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“As marcas não podem continuar a baixar investimentos em comunicação se quiserem manter-se relevantes”

Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes, analisa o impacto da pandemia no marketing e os desafios, para profissionais e empresas, neste contexto de incerteza.

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“As marcas não podem continuar a baixar investimentos em comunicação se quiserem manter-se relevantes”

Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes, analisa o impacto da pandemia no marketing e os desafios, para profissionais e empresas, neste contexto de incerteza.

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Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes, analisa o impacto da pandemia no marketing e os desafios, para profissionais e empresas, neste contexto de incerteza.


Meios & Publicidade (M&P): É inevitável começar pela situação que o país, e o mundo, atravessa. Janeiro de 2021, 10 meses de pandemia. Quais são hoje as três maiores preocupações e prioridades dos anunciantes? Foram, de alguma forma, alteradas pela pandemia?

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Manuela Botelho (MB): A maior preocupação dos anunciantes neste momento é idêntica à de todos os outros sectores: o que será que o futuro nos reserva. Entrámos em 2021 com algumas, diria até elevadas, expectativas e, em pouco mais de duas semanas, somos novamente confrontados com uma realidade que não esperávamos ter de enfrentar de forma tão veemente, dada a experiência que tivemos em 2020. O impacto desta crise pandémica é de tal ordem que é impossível não alterar preocupações e prioridades da indústria. Contudo, há coisas que não se alteram e continuar a construir as suas marcas, dando resposta às necessidades dos consumidores, mantém-se como a grande prioridade do marketing. A questão que se coloca no contexto actual e que, certamente, permanecerá por bastante tempo, é de que forma os profissionais de marketing conseguem manter-se competitivos e a gerar valor para os seus negócios? Como conseguem manter-se relevantes? Grande parte dos profissionais sofreram cortes nos seus orçamentos em virtude da covid-19 e estão sobre enorme pressão para continuar a provar o valor da sua actividade. Por outro lado, esta é uma oportunidade para optimizar os investimentos e provar a eficácia das campanhas e dos canais utilizados. Isto leva-me a outra preocupação, que é a agilidade. Durante tempos instáveis, como os que vivemos, é fundamental ser capaz de se adaptar rapidamente às circunstâncias, aceitando-as em vez de tentar contrariá-las. E este foi um desafio perante o qual as marcas estiveram à altura, prova disso foi a rapidez que demonstraram para alterar processos, sistemas e tecnologias. Só que perante um cenário de crise constante e sem previsão de término, esta adaptabilidade passa a ser uma preocupação contínua. Também já percebemos que, após quase um ano de pandemia, é expectável que os hábitos e os comportamentos das pessoas se alterem definitivamente no futuro. Por isso, é prioridade que as marcas oiçam as pessoas e saibam como o fazer. É fundamental a aposta em canais digitais e de relacionamentos online com os seus clientes, até como forma de se protegerem contra novos surtos no futuro. Abraçar a transformação digital é chave. Já assim foi em 2020 e não deixará de o ser em 2021. As interacções face a face continuarão a existir em número muito residual, portanto é importante que as marcas considerem as pessoas que não pretendem estar presencialmente. A componente virtual vai continuar a ser muito importante em qualquer evento ou acção de marketing e os anunciantes devem estar preparados para este nosso “novo normal”. Outra preocupação, que é simultaneamente uma prioridade, é a comunicação. Mesmo em tempos de pandemia, as marcas não podem perder de vista os seus valores. Serão lembradas pelas suas acções positivas durante esta crise, tornando obrigatória a existência de um alinhamento interno e externo.


M&P: A grande prioridade continua a ser construir marca. Mas, nestas circunstâncias, é possível?

MB: Continuo a acreditar que sim, mas não pode ser business as usual. Apesar de vivermos momentos de grande sensibilidade e orçamentos reduzidos, não podemos ficar sem comunicar. As pessoas continuam a acreditar nas organizações e precisam de saber que as marcas estão do seu lado e se preocupam com elas, ainda que sem paternalismos. As crises não duram para sempre e a forma como posicionarmos a marca hoje perdurará no tempo e ditará o seu futuro. Numa altura de incertezas e de falta de confiança em relação às instituições, as marcas devem continuar a falar para as pessoas, porque a relação entre uma marca e os seus consumidores não é apenas transaccional. Esta relação vai além da experiência de consumo, as pessoas também gostam de saber como a marca está a apoiar a comunidade onde está inserida ou como está a tratar os seus colaboradores ou clientes. É a autenticidade que está em causa neste momento.


M&P: Em 2020 assistimos a uma quebra do investimento publicitário na ordem dos 20 por cento. Para este ano previa-se crescimento, embora difícil de estimar. O que é que diria neste momento?

MB: Vivemos tempos de grande incerteza, talvez até mais do que em 2020, tornando-se muito difícil antecipar o que pode acontecer. Certo é que as marcas têm neste momento dois desafios para responder: uma potencial redução nas vendas e uma necessidade de sobrevivência no médio e longo prazo. E esse é um equilíbrio difícil, mas que tem de ser feito. E voltamos ao que disse antes: os alicerces da construção de uma marca passam pela confiança e não há como fugir dessa responsabilidade. Os consumidores responsabilizam as marcas, recompensando os ousados e penalizam os pusilânimes.


