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Uma lei para todas as estações?

Poderá não ser o projecto ideal, mas a actual “proposta como está representa um avanço face à Lei actual”.

Ana Marcela
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Uma lei para todas as estações?

Poderá não ser o projecto ideal, mas a actual “proposta como está representa um avanço face à Lei actual”.

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Poderá não ser o projecto ideal, mas a actual “proposta como está representa um avanço face à Lei actual”. A avaliação é de José Faustino, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), referindo-se ao novo projecto de Lei da Rádio que chega à discussão pública depois de um longo processo negocial com os parceiros. E o mesmo diz Nuno Inácio, presidente da Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC). “Não é o documento ideal, mas é muito melhor do que o que temos hoje”, afirma. “Só depois de receber os contributos dos diversos associados é que a Confederação de Meios se irá pronunciar [sobre o projecto-lei]”, afirmou ao M&P, por seu turno, Rui Ramos Pereira, secretário-geral da Confederação Portuguesa de Meios de Comunicação Social, organismo que do sector radiofónico além da APR, tem como associados a Rádio Comercial, da Media Capital Rádios, e o grupo R/com. Este último também se escusou, pelo menos por agora, a pronunciar-se. “Só tomaremos uma posição pública na próxima semana”, afirmou José Luís Ramos Pinheiro, administrador do R/com, grupo que detém a RFM, Renascença, Mega Hits e a Rádio Sim. “Em termos globais a Lei é positiva”, diz, por seu lado Jordi Jordà, director-geral da MCR, frisando que a nova proposta “adapta-se muito mais à realidade actual”. “Facilita muito mais a vida ao sector”, considera. Até 19 de Abril os parceiros farão chegar ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, os seus contributos sobre a nova proposta de Lei.

O sector rádio foi uma das áreas que fugiu à ‘fúria legislativa’ do primeiro governo de José Sócrates, não tendo a Lei datada de 23 de Fevereiro de 2001 sofrido alterações de fundo, mesmo com as modificações introduzidas a 22 de Agosto de 2003 com a Lei que aprova a reestruturação do sector empresarial do Estado na área audiovisual ou com as quotas de música portuguesa, questão introduzida com a Lei nº 7/2006 de 3 de Março. Quase uma década depois da Lei base, o sector tem em cima da mesa uma proposta de Lei que, de acordo com o projecto a que o M&P teve acesso – e que os operadores ao que apuramos se preparam para discutir em conjunto na próxima segunda-feira -, faz algumas alterações em pontos há muito reivindicados pelo sector, documento que o próprio legislador reconhece que requeria actualização. “O quadro normativo da rádio carece de actualização, reclamando a criação de oportunidades para a qualificação e desenvolvimento da actividade, e de melhores condições para que os operadores de rádio possam adaptar-se ao dinamismo do mercado”, justifica o legislador na Exposição de Motivos. Para isso, diz, “torna-se necessário proceder, num quadro geral de transparência quanto à titularidade dos alvarás, ao incentivo de novas formas de colaboração e partilha de recursos entre rádios, de que possam beneficiar particularmente as rádios locais”.

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O regime de propriedade foi naturalmente um dos pontos objecto de alteração. De apenas cinco licenças em todo o território nacional, uma pessoa singular ou colectiva poderá possuir até 10 por cento do total de licenças de serviços de programas de rádios locais atribuídas em todo o país, o que significa que, sendo actualmente mais de 300 o número de rádios locais, o número de estações que podem ser detidas pela mesma entidade aumenta substancialmente. A mudança é, de resto, justificada na Exposição de Motivos do diploma, pela constatação de que a anterior previsão sobre o regime de propriedade era “despida de racionalidade económica”, não favorecendo “o surgimento de projectos estruturados e consistentes, sobretudo ao nível das rádios locais”, procurando-se com esta alteração colocar um limite “mais realista e conforme ao desiderato de fomentar o profissionalismo no sector”. Jordi Jordà acolheu de forma positiva esta flexibilização do regime de propriedade, considerando que esta maior abertura não só facilita a vida dos operadores já no mercado, como poderá dar origem a “outros grupos”. Nuno Inácio, por seu turno, admite que a nova proposta “abre mais o mercado da rádio do ponto de vista empresarial”, podendo ser “uma solução interessante para alguns operadores de rádio”, embora considere que “não é o futuro”. Quanto aos novos limites, irão “permitir a alguns empresários que estão no mercado legalizar situações já existentes”, comenta sem precisar casos.

