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João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães

João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães
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João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Corria o ano de 2000, a internet estava longe da velocidade da fibra, ainda mostrávamos as nossas fotografias aos amigos convidando-os para irem lá a casa, Mark Zuckerberg era apenas um geek a fazer das suas na universidade, mobile era enviar SMS e smartphone era um telemóvel com câmara fotográfica e rádio FM. Estávamos longe da era dos tablets e os portáteis ainda eram o último grito da tecnologia. Nesse ano nascia a agência digital portuguesa View, pelas mãos de Nuno Frazão e João Fernandes. Nove anos depois, a View integrava a rede Isobar, do grupo Aegis, e hoje, 14 anos depois, João Fernandes passa a acumular com a direcção criativa da agência em Portugal a direcção criativa da Isobar em Espanha, assumindo o cargo de chief creative officer ibérico. “Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma”, garante ao M&P João Fernandes. Em Espanha, diz, o seu principal objectivo passa por recuperar o ADN criativo da agência.

Meios & Publicidade (M&P): O que muda na sua vida diária com estas novas funções de director ibérico?

João Fernandes (JF): Terei de passar algum tempo em Madrid, apesar de termos também escritório em Barcelona. Passo a ter de fazer mais viagens e a acumular mais umas milhas na TAP, o que não é necessariamente mau. À partida terei de dividir o meu tempo entre Lisboa e Madrid, passarei cerca de duas semanas por mês em Espanha. No entanto vou manter uma gestão permanente e conjunta das duas equipas e atendendo às necessidades das duas agências.

M&P: Ao nível da organização da agência, quer em Portugal quer em Espanha, o que muda com a criação desta direcção conjunta?

JF: Não me clonei, pelo que há necessidade de ocupar um espaço que deixo desocupado em Portugal. Tenho um estilo de direcção criativa que passa por estar muito tempo junto dos clientes e, naturalmente, não terei a mesma disponibilidade. Felizmente, o meu sócio-fundador da View e que continua como CEO da Isobar Portugal, o Nuno Frazão ocupará um pouco desse espaço e recuperará um bocado essa sua experiência de muitos anos de estar junto do cliente. Em Espanha a agência estava sem direcção criativa desde Agosto do ano passado, portanto a alteração estrutural é sobretudo a minha presença, se bem que a agência já estava dentro de um processo de reestruturação. A agência é bastante maior do que em Portugal e há, naturalmente, aspectos em que se tornou muito boa e outros não tão boa. Neste momento, há um processo de fusão entre uma equipa que estava muito dedicada a social media, à gestão da presença de marcas nas redes sociais, da sua estratégia e do seu valor para estes canais, e a equipa criativa. As duas operavam de uma forma muito independente e agora passarão a operar de uma forma integrada, à semelhança do modelo que construímos em Portugal.

M&P: Mas ao nível da própria organização do trabalho, no desenvolvimento dos projectos, muda alguma coisa em Portugal?

JF: Não, eventualmente o que acontecerá que haverá pessoas que vão ter espaço para assumir outros níveis de responsabilidade e uma autonomia acrescida, mas do ponto de vista organizacional dos processos não se vai alterar nada. Apesar de estar em Espanha, continuo a acompanhar processos a decorrer em Portugal e quando estou em Portugal faço o mesmo em relação a Espanha. Depois veremos com o decorrer do trabalho se essa necessidade surge ou não, mas para já não estamos a contar mudar nada.

M&P: E em relação a new business, vão trabalhar os novos clientes de forma integrada a nível ibérico ou haverá sempre clientes separados?