M&P: Em 2020 fomos todos apanhados de surpresa. Agora o “novo normal” significa também que o que era verdade há duas ou três semanas já não se aplica. Como é que se gere orçamentos de marketing neste contexto?

MB: Não adianta tentar aplicar as mesmas fórmulas quando o contexto mudou de forma dramática. A incerteza persiste, não só com o “abre e fecha” da economia, mas também em relação ao futuro. Não sabemos como será o mundo, as nossas vidas e a economia quando finalmente tudo começar a reabrir. Por isso, é preciso criar cenários, colocando sempre os interesses do consumidor no centro da equação. Gerir orçamentos neste contexto exige grande flexibilidade. É o momento para as empresas potenciarem a sua transformação digital através da gestão de dados, tendo como objectivo melhorar a sua eficácia. Alguns estudos indicam que as empresas orientadas por dados são mais resilientes e confiantes durante uma pandemia do que as que não o são. E esses dados, além de orientarem decisões ao nível da comunicação, também o fazem para o negócio. É por essa razão que os líderes empresariais de empresas orientadas por dados admitem que têm uma vantagem crítica durante a pandemia. Questões pertinentes que serão matéria de debate para um Fórum de Líderes que a APAN está a organizar para os seus associados.


M&P: A maior parte das empresas que representam já são orientadas por dados? Em que é que se reflecte? Pode ser feito com o mesmo perfil de profissionais?

MB: A utilização de dados já é uma prática comum nas empresas, há algum tempo, para melhorar a eficiência das suas operações. Mas a grande transformação na última década é o surgimento de novas ferramentas e técnicas, bem como novas fontes e formas de dados que estão a mudar o panorama do marketing, da inovação e do planeamento dos negócios. Existem algumas empresas associadas da APAN que fizeram uma importante transformação digital e estão em condições de utilizar internamente os insights dos dados, quer nas suas campanhas de comunicação, quer nas suas decisões de negócio. Outras empresas, não tendo internalizado essa actividade, trabalham com parceiros que os ajudam a tirar o máximo partido, não só dos seus dados, como dos dados dos seus parceiros em benefício do seu negócio.


M&P: E do lado das agências? Tanto das criativas como de meios? Têm conseguido, em sua opinião, adaptar-se ao actual contexto?

MB: As agências sabem que a maioria dos seus clientes está a ser afectada pela pandemia e têm tentado oferecer o serviço mais ajustado às dificuldades de cada cliente, ajudando-os a ultrapassar as dificuldades. E sei que o estão a fazer com grande dedicação e envolvimento. Por outro lado, as próprias agências também enfrentam dificuldades económicas relacionadas com a quebra de actividade dos seus clientes. Enfrentamos tempos que exigem grande compreensão e empatia de parte a parte e uma busca activa de soluções que ajudem a minimizar os impactos desta crise sanitária.

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M&P: O que mudou, se é que mudou alguma coisa, na relação cliente/agência?

MB: Estou certa de que muita coisa muda nesta relação, sobretudo porque os orçamentos são menores e o número de canais de comunicação também. Acresce ainda o facto de a incerteza relativamente ao futuro ser grande e não sabermos quando podemos esperar alguma normalidade. A nível pessoal, há interrupção nos hábitos do dia-a-dia porque as pessoas estão a trabalhar em casa com todas as complexidades que daí advém. Ao nível do trabalho, com as quedas nas vendas que muitas marcas e sectores completos de negócio estão a enfrentar, é fundamental manter sólidos os relacionamentos entre clientes e agências para que juntos possam resistir a este embate que os vai colocar à prova. A verdade é que assistimos à forma rápida com que muitas empresas e agências responderam de forma empática a esta pandemia, o que revelou uma enorme disponibilidade, agilidade e flexibilidade das agências e das marcas, condições elementares em ambientes de negócio imprevisíveis e em constante mudança.


M&P: Ainda sobre os dados… Neste momento já é possível ter dados fiáveis sobre o consumidor? No início do Verão, e apesar de já existirem alguns estudos, havia a ideia de que o conhecimento acumulado sobre o consumidor tinha perdido a validade. E agora?

MB: Desde o início da pandemia que têm vindo a público vários estudos que tentam entender e explicar as alterações dos comportamentos das pessoas e das suas expectativas face a uma experiência tão traumática quanto esta. Na verdade, aquilo que começou por ser uma primeira experiência, tem já a duração de um ano. E a grande dúvida é se os hábitos que adquirimos durante a pandemia se vão manter após esta terminar. Não é por acaso que já alguém a designou como a “Pandemia da Incerteza”. Há mudanças de comportamento que, acredito, possam ficar, como é o caso do trabalho remoto. De um modo geral, as pessoas acostumaram-se às vantagens de trabalhar em casa, não tendo de gastar tempo e recursos em deslocações, ou à flexibilidade que o teletrabalho oferece. E já há várias empresas a considerar essa opção para o futuro, de uma forma combinada com a presencial. Também é expectável que, com a desaceleração económica, as pessoas sejam mais selectivas nos seus comportamentos de consumo, preferindo determinados produtos em detrimento de outros. Ser economicamente “consciente” parece ser o novo normal em matéria de gastos, com prioridade para os serviços e produtos essenciais. Além disso, as compras online parecem ter vindo para ficar, mas não dispensam a interacção pessoal e humana, sempre que necessário. Não querendo parecer repetitiva, a verdade é que ninguém tem certezas de nada, pelo que o mais avisado é ouvir os consumidores, agir, testar, e ir ajustando sempre de forma rápida e ágil.

