Alberto Rui Pereira,, CEO da IPG Mediabrands Portugal
Alberto Rui Pereira escreve sobre o futuro do modelo de negócio das networks multinacionais
A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Alberto Rui Pereira, CEO do grupo IPG Mediabrands.
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A nossa indústria está a mudar e a um ritmo acelerado, fruto da evolução da tecnologia em todas as suas vertentes. Mais do que uma mudança, é uma transformação que mexe com a nossa oferta e portfólio de serviços, cada vez mais abrangentes e perto do negócio das marcas, com as nossas estruturas e com a forma como nos organizamos, com a tecnologia e a informação que produzimos e a que temos acesso, com as novas competências internas que temos e que continuamos a desenvolver e com equipas cada vez mais multidisciplinares e abrangentes. Tendo tudo isto também implicações no nosso investimento e no nosso actual e futuro modelo de negócio. Acima de tudo, estamos a atravessar uma fase de grande transformação e transição em termos organizacionais, de competências, de serviços e de capacidade de integração de todas as vertentes onde operamos. É muito natural que, nesta fase de transição e mudança, os modelos e a forma como nos posicionamos e actuamos ainda não seja clara e definitiva, e por isso são tempos naturalmente de alguma turbulência, indefinição, dúvidas e riscos que podem causar pontualmente algumas rupturas.
Estou convicto de que os nossos grupos de comunicação são os que estão claramente mais bem posicionados e na linha da frente para manterem e reforçarem a sua relevância e valor no futuro. Conhecem e estão presentes no mercado em todas as suas vertentes e dominam toda a cadeia, conhecem as marcas, os seus negócios e necessidades como ninguém, estão bem cientes do que têm de fazer para se manterem e acrescentarem valor à cadeia; daí a forma como se estão a organizar e a transformar as estruturas, o investimento que está a ser feito em tecnologia e data e em novas competências e serviços. Têm também sabido lidar e trabalhar em parceria com os parceiros tecnológicos para, em conjunto, apresentarem modelos e serviços às marcas que se complementam e trazem resultados.
Não concordo que estejam a perder relevância e valor como companhias, a IPG, por exemplo, tem reforçado a sua valorização em bolsa nos últimos quatro anos. Estão, sim, numa fase e processo de se reinventarem e mudarem de forma relevante o modelo que se manteve estável desde há muitas décadas. Acredito que vão ter essa capacidade pelo dinamismo que demonstram e pelos passos que estão a dar. O nosso grande desafio passa pela nossa capacidade de pensar estrategicamente toda a cadeia e de integrar todas as vertentes na implementação da mesma. Vai implicar um modelo interno mais colaborativo, mais aberto, mais ágil e com maior capacidade de integração. Somos quem está, à partida, melhor posicionado para o fazer e estou convicto de que assim será.”
Artigo de Alberto Rui Pereira, CEO do grupo IPG Mediabrands Portugal
A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Alberto Rui Pereira, CEO do grupo IPG Mediabrands.