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“Dentro de três anos facturaremos mais fora que em Portugal”

Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização.

Rui Oliveira Marques
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“Dentro de três anos facturaremos mais fora que em Portugal”

Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização.

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Rui Oliveira Marques
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Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização. Em 2008 comprou 75 por cento da agência croata Meritor Media, que no ano seguinte se expandiu para a Macedónia. Em Setembro do ano passado, foi a vez da YoungNetwork anunciar a entrada em Luanda. Agora, João Duarte ultima a entrada em Moçambique. Pelo meio comprou ainda 15 por cento da agência Torke e abriu um escritório no Porto. O CEO do grupo explica o projecto de expansão.

Meios & Publicidade (M&P): A 1 de Setembro vai abrir a YoungNetwork Moçambique. O que é que este país tem de interessante quando, à partida, não é economicamente desenvolvido?

João Duarte (JD): Olhamos para os mercados numa perspectiva de médio e longo prazo. Nesta perspectiva, há três mercados de língua portuguesa muito importantes para nós: Portugal, Angola e Moçambique. Podemos incluir um quarto do outro lado do Atlântico, que é o Brasil e é efectivamente muito importante. Os últimos dez anos têm mostrado que a evolução de Moçambique é muito grande, apesar de não ter o desenvolvimento de Angola. Entraram muitas empresas e temos a perspectiva de que o país continuará a desenvolver-se. O mercado é mais pequeno mas é mais organizado que Angola. É, por exemplo, mais fácil identificar os concorrentes e fornecedores.

M&P: Qual será a oferta da YoungNetwork?

JD: Tal como em Angola, em Moçambique não vamos ser apenas agência de comunicação. No mercado, não da comunicação, mas da publicidade, existem três players: DDB Moçambique, Golo e Ogilvy Moçambique. Vamos ter uma oferta mais integrada, sabendo de antemão que o trabalho de lá é bem feito. Vamos agregar comunicação ao branding e ao advertising. Achamos que há espaço para crescer para quem vai com a nossa intenção. Não estamos à espera de ter resultados de um dia para o outro. Nunca os tivemos com essa postura em lado nenhum e não vai ser agora que vai acontecer.

M&P: Como surgiu esta oportunidade em Moçambique? Procuraram um sócio local ou entram sozinhos?

JD: Não vamos atrás de uma oportunidade. Quando entrámos em Angola, tínhamos já Moçambique em mente. Foi um pouco acelerado face ao que estávamos a espera. Chegámos ao mercado e contactámos potenciais clientes para nos darem uma perspectiva. Começámos a estudar o mercado no início do ano e falámos com potenciais parceiros, clientes e fornecedores. Até final de Maio tínhamos três hipóteses em aberto: duas pessoas ligadas aos dois principais grupos económicos de Moçambique estavam interessadas em participar no projecto e havia uma terceira via que era entrarmos sozinhos. Avançamos com um desses grupos.

M&P: Que grupo é?

JD: Ainda não pode ser divulgado, mas em Setembro estaremos em condições de fazê-lo. É um grupo forte.

M&P: Não existe nenhum cliente que, por si só, justifique a entrada em Moçambique?

JD: Não há nenhum cliente que seja a força motriz, tal como não houve em Angola. Mesmo assim, achamos que em Moçambique vamos ganhar clientes através de Lisboa e de Luanda.

M&P: Quanto está a investir em Maputo?

JD: À volta dos 150 mil euros. Face a Angola o investimento é mais pequeno, onde foi cerca de 350 mil euros. Quando falamos de investimento, refiro-me ao investimento inicial e para pôr a operação a funcionar.

M&P: São, portanto, 500 mil euros para a expansão em África. Não é um risco elevado tendo em conta que entrou em Angola e em Moçambique sem clientes?

JD: Em Angola começámos com três clientes e aí é preciso um investimento alto. Quando chegamos ao mercado vamos sem ajuda nenhuma. No caso de Moçambique, para uma empresa da nossa dimensão, não é um investimento muito elevado. Além disso, tive cinco reuniões com potenciais clientes e quatro já nos conheciam pelas notícias, por artigos de opinião e pelo passa palavra. Mas as nossas operações nos primeiros meses são muito deficitárias.

M&P: Angola ainda o é?

JD: Está próxima do zero. Ao fim de nove meses os custos e as receitas estão ela por ela

M&P: É sinal de que foi uma boa aposta ir para Angola?

JD: É, mas também foi preciso mais investimento e é mais arriscado. Mas o potencial é maior. Estes dois anos em Angola foram difíceis. O país não tem uma crise económica, tem uma crise financeira, mas não estamos muito expostos, nesta fase, ao Estado angolano.