*A entrevista completa foi publicada na edição de 29 de Janeiro do M&P e pode ser lida aqui

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Fora do Escritório com Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science

Como trabalha na área, mantém contacto com os diferentes meios de comunicação, adaptado aos horários e rotinas das férias. Se a viagem for de avião, presta atenção à publicidade nos aeroportos e aos formatos de alto impacto no OOH das cidades que visita. Na mala de viagem leva protetores solares e equipamento de surf

Nas ilhas Baleares, Formentera (na foto) é um destino especial para Mariana Lorena, diretora da Hearts & Science. “Já tenho visitado várias vezes em diferentes fases da minha vida e em diferentes estilos de viagens: em família, com amigos, com filhos ou só com a minha mãe, para descansar. Fora do meses com mais confusão (julho e agosto), é um sitio paradisíaco muito próximo e com ótimas praias, restaurantes e lojas”, justifica a diretora da agência de meios do Omnicom Media Group.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Ir ao ginásio. Férias são férias!

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Depende das alturas, mas geralmente significa as duas coisas. Para quem gosta verdadeiramente daquilo que faz é impossível desligar completamente.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Talvez por trabalhar na área, mesmo de férias, o contacto com os diferentes meios mantém-se. Em horários e com rotinas diferentes, isso é o mais certo, mas todos se mantêm próximos e presentes. Há que continuar a acompanhar as principias noticias quer em televisão (mesmo que em diferido) quer no digital. A rádio e outras plataformas de áudio acompanham as deslocações de carro. Já se as viagens forem de avião há algo a que presto sempre muita atenção: a publicidade presente nos diferentes aeroportos e os formatos de alto impacto no OOH das cidades que visito. E nada melhor que levar muita leitura para a praia. Aí entram os jornais e revistas. Férias são também sinónimo de pôr em dia o visionamento de séries e filmes nos canais por cabo, em plataformas de ‘streaming’ ou então no cinema.

Quais são as marcas que a acompanham nas férias?

Podia referir várias, mas destaco as de protetores solares e de equipamento/material de surf, que prefiro não referir para não ferir suscetibilidades.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Pôr a caixa de emails em ordem. É a melhor forma de garantir que volto a estar 100% por dentro de todos os temas.

 

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Loba compra agência londrina We Accelerate Growth e fica com escritório fora de Portugal

Com a aquisição de Adelino Silva e João Gaspar (na foto), coCEO da Loba, a agência de marketing de performance do Reino Unido passará a designar-se Accelerate by Loba, com clientes como GSK, Quake, Philip Morris, AMC e Ocean Media Group

A Loba está a ampliar a presença fora de Portugal com a aquisição no Reino Unido da We Accelerate Growth, agência de marketing de performance, conteúdos, comunicação, dados e tecnologia, o que marca a sua estreia com um escritório fora de Portugal.

A fusão da agência portuguesa de ‘branding’, marketing digital, comunicação, comércio eletrónico, plataformas de relacionamento e experiência de cliente com a We Accelerate Growth permite integrar novos quadros qualificados na estrutura da Loba e clientes como GSK, Quake, Philip Morris, AMC e Ocean Media Group, por exemplo.

“Em linha com a estratégia de crescimento e expansão da empresa, a Loba está preparada para operar num mercado altamente promissor e com ideias de vanguarda na área da comunicação – os ingleses são, desde sempre, reconhecidos na área da comunicação e publicidade pela sua criatividade, estilo e humor muito particulares”, refere a Loba em comunicado de imprensa.

A internacionalização esteve sempre na visão estratégica da gestão da Loba e resulta de um crescimento sustentado e ponderado. “Tínhamos todas as condições para o fazer, não nos podemos esquecer que trabalhamos como parceiros de comunicação em consórcios de projetos europeus há mais de 14 anos. Este momento acontece porque existiu verdadeiramente um alinhamento de valores e compromisso entre as partes”, sublinha Adelino Silva, coCEO da Loba.

A We Accelerate Growth passará a designar-se Accelerate by LOBA e “esta operação será um braço armado para a atividade na Europa, onde reforçaremos a nossa oferta atual de serviços. Londres é um mercado com muita notoriedade e reconhecimento na área da comunicação”, explica João Gaspar, coCEO da Loba.

Sediada em Shepherds Bush Road, no coração de Londres, a We Accelerate nasceu como Accelerate Digital, uma ‘startup’ capacitada pela Blenheim Chalcot Venture Capital, e tem atividade desde 2015 para mercados como o Reino Unido e a Islândia. Para Tom Goddard, diretor da agência em Londres e ex-sócio, a compra da We Accelerate Growth pela Loba permite dispor de uma equipa mais vasta, com competências pluridisciplinares. “Fazer parte de uma grande estrutura como a da Loba A cria condições para sermos cada vez mais competitivos e capazes de responder aos desafios que os nossos clientes atuais e futuros nos trazem regularmente”, refere Tom Goddard.

