Como eles olham para o mercado angolano
Oito profissionais explicam as expectativas das suas marcas em Angola. Leia os testemunhos da Ford, Sumol+Compal, Bacalhôa, Vista Alegre, Aveleda, Sociedade Central de Cervejas, Sendys e Barbot Alexandra Figueiredo directora […]
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A Ford, através da Robert Hudson como importador oficial, é a mais antiga marca do sector automóvel a actuar em Angola. Evoluiu com o País e cresceu com os angolanos. Com o marco histórico dos 90 anos, a ser assinalado em 2016, a Ford quer reforçar o seu posicionamento no mercado – “Motor de Angola desde 1926”.Superbrands 2014, a Ford é a única marca do sector automóvel a afirmar-se com esta distinção. Uma forte aposta na formação dos recursos e no serviço de apoio ao cliente, faz com que a Ford mantenha como meta os primeiros 5 lugares do ranking, em Angola.
2015 é um ano de desafios. A alteração do comportamento do consumidor para a preferência de veículos ligeiros de passageiros trouxe-nos a necessidade de analisarmos o nosso portefólio e de revermos a forma como a marca é vista pelos clientes. A aposta nos segmentos A e B vai ser forte para este ano. O lançamento do novo Ford Focus – O Modelo mais vendido do mundo – iniciou um plano de promoção destes segmentos e, ao mesmo tempo, de aproximação ao público jovem.
Além das campanhas desenvolvidas localmente com forte activação nas redes sociais, a Ford vai continuar a apostar nas fortes parcerias que foi construindo ao longo dos anos – Raid Kwanza Sul, Cinfotec, Obra da Divina Providência. A vertente de responsabilidade para com a comunidade e com o ambiente são temas de agenda para activação ao longo do ano, envolvendo a empresa com os principais stakeholders e media. Reforçando a relevância internacional da presença da Ford no mercado angolano, Angola será o primeiro país africano a lançar oficialmente o Ford Mustang. Fica a promessa de um momento único e cheio de glamour.
A Sumol+Compal é líder do sector das bebidas não alcoólicas em Portugal e tem a ambição de ser uma empresa de referência a nível internacional nas bebidas de fruta e de vegetais. Esta ambição implica ter a capacidade para desenvolver operações relevantes em diversos mercados no exterior, designadamente em África. Angola é um mercado estratégico para a Sumol+Compal, sendo que as autoridades locais têm vindo a implementar um conjunto de medidas de fomento à industrialização do país com o propósito de reduzir a dependência externa em diversos sectores de actividade, nos quais se inserem as bebidas.O projecto da Sumol+Compal Angola insere-se neste enquadramento e continua a ser um dos pontos de focalização da empresa para desenvolver o seu negócio. A nossa unidade industrial, localizada no Bom Jesus, nos arredores de Luanda, destina-se à produção e embalamento de sumos, néctares e refrigerantes das nossas marcas em Angola e implica um investimento de 51 milhões de dólares. Com o arranque de operação previsto para o segundo semestre de 2015 estimamos a criação de 180 postos de trabalho directos. A escassez de divisas motivada pela redução significativa do preço do petróleo está a dificultar o pagamento de facturas ao exterior e poderá condicionar o cumprimento das metas de crescimento económico que projectámos para este ano. É um motivo de preocupação mas não põe em causa a confiança que temos no potencial do mercado de Angola para as nossas marcas. A inovação mantém-se como um ponto fulcral da estratégia da empresa tendo-se atingido neste exercício um novo máximo histórico do peso das vendas de produtos inovadores no total de vendas das marcas Sumol+Compal. Em Angola não será diferente e já em 2015, Sumol lança um sabor inovador que junta a doçura da manga ao picante do jindungo. Compal, que mudou de imagem em 2014, prepara-se agora para inovar em Angola lançando sabores e conceitos que procuram satisfazer as necessidades do mercado angolano.