M&P: Em termos de clientes, o que pode apresentar?

JD: O nosso objectivo era chegar aos 10 clientes no fim de 2010 e já os atingimos. Optamos por não falar da nossa operação em Angola, mesmo que esteja a dar frutos.

M&P: Porquê?

JD: Temos muita coisa de que falar. Há projectos que têm um risco maior e preferimos primeiro fazer o trabalho de casa e depois apresentar resultados. Criando aqui uma excepção, divulgo em três grandes blocos os clientes com que trabalhamos: multinacionais, empresas portuguesas investidoras em Angola e empresas angolanas. Nas multinacionais, posso falar na Total e na British Airways, nas empresas portuguesas a investir em Angola posso referir várias empresas do grupo Auto-Sueco e a Finaccount, entre as empresas angolanas, posso falar, em Angola Telecom, Solar de Alvalade que é um dos principais condomínios de Luanda, e o condomínio de luxo em Benguela Baía Azul.

M&P: Quais são os principais serviços que prestam em Angola?

JD: É relativamente equitativo. Os maiores serviços foram de relações públicas e de eventos, mas com possibilidade de ganharmos espaço em branding.

M&P: Quando entrou em Angola disse que “o mercado já tem os seus players e nós sentimo-nos no papel de challenger. A operação arranca com duas pessoas, mas dentro de um ano poderá chegar às sete”. Mantém a previsão?

JD: Temos seis pessoas em Luanda, metade portuguesa, metade angolana. Estreámos um escritório para 10 a 12 pessoas. Num dossier do Meios & Publicidade outros players angolanos diziam que em Portugal as empresas portuguesas diziam que estavam lá a fazer o trabalho A,B ou C, mas na verdade os principais concorrentes são as empresas angolanas.

M&P: As próprias agências portuguesas distorcem a realidade do mercado angolano?

JD: Acho que sim. Quando vamos para um país é para aprender e para estarmos atentos. Tenho ido a Angola todos os meses e ainda acho que não conheço o suficiente para fazer comentários. Em Moçambique vamos também respeitar quem lá está.

M&P: Que lições aprendeu em Luanda que vá aplicar em Maputo?

JD: Em Angola foi preciso levar pessoas, criar rotinas de trabalho entre a equipa angolana e a de Lisboa. Existem em Portugal pessoas que reportam já a Angola. Testámos coisas que não funcionaram, mas o que funcionou vai ser replicado. Definimos regras face a parceiros. O nosso parceiro angolano é o António Marques e tem corrido bem.

M&P: Para quem não conheça a realidade angolana, quem é?

JD: É empresário. É um nome que, se calhar, não diz muito aos portugueses. Nós temos o know-how da comunicação, não andamos à procura da parte financeira dos parceiros. Mas há uma regra: entram com o mesmo dinheiro, em termos proporcionais, com que nós entramos. Não damos percentagens a ninguém. Depois, somos sempre maioritários e a gestão é 100 por cento nossa. O que é que nós valorizamos? New business. Se não tem new business, dificilmente é nosso parceiro de capital. O único país onde não temos sócios é a Macedónia.

M&P: Como olha para as agências portuguesas em Luanda, tendo em conta que nos últimos meses se têm registado várias investidas da concorrência?

JD: Há duas formas de estar em Angola e ambas são legítimas e interessantes. Uma é fazer um negócio sobretudo em Portugal e ter um ponta de lança lá. A outra é montar uma estrutura com escritório e com uma perspectiva de médio e longo prazo. Optámos por esta via. Já fazíamos negócios para Angola antes de estarmos lá e nunca me ouviram dizer que já estava em Angola. Fizemos agora um negócio na Turquia. Temos lá um escritório através da Torke, mas nunca me ouviram dizer que abri lá um escritório da YoungNetwork. Algumas das agências de publicidade e comunicação têm preferido ter lá uma pessoa ou uma equipa pequena a dar apoio aos clientes que vêm de Portugal. Nós não vamos ser a agência para os clientes portugueses, vamos ser muito mais do que isso.

M&P: Por que decidiu investir na Croácia?

JD: Antes de olharmos para África, estudamos muito os mercados do Leste europeu. São mercados emergentes e com um potencial de crescimento enorme. No Leste, chegámos à ex-Jugoslávia, porque são 20 milhões a falar praticamente a mesma língua. Tínhamos de começar por algum lado. No primeiro ano a operação da Croácia cresceu 70 cento. No ano passado decrescemos ligeiramente a facturação. Este primeiro semestre está a ser razoável. São também países afectados pela crise. Precisamos de mais pessoas para nos ajudar a gerir lá. Angola é uma aposta tão forte que desorientou um pouco a nossa atenção. Neste momento os centros de competência estão em Portugal mas nem sempre será assim. As pessoas que estão em Portugal vão ter de fazer com que mereçam que os centros continuem em Portugal. Vamos ter, por exemplo, competências de programação e de design na Macedónia. Pela dimensão que estamos a tomar, podemos estar a desenvolver projectos de web 2.0 para Angola através da Macedónia.

