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‘Vamos focar muito a nossa actividade no mundo lusófono’

O mercado angolano é já uma realidade para a Mybrand, depois de abrir em Dezembro o escritório África Brands.

Pedro Durães
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‘Vamos focar muito a nossa actividade no mundo lusófono’

O mercado angolano é já uma realidade para a Mybrand, depois de abrir em Dezembro o escritório África Brands.

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O mercado angolano é já uma realidade para a Mybrand, depois de abrir em Dezembro o escritório África Brands. O próximo destino é o Brasil, mercado onde a empresa quer apostar no branding e espera estar operacional ainda durante este semestre. Aníbal Pires, partner da empresa presidida por João Braz Frade, fala ao M&P sobre os planos de expansão da Mybrand, que diz estarem focados no mundo lusófono. Uma opção que diz ter sido tomada antes da entrada da Ongoing no capital da empresa em Julho passado, ficando a deter 50 por cento, mais uma acção da Mybrand. O responsável da Mybrand explica ainda o reforço da unidade de publicidade, uma aposta que coincide com a separação da agência Fischer.

Meios & Publicidade (M&P): Os projectos de internacionalização da Mybrand para Angola e Brasil são ambiciosoos, mas em que ponto está a operação no mercado espanhol?

Aníbal Pires (AP): Em Espanha desactivámos a operação. Temos a empresa constituída mas achámos que a maneira como estávamos a trabalhar não era a mais adequada. Além disso, até pela entrada dos novos accionistas que temos, vamos focar muito a nossa actividade no mundo lusófono.

M&P: Está a falar da Ongoing.

AP: Exactamente. São fundamentalmente investidores, não têm praticamente interferência na gestão, mas atendendo à estratégia que seguem de desenvolvimento de actividades no negócio na área do mundo lusófono, vamos focar-nos aí. Já tínhamos até começado antes de eles entrarem mas vamos reforçar. Em Angola, onde já estamos com a África Brand que é da Mybrand a 60 por cento, e Brasil onde vamos entrar muito em breve. Vamos canalizar muito os nossos investimentos nesse sentido. Somos uma empresa relativamente pequena e não podemos dispersar os recursos por muitos mercados. O mercado espanhol deixou de ser prioritário para nós. Mesmo a maneira como começámos não se revelou a mais adequada e, a retomar o mercado espanhol, terá que ser de maneira diferente. Prioridade é Angola, onde já estamos a crescer e queremos crescer bastante, e o Brasil.

M&P: A saída do mercado espanhol foi uma decisão da Mybrand ou envolveu directivas dos novos accionistas?

AP: Não, foi uma decisão de gestão nossa. Foi mesmo antes da reestruturação. A operação não estava a gerar o volume de negócio esperado e não compensava o esforço que estava a ser feito. Resolvemos parar.

M&P: O que vos levou a entrar no mercado angolano?

AP: É um mercado em crescimento. O mercado português é pequenino e muito concorrencial. É um mercado difícil, muito afectado pela crise económica, com taxas de crescimento baixíssimas, e sentimos que as dificuldades são maiores. Queremos utilizar as valências que temos em mercados que sejam maiores e que estejam em crescimento. Tendo em conta a prioridade do mundo lusófono, era óbvio que Angola tinha que ser e Brasil também tem de ser, de certeza.

M&P: Em que ponto está a operação de entrada no Brasil?

AP: Era para ter sido já este mês o primeiro roadshow da Mybrand para apresentar os serviços em empresas que já estão quase todas identificadas. As instalações em São Paulo também já estão praticamente arrumadas. Mas esse roadshow foi agora adiado e vai demorar mais um pouco mas esperamos estar a operar ainda durante o primeiro semestre. O Brasil é um mercado dez vezes maior que o nosso, em milhões de pessoas, e está em crescimento. Já temos experiência de trabalho no Brasil e conhecemos já razoavelmente o mercado, que é muito forte na área da publicidade mas também há oportunidades interessantes na área de branding, onde eles não têm tantas competências. Nesta área penso que podemos acrescentar algum valor, é por aí que vamos começar.

M&P: Identificaram oportunidades no mercado brasileiro?