O bom e o mau da nova proposta de Lei

A questão de fomentar o mercado de rádio, dando condições de desenvolvimento do segmento das rádios locais, é igualmente referida no diploma que mexe em questões como a emissão em cadeia (ver caixa) e “possibilita a transmissão de alvarás em relação às associações e entidades não comerciais”, ponto destacado por José Faustino. O fim da obrigatoriedade de pelo menos uma frequência em cada município estar afecta a um serviço de programas generalista é também uma alteração vista como positiva pelo responsável da APR, bem como por Jordi Jordà que destaca a maior liberdade de programação. “O produto rádio vai ganhar em muito, tanto para o operador, como para o ouvinte”, argumenta. Já Nuno Inácio, da ARIC, tem uma visão distinta considerando que isso poderá “desvirtuar” o princípio das rádios locais. Contudo, considera que o facto da nova proposta ainda manter “a obrigatoriedade de um número de horas de produção local e noticiários com informação local”, embora em número mais reduzido, ajuda a “manter o conceito das rádios locais”, mas ressalva: “Haja capacidade das entidades de fiscalização em garantir o seu cumprimento, o que antes não conseguiam.”

As duas associações dividem-se todavia no que se refere ao facto de um operador não poder possuir mais de 50 por cento das licenças atribuídas na mesma área de cobertura, distrito, área metropolitana ou, no caso das Regiões Autónomas, ilha. A APR não está de acordo com esta limitação, estando a equacionar propor uma nova fórmula de cálculo, que prefere ainda não detalhar. Já Nuno Inácio considera que esta limitação é “uma garantia de pluralismo de informação”. “É como se a SIC e a TVI fossem do mesmo proprietário. É uma garantia de que não há excesso de concentração de meios”, argumenta, uma linha de racicionínio partilhada pelo director-geral da MCR que considera que este limite impede “excesso de concentração”.

A proposta de Lei contempla aspectos relativos ao financiamento que, pode ler-se na Exposição de Motivos, visam “introduzir maior transparência nos auxílios atribuídos pelos municípios, afastando riscos de condicionamento da independência das rádios locais”. De acordo com o projecto, o financiamento por autarquias locais a operações radiofónicas é permitido, contudo, com a ressalva de que o mesmo terá de ser aprovado “por decisão de maioria de dois terços dos deputados municipais eleitos”. Nuno Inácio destaca o facto do novo diploma ter referências específicas ao sector radiofónico das regiões autónomas – um assunto caro à ARIC, já que dos cerca de 70 associados, 15 são rádios dos arquipélagos dos Açores e da Madeira – dando a possibilidade das estações locais não terem a sua frequência restringida a um concelho, possibilitando que se estenda a toda a ilha. “Algo que permite que estações situadas em concelhos com baixa densidade de população possam ter capacidade de sobrevivência”, considera. As rádios locais também viram o seu ‘estatuto’ reconhecido nas coimas impostas pelo regime sancionatório, já que os ilícitos quando cometidos por estações locais, vêem reduzido para um terço o montante máximo das contra-ordenações. Outros aspectos, como uma melhor clarificação da qualificação profissional necessária dos profissionais de rádio, a renovação dos alvarás ser feita no âmbito de uma avaliação do desenvolvimento da concessão e não de “uma avaliação oportunista” ou a harmonização dos perídos de licença entre a Anacom e a ERC para os 15 anos foram igualmente destacados como positivos pelas fontes ouvidas pelo M&P.