M&P: Quanto é que investiu na Croácia até agora?

JD: 200 a 250 mil euros. Mas não pode ser visto assim. A Croácia tem todos os anos resultados positivos. Uma parte do retorno está já garantido.

M&P: Mesmo assim a expansão está a decorrer a um ritmo que não é comum na área da comunicação…

JD: Todos os concorrentes têm as suas vantagens e desvantagens. Nós temos uma vocação internacional. Não pensamos tanto nos concorrentes portugueses, mas nos concorrentes que temos em cada território. Temos de estar em alguns mercados a ter bons resultados que possam suportar isto. Acresce outro facto: a YoungNetwork tem um endividamento muito baixo. Isso permitiu aumentar um bocado o endividamento para ter mais força para que, quando está tudo na toca, sairmos. Como diz Warren Buffett:“Tenha medo quando os outros são gananciosos e seja ganancioso enquanto os outros estão com medo”. Nós estamos nesta última fase. O nosso endividamento aumentou mas continua a ser baixo. Se calhar o nosso endividamento é pouco mais de 10 por cento da nossa facturação anual. Estamos a ter resultados num momento e num mercado difícil como o português. Em nove anos crescemos sempre num ritmo superior a dois dígitos.

M&P: No vosso site dizem que são a agência número um no crescimento de volume de negócio. Mantém a frase?

JD: Sim. Basta ver de onde viemos. Não há rankings e é difícil perceber o que está dentro de cada facturação. Dificilmente não estaremos no top das agências com maior facturação. Não se consegue encontrar no mercado uma agência que tenha evoluído de uma para mais de 80 pessoas em nove anos. No ano passado crescemos 12 por cento e foi o primeiro ano da história abaixo do objectivo.

M&P: Cresceu para quanto?

JD: Não revelo o volume de facturação, mas no ano anterior tínhamos crescido 60 por cento. No ano passado queríamos crescer 30 por cento e ficamos nos 12. Uma nota quanto aos 12 por cento: não considero um mau resultado dado que foi obtido no ano economicamente mais difícil dos últimos 30 para quem está a gerir empresas. Nem quero eu dar o sinal a quem se esforçou de que esse foi um mau resultado, quando em muitas empresas era suficiente para abrir garrafas de champanhe.

M&P: Mesmo assim, o mercado continua a não pensar na YoungNetwork como uma das principais agências do país.

JD: Não tenho essa percepção mas talvez seja pela estrutura de clientes e pela postura de challenger permanente. Por mais voltas que se dê, não se encontram outras agências com esse percurso. Há agências históricas no mercado português a fazer bom trabalho, da mesma forma que há agências históricas que passaram por momentos mais difíceis e mantêm o seu pedigree.

M&P: Qual é o perfil dos seus clientes?

JD: Temos muitas multinacionais. Devemos ser das agências que tem mais multinacionais. Temos clientes de grande e média dimensão. Se calhar falta-nos estar melhor posicionados nas empresas cotadas e nas empresas públicas. Mas no fim do dia o que interessa é o crescimento que se tem. E isso não nos tem impedido de entrar em nenhum sector ou em algum lado.

M&P: Perante a internacionalização e compras, quando lhe perguntam o que é o grupo YoungNetwork, o que responde?

JD: É uma agência de comunicação global. A maior parte do negócio ainda vem de Portugal e da área de consultoria. No futuro não será assim. Dentro de três anos, posso dizê-lo com segurança, facturaremos mais fora que em Portugal. Este ano, a facturação de Angola e da Croácia está acima dos 20 por cento. Na Macedónia a operação é pequena.

M&P: Somando Angola, Moçambique, Torke, Porto, Macedónia e Croácia, quanto foi investido na expansão da YoungNetwork?

JD: Quase um milhão de euros

M&P: Conhece alguma agência que tenha gasto esse valor em expansão?

JD: No espaço de dois anos desconheço. Sei que tem havido muito poucos negócios no mercado envolvendo dinheiro. Por vezes os jornalistas e observadores falam de fusões ou aquisições, mas depois não se verificam. Tirando trocas de participações, aquisições por intervenção financeira de quem adquiriu, não conheço.

– Mudança de governo é “indiferente” para o mercado

João Duarte explica o que resultou das queixas à adjudicação de dois concursos públicos e o que pretende fazer da área de public affairs.

