘Winning Wednesdays’, estreado no final de novembro e que inclui os programas originais ‘Pop Culture Jeopardy!’, ‘Are You Smarter Than a Celebrity?’, juntamente com os concursos orientados para o comércio ‘Buy It Now’ e ‘Wish List Games’, noticia a Ad Age.

Há muito que os concursos televisivos são um produto habitual da televisão tradicional. No entanto, este tipo de programação ainda não encontrou o seu lugar no ecossistema do ‘streaming’.

Estes programas podem representar uma oportunidade para as marcas se alinharem com conteúdos recorrentes e de longo prazo, um ponto positivo para os anunciantes, que procuram números de audiências mais elevados.

O videojogo de telemóvel Monopoly Go, da empresa norte-americana Scopely, por exemplo, é um dos principais patrocinadores do novo concurso televisivo ‘Pop Culture Jeopardy!’ do Prime Video, um ‘spin-off’ do clássico programa ‘Jeopardy’, apresentado na televisão linear, desde 1964.

“Estes são os tipos de programas que vão incentivar a visualização contínua”, explica Jamie Berger, vice-presidente sénior de marketing da Scopely, acrescentando que “quando veem os concursos televisivos, os espetadores estão a pensar e a assistir ativamente ao programa – não é uma experiência passiva. O facto de o espetador estar ativamente envolvido na competição, neste caso com as perguntas do ‘Jeopardy’, faz com que esteja mais atento na visualização dos nossos anúncios”.

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Supremo Tribunal vai ouvir TikTok, mas não dá seguimento ao pedido de suspensão da lei

O TikToK terá apenas oportunidade de apresentar argumentos, numa sessão de duas horas agendada para 10 de janeiro, nove dias antes da proibição da rede social chinesa entrar em vigor nos Estados Unidos

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos vai ouvir as últimas alegações do TikTok, sobre a lei que obriga a rede social chinesa a ser vendida no país até 19 de janeiro ou a ser banida. Porém, o pedido do TikTok de suspensão temporária dessa lei, apresentado a 16 de dezembro, não vai ter seguimento.

“Estamos satisfeitos com a decisão do Supremo Tribunal. Acreditamos que o tribunal vai considerar a proibição do TikTok inconstitucional para que os mais de 170 milhões de norte-americanos na nossa plataforma possam continuar a exercer os seus direitos de liberdade de expressão”, refere o TikTok em comunicado, reagindo à decisão do tribunal.

O Supremo Tribunal é a mais elevada autoridade jurídica dos Estados Unidos e a decisão de aceitar o caso do TikTok é significativa, sendo que o tribunal ouve apenas cerca de cem casos por ano, de entre as mais de 7000 petições que recebe. Este tribunal apenas irá dar a oportunidade de apresentação de argumentos, numa sessão de duas horas, agendada para 10 de janeiro, nove dias antes da proibição entrar em vigor.

A ByteDance, empresa mãe do TikTok, continua a considerar que a venda da rede social nos Estados Unidos “não é possível do ponto de vista tecnológico, comercial ou jurídico”. A empresa chinesa nega igualmente os laços com o Governo chinês, dando como argumento a parceria com a Oracle, empresa norte-americana de tecnologia que armazena os dados dos utilizadores, em Singapura e nos Estados Unidos.

Embora seja propriedade de uma empresa chinesa, o TikTok não está disponível na China, onde os utilizadores têm uma aplicação quase idêntica chamada Douyin.

Há indícios de que a abordagem rígida dos Estados Unidos em relação ao TikTok, mantida durante a administração de Joe Biden, vá abrandar quando o presidente eleito, Donald Trump, assumir funções a 20 de janeiro. “Tenho um carinho especial pelo TikTok”, revela Donald Trump a 16 de dezembro, numa conferência de imprensa na Flórida, depois de se ter encontrado com o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, na sua mansão em Palm Beach.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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