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‘Qualquer comunicação do grupo tem de ser amiga do ambiente’

Consigo é, desde a semana passada, a assinatura dos CTT. A empresa vai enfrentar a partir de 1 de Janeiro um mercado liberalizado e quer mudar a percepção que os portugueses têm da prestação dos seus serviços.

Rui Oliveira Marques
Protagonista

‘Qualquer comunicação do grupo tem de ser amiga do ambiente’

Consigo é, desde a semana passada, a assinatura dos CTT. A empresa vai enfrentar a partir de 1 de Janeiro um mercado liberalizado e quer mudar a percepção que os portugueses têm da prestação dos seus serviços.

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Rui Oliveira Marques
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Consigo é, desde a semana passada, a assinatura dos CTT. A empresa vai enfrentar a partir de 1 de Janeiro um mercado liberalizado e quer mudar a percepção que os portugueses têm da prestação dos seus serviços. O novo posicionamento, assente no ambiente, nasceu a partir do Projecto Terra que veio alterar os procedimentos dos CTT. Na fase de arranque, a comunicação assenta num filme institucional. Agora segue-se a comunicação dos novos produtos. Trata-se de um investimento de um milhão de euros que envolve a Strat, a Ministério dos Filmes, a Fullsix e a Arena. Carla Cruz, directora de marketing ds CTT, explica em pormenor a estratégia.

Meios & Publicidade (M&P): Porquê colocar o posicionamento dos CTT no território ambiente quando à partida pouco tem a ver com o negócio da empresa?

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Carla Cruz (CC): Por razões de negócio e de marca, mas a principal foi de marca. Fazemos estudos anuais sobre a marca e as empresa do grupo, numa óptica de gerar negócio e de perceber quais os territórios que a marca não ocupa, para trabalharmos do ponto de vista de valores e de relacionamento.

M&P: Que questões é que foram identificadas?

CC: Identificámos há algum tempo gaps na área do relacional. Nunca fomos uma love brand. As pessoas nunca olham para nós com emotividade, pensam sempre na estação de Correios, em ter uma fila de espera ou que naquele dia em que o carteiro não bateu à porta, deixou um aviso na caixa mas estava alguém em casa. Não vêem o lado positivo dos Correios. Em princípio, a partir de 1 de Janeiro o mercado vai estar totalmente aberto à concorrência. A marca tem, por isso, de fazer os últimos trabalhos antes desta abertura. Identificámos que temos de trabalhar projectos para ocupar os gaps ambiental e de relacionamento. Simultaneamente, foi-nos lançado há dois anos o desafio interno de desenvolvermos um correio ecológico. A partir daqui apercebemo-nos de que havia muita coisa a mudar nos CTT e apareceu o que agora chamamos Projecto Terra.

M&P: Que é transversal a toda a empresa.

CC: Sim, porque sempre que mexíamos numa coisa percebíamos que tínhamos de a alterar. Se lançamos um produto ecológico, temos de mexer nos processos, nas lojas e desmaterializar os processos para libertar as lojas da carga de papel. Estamos, por exemplo, a substituir há algum tempo as lâmpadas por leds de baixo consumo. Tivemos de olhar para os elementos de contacto com os consumidores – as lojas, a distribuição e a frota – para identificar as coisas que têm de mudar. A mudança aparece pelo lado da marca, mas é encarada como uma oportunidade de negócio. O que já vimos de outros operadores postais é que quando é introduzido um portfólio ecológico torna-se numa oportunidade de negócio. As próprias empresas têm necessidade de comunicar as suas preocupações ecológicas. Ao criar uma oferta com incentivos à comunicação publicitária, os anunciantes apercebem-se que têm aqui uma oportunidade para explorar um meio que não é tão explorado hoje.

M&P: Como é que vão mostrar ao consumidor que este não é um caso de green wash?

CC: Todas as peças de comunicação da campanha são 100 por cento amigas do ambiente. Quando lançámos o desafio à agência, devolveram-no comprometendo-se a fazer o primeiro anúncio do mundo carbono zero. Isto foi válido para todas as peças. Os mupis, cartazes, material de ponto de venda e materiais que estamos a fazer sair, são todos em materiais e tintas amigas do ambiente.

