Audiências reflectem crise
Em contra-ciclo com os restantes segmentos, as publicações de desporto e veículos, sobretudo as semanais,
Carla Borges Ferreira
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Em contra-ciclo com os restantes segmentos, as publicações de desporto e veículos, sobretudo as semanais, revistas femininas, tanto mensais como semanais, e revistas mensais sobre saúde e bem-estar foram as que registaram as maiores subidas no segundo trimestre deste ano. Pelo contrário, os diários de informação geral, os semanários e as newsmagazines registaram mais um trimestre negativo. A grande excepção continua a ser o Correio da Manhã, que aumentou em 1,56 por cento a audiência em relação à vaga anterior e 4 por cento em comparação com o período homólogo do ano anterior, reforçando a liderança. Na segunda posição permanece o Jornal de Notícias, apesar da quebra de 5,69 por cento e de 2,52 por cento, respectivamente em relação à vaga anterior e ao período homólogo, e na terceira o Público, que manteve os números do início do ano, 4,76 por cento superiores aos do segundo trimestre de 2009. O Diário de Notícias desceu 2,7 por cento em relação à última vaga, mas subiu 9,09 por cento se a comparação foi estabelecida com o período homólogo do ano passado. Agora sem o 24 Horas, o segmento fecha com o I. Contudo, o Bareme Imprensa não foi portador de boas notícias para o mais jovem diário português, que perdeu um quinto dos seus leitores do primeiro para o segundo trimestre. Se alargarmos a análise ao semestre, boas notícias apenas para o Correio da Manhã, que ganhou quase 53 mil leitores entre os primeiros seis meses de 2009 e os primeiros seis deste ano. Tendência inversa é a registada pelos gratuitos. No semestre o Metro perdeu 60 mil leitores e o Destak cerca de 25 mil. No entanto, comparando apenas o primeiro com o segundo trimestre do ano, ambos registam variações positivas superiores a 3,5 por cento.
Ainda no campo dos generalistas, é necessário fazer referência ao Sol, título que mais desceu do primeiro para o segundo trimestre deste ano (-36,59%). Uma descida que resulta provavelmente do fim do efeito do caso Face Oculta, em termos informativos liderado pelo semanário de José António Saraiva. Em relação ao primeiro semestre do ano passado os números são aliás positivos, com o título a ganhar quase 36 mil leitores. Tradicionalmente com mais leitores em tempos tanto de crise como de euforia financeira, também para os diários de informação económica o último Bareme não foi positivo, com os três títulos a perderem leitores tanto em relação ao trimestre anterior como à vaga homóloga. A maior quebra do segmento foi a do Oje, que do primeiro para o segundo trimestre perdeu metade dos seus leitores. (Com Ana Marcela)