JF: Há, de facto, clientes separados, se bem que há uma ambição maior, que é também uma ambição minha pessoal. Sempre tive uma visão muito iberista e isso é uma coisa estranha porque em Portugal nunca fizemos muito uso da palavra Ibéria. Nunca senti da parte de Espanha uma pretensão de, ao usar a palavra Ibéria, exercer algum tipo de domínio ou hegemonia sobre Portugal. A verdade é que na Ibéria, enquanto região, podemos desenvolver um conjunto de sinergias e ter uma força somada que deveria ser utilizada e colocada ao serviço do desenvolvimento dos negócios e das empresas. Acredito que isso será possível dentro da Isobar, que tem uma forma de se organizar que é muito regional. Já nos organizamos em termos globais por hubs regionais. Temos um hub europeu, e há também uma grande liberdade para que as agências em cada mercado se reorganizem quase numa lógica de hubs virtuais, como já tínhamos inclusivamente com Espanha e com o Brasil como uma ponte para a América Latina. Espero que venha a ser possível criar uma proposta ibérica para a Isobar a partir desta decisão de me ter como responsável ibérico para a criatividade.

M&P: Já têm casos de marcas portuguesas para as quais vão desenvolver projectos para o mercado espanhol?

JF: Já o estávamos a fazer, há o caso da Zippy, da Sonae, para a qual já fazíamos uma parte importante da marca em Espanha. O inverso ainda não existe mas creio que é uma questão de tempo. Estamos neste momento a trazer para Portugal algumas competências que temos em Espanha mas não temos no mercado português, mesmo em termos de desenvolvimento digital. Temos uma unidade chamada PS Life, que se dedica a projectos especiais digitais, que tem muito a ver, por exemplo, com a presença das marcas no retalho. Temos já algumas propostas apresentadas em Portugal que tiveram origem nas nossas competências técnicas em Espanha.

M&P: Há pouco dizia que a Isobar Espanha estava a perder a sua componente mais criativa…

JF: Não é correcto dizer isso. Na verdade a agência continua a ser criativa, o seu negócio é que se desenvolveu e realmente começou a trabalhar os new business a partir da sua unidade de media. Ou seja, a Isobar tem no seu ADN ser uma agência criativa.Trabalha essencialmente sobre meios digitais apesar de esta definição do que é o meio digital ter vindo a sofrer grandes transformações e de haver quase uma vontade, embora não partilhemos totalmente, de não nos denominarmos agências digitais. Nós somo-lo assumidamente, o mundo tornou-se digital e o seu território é que se alargou. Mas o negócio em Espanha desenvolveu-se muito alavancado nas oportunidades que o negócio da media gerava, portanto, de certa forma, foi-se subalternado ao mesmo, no nosso entender demasiado. Diria que um dos meus muitos mandatos é o de procurar recuperar esse ADN criativo e essa independência criativa da agência em Espanha.

M&P: O mercado espanhol é evidentemente maior do que o português. Como é que fica a nível de pesos no volume de negócios da Isobar? O que corresponde a Portugal e a Espanha?

JF: Do ponto de vista demográfico Espanha é quatro vezes maior do que Portugal, do ponto de vista económico é muito mais, cerca de 10 vezes maior. Espanha sofreu como nós os efeitos da crise. Por estar num patamar mais alto, creio que a queda terá sido maior ainda, mais acentuada, mas não estão definidos objectivos diferenciados. Os objectivos financeiros de cada unidade do grupo Isobar estão indexados ao potencial de crescimento e à situação particular que cada país vive. Há um conjunto de objectivos claros para Espanha, mas, ao contrário de Portugal, que tem o seu negócio estruturado e os objectivos do ponto de vista financeiro, em termos relativos, são bem mais ambiciosos. Em Espanha há o tal objectivo maior de recuperar esse perfil criativo, não colocando para já objectivos financeiros muito ambiciosos e muito claros à frente.

M&P: Em termos do volume de negócio, quanto vale percentualmente o mercado português e o espanhol?

JF: É difícil compará-los porque esta relação tão íntima da operação em Espanha com o negócio da media torna difícil separar a componente criativa daquilo que é o negócio de media. Honestamente não consigo fazer essa separação de uma forma clara.

M&P: Havendo esta direcção, significa que de alguma forma a agência em Portugal perde parte da sua autonomia?

JF: Não, pelo contrário, ganha importância. Não creio que venha a ter esse impacto negativo na operação em Portugal, onde temos uma operação muito bem construída e muito bem organizada. Temos uma equipa particularmente sénior para uma agência digital, a média de idades está nos 32 anos, o que é invulgar para uma agência com este perfil. Significa que as pessoas que estão na nossa estrutura têm muitos anos de experiência que lhes permite assumir estas oportunidades de se autonomizarem.