 

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Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros

Catarina Nunes

O prejuízo da Impresa nos primeiros seis meses do ano foi de €4 milhões, uma variação de 0,9% em relação ao período homólogo em 2023, já que é na estrutura do grupo que são consolidados os custos financeiros, refere o Grupo Impresa em comunicado de imprensa referente aos resultados no primeiro semestre de 2024.

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros. O grupo manteve a tónica no controlo de custos operacionais, que foram reduzidos em 1,2% face ao mesmo período no ano anterior, e melhorou o desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens.

O EBITDA da Impresa foi de €4,5 milhões, o valor mais elevado desde 2021 e um aumento de 57,7% face aos primeiros seis meses de 2023, segundo a Impresa. Sem considerar os custos de reestruturação, o EBITDA recorrente foi de €4,7 milhões, representando um crescimento de 41,8% em termos homólogos.

A dívida remunerada líquida da Impresa cifrou-se nos €142,8 milhões, traduzindo uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023. Este valor sustenta e está alinhado com a trajetória de redução do valor da dívida verificado nos últimos anos, segundo a Impresa.

“O primeiro semestre foi desafiante e as equipas da Impresa estão de parabéns pelo cumprimento dos nossos objetivos. Melhorámos os resultados operacionais, em particular através do crescimento nas receitas e redução de custos, com o consequente crescimento em mais de 40% no EBITDA”, refere Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.

Na SIC, por seu lado, o lucro subiu para €1,3 milhões, um crescimento de 116,7% quando comparado com os €600 mil de lucro no semestre homólogo em 2023, de acordo com os dados divulgados pelo Grupo Impresa, que detém a SIC e a Impresa Publishing (Expresso).

As receitas totais da SIC, por seu lado, aumentaram 1,7%, para €74,6 milhões, impulsionadas pelas vendas de conteúdos e de publicidade. Os custos operacionais mantiveram-se em linha com o valor do primeiro semestre de 2023, refere o documento do grupo de media, salientando que o EBITDA da SIC cresceu 30,7% para €4,5 milhões .

Em termos de audiências, a estação de televisão terminou o primeiro semestre de 2024 com uma média de 15,1% de share, em dados consolidados. No target comercial – ABCD 25/64, a SIC teve 12,9% de quota de mercado. De janeiro a maio, a SIC representou 47,1% de quota de mercado do investimento publicitário entre os canais generalistas.

Na Impresa Publishing, que detém o Expresso, o EBITDA aumentou 29,4% para €800 mil. O Expresso foi o jornal mais vendido do país, com uma média de 85 mil exemplares por edição entre janeiro e março, segundo os dados da APCT, citados pela Impresa no comunicado com os resultados relativos ao primeiro semestre de 2024.

No digital, o Expresso registou uma média de 48 mil exemplares por edição em circulação digital paga, entre janeiro e março. O universo de websites da marca Expresso alcançou, no primeiro semestre, uma média mensal de 2,3 milhões de visitantes únicos.

No áudio, o Expresso lançou 14 novos podcasts, verificando-se um aumento de 77% no acumulado de downloads, face ao semestre homólogo, representativo de quase 24 milhões de downloads. Entre os podcasts com mais descargas destacaram-se o ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ (2,8 milhões), ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ (2 milhões), ‘Contas-Poupança” (2 milhões), ‘Expresso da Manhã’ (1,8 milhões) e ‘Eixo do Mal (1,4 milhões).

“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL”, avança Francisco Pedro Balsemão.

 

 

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Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre

As receitas de publicidade no YouTube sobem para €8 mil milhões, enquanto na Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) descem para €6,8 mil milhões. O Google Search representa mais de metade da faturação total da Alphabet

A Alphabet, que detém a Google e o YouTube, aumentou as receitas em 14% no segundo trimestre de 2024, para um total de 84,742 mil milhões de dólares (€78 mil milhões). O Google Search (48,509 mil milhões de dólares/€44,633 mil milhões) representa mais de metade da faturação, de acordo com os resultados financeiros anunciados pela empresa.

As receitas de publicidade no YouTube ascendem a 8,663 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), face aos 7,665 mil milhões de dólares (€7 mil milhões) registados no segundo trimestre de 2023, enquanto a Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) representa 7,444 mil milhões de dólares (€6,8 mil milhões), em queda em relação aos 7,850 mil milhões de dólares (€7,22 mil milhões) no período homólogo em 2023.

A faturação da Google Cloud, por seu lado, ultrapassa a do YouTube, totalizando 10,347 mil milhões (€9,52 mil milhões), a subir em relação a 2023 (8,031 mil milhões/€7,4 mil milhões). Sundar Pichai, CEO da Alphabet, refere que “o forte desempenho este trimestre destaca a força contínua no ‘Search’ e o impulso na ‘Cloud’. Estamos a inovar em todas as camadas da ‘AI stack’. A nossa infraestrutura de liderança de longa data e equipas internas de pesquisa posicionam-nos bem, à medida que a tecnologia evolui e que acompanhamos as muitas oportunidades vindouras”.

