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Como monetizar os conteúdos digitais

O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas,

Ana Marcela
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O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas,

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O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas, uma promessa que tem levado os editores a apostar cada vez mais neste media, sobretudo numa altura em que as receitas de circulação e publicidade têm vindo a sofrer quebras, mais ou menos acentuadas.

A publicidade online é, ao que parece, dos poucos formatos que têm vindo a apresentar crescimentos na ordem dos dois dígitos, começando a representar uma fatia significativa dos resultados dos grupos de media. Na Times Co, de acordo com o mais recente relatório e contas da empresa, relativo ao segundo trimestre, a publicidade digital já representa 26 por cento das receitas de publicidade do grupo detentor do New York Times, The Boston Globe ou da About.com (projecto que no trimestre assinalou um crescimento de 23,6 por cento, para os 32 milhões de dólares). O crescimento de 21 por cento da publicidade digital, contudo, não foi suficiente para ‘eliminar’ o efeito da quebra de seis por cento da publicidade no papel, levando as receitas de publicidade do grupo a uma estabilização.

Com a publicidade digital ainda a provar ser insuficiente para garantir a sustentabilidade das operações de media, os editores viram-se naturalmente para outras possibilidades ou aplicações que possam gerar receita em ambiente digital.

Subscrição e pagamentos de conteúdos online

Rupert Murdoch tem sido o grande paladino da cobrança de conteúdos online, tendo implementado políticas de acesso condicionado aos sites de publicações como os ingleses The Times e Sunday Times, movimento que, já anunciou, irá estender-se a outros títulos do grupo no Reino Unido. Desde o início de Julho que os assinantes das edições em papel estão a pagar uma libra por um dia de acesso aos sites e duas libras por uma subscrição de uma semana. Como oferta promocional, os clientes que se registarem podem aceder aos dois websites durante 30 dias por apenas uma libra. A edição de iPad do The Times custará 9,99 libras mensais, continuando a ser cobrada à parte. Números de receitas obtidas com esta política não são conhecidos, mas a colocação de uma paywall nos sites dos jornais levou a quebras de leitura de cerca 90 por cento, segundo cálculos do The Guardian (com base em números do Experian Hitwise). Um estudo recente realizado pela KPMG, Consumers & Convergence IV, dá conta da mesma reticência dos utilizadores em pagar por conteúdos online revelada por estudos anteriores. O estudo anual da utilização dos consumidores de PC e telemóveis indicia que no Reino Unido 81 por cento dos inquiridos migraria para outro site se a cobrança de conteúdos num site até aqui gratuito começasse a ser efectuada, estando apenas 19 por cento disposto a pagar, informa o estudo citado pela Marketing Week. Noutros mercados o cenário é mais positivo, com 43 por cento dos inquiridos a nível mundial dispostos a pagar por conteúdos, valor que sobe para 59 por cento nos países da Ásia-Pacífico. “Apesar dos consumidores mostrarem resistência ao pagamento de conteúdos, estão mais receptivos à visualização de publicidade e a que o seu perfil online seja monitorizado. Isto aponta a uma tendência que já vimos em anos anteriores e, novamente, funciona como um indicador se um modelo de cobrança ou financiamento por publicidade irá eventualmente ser bem sucedido”, comenta Tudor Aw, head of technology da KPMG Europe. Vídeo, música e jogos são conteúdos pelos quais os utilizadores estão mais dispostos a pagar, diz o estudo. E conteúdos especializados parecem também ganhar adeptos, a avaliar pelos números recentes do Financial Times. As subscrições da edição digital do jornal da Pearson atingiu os 149,047 no final de Junho, valor que representa um aumento de 27 por cento face a igual período do ano anterior, e mais 17 mil em relação a Janeiro. Parte destas subscrições resultam da aplicação iPad do jornal que só nos Estados Unidos representa 250 mil downloads, aumentando em 10 por cento o número de subscrições digitais, embora a mesma esteja ainda disponível gratuitamente durante um período experimental.