AP: Nós já trabalhámos o mercado brasileiro a partir daqui e só não continuámos a fazê-lo porque o regime fiscal mudou bastante e penaliza muito quando os serviços são vendidos directamente de Portugal para o Brasil. Naquela altura, a penalização ainda era pequena e os clientes brasileiros suportavam-na. Com a subida dessas tarifas tornou-se impraticável. Conhecemos bem a potencialidade daquele mercado. Há produtos e serviços onde por ano entram tantos novos clientes como a população de Portugal. Quando aqui sentimos a economia a estrangular, é evidente que a solução para crescer passa por ir para outros mercados e o Brasil, pela língua, pelas características, pelo nosso conhecimento do mercado ou até pelo apoio dos nossos accionistas que já têm negócios no Brasil, faz todo o sentido.

M&P: Quais são as expectativas para este mercado?

AP: Ainda é cedo para avançar números porque ainda estamos a trabalhar no plano de negócio. Só depois do roadshow poderemos ter algo mais definido. O que lhe posso dizer é que na altura em que trabalhámos o mercado brasileiro, chegou a representar cerca de 25 por cento do volume de negócios. Mas em quatro anos muita coisa muda num mercado como o do Brasil.

M&P: Há já potenciais clientes identificados?

AP: Temos alguma coisa. Quando trabalhámos este mercado foi sobretudo na área das telecomunicações, pelo que com certeza será uma área a ter em conta. Mas não só, grande consumo, retalho… Mas é ainda prematuro falar sobre isso.

M&P: No mercado angolano já vão com algum tempo. Que balanço fazem para já?

AP: Estamos ainda numa fase de investimento mas é uma fase em que as receitas já nos cobrem os custos. Temos várias coisas em carteira neste momento, e coisas novas que vão surgir no mercado angolano, que julgo que vão ser muito interessantes.

M&P: O que consegue adiantar sobre os projectos em curso?

AP: Preferia ainda não adiantar nada mas temos algumas coisas. Estamos muito optimistas, é um mercado interessante. Estamos a ver coisas na área da banca, nas comunicações e noutros sectores. E a nossa empresa lá é também representante da McCann África do Sul e há contas que vêm através deles. Mas vamos desenvolver fortemente clientes de forma directa e já temos alguns.

M&P: Qual foi o volume de investimento para a operação em Angola e Brasil?

AP: Em Angola, andou perto dos 300 mil euros só para estarmos instalados e constituir equipa. No Brasil, não vai ser preciso tanto, será metade do investimento feito em Angola porque também vamos partilhar instalações com outras empresas do grupo que já lá estão instaladas.

M&P: Qual vai ser o modelo de trabalho? Lisboa ficará como centro de competências?

AP: Vamos ter uma filosofia, quer em Angola quer no Brasil, em que muitas áreas de competência vão ficar ficar aqui em Lisboa. Os trabalhos são enviados e vamos ter sempre apoio local. As área de competências ao nível de branding (estratégia e identidade, brand intelligence e brand evaluation) vão continuar em Lisboa. Os serviços são depois vendidos lá. Se for preciso deslocar técnicos, também o faremos. Na área de advertising e activation não, essas vão ter centro de competências lá para atender às especificidades locais.

M&P: Qual a presença pessoal nestes mercados?

AP: Em Angola, neste momento, somos dez pessoas. No Brasil ainda não constituímos equipa, mas penso que inicialmente serão poucas pessoas porque vamos começar pelo branding e não é preciso muita gente. O que vamos lá ter são três a quatro pessoas para fazer a parte da comercialização dos serviços e contacto com os clientes.

Saida da Fischer

M&P: Entretanto, preparam-se para sair do capital da Fischer Portugal. Porquê?

AP: Chegámos a um acordo com a Fischer de separação amigável. Já há quase um ano que a Mybrand não faz parte da gestão da Fischer, embora ainda seja accionista com 40 por cento. O nosso projecto para o Brasil é autónomo e essa foi uma das razões. Falámos muito e damo-nos muito bem com a Fischer. Não há problemas nenhuns, mas temos estratégias diferentes, quer para Portugal na publicidade, quer para o Brasil no branding. Em Portugal, a Totalcom, que é a holding que detém a Fischer, vai adquirir a nossa parte e vão ficar com a totalidade, ou arranjam outro sócio, não sei. Aliás, em Portugal, a Fischer já é gerida a 100 por cento pela Fischer Brasil há mais de um ano. Não temos tido interferência nenhuma. Mais umas semanas e fica concretizada essa alteração.

M&P: Isto abre hipóteses de se formar uma empresa autónoma dentro da Mybrand com a área da publicidade?

AP: Não está neste momento prevista uma empresa autónoma. Temos essa área de negócio interna e vamos procurar desenvolve-la assim.

M&P: Qual está a ser o papel da Ongoing em todo este processo de expansão?