Em termos de resultados operacionais, a Google Services tem um lucro operacional de 29,674 mil milhões de dólares (€27,3 mil milhões), o que representa um crescimento face aos 23,454 mil milhões de dólares (€21,6 mil milhões) no mesmo período em 2023. A Google Cloud totaliza 1,172 mil milhões de dólares (€1,078 mil milhões) em lucro operacional, o triplo do valor registado em 2023 (395 milhões de dólares/€363,5 milhões).

Ruth Porat, presidente e diretora financeira da Alphabet, salienta que “apresentámos receitas de 85 mil milhões, a subir 14% em termos homólogos, impulsionadas pela ‘Search’ bem como pela ‘Cloud’, que pela primeira vez ultrapassou os 10 mil milhões de dólares nas receitas do trimestre e os mil milhões de dólares em lucro operacional. À medida que investimos para suportar as nossas maiores oportunidades de crescimento, mantemos o compromisso com a criação de uma capacidade de investimento com o trabalho que temos em andamento, para reprojetar a nossa base de custos de forma duradoura”. No segundo trimestre de 2024, os custos e despesas totais da Alphabet são de 57,317 mil milhões (€52,7 mil milhões), a subir face aos 52,766 mil milhões de dólares (€48,5 mil milhões) registados no mesmo período no ano passado.

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Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo

A dona da TVI salienta o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’ (na foto), aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção do canal

No primeiro semestre de 2024, o grupo Media Capital aumentou as receitas de publicidade em 16%, atingindo os €50,5 milhões, e teve um prejuízo de €2,7 milhões, face aos €4,8 milhões negativos que registou no período homólogo em 2023, segundo os dados divulgados pelo grupo de media que detém a TVI e a CNN Portugal, entre outros.

O resultado líquido ajustado apresentou uma melhoria de €3,3 milhões face ao período homólogo, “naquele que é o semestre mais condicionado pela sazonalidade da atividade de media”, atingindo os €1,3 milhões negativos, justifica a Media Capital.

O aumento das receitas publicitárias, por seu lado, é reflexo do “crescimento concretizado quer no mercado publicitário de canal aberto, onde superou largamente o crescimento de mercado, quer no mercado de publicidade de canais de televisão paga, onde cresceu 40% face aos resultados atingidos no período homólogo”, refere a Media Capital.

Os outros rendimentos operacionais registaram um ligeiro aumento para €25,8 milhões, mais 1% que no mesmo período no ano anterior, destacando-se a performance do segmento de produção audiovisual, que cresce 10% para €20,23 milhões. Nos primeiros seis meses de 2024, os rendimentos operacionais apresentaram um aumento de 10%, devido às vendas de publicidade.

Os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, gastos líquidos com provisões e reestruturações, registaram um acréscimo de 3%, passando de €70,4 milhões no primeiro semestre de 2023 para €72,6 milhões em 2024. “Os gastos operacionais ajustados refletiram o aumento significativo da atividade de produção e do investimento no Euro 2024, aliados a uma gestão criteriosa e eficiente”, adianta o grupo de media.

Excluindo os gastos líquidos com provisões, imparidades e reestruturações, o EBITDA consolidado do grupo atingiu, no primeiro semestre de 2024, €3,8 milhões, o que representa um aumento de €4,9 milhões face ao período homólogo. Os gastos com provisões, imparidades e reestruturações totalizaram, no primeiro semestre de 2024, €1,4 milhões, um valor que reflete a continuidade da concretização do plano de reestruturação levado a cabo pelo grupo Media Capital.

Quanto ao resultado operacional (EBIT), este foi negativo em €1,1 milhões no primeiro semestre de 2024, uma melhoria face ao resultado operacional negativo de €4,8 milhões, em 2023.

O grupo de canais TVI é líder há 12 meses consecutivos, tendo registado um aumento de quota de audiência face ao período homólogo em universo total dia e em horário nobre de 0,8 e 1,2 p.p., respetivamente, segundos os dados da Media Capital, que destaca que “na comparação com os principais grupos nacionais, o grupo de canais da TVI foi líder no primeiro semestre de 2024, no share do total dia, nos targets Universo, Adultos e ABCD 15-54”.

A Media Capital salienta ainda o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’, aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção da TVI.

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Google, afinal, vai manter cookies de terceiros

“Continuaremos a disponibilizar as API do Privacy Sandbox e a investir nelas para melhorar ainda mais a privacidade e a utilidade”, refere Anthony Chavez, vice-presidente da Privacy Sandbox da Google, acrescentando que serão disponibilizados controlos de privacidade adicionais, como a proteção de IP no modo de navegação anónima do Chrome

Catarina Nunes

A Google já não vai acabar com os cookies de terceiros, que permitem que entidades externas aos sites, como anunciantes ou empresas de análise, acompanhem o histórico de navegação do utilizador e recolham e tratem os respetivos dados. Em causa está o esforço de adaptação de todas as partes envolvidas na publicidade online, nomeadamente ‘publishers’, anunciantes e agências.