Outra opção nas mãos dos editores é a viragem para o mobile e a manutenção de um sistema misto com o melhor dos dois mundos: manter os conteúdos do site abertos, mas oferecendo, a quem está disposto a pagar, um produto superior. Foi a opção tomada pelos italianos L’Expresso. A partir de 2 de Agosto o grupo irá usar telemóveis para cobrar acesso ao conteúdo digital do La Repubblica, disponível em PC, tablet e smartphone. “O conteúdo pode ser acedido e comprado de forma segura através de um simples clique via telemóvel ou fazendo uso de um outro terminal (PC ou tablet), ao introduzir um número de telemóvel e a password escolhida pelo cliente”, explicava o grupo em nota enviada às redacções, citado pelo ABC Global News. Os utilizadores que não têm uma conta de telemóvel local (Itália) podem adquirir as edições através de um cartão de crédito ou no iTunes da Apple. Uma subscrição semanal do La Repubblica irá custar 3,5 euros e uma edição única 0,79 euros, o website do jornal manter-se-à acessível de forma gratuita.

A promessa do iPad

É a nova coqueluche dos aficionados da Apple e, rapidamente, está a transformar-se no terminal favorito dos editores que vêem no iPad a reunião do melhor das edições em papel, com o mundo digital. Resultado? Apenas 80 dias depois de ter lançado este tablet nos Estados Unidos a Apple já tinha vendido 3 milhões de iPad estando disponíveis mais de 11 mil aplicações para este terminal, segundo informava em finais de Junho a empresa. A Wired é apenas um exemplo de publicações a acreditar no potencial desta plataforma, tendo lançado uma versão adaptada a este terminal. E o iPad foi encarado por alguns editores como o terminal ideal para o regresso de títulos entretanto descontinuados. É o caso da Condé Nast e da desaparecida Gourmet. Saída das bancas no Outono passado, a marca deverá regressar até ao último trimestre, desta feita sob a forma de uma aplicação gratuita para o iPad: a Gourmet Live. O arquivo de receitas da revista, ensaios sobre gastronomia, fotografias, bem como uma maior interactividade com os leitores é o que a ‘renovada’ Gourmet quer oferecer. Para promover uma maior proximidade com os leitores, a Condé Nast estabeleceu ainda uma parceria com a Activate, permitindo aos utilizadores partilhar receitas no Facebook ou Twitter, marcar artigos como favoritos e ver quais aqueles que são mais populares na rede de amigos. A Gourmet Live irá também incorporar um jogo em tempo real, semelhante ao popularizado pela aplicação móvel Foursquare, que irá disponibilizar novos conteúdos (gratuitos e por um valor reduzido) à medida que os utilizadores navegam pela aplicação. “Esta não será uma revista e não é uma versão digital de uma revista. É uma forma totalmente nova de nos relacionarmos com os consumidores”, diz Chuck Townsend, CEO da Condé Nast, citado pela edição online do The New York Times.

Mas não são apenas as revistas a tirar partido, e potenciais receitas, desta plataforma. Também os jornais o estão a fazer. O L.A. Times, por exemplo, avançou este mês com uma aplicação para este terminal. Com um custo de 1,99 dólares, a aplicação permite aos leitores acederem aos mais recentes destaques, fotografias, tweets e um feed noticioso do jornal. De acordo com o site do jornal, os utilizadores podem ainda guardar histórias e fotografias numa secção de Favoritos para visualizar mais tarde, bem como partilhar histórias nas redes sociais, (twitter) e por e-mail.

Bancas digitais: a resposta aos agregadores de notícias

Se não os podes vencer, junta-te a eles. Pelo menos é o que parece ter pensado um conjunto de seis jornais franceses que decidiram avançar para a criação de um site de notícias alternativo ao Google News e uma banca digital a ser lançada em Setembro. Le Monde, Le Figaro, Les Echos, Le Parisien e L’´Equipe juntaram-se para construir uma alternativa ao serviço de notícias do Google, surgindo o projecto como uma resposta à indisponibilidade do motor de busca em partilhar receitas do Google News. O preço dos conteúdos da banca virtual será fixado por cada um dos diários, que também disponibilizam diversos pacotes de subscrição para artigos individuais ou cada publicação. De acordo com o Les Echos, “a monetização dos conteúdos web, o que foi acordado pelos grupos editoriais, é o objectivo”. Neste momento o projecto é financiado pelos seis jornais, mas segundo o ABC.es o grupo está a tentar também obter subsídios disponibilizados pelo governo de Sarkosy para a imprensa e, de acordo com o Xornal de Galicia, os diários estão ainda a negociar com a Orange e a Microsoft para a criação da plataforma que ficará acessível por PC, telemóvel, e-reader e iPad.