M&P: Em Novembro interpôs dois processos junto do tribunal para esclarecer os resultados de dois concursos públicos em que participou. Em que ponto estão?

JD: Ganhámos um, porque o tribunal deu-nos razão e o instituto público concordou, e perdemos outro. No segundo, acharam que a nossa exposição não tinha fundamento.

M&P: O que é que os colegas de outras agências lhe disseram sobre este assunto?

JD: Alguns disseram que nós fazemos o que outros não fazem. Em relação a coisas relacionadas com governo ou Estado temos poucos ou nenhuns rabos de palha. Quando nos convidam para fazer número e as coisas não são transparentes… Já entrámos em concursos públicos em que ganhámos, poucos. Nestes dois havia claramente dois ou três pontos, nomeadamente a questão do preço, que nos colocavam dúvidas.

M&P: Identificou os vencedores como os “suspeitos do costume”.

JD: Ganharam agências que normalmente ganham concursos públicos. Isso não tem mal nenhum, nem lhes tira mérito, nem tenho provas de que os concursos estivessem enviesados para que ganhassem.

M&P: Uma eventual mudança de governo poderá mudar a dinâmica das agências? Um governo do PSD é favorável à YoungNetwork?

JD: É indiferente. Quem está a fazer um bom trabalho no sector público, mesmo mudando o governo não vejo razões para que não continue bem posicionado. Acredito que não haja nenhuma alteração de fundo. Pode é haver uma ou outra mexida.

M&P: A YoungNetwork continua a ter a área de public affairs? [Rui Calafate entrou em Março de 2007 para criar esta unidade e saiu da agência dois anos depois]

JD: Temos a área de public affairs, mas está estruturada de forma diferente. Também continuamos com a área política. No ano passado tivemos um resultado abaixo daquele que esperávamos, mas mesmo assim tivemos o melhor resultado de sempre aí. Este ano ou ficará igual – estamos em negociação com três câmaras – ou será melhor. O resultado financeiro e de aprendizagem é positivo. Aprendemos, por exemplo, que trabalhar ao nível local e autárquico tem mais parecenças com o que se faz para empresas, em vez de ter uma especificidade técnica e política forte. Quando existem projectos onde essa componente é forte ou terceirizamos, como já fizemos no passado, ou fazemos com os recursos que temos em casa.

M&P: Mesmo assim, reconhece mérito à LPM pelo apoio que deu [após a saída de Calafate] nas campanhas de 2009?

JD: Nem eu disse o contrário. A LPM foi um parceiro e da minha parte não existe nada contra a possibilidade de ser um parceiro para projectos comuns. A LPM faz, claramente, um bom trabalho. A colaboração tinha a perspectiva de resolver um problema imediato que foi mais necessário nuns clientes do que em outros. Foi um ano cheio de eleições e foi um apoio que registo com agrado. Isso não me impede de tomar as posições que tomo em relação à LPM ou ao mercado.

M&P: Se soubesse o que sabe hoje, teria contratado Rui Calafate?

JD: Não contratava. Mas deixou coisas positivas na agência e aprendemos com o que foi feito na altura. Os resultados não foram os esperados mas, segundo sei, se saiu foi porque havia alguém no mercado que o valorizava mais do que nós. Essa é a vida das empresas.

– “O preço da Torke foi justo se se concretizar o potencial”

A abertura de um escritório da YoungNetwork no Porto, coordenado por Sara Guerreiro, e o que respresenta a compra de 15 por cento da agência de guerrilha Torke

M&P: Abriu no mês passado a YoungNetwork Porto. Porque acha que vai conseguir manter o escritório quando existe um histórico de agências de publicidade e de comunicação que vão para o Porto e depois apercebem-se de que essa presença não se justifica?

JD: Assumimo-nos como uma agência de comunicação global. Global em dois sentidos, no sentido internacional e no de que temos mais valências do que tínhamos no passado. Temos a área de consultoria, que historicamente é a área mais forte da empresa, a de eventos, em que conseguimos estar já a fazer eventos para grandes marcas com frequência, a criativa, que nasce para dar apoio aos eventos mas que quer ser mais do que isso, e temos uma área de web e de web 2.0. A nossa panóplia de serviços mudou. Queremos que a abrangência chegue a todos os sítios onde estamos presentes.

M&P: No caso do Porto os serviços são assegurados a partir de Lisboa.

JD: Design e eventos sim, consultoria, à partida, não. No Porto estão agora duas pessoas, mas no curto prazo deverá ter três a quatro.

M&P: Será sempre uma operação pequena.