M&P: Precisou então de um orçamento superior.

CC: Tivemos de tomar opções do que não iríamos investir em outras campanhas para podermos disponibilizar mais verbas. Estes domínios da sustentabilidade ambiental pagam-se. É uma opção nossa, que será válida para esta campanha e para as que se seguirem. Qualquer comunicação das empresas do grupo tem de ser amiga do ambiente.

M&P: A compensação que fazem ao nível do carbono não é uma gota no oceano que é a pegada ecológica da empresa?

CC: Fazemos o que está ao nosso alcance. Se com esta produção e as que vierem a seguir, usarmos papéis e tintas amigas do ambiente, será que é uma gota no oceano? Se cada um se preocupar consigo e com o seu contributo, vamos juntar várias gotas. Está nas mãos de cada uma das empresas, mais do que dizer, fazer. De que vale as empresas afirmarem-se na área da sustentabilidade ambiental quando no seu dia-a-dia os actos que praticam não poupam o ambiente?

M&P: As bicicletas eléctricas foram uma proposta do departamento de marketing ou responde a uma necessidade dos carteiros?

CC: Não. O Projecto Terra foi proposto à administração e depois adoptado por toda a empresa. Foi um processo transversal: envolveu as áreas da distribuição, operacional, comercial e a área dos serviços partilhados. O desafio foi que cada direcção dissesse o que podia e devia ser alterado para o novo posicionamento.

M&P: As soluções adoptadas têm sempre como objectivo tornar a empresa mais eficiente?

CC: Melhoram a eficiência e os processos. A melhoria é mais reforçada quando são as direcções que propõem as mudanças nos processos e na forma de trabalhar. No caso das bicicletas temos um ganho, não pela substituição dos veículos motorizados, mas nos percursos apeados. É comum ver um carteiro na rua a andar a pé. Queremos substituir em algumas áreas o andar a pé pelo andar de bicicleta. Ganhamos uma hora no tempo de ocupação do carteiro. Conseguimos optimizar o seu tempo mas também podemos levar na bicicleta mais correio do que quando vai a pé.

M&P: O que muda nas lojas?

CC: O grande passo que temos de dar é a desmaterialização de serviços, que só estará disponível a partir do próximo ano. Por exemplo, no caso dos registos, as pessoas não ficam com documentos ou impressos, mas recebem o comprovativo por e-mail ou por SMS. O Projecto Terra não acaba aqui. Temos algumas iniciativas que precisam de dois anos para serem concretizados. No caso das lojas não vamos reformular o design. Vamos ter uma loja 100 por cento amiga do ambiente que deve abrir ao público ainda durante o último trimestre deste ano onde se vai poder ver a desmaterialização de tudo. Uma das coisas que estamos a fazer e que não é visível está relacionada com o papel que arquivamos nas lojas por questões legais. Estamos a desmaterializar esses arquivos e estamos a executar nas 900 lojas para que o arquivo em papel seja um arquivo digital.

M&P: O discurso da empresa parece assentar numa contradição. Por um lado querem acabar com o papel, mas ainda na apresentação do novo posicionamento referiram as vantagens da comunicação em papel face à comunicação via electrónica.

CC: Estudos feitos por entidades credíveis comprovam que o correio que recebemos durante um ano na nossa caixa de correio, do ponto de vista de impacto ambiental, é comparável ao consumo do nosso computador durante duas horas por dia. O desafio que lançamos é: será que o computador não é mais inimigo do ambiente do que o papel? O bom-senso está em gerir e dosear a utilização de ambos. Temos um serviço que é o Via CTT que é a desmaterialização das comunicações em que quando alguém não abre a sua caixa de correio online, nós, em articulação com o anunciante-remetente, temos a opção de poder imprimir e entregar a versão em papel. Fala-se muito que o papel é nocivo para o ambiente, mas os telemóveis e a electrónica são muito mais. A desmaterialização é uma oportunidade para introduzir maior eficiência e conveniência mas quando falamos do ambiente, os estudos dizem que o papel é mais amigo do ambiente. Mas também não vamos recuar no tempo e cada um saberá viver com as duas realidades.