Depois de ter adiado o prazo para o fim do cookies de terceiros, de 2024 para o início de 2025, a Google vai antes introduzir uma nova experiência no Chrome, para permitir que os utilizadores façam uma escolha que se aplique à sua navegação na web, sendo que estas escolhas podem ser ajustadas a qualquer momento. “Estamos a discutir este novo caminho com os reguladores e vamos envolver a indústria à medida que for sendo disponibilizado”, revela Anthony Chavez, vice-presidente da Privacy Sandbox, numa publicação no blogue da Google.

O responsável da Privacy Sandbox, projeto da Google focado na criação de tecnologias que protejam a privacidade online dos utilizadores, justifica o recuo com a constatação de que a transição para o fim dos cookies de terceiros, previsto para o fim de 2025, “exige um trabalho significativo por parte de muitos participantes e terá um impacto nos ‘publishers’, nos anunciantes e em todos os envolvidos na publicidade online”. Tendo em conta esta situação, “propomos uma abordagem atualizada que permite aos utilizadores escolherem. Em vez de descontinuar os cookies de terceiros”, explica Anthony Chavez.

O vice-presidente da Privacy Sandbox salienta que, à medida que este processo avança, continua a ser importante que os programadores tenham alternativas que preservem a privacidade. “Continuaremos a disponibilizar as API [Application Programming Interface, usado para integrar novas aplicações com sistemas de software existentes] do Privacy Sandbox e a investir nelas para melhorar ainda mais a privacidade e a utilidade”, refere Anthony Chavez, acrescentando que a Google também pretende disponibilizar “controlos de privacidade adicionais, por isso planeamos introduzir a proteção de IP no modo de navegação anónima do Chrome”.

Os primeiros testes realizados por empresas de tecnologia Adtech, incluindo a Google, indicaram que as APIs da Privacy Sandbox têm um grande potencial para alcançar resultados, de acordo com a Google. “Esperamos que o desempenho geral, ao utilizar as APIs de Privacy Sandbox, melhore com o tempo, à medida que aumenta a adoção por parte da indústria”, prevê o vice-presidente da Privacy Sandbox, que tem como objetivo encontrar soluções inovadoras que melhorem a privacidade online, ao mesmo tempo que preservam uma internet baseada em anúncios que sustenta o ecossistema de ‘publishers’, liga empresas aos clientes e disponibiliza conteúdos gratuitos aos utilizadores.

“Ao longo deste processo, recebemos feedback de uma ampla variedade de ‘stakeholders’, incluindo reguladores como a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido e o Information Commissioner’s Office (ICO), ‘publishers’, programadores web e grupos padrão, sociedade civil e participantes da indústria publicitária. Este feedback ajudou-nos a criar soluções que visam apoiar um mercado competitivo e próspero que funcione para publishers e anunciantes e incentive a adoção de tecnologias que melhoram a privacidade”, refere Anthony Chavez, garantindo que “à medida que finalizarmos esta abordagem, continuaremos a consultar a CMA, a ICO e outros reguladores a nível mundial. Esperamos continuar a colaboração com o ecossistema na próxima fase da jornada, para uma web mais privada”.

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Domínio .pt não é prioritário para Amazon

Quatro anos depois do lançamento em Portugal, os portugueses continuam a ser redirecionados para a Amazon espanhola. Em declarações ao M&P, Inês Ruvina (na foto), gestora nacional da plataforma de comércio eletrónico, revela que não há planos para inverter a situação, apesar de a empresa estar a investir em Portugal

Ativar o domínio português não é prioritário para a Amazon, que continua a recorrer à plataforma de comércio eletrónico espanhola para alavancar o negócio em Portugal. Apesar de estar operacional desde 2021, o endereço Amazon.pt continua a redirecionar os consumidores nacionais para o site espanhol.

“Estamos muito contentes com o percurso da empresa em Portugal, que tem aproveitado a configuração que existe na Europa, sobretudo em Espanha. A Amazon tem uma rede logística europeia, da qual tiramos partido para servir os nossos clientes, mas vamos continuar atentos às oportunidades para ir melhorando a experiência de compra”, garante ao M&P Inês Ruvina, gestora da Amazon em Portugal.

A plataforma, que está disponível em língua portuguesa e comercializa marcas portuguesas como Castelbel, Vista Alegre, Ach Brito e Costa Nova, continua, no entanto, continuar a contar com o investimento da casa-mãe nos Estados Unidos.

Para promover a edição de 2024 do Prime Day, com milhares de descontos entre as 23h de 15 de julho e as 22h59 de 17 de julho, a empresa tem no ar a maior campanha publicitária do ano.

Adaptada para Portugal pela Amazon, que a concebeu internamente nos Estados Unidos, foi produzida pela Hungryman. Com planeamento de meios da Rufus, está presente em televisão, rádio, imprensa, suportes digitais e redes sociais.

No ano passado, globalmente, os clientes da Amazon pouparam 2,5 mil milhões de dólares (€2,31 mil milhões) em 375 milhões de produtos, com as compras durante o Prime Day.

Em Portugal, a empresa não divulga quanto é que os subscritores nacionais do serviço Prime gastaram a menos. “Posso partilhar apenas que entre os produtos mais comprados estão toalhitas de bebé da Dodot, cápsulas de café da Delta Q, desodorizantes masculinos da Rexona e lâmpadas LED da TP-Link Portugal”, refere Inês Ruvina.