JD: Sim, tendo em conta o grupo, mas dá-nos a proximidade que é preciso uma agência de Lisboa ter no Porto. Abrimos agora a operação, portanto é deficitária, mas no fim do ano acredito que esteja no zero. Não vale a pena falar do investimento, mas não é muito elevado. Acredito que dificilmente não acabaremos o ano com cinco ou seis clientes nesse escritório. Já tínhamos clientes no Porto, mas para lhes prestar mais serviço abrimos o escritório. Depois fomos buscar uma pessoa que já conhecemos muito bem que, por questões pessoais, foi viver para o Porto. Achamos que vamos ter sucesso.

M&P No fim de Janeiro anunciaram que tinham comprado 15 por cento da Torke? Esta percentagem é para crescer?

JD: Isso está definido no contrato, com preços e tudo. A 1 de Janeiro de 2011, se a YoungNetwork quiser aumentar de 15 para 40 por cento é directo. É só aparecer com o dinheiro.

M&P: Isso vai acontecer?

JD: Não é o momento para se discutir isso. O contrato prevê que a YoungNetwork possa tomar essa posição em três anos. Ainda não chegou a altura de se decidir isso. Porque entramos com 15 por cento? A Torke é uma agência com um potencial enorme. É, a par de Angola, dos nossos maiores investimentos.

M&P: Quanto custou?

JD: Não divulgamos valores, mas são elevados para uma empresa que factura um milhão de euros. O preço foi justo se se concretizar o potencial que a empresa tem. Nós andámos um ano e meio a falar com a Torke e muitas outras agências portuguesas e de fora fizeram o mesmo. Na verdade fomos nós que nos chegamos à frente. Comprámos 15 por cento que impedem a entrada de não sei quantas pessoas. Comprámos o bilhete de entrada, estamos a pagar para ver e a ajudar a que tenha sucesso e cortámos o caminho a outras empresas que queiram entrar.

M&P: Existem já casos concretos de trabalhos que envolvam as duas agências?

JD: Está-se a fazer, mas ainda não posso avançar mais pormenores. Vai intensificar-se no segundo semestre. A nossa capacidade de gestão não é elástica. Se nós só tivéssemos comprado a Torke, as coisas teriam acelerado, mas há Angola, o Leste….

M&P: Ainda não conseguiu rentabilizar para os seus clientes este negócio.

JD: Ainda não, mas haverá cada vez mais integração entre as duas agências.

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Instagram testa reposição de algoritmo de recomendações

A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses, permitindo-lhes recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação sobre os conteúdos que querem ver

O Instagram está a testar a possibilidade de os utilizadores reporem as suas recomendações, funcionalidade que permite recomeçar do zero e treinar novamente o algoritmo da aplicação, em relação aos conteúdos que querem ver na página Explore, no Feed e no Reels. A funcionalidade destina-se a utilizadores que sentem que as recomendações de conteúdos já não correspondem aos seus interesses.

Adam Mosseri, diretor do Instagram, publicou um vídeo na rede social em que refere que a nova funcionalidade não se destina a ser utilizada com frequência, sendo que foi concebida apenas para os casos em que se pretende uma renovação total. “Quero deixar claro que estamos a falar de uma mudança significativa”, enfatiza Adam Mosseri. A nova funcionalidade será lançada a nível mundial em breve, de acordo com o comunicado de imprensa do Instagram.

Caso um utilizador reponha o seu algoritmo, as recomendações de conteúdo vão começar a ser personalizadas novamente ao longo do tempo, com base nas publicações e contas com as quais o utilizador interage. É ainda dada a opção de rever a lista de contas que seguem, para deixarem de seguir contas que partilham conteúdos que já não lhes interessa.

“No início, vai tornar o Instagram muito menos interessante para o utilizador, porque vamos tratá-lo como se não soubéssemos nada sobre os seus interesses e vai demorar algum tempo a reaprendê-los. Por isso, não é algo que recomende que seja feito a toda a hora, mas caso o utilizador não se sinta bem com a sua experiência, isto fornece-lhe uma alternativa”, acrescenta o diretor do Instagram, no vídeo publicado no Instagram.

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TLC funde operações em Portugal e Espanha e cria TLC Worldwide Iberia

Miguel Lobo (na foto, à dir.) mantém-se na liderança da operação nacional da TLC Worldwide e assume o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe (à esq.) continua a liderar a empresa em Espanha e é o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia

A TLC Worldwide está a fundir as operações em Espanha e Portugal, para formar um novo ‘cluster’ que reforça a presença e atuação na Península Ibérica, com a criação da TLC Worldwide Iberia. A fusão marca um momento da expansão e consolidação da agência e pretende fortalecer a oferta de soluções de ‘reward’ marketing e programas de fidelização.

