Carrinhos de compras dos portugueses ficam mais “leves” 13% em apenas um ano
A frequência com que os portugueses vão às compras aumentou 4% de 2021 para 2022, mas o volume médio de cada carrinho de compras diminuiu 13,2% no mesmo período. É […]
Sandra Xavier
José Guerreiro reforça departamento criativo da Lisbon Project
Perplexity já permite fazer compras
Cristina Ferreira trava execução de sentença de primeira instância da SIC
BA&N faz parceria com consultora SEC Newgate
António Zambujo é o embaixador dos vinhos da Vidigueira
ERA recorre ao humor para atrair gerações Y e Z (com vídeo)
“Cream é não provar” as novas Amarguinhas Creme
McDonald’s escolhe Wandson Lisboa para campanha de Natal (com vídeos)
Natal da Coca-Cola divide opiniões (com vídeos)
Faturação da Disney sobe 6% para €21,36 mil milhões
A frequência com que os portugueses vão às compras aumentou 4% de 2021 para 2022, mas o volume médio de cada carrinho de compras diminuiu 13,2% no mesmo período. É o que revela um estudo realizado pela Kantar e analisado pela consultora de mercado e pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca.
No ano passado, o gasto médio em cada ida às compras subiu 5,1% em relação ao momento pré-pandemia (2018), mas quando comparado com números de 2021, desceu 5,5%.
Os dados mostram que a inflação impediu o regresso dos padrões de compra dos portugueses a valores do pré‑pandemia. 60% das categorias de produtos de grande consumo registaram quedas no volume de compras, entre 2021 e 2022.
Com a inflação, aumentou a tendência de ir mais vezes às compras, comprando menos em cada ida ao supermercado.
O estudo “Shopper Insights” da Kantar mostra ainda que os portugueses valorizam as marcas de fabricante (MDF). Mesmo nos discounters, como o Minipreço, Lidl e Aldi, estas marcas entram em praticamente oito em cada 10 carrinhos de compras.
Em 2022, os consumidores que encheram carrinhos exclusivamente com marcas de distribuidor, vulgo, marcas próprias, fizeram-no 26 vezes. Já os que escolheram exclusivamente MDF foram consumidores mais frequentes, com 32 idas às compras.
A análise revela ainda que o lançamento de produtos em novas categorias levou a crescimentos no volume de vendas. Por outro lado, o estudo conclui que os consumidores procuram, cada vez mais, que lhes sejam comunicados claramente os benefícios dos produtos, sobretudo quando associados a um estilo de vida mais saudável, como por exemplo, baixo teor em açúcar, produtos sem glúten ou biológicos.
O estudo identifica também como tendências o crescimento da comida pronta, o aumento do número de momentos de consumo ou o investimento dos portugueses em “mimos” com produtos de segmentos indulgentes.
“O consumo está em constante mudança, sendo preciso compreender, cada vez mais, o papel da inovação, o desenvolvimento dos novos espaços de consumo, as motivações e os benefícios procurados pelos consumidores”, refere Marta Santos, clients and analytics director da Kantar em Portugal.
Pedro Pimentel, director-geral da Centromarca, reconhece que “há uma transferência de uma parcela significativa do consumo para as marcas próprias dos retalhistas, muito por força do crescimento dos retalhistas que disponibilizam ao consumidor um sortido muito fortemente constituído pelas suas próprias marcas”.
Os dados de compra são baseados no Painel de Lares da Kantar, uma amostra de 4.000 lares, representativos de Portugal Continental e dispersos em mais de 1.000 pontos de sondagem, que declararam as suas compras semanalmente, durante o ano de 2022. Os resultados apresentados têm um nível de confiança de 95%, com erro amostral associado de 1,96%.