O bom, o mau e… a vuvuzela
Mas há algum jogador que goste?” A questão refere-se às vuvuzelas e foi colocada por Cristiano Ronaldo durante uma conferência de imprensa da selecção nacional. O próprio respondeu de seguida:
Pedro Durães
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Mas há algum jogador que goste?” A questão refere-se às vuvuzelas e foi colocada por Cristiano Ronaldo durante uma conferência de imprensa da selecção nacional. O próprio respondeu de seguida: “Todos ficam irritados. Os comentários que ouço só dizem mal das vuvuzelas.” Duas frases como estas, ditas por um dos jogadores de futebol mais mediáticos do mundo, são exemplos de como o volume alcançado pela polémica das vuvuzelas pode ter um impacto negativo na imagem da Galp Energia, que já distribuiu meio milhão de vuvuzelas no país. É que onde uns identificam som, outros só conseguem ouvir barulho. A polémica começou mesmo antes do arranque do Mundial, com o surgimento de páginas no Facebook intituladas “Galp! Ponham a vuvuzela no recto!” e “A Galp que meta a Vuvuzela no c*** e baixe o preço da Gasolina!!!”, e intensificou-se logo após o primeiro jogo entre África do Sul e México, quando pela primeira vez se percebeu o problema que o barulho constante ao longo da partida provoca entre jogadores, adeptos e estações de rádio e televisão. Os jogadores queixam-se por não se conseguirem concentrar e por terem dificuldades em comunicar em campo, enquanto estações televisivas como a BBC dizem ter de recorrer a técnicas para diminuir o som ambiente durante a transmissão dos jogos. Dois canais públicos alemães, a ARD e a ZDF, recorreram mesmo a locução tradicional, com microfone de mão, para tentar disfarçar o som.
Questionado sobre o possível impacto negativo desta polémica sobre a imagem da marca, Pedro Marques Pereira, porta-voz da Galp, responde com despreocupação: “As maiores críticas são a melhor prova, se alguma dúvida existisse, do enorme sucesso desta campanha, mesmo deixando de lado as análises do retorno mediático. As críticas que mais temos recebido, e que mais nos preocupam no que respeita à campanha das vuvuzelas, são as de muitos clientes que se têm deslocado aos postos mas que, devido ao enorme sucesso da campanha, têm tido dificuldade em encontrá-las”, acrescenta. Mas não se estará, ao contrário do que a marca pretendia, a gerar um buzz negativo em torno da campanha com a ajuda das redes sociais? “Dizer que o buzz desta campanha é negativo não tem qualquer correspondência com a realidade”, considera Pedro Marques Pereira, apontando o facto de que “as redes sociais, para lá de espaços de diversidade de opinião, são igualmente espaços em que grupos minoritários conseguem fazer ouvir a sua voz com um peso muito superior ao que de facto têm na sociedade”. Isto apesar de os números mostrarem que a página da acção da Galp no Facebook conta com cerca de 17 mil membros enquanto uma das páginas de crítica à campanha conta já com cerca de 112 mil. Perante tudo isto, o porta-voz da Galp é peremptório ao afirmar que “não é verdade que exista um buzz negativo, há apenas uma discussão que é até saudável. A notoriedade não precisa de ser restaurada, pelo contrário, tem atingido níveis quase históricos”.
As vuvuzelas vieram mesmo para ficar. Depois de surgirem notícias sobre uma eventual proibição das vuvuzelas nos estádios, o comité da FIFA garantiu já que tal não irá acontecer e os estádios continuam a encher-se destes instrumentos. O sócio de um dos principais fabricantes de vuvuzelas, Neil van Schalkwyk, contou ao jornal sul-africano The Star que a sua empresa exportou, desde Outubro de 2009, 1,5 milhões de vuvuzelas para a Europa e o número de trabalhadores passou de 20 no último ano para os actuais 70. O empresário adianta estar já em negociações com empresários brasileiros para comercializar a vuvuzela no Campeonato do Mundo no Brasil em 2014.