A estrutura operativa e estratégica mantém-se em ambos os países, com escritórios em Madrid e Lisboa, mas a fusão irá criar um modelo de trabalho mais coeso entre ambas as agências, com a incorporação dos perfis ibéricos e das equipas especializadas. “Temos identificado inúmeras sinergias entre ambos os mercados e, ao combinar os pontos fortes das nossas equipas e direção, acreditamos que iremos alcançar níveis superiores de sofisticação e eficácia. Ao combinar o nosso conhecimento e experiência dos mercados espanhol e português, otimizamos os recursos e melhoramos a capacidade de desenhar e implementar campanhas e estratégias de marketing que se adaptam perfeitamente às necessidades das marcas em ambos os países”, enfatiza Miguel Lobo, CEO da TLC Worldwide Iberia.

Agora, as marcas que trabalham com a TLC Worldwide vão poder tirar partido de uma experiência mais fluida ao lançarem iniciativas a nível ibérico, beneficiando de uma coordenação mais precisa e de um aproveitamento superior dos recursos.

A equipa diretiva que estará na liderança deste ‘cluster’ conta com Miguel Lobo, que continua a liderar a operação nacional da TLC Worldwide, assumindo o cargo de CEO da TLC Worldwide Iberia. Philippe Dewerbe, por seu lado, continua a liderar a empresa em Espanha e será o diretor executivo da TLC Worldwide Iberia, com a responsabilidade de supervisionar a estratégia geral e garantir a fluidez da operação na região.

José Cerdeira assume a função de diretor de estratégia ibérica, focando-se em desenhar estratégias competitivas que potenciem o crescimento do ‘cluster’, alinhando os objetivos de negócio com as necessidades do mercado. Miguel Fernandes de Oliveira, por sua vez, fica com a direção de desenvolvimento do negócio ibérico, liderando a expansão comercial, fortalecendo as relações com os clientes atuais e explorando novas oportunidades para consolidar a presença da agência na região.

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El Corte Inglés fica azul, em combate contra cancro da próstata

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro

O El Corte Inglés está a promover a campanha Novembro Azul, que pretende sensibilizar para o tema do cancro da próstata e angariar fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Para assinalar o arranque da campanha, na semana em que se assinala o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata, a 17 de Novembro, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto estão iluminadas de azul.

No âmbito da campanha, de 18 a 28 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, €1 reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado a esta associação, que o aplicará em ações de prevenção e combate ao cancro.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro da próstata é uma doença geralmente silenciosa e é, atualmente, o cancro mais frequente nos homens. Detetar a doença numa fase precoce é essencial, permitindo tratar com uma taxa de cura muito elevada.

Em outubro, o El Corte Inglés esteve iluminado de cor-de-rosa, no seguimento da campanha Outubro Rosa, para conscientizar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama.

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Milk&Black reforça portefólio com 11 novos clientes

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional, trabalhando diferentes setores de atividade”, refere Diana Taveira, CEO da agência de comunicação e marketing de influência

A Milk&Black está a desenvolver a comunicação e a assessoria de imprensa de 11 novos clientes. Além da Fidelidade (seguros), da NAU Hotels & Resorts (hotelaria), do Palácio do Governador (hotelaria), do Monte Santo Resort (hotelaria), do Cascade Wellness Resort (hotelaria), do Senses (restauração), do Po Tat (restauração) e do Volta do Mar (restauração), também conquistou as contas de três marcas de moda internacionais, Merrell, Buffalo e Palladium, nos últimos dois meses.

Mitsubishi Motors, Fuso Trucks Portugal, Unicâmbio, Unimoney e Royal Canin são outras das insígnias que a agência de comunicação e marketing de influência está a comunicar desde o início do ano, juntando-se a uma lista que também inclui marcas como a New Balance, a WTF e a Segafredo e eventos como o Festival F e o Blissfest.

“Estamos a consolidar-nos como uma das principais agências de comunicação a nível nacional. Acima de tudo, gostamos do desafio de trabalhar em diferentes setores e é um orgulho ver marcas nacionais e internacionais a integrar cada vez mais o nosso portefólio”, refere Diana Taveira, CEO da agência da Milk&Black, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o documento, a agência, fundada em 2016 por Diana Taveira e Diogo Dias, ex-apresentadores da MTV Portugal, conta atualmente com mais de 80 clientes ativos, entre contratos anuais, ações pontuais e campanhas. Além da assessoria de imprensa e do marketing de influência, a Milk&Black, que conta com uma equipa de 30 trabalhadores, gere redes sociais, produz conteúdos de fotografia e vídeo e organiza e promove eventos para marcas e empresas.