AP: Tem sido meramente um investidor. Investiram na empresa, não têm interferido na gestão da empresa, que continua a ser gerida pelos fundadores. O aspecto positivo é que, por um lado, com o suporte e estabilidade que eles têm, passámos a ser um grupo e deixámos de ser uma empresa isolada. Por outro lado, possibilita ter acesso a outros clientes que possam vir de dentro do grupo.

M&P. A internacionalização seria possível sem a Ongoing?

AP: Era, mas seria muito mais lenta.

M&P: O que lhe vem à cabeça quando pensa em 2009?

AP: Foi um ano muito difícil, a crise afectou todo o sector e, para nós, foi um grande desafio porque tivemos que avançar para negócios novos para tentar contrabalançar a redução de negócio noutras áreas, principalmente com a criação da área de advertising e activation. Isso possibilitou-nos compensar as perdas sobretudo no que diz respeito a criação de marcas, que normalmente é muito afectada quando há crises económicas. Foi um ano de muita luta pela sobrevivência, para manter a empresa rentável, e felizmente conseguimos apresentar resultados positivos. E acho que 2010 não vai para melhor. Já há indícios de grandes dificuldades e estamos a preparar-nos para mais um ano de luta.

M&P: Quais foram as áreas de negócio mais afectadas?

AP: O sector mais afectado foi o de estratégia e identidade, em que se inclui a criação de marcas. Normalmente, temos três grandes projectos de criação de marca por ano e o 2009 foi mau nesse aspecto porque tivemos alguns trabalhos mas não com a dimensão a que estávamos habituados. Em alturas de crise, os clientes, embora indevidamente na nossa óptica, acabam por cortar os orçamentos que tenham a ver com criação de marcas novas.

M&P: Falou em novas áreas de negócio. Que áreas são essas?

AP: Nos últimos dois anos, e reflectiu-se mais em 2009, decidimos alargar o âmbito de actividade. Desde o início, para além da criação de marcas, começámos também a fazer avaliação de marcas e brand intelligence. Mas depois começámos a ver que, de facto, a grande parte dos orçamentos estão do lado da comunicação, da parte da publicidade. E muitas vezes fazíamos grande parte do trabalho ao conceber e criar as marcas, e o trabalho ficava praticamente todo feito mesmo já com as bases todas de comunicação. Éramos nós próprios que dávamos o briefing às agências de publicidade. E pensámos ‘mas porque é que estamos a ficar de fora da parte seguinte?’ e desenvolvemos, há dois anos, uma forma de alargar a actividade para as áreas da publicidade e activação. Investimos nessa área e, em 2009, isso ajudou-nos a compensar o ano.

M&P: O advertising já representa uma fatia significativa do volume de negócios da Mybrand?

AP: Já. Em 2009 foi mais de 50 por cento. De facto, teve um peso muito significativo. Também porque, como referi, houve quebras na área de criação e desenvolvimento de marcas.

M&P: Foi um investimento grande?

AP: Foi sobretudo um grande investimento ao nível de recursos humanos. Na altura admitimos para essa área cerca de 20 pessoas, num momento de crise.

M&P: Ponderam novas áreas de negócio para este ano?

AP: Para já não. O que vamos fazer é reforçar as equipas e vamos, dentro destas áreas de negócio, preencher algumas lacunas e pontos fracos que sentimos ter. O reforço da equipa começa, desde logo, com a contratação da Teresa Lança, que é uma pessoa com larga experiência na área da publicidade, com um papel de dirigente importante na W. Vamos possivelmente ter que reforçar com alguns técnicos mais especializados nessa área, que agora pertence à Teresa Lança, que vai dizer o que precisa. Queremos reforçar estas áreas novas, o new media e a área digital, em que estávamos um pouco mais fracos.

– “Algumas das entidades envolvidas na avaliação de marcas não se podem considerar sérias”

O partner da Mybrand aponta para as discrepâncias que apresentam os estudos sobre o valor das marcas. “Com as notícias que têm surgido, começo a ter dúvidas sobre a credibilidade dos rankings”, declara.

M&P: A Mybrand organizou recentemente uma conferência com o intuito de debater a questão da avaliação das marcas. Porque é um assunto cada vez mais importante?

