Uma semana exemplar (parte II)
Na sequência do editorial da semana passada o Briefing publicou como destaque de site o seguinte texto:
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Na sequência do editorial da semana passada o Briefing publicou como destaque de site o seguinte texto:
“O que o pessoal da Meios ainda não percebeu acerca do Briefing
… E que passamos a explicar tintim por tintim para que até os mais distraídos compreendam.
Primeiro. Que o Briefing, desde que passou a pertencer à Enzima Amarela, abandonou a periodicidade semanal para deixar a Meios sozinha nesse segmento de mercado.
Segundo. Que, embora passando a mensal, não optou pela forma de revista para evitar entrar em concorrência com a Marketeer.
Terceiro. Que passou a publicar a sua webletter no período da tarde – deixando o período da manhã em exclusivo para os outros produtos idênticos –, o que facilita a vida a todos os editores e, adicionalmente, àqueles que pretendem comunicar: assim podem escolher a webletter que preferem.
Quarto. Que prescindiu dos negócios de “prémios”, “anuários”, “conferências”, “cadernos sectoriais” e congéneres que faziam parte da economia do Briefing nas suas fases anteriores e que constituem agora receitas integralmente à disposição da Meios e da Marketeer.
Quinto. Que nunca ninguém do Briefing assinalou publicamente os erros editoriais da Meios, evitando assim responder da mesma moeda ao comportamento descortês, pouco ético e ressabiado de alguns dos seus colegas, para quem até meros lapsos ortográficos dão direito a actos de comunicação.
Sexto. Que o Briefing é, assumidamente, um agregador, isto é, que se define como agregando a informação que as fontes produzem e nos enviam, estando diariamente representados todos os principais operadores de Comunicação do nosso mercado, incluindo aqueles cujas dores parecem ser sentidas pela Meios.
Sétimo. Que o Briefing utiliza a prática transparente de identificar as fontes das notícias agregadas, sem nada esconder, e de procurar publicar na íntegra as informações recebidas, sem as distorcer.
Oitavo. Que a redacção do Briefing é muito pequena, gastando o seu tempo a produzir conteúdos para os suportes Web, em papel e vídeo, pelo que não tem tempo nem vontade para se perder em polémicas inúteis e que resultam, objectivamente, na retirada de valor ao nosso mercado.
Nono. Que estranhamos ver um jornalista pedir à ERC – Entidade Reguladora da Comunicação para avaliar a qualidade de um meio, expressando um comportamento sem precedentes na História do Jornalismo das democracias, mas que estamos à-vontade no confronto da qualidade com a Meios.
Décimo. Que a reserva suscitada quanto à qualidade do Briefing e o evidente fracasso da nossa política activa de boa-vizinhança vão forçosamente levar à revisão de alguns dos fundamentos atrás anunciados e a um reposicionamento no mercado.
A Administração da Enzima Amarela
Enzima Amarela é a editora dos agregadores Briefing (Marketing) e Advocatus (Advocacia). Por enquanto.”
Não nos foi pedida a publicação do texto mas, em nome da boa-vizinhança, resolvemos partilhá-lo com todos os leitores, os mais e os menos distraídos. Só uma rectificação, no ponto nono, onde se lê “avaliar a qualidade de um meio”, devia ler-se “pronunciar-se sobre este caso de promiscuidade”. Entretatanto, na terça-feira, recebemos dois e-mails da LPM, um sobre a Carris e outro sobre o rebranding do Azeite Condestável. Os e-mails, eventualmente já disponíveis no blogue da LPM, não desmentem o que foi aqui escrito. Também na terça-feira recebemos um artigo de opinião de Luís Paixão Martins, cronista regular do M&P em 2006 e 2007, e com quem não chegamos à fala desde o final de 2008. O artigo terá sido enviado para desfazer a ideia de que existe algum preconceito da LPM em relação a nós. Esta semana não foi publicado por falta de espaço mas, até porque o inverso não é verdade, será publicado na próxima edição. CBF