Bruno Rebelo de Sousa
Sendo Angola um dos mercados onde o vinho português é abraçado pelo consumidor com entusiasmo e carinho, a ligação de mais de 40 anos que o grupo Bacalhôa tem com Angola, tem permitido acompanhar esta contínua evolução de um mercado com singularidades e contextos próprios. Este conhecimento histórico permite a célere adaptação aos diferentes momentos, a rápida implementação de acções e a busca constante em superar as expectativas daquele que é o nosso melhor enólogo – o cliente. Como em qualquer outro mercado, onde o dinamismo é uma característica, onde a diversidade impele-nos sempre a estar na linha da frente, sem nunca esquecermos o caminho percorrido, é a olhar para o futuro que as nossas metas se atingem. A actual conjuntura elevou a fasquia dos players que operam em Angola. Se para alguns foi a tábua de salvação perante a conjuntura que se vivem em Portugal nos últimos 10 anos, as empresas portuguesas que foram para Angola com a expectativa errónea de um retorno rápido, vão reviver as dificuldades que sentiram em Portugal.A recente alteração no fluxo de divisas levanta desafios claros às empresas onde a exportação é o core-business. A internacionalização será um dos rumos para muitos operadores, a presença em Angola será um dos caminhos, na senda daquilo que foi a mensagem clara da intelligence politica angolana.
Serão as empresas mais bem preparadas, onde as parcerias locais são fundamentais para o insight de um mercado linguisticamente próximo, mas culturalmente distinto, que permitem as marcas nacionais de valor navegarem por estes tempos agitados, e encarar os desafios que se avizinham com o aprofundar do processo de integração de Angola na SADC (Southern African Development Community). Com a crescente modernização que se vive em Angola, com a orientação para formalização do mercado – próximo dos melhores exemplos de conhecemos pela Europa, é pela via da diversificação e proximidade que qualquer empresa deve seguir, e as marcas do grupo Bacalhôa (Bacalhôa Vinhos de Portugal, Aliança Vinhos de Portugal e Quinta do Carmo) não serão excepção. E isto significa uma maior focalização dos investimentos quer ao nível de comunicação e marketing, que acompanham a evolução das marcas, bem como dos indicadores de avaliação da performance das marcas.
A loja Vista Alegre em Luanda completou em 25 de Novembro de 2014 o seu primeiro aniversário. Foi um ano de implementação e consolidação da marca em Angola em que a estratégia pioneira de loja exclusiva própria foi claramente uma aposta ganha. Através da instalação de uma loja de marca com a mesma imagem que a rede de lojas em Portugal detém a Vista Alegre potenciou a imagem de requinte, elegância e sofisticação junto dos seus clientes angolanos, habituados já a estes parâmetros que norteiam a marca portuguesa.A abordagem, em primeiro lugar, foi o segmento doméstico, com a sua variada e extensa colecção de artigos, suportado pelo apoio que a própria loja providenciou na exposição dos mesmos e na qualidade do serviço ao cliente.
Para 2015 a marca consolidará ainda mais a presença líder que detém no segmento doméstico, ao nível dos serviços de mesa de porcelana e cristal, assim como do giftware, área que se prevê que tenha um crescimento superior a dois dígitos este ano. A loja apresentará cada vez mais uma dinâmica crescente de apresentação de novas colecções, suportadas por eventos específicos direccionadas para o target de clientes que caracterizam o portfólio da marca.
Será também lançado um Serviço de Apoio a Empresas, que terá a responsabilidade de apresentar soluções de produtos especialmente destinados ao corporate. Este serviço terá profissionais qualificados e disponíveis para se deslocarem às instalações dos clientes e apresentarem essas soluções em porcelana e/ou cristal, podendo as mesmas englobar a personalização das peças ao gosto do cliente. O sector da banca terá aqui um peso bastante importante.