A resposta francesa ao Google surge numa altura em que o próprio motor de busca está a desenvolver um sistema de pagamento de conteúdos para sites noticiosos, com lançamento previsto até o final do ano. De acordo com o jornal La Repubblica, o sistema denominado Newspass permite aos utilizadores com apenas um clique aceder a conteúdos pagos e aos editores – através de uma única infraestrutura para web, mobile e tablet – monetizar os seus conteúdos. O serviço permitirá a compra de conteúdos como notícias, vídeo, áudio ou fotografia, estando acessível na web, nos telemóveis ou terminais como o iPad ou outros tablets, adaptando-se a qualquer forma de pagamento que o editor defina, desde micro-pagamentos ou a sistemas de assinatura. Fazendo uma pesquisa no Google News os utilizadores obtêm resultados de conteúdos pagos e gratuitos. Ao optar por um conteúdo pago, será feita uma cobrança através do Google Checkout, não podendo o utilizador aceder ao conteúdo marcado como pago, caso não efectue um pagamento. O Google irá partilhar a informação com os editores, de modo a que possam averiguar o sucesso do sistema.

Quando as redes viram revistas

Fundada por Mike McCue (antigo CEO da Tellme) e Evan Doll (ex-engenheiro sénior da Apple), a Flipboard foi este mês apresentada ao mercado como “a primeira revista social do mundo”. Desenhada de raiz para o iPad, a Flipboard resulta dos conteúdos dos utilizadores disponíveis nas redes sociais, bastando ‘abrir’ a capa da revista e, através do índice de conteúdos, os leitores podem criar e visualizar as suas secções e personalizar a revista. “Com mais de mil milhões de mensagens postadas todos os dias, as redes sociais estão rapidamente a transformar-se na fonte primária onde as pessoas descobrem e partilham conteúdo na rede. O resultado é um fluxo enorme de mensagens e links que as pessoas têm de escolher em múltiplos web sites apenas para se manterem a par”, afirmou Mike McCue, CEO da Flipboard, em comunicado. “Acreditamos que os princípios intemporais da imprensa possam fazer com que as redes sociais sejam menos ruidosas, visualmente mais estimulantes e, em última análise, mais mainstream”, continua.

E o e-commerce, o e-commerce

“As plataformas digitais são cada vez mais atractivas para os anunciantes que exigem uma maior prestação de contas e querem programas inovadores e convincentes que façam com que os utilizadores prestem atenção”. A afirmação é de Connie Anne Philips, publisher da revista de moda InStyle, citada pelo Mashable, justificando a aposta do grupo Time Inc. na compra em Janeiro do Stylefeeder, um motor de busca que faz recomendações com base nas compras online feitas anteriormente pelos utilizadores. A tecnologia do Stylefeeder vai ser usada para potenciar a InStyle Boutique, uma loja virtual que irá estar aberta durante cinco semanas em meados de Agosto aquando da saída em banca da revista de Setembro. Os utilizadores serão encorajados a registar-se e explorar diariamente a boutique, ganhando vários prémios e incentivos. Cada secção da loja irá apresentar até 20 vídeos de peças das marcas anunciantes que os visitantes podem adquirir. Vídeos com as tendências de Outono dos editores da publicação irão também estar disponíveis, podendo os anunciantes introduzir anúncios pre-roll ou em overlay.

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

A empresa compradora, a Live Nation Entertainment, aceita o compromisso de uma política comercial “aberta, transparente e não discriminatória” na Meo Arena, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o seu “congelamento” nos próximos cinco anos

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria anúncio para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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