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Humor de Madalena Abecasis no Natal da Sonae Sierra (com vídeo)

Com criatividade da Born e produção da Mother, o filme publicitário está a ser divulgado nos canais digitais dos centros comerciais e nas redes sociais da influenciadora digital, integrado numa estratégia de amplificação que contempla múpis interiores e digital

A influenciadora digital Madalena Abecasis é a protagonista da campanha de Natal da Sonae Sierra. Apelando ao consumo consciente, refletido e planeado, o filme publicitário cruza a criatividade e o humor, apresentando dados reais sobre os comportamentos de consumo dos portugueses na época natalícia, obtidos através de um estudo da Sonae Sierra.

“A campanha ‘Pensa bem, oferece melhor’ demonstra a estratégia de marketing dos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra em aliar ‘insights’ de consumo a uma abordagem criativa e emocional, potenciando o ‘engagement’ com o público-alvo e reforçando os valores da marca. Esta iniciativa integra uma comunicação omnicanal e contribui para uma mensagem de sustentabilidade e reflexão no ato de consumo”, explica Joana Moura e Castro, diretora de marketing ibérica da Sonae Sierra, citada em comunicado de imprensa.

A informação obtida no estudo permitiu identificar perfis de comportamentos típicos nos 18 centros comerciais abrangidos. Os cinco estereótipos mais comuns foram interpretados por Madalena Abecasis no filme publicitário, com criatividade da Born e produção da Mother.

Além dos consumidores que dependem de instruções de terceiros para escolher presentes, o anúncio retrata os que os escolhem com base nos seus próprios gostos, os que priorizam a estética para os ‘unboxings’ das redes sociais, os que deixam as compras para a última hora e os que compram qualquer coisa, sem refletir, porque, se o destinatário não gostar, pode sempre trocar.

“De acordo com os dados do estudo, 42% dos portugueses não utilizam os presentes que recebem e três milhões recebem presentes de que não gostam, o que confirma que as pessoas não dedicam o tempo necessário a pensar naquilo que o outro gostaria de receber. Além disso, cerca de dois milhões de portugueses só fazem as suas compras de Natal em dezembro”, refere a Sonae Sierra no documento.

A campanha é divulgada nos canais digitais dos centros comerciais da empresa em vídeo, com declinações em ‘key visuals’ e múpis interiores. Até ao Natal, é amplificada através de ativações e de conteúdos interativos, no digital, nos sites e nas redes sociais dos centros comerciais, em newsletters e através de marketing de influência, nas redes sociais de Madalena Abecasis.

A intenção é promover comportamentos de compra mais conscientes, que evitem deslocações adicionais, para trocas desnecessárias, aos centros comerciais geridos pela empresa, como o Atrium Saldanha, Albufeira Terrace, AlgarveShopping, ArrábidaShopping, CascaiShopping, Centro Colombo, Centro Vasco da Gama, CoimbraShopping, Estação Viana Shopping, Fórum Barreiro, GaiaShopping, GuimarãeShopping, MaiaShopping, MadeiraShopping, NorteShopping, Nova Arcada, Parque Atlântico e ViaCatarina Shopping.

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Nespresso e SharkNinja celebram Natal com David Beckham (com vídeos)

No filme de Natal da marca de cafés, o empresário e ex-futebolista inglês joga à bola com um boneco de neve. Para os eletrodomésticos norte-americanos (na foto) prepara a refeição da consoada para a família

David Beckham é o rosto da campanha de Natal global multimeios da Nespresso. Produzido pela Studio 99, produtora audiovisual criada pelo ex-futebolista e empresário inglês em parceria com Nicola Howson e David Gardner em 2019 para produzir documentários desportivos, o filme publicitário mostra o antigo desportista a jogar à bola com um boneco de neve num dia de inverno.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o ‘spot’ promove a nova cápsula de café Peanut and Roasted Sesame, uma das edições especiais da Nespresso para o Natal de 2024, além da máquina Vertuo Creatista e da caneca Vertuo Mug, outro dos produtos que a insígnia suíça comercializa.

Enquanto saboreia a bebida, David Beckham, que é embaixador da Nespresso desde novembro de 2023, observa a paisagem pela janela e, ao aperceber-se da presença de um boneco de neve inacabado com uma expressão triste, decide inverter a situação. Depois de o finalizar, recorrendo a uma cápsula de café para lhe criar um nariz, utiliza-o como guarda-redes.

Além do anúncio da Nespresso, David Beckham também é a estrela do filme publicitário natalício da SharkNinja, que marca a estreia da marca de eletrodomésticos norte-americana nas campanhas multimeios globais. Enquanto prepara a refeição da consoada para a família, o ex-desportista vai utilizando alguns dos novos lançamentos da insígnia.

