Em vésperas de grande prémio
São já conhecidos os vencedores do 12º Festival do Clube de Criativos de Portugal (CCP), que atribuiu este ano 307 prémios.
Rui Oliveira Marques
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São já conhecidos os vencedores do 12º Festival do Clube de Criativos de Portugal (CCP), que atribuiu este ano 307 prémios. Conheça alguns dos trabalhos que receberam ouro e que vão agora disputar o grande prémio. O Festival, este ano dedicado ao tema Storytelling, vai decorrer nos próximos dias 13 e 14 de Maio no espaço Atmosferas, na ETIC, em Lisboa
“A apresentação é 30 por cento de um prémio”
Em contagem decrescente para a entrega dos prémios do 12º Festival do Clube de Criativos, o M&P falou com Mário Mandacaru, presidente do Clube de Criativos de Portugal (CCP). No dia 10 abrem ao público três exposições: a dos trabalhos premiados, a mostra Sai Fora do Formato, este ano focada na fotografia realizada por criativos “não fotógrafos”, e a dos premiados em Barcelona pelo Art Directors Club of Europe. No dia 13 a partir das 19h arranca o ciclo de palestras, onde, entre outros, Nuno Artur Silva, Afonso Cruz, Cláudia Clemente e Ricardo Miranda discorrerão sobre o tema Storytelling com a mediação de Maria João Freitas que, como relembra Mário Mandacaru, “entre outras coisas é editora e coordenadora do projecto Alice, cujo relançamento está para breve”. Na sexta-feira, dia 14 e a partir das 19h, é a vez da entrega de prémios com entrada livre. Todos os eventos vão decorrer no espaço Atmosferas da ETIC, em Lisboa.
Meios & Publicidade (M&P): Numa altura em que apenas falta conhecer o grande prémio, fica satisfeito com a lista de vencedores da edição deste ano do festival do Clube de Criativos?
Mário Mandacaru (MM): Fico satisfeito por concluir mais uma etapa do processo que nos permitirá fazer a entrega dos prémios no próximo dia 14, e que culminará com a edição e lançamento do 12º Anuário ainda em 2010. A isenção da direcção do CCP não me dá espaço para gostar mais ou menos dos resultados, que são aqueles que cada júri achou por bem premiar. Há sempre pontos por melhorar, e temos vindo a receber bons inputs dos jurados nesse sentido.
M&P: Os jurados das várias competições foram parcos na distribuição de ouros. É sinal de que esta é uma fase má para a criatividade?
MM: O ano que passou não foi fácil para ninguém, houve um decréscimo nos investimentos e nas produções criativas, entretanto tivemos o mesmo número de inscrições que no ano anterior. Os períodos de crise económico-financeira podem ser momentos geradores de oportunidades, optimizados com a criatividade. O nosso mercado tem vindo a amadurecer, e os membros dos diversos júris tiveram em conta critérios eventualmente mais rigorosos, em alguns casos. No entanto, na categoria de Design tivemos 12 ouros, para trabalhos realizados no mesmo período que os demais. São critérios e devemos respeitá-los.
M&P: O festival ajuda também a perceber que trabalhos podem destacar-se no festival de Cannes. Tem algum palpite?
MM: Obviamente não pude ver com atenção os mais de 700 trabalhos inscritos, mas os projectos integrados podem ter hipóteses, acompanhando a tendência global. O que é importante verificar é que o nível das apresentações dos projectos é cada vez mais elevado e, como costumo dizer, a apresentação é 30 por cento de um prémio. O tempo para a avaliação é escasso face à quantidade de trabalhos a avaliar, daí que se uma boa ideia for mal apresentada pode nem chegar à shortlist.
M&P: A edição deste ano do festival vai ter como tema o Storytelling. Porquê esta escolha?
MM: A capacidade que as marcas têm de fazer difundir a sua história e de torná-la “spreadable” está não só relacionada com a forma como tornam a mensagem credível, concreta e emocionalmente relevante, mas também pela capacidade que esta tem de ser simplificada e optimizada para que essa “retransmissão” seja facilitada. É um tema emergente e sobre o qual há muito interesse, agregando de forma transversal como poucas outras todas as áreas de comunicação: do design ao advertising, do digital ao PR, das agências aos clientes.
M&P: Quais são os pontos altos da edição deste ano do festival?
MM: O ponto mais alto é conseguir realizá-lo, mesmo! Os patrocínios foram ainda mais escassos que no ano anterior, mas temos tido apoios importantes, como é o caso da ETIC, que garantem a exequibilidade desse evento que é muito acarinhado pelo mercado profissional, e já agora é tornado mais próximo do público estudantil, numa estratégia que pretendemos manter.
M&P: Que outros projectos é que o Clube vai implementar ainda este ano?
MM: Além da Alice, que volta num novo formato, gostaríamos de realizar um Festival exclusivo de Ilustração; montar um campo de férias para criativos; estruturar um ciclo de cinema dedicado à Publicidade; fazer uma digressão pelas escolas de comunicação do país… Enfim, ideias não nos faltam! O que é certo é que nenhuma acção despontará se não tivermos o apoio necessário, tanto logístico como financeiro, que viabilize a sua boa execução. Agora estamos concentrados na realização do 12º Festival, mas antes da edição do anuário faremos um balanço destes dois últimos anos em que estivemos à frente do CCP, avaliando se esta direcção se recandidatará ao mandato até 2012.