M&P: Mas ao nível da tomada de decisões estratégicas em Portugal, estas terão de passar de alguma forma pela direcção da agência a nível ibérico?

JF: Não, este meu duplo papel resume-se claramente apenas aos aspectos criativos e da direcção criativa da agência. Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma.

M&P: Quais é que diria que são as principais vantagens desta modelo de direcção criativa conjunta?

JF: Existem claras afinidades nesta abordagem regional e ibérica onde há um conjunto de sinergias que podem ser aproveitadas e, do ponto de vista criativo, elas são claras. Somos povos muito próximos, muito mais próximos do que gostamos de imaginar sê-lo, e acredito que há todo um aproveitamento de uma dinâmica criativa que pode ser feito. Ter duas equipas a trabalhar em paralelo sobre o processo de produção de ideias irá resultar num aproveitamento das mesmas de forma muito mais optimizada e superior.

M&P: Falou em sinergias. Vai haver algum tipo de intercâmbio de profissionais entre as agências em Portugal e Espanha?

JF: Quero acreditar sim, embora não esteja planeado para já. A minha chegada a Espanha é muito recente, estou a introduzir algumas alterações, há necessidade de reforçar a equipa e estamos a recrutar pessoas com aquilo que eu considero ser o perfil adequado para construir o tal ADN criativo. Portanto, há ainda uma necessidade de arrumar a casa em Espanha antes de pensarmos nesse tipo de dinâmicas.

M&P: Quantas pessoas tem em cada uma das agências?

JF: Em Portugal, se juntarmos todas as competências, tem mais de 40 pessoas. Em Espanha somos perto de 70 pessoas.

M&P: Falando agora sobre o mercado digital, quais diria que são actualmente as principais diferenças entre os dois países?

JF: Há uma maturação de vários canais digitais em Espanha que não aconteceu em Portugal. Isto significa que há mais possibilidades. Começando pelas redes sociais, em Portugal há uma grande rede social que todas as marcas utilizam de uma forma ou de outra que é o Facebook. Em Espanha temos mais do que uma, por exemplo o Twitter é uma rede com clara popularidade em Espanha, o que, juntamente com outras oportunidades, cria um cenário em que é possível explorar ideias de uma forma um bocado diferente. Por outro lado, foi um mercado que durante muito tempo viveu de outro tipo de condições e de outro tipo de marcas, como a Telefónica que se desenvolveu como um dos grandes players mundiais de telecomunicações. Há uma forma de estar em Espanha que talvez leve os decisores e empresários a assumir uma maior ambição. Em Portugal talvez soframos de algum complexo, somos mais acanhados na forma de criar oportunidades e de as aproveitar.

M&P: Em que fase da vida diria que se encontra o mercado digital em Portugal?

JF: No que diz respeito à utilização do digital pelas marcas, ainda há um caminho a percorrer, não fomos tão ambiciosos como podíamos ter sido, não corremos tantos riscos como podíamos ter corrido, tem a ver com a nossa forma de estar. É difícil fazer esse racional porque a dimensão de Espanha é superior mas diria que estamos um pouco mais atrasados, sem dúvida, mas não por falta de competências nem de vontade do ponto de vista das agências. As agências nos últimos anos têm vindo a ser muito criticadas em inúmeros artigos que falam de falta de coragem. A coragem existe, a competência também, falta o mercado permiti-lo.

M&P: É do lado dos anunciantes que está a faltar coragem?

JF: As marcas tiveram inevitavelmente de assumir posturas mais cautelosas, portanto não o digo com sentimento crítico, é difícil imaginar o que é estar no lugar de uma marca que tem um budget reduzido para gerir, tem as vendas a sofrer pressões de várias ordens e tem de tomar decisões que por vezes são difíceis. Mas creio que as marcas não conseguiram entretanto tirar proveito das oportunidades que o meio digital podia claramente criar, o meio digital já provou ser capaz de gerar os KPI e o tipo de métricas a que as marcas estavam de alguma forma a utilizar no passado, como notoriedade, conversão, onde o digital já mostrou até poder ser superior. Esses méritos ainda não foram totalmente incorporados no planeamento de marketing das marcas e transformados em briefings concretos para as agências.