M&P: Quando montou este projecto deve ter analisado as práticas das empresas portuguesas nesta área. Ficou surpreendida pela positiva?

CC: No mercado português, várias empresas já se posicionaram e comunicam fortemente o seu posicionamento no domínio da sustentabilidade. O que me surpreendeu, e há um ano começamos a fazer contas e a ter de olhar para os materiais, papéis e tintas e ver o que encarecia, foi se as empresas que estão a comunicar também o fazem? É que isto é muito caro. Mergulhámos nas campanhas dos outros anunciantes e não vimos esta credibilidade e atitude de ter comunicação amiga do ambiente. Para nós anunciarmos que o nosso é o primeiro anúncio do mundo carbono zero, tivemos de fazer uma averiguação oficial. A própria Carbono Zero confirmou que não existia outro filme. Tenho pena que se diga mas nem sempre se faça. A consciência está em cada empresa.

M&P: O objectivo final é ser a empresa mais verde do país aos olhos dos consumidores?

CC: Não. Nem a nossa actividade está a inserida no ambiente, como a EDP, nem temos no nosso portfólio uma fibra como a PT. Não temos as mesmas armas da PT, Galp ou EDP que, independentemente de uma maior capacidade financeira para comunicar, já têm o ambiente no seu ADN. Nós ainda não estamos lá. Estamos a querer posicionar-nos lá. A nossa preocupação é que os portugueses olhem para os CTT e percebam que o papel não é inimigo do ambiente e que nós estamos a mudar processos e produtos graças a esta preocupação.

M&P: A discussão em torno da privatização dos CTT e o ruído que os partidos poderão provocar nos próximos meses, não poderá pôr em causa o reposicionamento da empresa?

CC: Os ruídos de mercado são assuntos que não são comparáveis ou relacionáveis com a gestão dos valores da marca e da comunicação, pelo que não interferem com este momento de comunicação que estamos a dinamizar.

– Dez mudanças nos CTT

1. Um Correio Verde ecológico

Existem agora 15 novas embalagens e sobrescritos com impacto zero nas emissões de carbono. O plástico-bolha foi eliminado e substituído por um acolchoamento feito de resíduos de papel. Os sobrescritos passam a ser produzidos em papel cem por cento reciclado.

2. Reciclagem de embalagens

Deixa de ser necessária a compra de novas embalagens de cada vez que se queira enviar uma encomenda. Basta adquirir uma etiqueta autocolante produzida para esse efeito.

3. Bicicletas eléctricas

Estão já em testes em várias localidades. Grande parte da frota de motociclos dos carteiros será substituída por bicicletas eléctricas. Ao todo deverão ser 300 bicicletas.

4. Estação ecológica

Deverá entrar em funcionamento até ao fim do ano a primeira estação dos correios 100 por cento ecológica.

5. Marketing directo ecológico

As empresas produtoras deste tipo de correio serão encorajadas pelos CTT e pela sua participada PostContacto a optarem por papéis e tintas amigas do ambiente. Se o fizerem, além de acederem a um tarifário especial, poderão usar o símbolo de mérito ambiental dos Correios, com a frase “Mensagem Amiga do Ambiente”.

6. Selos tornam-se eco-selos

Os selos têm agora tintas e colas amigas do ambiente, sem excepções.

7. Menos emissões de CO2

Até 2012 os CTT querem reduzir as emissões de CO2 em 10 por cento e até 2020 em 20 por cento. Este ano o objectivo é reduzir em dois por cento o consumo de combustíveis, de energia eléctrica, de papel e das emissões de CO2.

8. Certificação energética

A empresa já deu início à certificação energética de cerca de metade dos edifícios próprios com mais de mil metros quadrados.

9. Primeiro anúncio carbono zero

A própria campanha de divulgação do Projecto Terra usa apenas materiais amigos do ambiente. O filme publicitário é carbonicamente neutro.

10. Comunicação verde

A partir de agora, os materiais de comunicação dos CTT serão sempre ecológicos.


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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“As marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

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As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

Os compromissos assumidos pela empresa compradora, a Live Nation Entertainment, reforçam uma política comercial de utilização da Meo Arena “aberta, transparente e não discriminatória”, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o “congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a Autoridade da Concorrência

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria campanha para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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