Para divulgar o Prime Day 2024, a Amazon conta com um estudo desenvolvido com a GfK, que revela que 89% dos portugueses aproveitam períodos de promoções para fazer compras online.

A análise identifica os três fatores críticos que impulsionam o comportamento digital dos consumidores nacionais, apontando o preço (69%) como o mais decisivo, seguido dos descontos (67%) e da garantia de entrega rápida (51%).

“Os resultados que obtivemos são encorajadores. 96% dos inquiridos já compra online e 94% confia nas plataformas de ecommerce”, refere a gestora da empresa, que também disponibiliza em Portugal o Amazon Business, uma plataforma de vendas independente que permite às marcas alcançar cinco milhões de clientes empresariais.

Parcerias com TVI e RTP

A par do comércio eletrónico, a Amazon continua a investir no Prime Video, serviço de streaming lançado em 2006, em Portugal desde 2017, no âmbito das parcerias estabelecidas com a Media Capital e a RTP.

“Vamos aproximar-nos do cliente português com uma oferta de entretenimento nacional dedicada, para complementar a oferta internacional. Vamos ter séries documentais sobre o Tony Carreira e a apresentadora Maria Cerqueira Gomes e adaptar ‘La que se avecina’, série que teve muito sucesso em Espanha”, revela Inês Ruvina.

A parceria com a Media Capital foi estabelecida em 2023 para cofinanciar o regresso da série ‘Morangos com açúcar’, exibida em simultâneo na TVI e na plataforma digital da Amazon, à semelhança das produções que estão a ser ultimadas. ‘Punto Nemo’, a nova coprodução com a RTP, estreia antes do fim do verão.

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Campanha da TBWA/BBDO para a McDonald’s Portugal pode ser usada em outros países (com vídeo)

A cadeia de restauração norte-americana escolheu Portugal para lançar a nova aposta internacional. O Big Arch compete diretamente com o Big Mac, depois de a McDonald’s ter perdido o uso exclusivo da marca na Europa. Mila Refacho (na foto) protagoniza o filme publicitário

A campanha publicitária que a TBWA/BBDO concebeu para a McDonald’s Portugal, para promover o novo hambúrguer Big Arch que Portugal é o primeiro país do mundo a lançar, pode vir a ser usada em outros países. “Depende sempre muito de cada mercado, que procura adaptar a comunicação às realidades locais, mas é muito natural que isso possa acontecer, não em todos mas em alguns países, porque, pela forma como está desenhada, é muito disruptiva e suscetível de despertar muita curiosidade”, avança ao M&P Sérgio Leal, diretor de marketing da McDonald’s Portugal.

Com supervisão criativa de Rui Silva, direção criativa executiva de Marco Pacheco, direção criativa de João Guimarães e Julliano Bertoldi e direção de arte de Julliano Bertoldi e Beatriz Roque, a campanha tem redação de João Guimarães e André Águas. Produzido pela Krypton Films com consultora da Pro(u)d, o filme, realizado por Pedro Pinto, com direção de fotografia de Ekkehart Pollak, tem produção executiva de João Vilela e Ricardo Estevão e gestão de produção de Alexandra Ribeiro e Ana Ribeiro. Sérgio Pedro assina a edição e a Light Film a pós-produção.

A coordenação da pós-produção do anúncio, protagonizado por Mila Refacho, ficou a cargo de Neia Oliveira. No filme, a portuguesa, autora de um dos vídeos mais virais do fenómeno atmosférico que decorreu em Portugal na noite de 18 de maio, quando um meteoro iluminou o céu na Península Ibérica, descobre, na companhia dos amigos, o local exato da queda do meteorito, encontrando na cratera o novo hambúrguer da McDonald’s, o Big Arch. “Um épico Mac”, como a cadeia de restauração o denomina, numa designação que remete foneticamente para o Big Mac.

A 5 de junho, a McDonald’s perdeu a exclusividade da marca, que detinha desde 1996, estando a nova aposta a ser entendida como uma resposta pública à decisão do tribunal europeu que o decretou. “O Big Mac tem o seu lugar estabelecido. O novo produto procura adaptar a nossa oferta às novas tendências, oferecendo aos fãs da marca uma experiência mais saciante, numa combinação entre o Big Mac e o Double Cheeseburger”, explica Sérgio Leal, orgulhoso por Portugal ter sido o país escolhido para lançar o novo produto. “É o reconhecimento do bom trabalho que nós temos feito cá enquanto marca”, afirma.

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Anunciantes do Now poderão ter investido cerca de €100 mil em publicidade no primeiro mês

A Nos lidera a lista de anunciantes do novo canal da Medialivre, seguida da Betclic e da Dacia. A valores de tabela, entre 17 de junho a 16 de julho, os 15 maiores anunciantes despenderam €1,21 milhões, 68% do investimento total, segundo a Universal McCann

Os anunciantes do Now investiram oficialmente €1,79 milhões em publicidade no primeiro mês de emissão do canal, valores a preços de tabela sobre os quais incidem os descontos em televisão, que, tal como referido por Alberto Rui Pereira, CEO da IPG Mediabrands, em entrevista ao M&P, chegam a atingir reduções entre os 95% e os 97%.