M&P: Os hábitos de consumo de media têm vindo a alterar-se, também em Portugal onde a penetração de dispositivos móveis como smartphones e tablets é já bastante significativa. O que é que explica o facto de o investimento no digital e em especial no mobile ser ainda tão reduzido?

JF: É uma combinação de factores. Nunca fomos um povo conhecido por investir em contraciclo, quando há uma crise somos os primeiros a travar e a assumir uma postura muito cautelosa e, provavelmente, somos os últimos a sair desse casulo protector em que nos inserimos. Todos os números indicam, e isso já nem sequer é uma dúvida para todos nós, que o mobile representa uma oportunidade extraordinária, esta ideia de que podemos estar permanentemente conectados, a qualquer hora e em qualquer lugar, é em si uma oportunidade para as marcas. É a grande promessa do digital, que sempre prometeu isso mas com um computador de secretária não podia cumprir a promessa. Havia uma espécie de horário para estar no digital, o mobile liberta-nos desse último grande constrangimento para estarmos permanentemente ligados. Essa é uma oportunidade singular e que as marcas inevitavelmente irão aproveitar e cabe também às agências construir propostas nesse sentido e elas já estão a acontecer. Se virmos os números de pessoas que acedem às marcas a partir de dispositivos móveis, eles cresceram de forma absolutamente exponencial. Mas há marcas que nem sequer têm os seus sites preparados para serem vistos a partir desses dispositivos, o que já cria um sentimento de urgência de que alguma coisa precisa de ser feita.

M&P: Quais são as principais tendências que identifica no mobile para os próximos cinco anos?

JF: Não sou grande futurologista mas diria que o mobile vai continuar a evoluir no sentido de se transformar num dispositivo verdadeiramente potente. Os estudos mostram que os tablets têm vindo a colocar ruma pressão enorme sobre a venda de computadores portáteis, para quê ter uma coisa tão grande quando posso ter algo mais pequeno e que pode andar sempre comigo, autónoma e que pode fazer tantas coisas que se podia fazer com o portátil. Não queria entrar em nenhuma tecnologia em particular, acho que sobretudo vai dar-nos cada vez mais possibilidades de estar permanentemente ligados, aceder a informação e utilizar essa informação. Um dos aspectos fundamentais será a Big Data, o telemóvel está sempre a dizer onde estamos e isso diz muito sobre o nosso perfil e as operadoras de telecomunicações vão seguramente transformar essa informação em produtos, algumas já o estão a fazer.

M&P: Nos próximos três ou quatro anos o mobile vai tornar-se efectivamente no primeiro ecrã?

JF: Sem dúvida, essa transformação já está em curso. Em termos de design de tecnologia, a maioria dos projectos que desenvolvemos, mesmo logo ao nível da construção de uma interface, posso dizer que já começa por uma abordagem mobile first, ou seja, primeiro preocupamo-nos em criar uma experiência optimizada para os dispositivos móveis e a experiência móvel é mais do que um dispositivo, é um contexto de utilização também, tenho de garantir que posso estar a usar a andar ou em qualquer situação. Neste momento, grande parte da forma de elaborar as soluções, logo a partir dos nossos designers, já começam a partir desse approach mobile first. Isso é verdadeiramente indicativo da transformação que está em curso.

A versão integral desta entrevista poderá ser vista em breve em formato vídeo na nova secção M&P TV no nosso site

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“As marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

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As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

Os compromissos assumidos pela empresa compradora, a Live Nation Entertainment, reforçam uma política comercial de utilização da Meo Arena “aberta, transparente e não discriminatória”, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o “congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a Autoridade da Concorrência

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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Bar Ogilvy cria campanha para época de festas na Madeira (com vídeo)

A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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