Divulgado em digital e em televisão em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Escandinávia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Médio Oriente e Estados Unidos, o anúncio é amplificado através de publicações nas redes sociais e painéis digitais em praças centrais de Nova Iorque, Los Angeles, Miami e Londres.

As receitas natalícias preferidas de David Beckham, que é o embaixador global da SharkNinja, estão disponíveis num site dedicado. Para além de aumentar a notoriedade da marca a nível internacional, a contratação do ex-futebolista e empresário inglês pretende potenciar as vendas da insígnia globalmente.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Amazon lança concorrente ao Temu e Shein

Os produtos comprados na Amazon Haul são entregues em uma ou duas semanas. Em Portugal, a Amazon está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado com IA generativa, que responde a perguntas sobre produtos e apresenta recomendações

A Amazon tem uma nova experiência de compras para os consumidores dos Estados Unidos, que consiste na venda apenas de produtos que custam 20 dólares (€19) ou menos, para competir com as ofertas de retalhistas como Temu e Shein. A Amazon Haul está disponível apenas através do smartphone e apresenta-se com preços competitivos, em produtos como vestuário, eletrónica e equipamento de cozinha.

“Todos os artigos têm um preço inferior a 20 dólares (€19), sendo que a maioria tem um preço igual ou inferior a dez dólares (€9,50) e alguns artigos custam apenas um dólar (€0,95)”, segundo avança a empresa em comunicado de imprensa. Os clientes também vão poder usufruir de descontos, quando adicionam mais artigos a uma única encomenda, com 5% de desconto em encomendas de 50 dólares (€47,50) ou mais e 10% de desconto em encomendas de 75 dólares (€71,24) ou mais, à semelhança das práticas das plataformas concorrentes.

A contrapartida da nova aposta da Amazon são os prazos de entrega, diferentes dos da Amazon Prime. Em vez disso, os produtos comprados na Amazon Haul chegam a casa do consumidor, por norma, em uma ou duas semanas, à semelhança do que acontece com a Temu e outras plataformas semelhantes.

A empresa liderada por Andy Jassy salienta que os utilizadores devem gastar pelo menos 25 dólares (€23,75) para receberem o envio gratuito, mesmo que subscrevam o serviço Prime. Caso contrário, o custo de envio é de 3,99 dólares (€3,79). São, no entanto, oferecidas devoluções gratuitas em todas as compras efetuadas na Amazon Haul acima de três dólares (€2,85) dentro de 15 dias após a entrega.

Em paralelo, em Portugal, a Amazon já está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado por inteligência artificial generativa, através da aplicação da Amazon, por enquanto apenas em versão ‘beta’ e para clientes selecionados. Este assistente de compras virtual pretende melhorar a experiência de compra online, permitindo aos utilizadores interagirem com a plataforma de maneira mais eficiente, conseguindo responder a perguntas relacionadas com produtos e apresentar recomendações.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Portugal conquista seis prémios nos Clio Sports Awards 2024

A campanha ‘Drawn to Equality’ (na foto), também distinguida com duas Pratas, rendeu à Dentsu Creative o único Ouro que a criatividade portuguesa trouxe da cerimónia. ‘Surfing Through the Odds’ ganhou Prata e Bronze. ‘League of All Leagues’ foi reconhecida com Bronze

A criatividade portuguesa conquistou seis prémios na edição de 2024 dos Clio Sports Awards, em Nova Iorque. A campanha ‘Drawn to Equality’, que a Dentsu Creative criou para a Visa, ganhou três galardões. Além de Ouro na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, foi reconhecida com Prata na subcategoria Fan Engagement, da categoria Social Good, e com Prata na subcategoria Partnerships & Sponsorships, da categoria Brand x Media.

A campanha ‘Surfing Through the Odds’ da Betclic, que apresenta um documentário criado pela Coming Soon e produzido pelos Shutterstock Studios, para combater a desigualdade de género e racial através do surfe, em São Tomé e Príncipe, também recebeu dois galardões. Na subcategoria Sports Betting, da categoria Partnerships & Sponsorships, teve direito a Prata. Na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, conquistou Bronze.

‘League of All Leagues’ rendeu à Judas o segundo Bronze que veio para Portugal. A campanha, que promove a Liga Portugal Betclic, foi distinguida na subcategoria Gameday/In-Game Experience, da categoria Use of Partner or Sponsor. ‘League of All Leagues’ também ficou em ‘shortlist’, na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, à semelhança de ‘Bet On Her’ da FunnyHow para a Betclic, na subcategoria Public Relations, da categoria Public Relations.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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