Lush desafia gigantes tecnológicos em nova campanha. Portugal fica de fora
Dando continuação à Big Tech Rebellion, iniciativa anunciada em março, a Lush une forças com o movimento People vs Big Tech nesta Black Friday, para angariar fundos para causa que […]

Luis Batista Gonçalves
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Dando continuação à Big Tech Rebellion, iniciativa anunciada em março, a Lush une forças com o movimento People vs Big Tech nesta Black Friday, para angariar fundos para causa que abraçou com o intuito de “desafiar o domínio das grandes empresas tecnológicas na monopolização da internet com vigilância intrusiva, algoritmos aditivos e predatórios, conteúdos nocivos e echo chambers”.
“Esta é geralmente uma época em que as grandes empresas tecnológicas arrecadam enormes lucros, mas a que custo? É importante que façamos uma campanha nesta altura crítica do ano para financiar movimentos como o People vs Big Tech, que estão a proporcionar um caminho para um futuro sem publicidade de monitorização ou algoritmos predatórios e a colocar o controlo de volta nas mãos das pessoas”, justifica Annabelle Baker, diretora de marca global da Lush.
A insígnia refere mesmo um relatório da Amnistia Internacional que afirma que, um pouco por todo o mundo, 71% dos consumidores atuais estão preocupados com a forma como as empresas tecnológicas recolhem e utilizam os seus dados pessoais. “Digital engagement: A social future”, um relatório que a Lush encomendou ao The Future Laboratory, divulgado nos últimos meses, aponta no mesmo sentido.
“65% [dos inquiridos] não quer que as redes sociais usem os seus dados para benefício comercial e 70% pede uma legislação global que proteja a segurança dos utilizadores online”, defende a empresa, que, para angariar fundos para a People vs Big Tech, está a vender The Cloud, uma bomba de banho de edição limitada chamada. A totalidade do valor, depois de descontado o imposto sobre o consumo, reverte a favor da organização.
Apenas disponível nas lojas online da Lush do Reino Unido e Irlanda, EUA, Canadá, França, Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Hungria, Japão, Austrália e Nova Zelândia, o novo produto não está a ser comercializado em Portugal. “Com mais de 100 organizações, que representam mais de 71 milhões de cidadãos, a People vs Big Tech está a enfrentar o poder desmesurado dos gigantes da big tech e a ajudar a garantir vitórias revolucionárias, como as novas leis sobre tecnologia na Europa”, elogia publicamente a marca.