AP: É a dois níveis. As empresas, aquelas que podem colocar o valor das marcas nos balanços e que são obrigadas a fazê-lo, têm também de periodicamente fazer essa avaliação para verificar e comunicar aos mercados, principalmente as cotadas em bolsa, se esse valor está a descer ou está a subir. As empresas que, por normas contabilísticas, não podem colocar o valor da marca no balanço, sentem cada vez mais necessidade em mostrar que têm um valor mais significativo no seu património e que não se encontra reflectido nas contas da empresa. Todos sabemos que há marcas que valem mais do que todo o património da empresa. Essas empresas têm toda a vantagem em mostrar aos seus clientes, aos seus accionistas, aos colaboradores, o valor das marcas que utilizam para comercializar os seus produtos. Com a metodologia que nós utilizamos, além de aferir o valor da marca, proporcionamos um conjunto de ferramentas que ajudam a gerir as próprias marcas e a aumentar o seu valor.

M&P: O que acontece, por vezes, é que a avaliação da marca por uma consultora apresenta um grande hiato relativamente à cotação da marca em bolsa.

AP: É verdade. Isso acontece, por um lado, pelas metodologias utilizadas na avaliação e, por outro, pela seriedade e credibilidade das entidades que avaliam marcas. E o que temos visto ultimamente, até por notícias que têm surgido, são disparidades enormes para a mesma marca, com valores muito diferentes. Foi anunciado há poucos dias que a EDP tinha sido avaliada em 600 milhões. Há seis meses, e, recentemente, uma empresa foi avalia-la e deu três mil e quinhentos milhões. Seis vezes mais. Isto não faz sentido nenhum e não contribui em nada para a idoneidade da avaliação de marcas. Porque avaliar marcas é tão objectivo ou subjectivo quanto avaliar outros activos de uma empresa. Avaliar um imóvel também tem aspectos muito subjectivos e dois avaliadores de um imóvel podem chegar a valores diferentes, agora não chegam é a valores tão diferentes. Pode haver diferenças, é natural, mas nunca dessa grandeza. Isto mostra que algumas das entidades envolvidas nessa avaliação não se podem considerar sérias. Alguma coisa está errada nessas empresas.

M&P: Deveria haver uma uniformização nas metodologias?

AP: Existem metodologias que são internacionalmente aceites. Muitas vezes, o problema não está nas metodologias mas sim nas pessoas que as usam. Já nos têm vindo pedir, mas nós resistimos sempre muito a fazer rankings de marcas. Fazer um ranking das 20 melhores marcas portuguesas, para o fazer de uma forma séria, custa largas dezenas de milhar de euros. É um estudo caro porque são várias marcas de sectores muito diferentes e leva tempo. Uma pessoa que queira fazer isso, sem cobrar nada a ninguém, a menos que queira depois cobrar de outras maneiras… Quer dizer, não sei se há muitas empresas com disponibilidade financeira e meios para fazer uma coisa dessas, portanto utilizam as metodologias de uma maneira muito superficial. Isso é um risco que nós não gostamos de correr. É preciso profundidade para avaliar uma marca de forma credível e isso tem custos. Se não, corremos o risco de aparecerem os tais disparates em diferenças de valores. Por isso, o problema não são as metodologias, é a credibilidade e idoneidade das pessoas que fazem este trabalho.

M&P: Há outro tipo de interesses por trás desses rankings?

AP: Não quer dizer que os rankings não sejam úteis. É que muitas vezes são utilizados para chegar às empresas que participam nos rankings e principalmente aquelas que são premiadas para depois lhes oferecer outros serviços. Não sei se é isso que está a acontecer. É o que consta no mercado. Mas com as notícias que têm surgido, começo a ter dúvidas sobre a credibilidade dos rankings. Não estou contra os rankings, estou contra a forma como são feitos e com as metodologias que estão por trás. E porque muitas vezes servem apenas como engodo para depois apresentar outros serviços ou vender parte de outro estudo.

M&P: A crise tem tido impacto no valor das marcas?

AP: É natural que tenha. A avaliação tem várias componentes. Uma é a importância que a marca tem na decisão de compra. E essa pode não ter sido afectada pela crise. Possivelmente até houve marcas que se fortaleceram nesse aspecto, porque a decisão do compra dos clientes ficou mais baseada na marca do que anteriormente. Mas depois, há que ter em conta o volume de actividade que têm os produtos da marca e esse volume é afectado pela crise na maioria dos casos. Aí, as marcas acabam por ser penalizadas. Depende do balanço destas duas coisas mas, na maioria dos casos, a segunda acabou por ter mais peso, o que faz baixar o valor da marca.

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“As marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

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As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

Os compromissos assumidos pela empresa compradora, a Live Nation Entertainment, reforçam uma política comercial de utilização da Meo Arena “aberta, transparente e não discriminatória”, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o “congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a Autoridade da Concorrência

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria campanha para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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