Estudo de audiências de outdoor já mede mais de 80 por cento dos suportes em Portugal
Após vários anos de espera, o estudo de medição de audiências de outdoor é finalmente uma realidade no mercado português. Desenvolvido pela empresa de data science PSE e distribuído ao mercado em parceria com a Marktest, o estudo encontra-se “acreditado e oficializado pela CAEM” desde o dia 1 de Janeiro deste ano.
Pedro Durães
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Após vários anos de espera, o estudo de medição de audiências de outdoor é finalmente uma realidade no mercado português. Desenvolvido pela empresa de data science PSE e distribuído ao mercado em parceria com a Marktest, o estudo encontra-se “acreditado e oficializado pela CAEM” desde o dia 1 de Janeiro deste ano. “Está em produção desde Janeiro de 2020 e, desde o dia 1 de Janeiro de 2021, produz dados oficiais, mostrando que o meio tem uma cobertura próxima dos 90 por cento, em linha com outros mercados”, avança Nuno Santos, chief analytics officer da PSE, que apresentou o estudo ao mercado esta quinta-feira.
O estudo, assegura a empresa, reúne já praticamente todos os principais operadores do mercado de publicidade exterior, abrangendo actualmente mais de 24 mil posições outdoor em todo o território nacional, medindo semanalmente a audiência de 50.891 faces, distribuídas por 149 concelhos. “Ninguém sabe exactamente quantas faces existem no território nacional. A nossa estimativa é que tenhamos significativamente mais de 80 por cento do inventário abrangido”, aponta Nuno Santos quando questionado pelo M&P sobre o nível de cobertura que estas posições representam.O responsável indica ainda que, no que diz respeito aos operadores de publicidade exterior que integram o estudo, está abrangida “mais de 80 por cento da oferta”, havendo actualmente mais operadores em processo de adesão e estando incluídos, não só os formatos tradicionais, como mupis e outdoors, mas também empenas, posições digitais, autocarros, rede de metro (Lisboa e Porto) e indoor.
Neste momento, o estudo produz já dados oficiais de audiência semanal, permitindo aferir o share de cada operador e obter, para o universo de posições/faces abrangidas, dados como a cobertura, frequência, GRP ou CPM, cuja distribuição ao mercado é assegurada através dos programas de planeamento de meios da Marktest, disponíveis na grande maioria das agências. “É benéfico para todo o mercado, para os operadores, que têm acesso a dados que lhes vão permitir desenhar melhores produtos e campanhas, e para agências e anunciantes, que podem ter campanhas mais dirigidas e segmentadas”, argumenta o chief analytics officer da PSE.
A empresa descreve o estudo como um “game changer” para o mercado outdoor já que se trata de “uma nova geração de pesquisa de shopper intelligence e publicidade exterior, muito próxima do real time”. Isto porque, na base do estudo, está um painel de 2.500 indivíduos que aceitam a instalação de uma aplicação que monitoriza os seus movimentos através do smartphone, o que permite “medir a mobilidade, aferir em contínuo o que são os movimentos do shopper, e medir a publicidade exterior”, sendo o primeiro estudo a nível nacional e o primeiro no mundo a permitir a medição ao dia.
Entre as vantagens apontadas pela empresa, estão o conhecimento do inventário outdoor a nível nacional, a quantificação da audiência das redes de outdoor, a comparação da oferta e negociação em função dos GRP e CPM, a par do conhecimento da audiência em função da localização e segmentação das campanhas.
O estudo de medição de audiências de outdoor, recorde-se, é “fruto do trabalho desenvolvido desde 2017 e impulsionado pela consulta ao mercado feita pela CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios) em Maio de 2018”, referia a empresa ao M&P em 2019, altura em que se previa que os primeiros resultados seriam conhecidos pelo mercado no final do primeiro semestre.
Primeiros resultados oficiais de audiência outdoor no mercado português
Os dados recolhidos nas últimas semanas dão conta de uma cobertura do meio, em condições de mobilidade próximas do normal, a rondar os 90%. Com o novo confinamento decretado em Janeiro, quer a cobertura quer a frequência registam naturalmente uma diminuição. As restrições impostas acabam por se reflectir mais na frequência com que se contacta o meio, como se vê no gráfico, e revelam a oposição de comportamentos entre os fins-de-semana e os dias de semana, com impacto na audiência total do meio.
De acordo com o estudo, à terceira semana do ano, a cobertura do meio terá recuado cerca de 1,5 pontos percentuais, traduzindo-se numa menor produção de GRP. No que diz respeito ao share de audiência por operador, a liderança pertence, na terceira semana de 2021, à JDDecaux (48,3%), seguida pela Cemark (23,1%) e pela MOP (21,4%).