Caso se aplique um desconto de 95%, o montante apontado na análise da Universal McCann reduz para cerca de €100 mil. No entanto, tratando-se de um lançamento de um novo canal, é possível que o desconto tenha sido diferente.

De acordo com a análise da agência de meios que integra o IPG Mediabrands, as 15 marcas que mais investiram no novo canal noticioso da Medialivre representam 68% do total das verbas despendidas, o que em valores de tabela atingiram os €1,21 milhões, o que corresponde a cerca de €68 mil.

Nos, Betclic, Dacia, Audi e Generali Tranquilidade foram as marcas que mais investiram no Now (ver caixa) durante o primeiro mês de transmissões, período em que a nova proposta televisiva alcançou um share de 0,5%, após ter atingido 0,8% no dia de arranque, tendo terminado o mês na 22ª posição entre os canais mais vistos do cabo.

“O Now conseguiu captar audiência maioritariamente proveniente da CMTV, mas também dos seus concorrentes diretos (SIC Notícias e CNN Portugal), no entanto, de forma menos acentuada”, refere a Universal McCann em comunicado de imprensa.

O share do canal, lançado a 17 de junho, tem permanecido estável, independentemente do dia da semana. “Contudo, vemos que é a quarta-feira o dia em que verifica um share ligeiramente mais baixo do que nos restantes dias da semana”, revela a análise, que avança ainda que o Now tem atraído “um perfil mais masculino, sendo agora mais acentuado do que na primeira semana”.

Em termos de telespetadores, tem conseguido uma maior adesão junto de um público mais velho, acima dos 65 anos. “O Now registou ainda uma afinidade elevada junto da classe social mais baixa (E)”, informa a Universal McCann.

“Comparando com a primeira semana, o Now registou um crescimento da afinidade junto da classe média/alta (B), aproximando-se assim mais do perfil dos canais SIC Notícias e CNN Portugal”, refere o comunicado da empresa, que avança que o programa mais visto no primeiro mês foi o ‘Record na hora’, que vai para o ar logo após o noticiário das 19 horas.

“Teve uma audiência média de 28 mil telespetadores, a que correspondeu um share de 0,7%. Na segunda posição, ficou o programa ‘Now às 19h todos os sábados’ com uma audiência média de 27 mil telespetadores e um share de 0,8%”, revela ainda o documento.

 

15 maiores anunciantes do canal Now

De acordo com a Universal McCann, com base nos dados da ferramenta YumiAnalytics Web, a preços de tabela, as 15 marcas que mais anunciaram no novo canal da Medialivre, entre 17 de junho e 16 de julho, representam 68% do investimento total

  1. Nos (€270.925)
  2. Betclic (€129.815)
  3. Dacia (€107.511)
  4. Audi (€88.145)
  5. Generali Tranquilidade (€84.781)
  6. Renault (€75.277)
  7. Olá (€74.340)
  8. Santander (€73.767)
  9. Vodafone (€68.567)
  10. Lidl (€61.994)
  11. McDonald’s (€61.303)
  12. ESC Online (€34.063)
  13. Bacana Play (€32.754)
  14. Cif (€28.330)
  15. Cupra (€25.939)

 

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Agência criativa DJ cria anúncio de verão da Rádio Comercial (com vídeo)

Com direção criativa de Diogo Anahory e João Pacheco (o D e o J que denominam a agência), o ‘spot’ de televisão tem como ponto de partida a legislação que proíbe o ruído nas praias nacionais

Catarina Nunes

A Rádio Comercial acaba de lançar uma campanha de verão, desenvolvida pela agência criativa DJ, que estará no ar em televisão, até 6 de agosto.

Com direção criativa de Diogo Anahory e João Pacheco (o D e o J que denominam a agência), a campanha tem como ponto de partida a legislação que enquadra a proibição de ruído nas praias nacionais. Diogo Anahory, cofundador e diretor criativo da DJ, explica ao M&P que “nas férias as pessoas tendem a ouvir menos rádio. Além disso, a Autoridade Marítima Nacional não ajuda, já que interdita, nas praias, a utilização de equipamentos sonoros geradores de ruído”.

A campanha, com produção da Flaming, realização de Gonçalo Paixão e direção de fotografia de Ricardo Magalhães, é a resposta a essa proibição, que não ajuda no consumo de rádio durante o verão, sugerindo uma alternativa. O spot de 20 segundos começa com um plano fechado de uma coluna de som, em cima de uma geleira dentro de água, que transmite a emissão da Rádio Comercial.

Conforme o plano vai abrindo, até mostrar a geleira com a coluna de som sobre uma plataforma a flutuar no mar, a voz off cita a lei que enquadra a proibição de ruído nas praias e respetivas coimas aplicáveis, com esta informação a passar igualmente em rodapé.

No final, a voz off pergunta: “O que é que se pode fazer por isso?” e responde ‘Nada’, ao mesmo tempo que a imagem mostra três pessoas a começar a nadar em direção à plataforma flutuante afastada da costa, onde se encontra a coluna de som a tocar a emissão da Comercial.

O anúncio ‘Off Coast’ está a passar na SIC e SIC Notícias, no Fox Life , Fox Crime, Fox Movie e Fox Comedy, bem como no Place SIC e TVI.

 

Sobre o autorCatarina Nunes

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