Nuno Inácio mostra-se particularmente crítico no que se refere às quotas de música. Apesar da proposta colocar no sector privado a quota nos 25 por cento (o patamar mínimo), para Nuno Inácio a própria ideia da quota “não faz sentido”. “Faz sentido no serviço público. Já que pagamos para as rádios públicas na factura de electricidade, acho bem”, comenta. “As outras rádios devem ser livres de programar o seu produto”, defende, frisando que, apesar da oposição, “as rádios da ARIC cumprem de forma avassaladora os quotas”.

– As principais mudanças na Lei

Duração das licenças

A licença passa dos actuais dez anos para 15 anos, sendo renovável por iguais períodos.

Regime de propriedade

A proposta de lei amplia o número de estações que uma pessoa singular ou colectiva pode deter. Das actuais cinco estações em todo o território nacional, cada operador pode deter até 10 por cento do número de licenças de rádios locais atribuídas em todo o país. Ou seja, sendo que actualmente existem mais de 300 rádios locais, cada operador pode passar a deter cerca de três dezenas de licenças. Contudo, na mesma área de cobertura, distrito, área metropolitana ou ilha, caso das regiões autónomas, não é possível a mesma pessoa singular ou colectiva possuir um número igual ou superior a 50 por cento dos títulos atribuídos a essa área geográfica.

Mudança de propriedade

Apesar de manter o princípio de intransmissibilidade das licenças e autorizações, o novo projecto abre uma excepção no caso das cooperativas, associações ou outras entidades sem fins lucrativos. Neste caso, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social pode autorizar a transmissão da licença para “entidades congéneres, quando esta seja comprovadamente necessária para a salvaguarda do projecto licenciado”, possibilidade que só pode ser exercida dois anos após a última alteração do projecto autorizada pelo organismo regulador.

Emissão em cadeia

É permitida a emissão em cadeia até seis serviços de programas (anteriormente apenas eram permitidos quatro) desde que pertençam a diferentes distritos e a concelhos não contíguos a que podem acrescer mais dois nas regiões autónomas. Os serviços de programas que integrem uma cadeia “devem transmitir um mínimo de seis horas de programação própria, a emitir entre as sete e as 24 horas”. No actual diploma o número de horas obrigatórias é de oito, sendo também forçoso que os serviços de programas generalistas ou temáticos informativos produzam um mínimo de “três serviços noticiosos respeitantes à sua área geográfica”, valor que se reduz a dois blocos informativos na nova proposta.

A proposta de Lei também põe fim à obrigatoriedade de em cada município pelo menos uma frequência estar afecta a um serviço de programas generalista.

Quotas de música

A nova Lei impõe uma quota de música de 25 por cento da programação musical dos serviços de programas. A Lei 7/2006 de 3 de Março, que regula as quotas de música, estipulava uma margem entre 25 a 40 por cento. No caso do serviço público, o diploma remete para o contrato de concessão, que estipula uma quota de 60 por cento de música portuguesa no serviço público de rádio.

Restrições

O projecto de Lei mantém as restrições ao exercício de actividade de rádio, bem como o seu financiamento, directa ou indirectamente, por partidos, associações políticas, sindicatos, associações patronais e profissionais, “salvo” se a actividade for “exercida através da internet” e consistir em serviços de programas de “natureza doutrinária, institucional ou científica”. A mesma regra aplica-se ao Estado e suas participadas. Todavia, o novo diploma abre a possibilidade da concessão de incentivos das autarquias à actividade de rádio, embora “sujeita a aprovação por maioria de dois terços dos deputados municipais eleitos”.

Regime sancionatório

Reduzir para um terço o montante máximo das contra-ordenações quando os ilícitos são cometidos por serviços de programas de cobertura local é uma das alterações contidas no novo diploma. As coimas oscilam, consoante o ilícito cometido, entre 1.250 euros a um máximo de 100 mil euros.

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

A empresa compradora, a Live Nation Entertainment, aceita o compromisso de uma política comercial “aberta, transparente e não discriminatória” na Meo Arena, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o seu “congelamento” nos próximos cinco anos

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria anúncio para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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