O ano de 2015 será também muito importante pois é o ano que celebra os 40 anos da Independência de Angola, e a Vista Alegre está já a posicionar-se para apresentar uma série de peças alusivas a essa importante data junto das entidades oficias de Angola e também junto de sector empresarial angolano. A Vista Alegre apresentará também peças alusivas a datas especiais em Angola (Independência, Dia da Mulher, Memorial Agostinho Neto, etc) que celebrem a cultura angolana. Está também prevista a parceria com vários artistas angolanos com vista à criação de peças exclusivas decoradas/criadas por estes e que reflictam nas peças as suas obras mais marcantes.
2015 será também o ano em que a Vista Alegre crescerá no segmento de hotelaria premium com os novos produtos inovadores que detém na sua gama e que o mercado angolano deste sector está ávido de adquirir. Em 2015 a equipa comercial da Vista Alegre deverá crescer, principalmente para os canais corporate e hotel e abarcará já a totalidade do território angolano.
Os desafios que, actualmente, se colocam à economia angolana são os de todas as empresas portuguesas que operam naquele país. Mas este deve ser também visto como um momento de oportunidades. Um momento para testar a solidez da nossa marca em Angola. Um momento para aprofundar os nossos laços com quem ao longo de mais de uma década depositou a sua confiança no nosso trabalho e, desta forma, reforçar a nossa presença no país.O principal pilar da nossa orientação estratégica em Angola sempre foi a relação directa com o cliente e o serviço de excelência. Assumimos esta postura desde o primeiro momento: a de uma marca que existe para simplificar o trabalho das outras empresas. Ao longo dos anos, fomos aprofundando o nosso conhecimento do terreno e conseguimos sempre adaptar-nos às necessidades das empresas, dotando-as de ferramentas e sistemas com capacidades e competências adequadas para enfrentar os desafios dos seus negócios e a promover o seu desenvolvimento sustentável. Esta tem sido uma estratégia ganhadora, tanto para a Sendys como para os seus clientes.
Angola foi um dos primeiros mercados de exportação da Aveleda. O mercado angolano é o sétimo maior mercado de exportação para a Aveleda. É um mercado difícil, pois o consumidor angolano ainda está muito focado em vinhos tintos, sendo o mercado de vinhos brancos muito incipiente. Mesmo existindo um forte consumo de peixe e marisco, ainda há um hábito de acompanhar todas as refeições com vinho tinto. Acreditamos que estes hábitos de consumo irão evoluir no futuro e sendo as nossas marcas Casal Garcia e Aveleda muito fortes em vinhos brancos, este mercado tem um futuro interessante para nós. Por isso, é uma aposta da Aveleda, que continua todos os anos a investir no mercado. O ano de 2015 terá desafios adicionais, dada a situação económica e financeira que o país atravessa, mas a nossa aposta é de longo prazo e estamos certos que os investimentos até agora realizados darão frutos.
Nuno Pinto
de Magalhães
O mercado de Angola tem sido um importante mercado de exportação das nossas marcas, nomeadamente o de cervejas! Este ano por diversas vicissitudes, anúncio de quotas de importação e a dificuldade em obter divisas, o mercado tem-se ressentido significativamente de uma forma geral em todas as categorias. Com base nestes condicionalismos estamos a tentar maximizar a nossa presença junto dos nossos consumidores que reconhecem a qualidade e a notoriedade da cerveja Sagres como oferta diferenciadora face as outras marcas existentes.
A Barbot tem vindo a registar um crescimento sustentado no mercado angolano, contando actualmente com uma unidade de produção, sete lojas próprias e uma rede de revendedores nas principais cidades do país. A nossa crescente presença em solo angolano permite-nos responder com rapidez e eficácia a essa procura e solidificar a nossa posição no mercado, não apenas com as grandes obras, mas também através do serviço directo a profissionais e clientes finais.Este ano a Barbot prevê manter a trajectória de crescimento que tem registado desde a entrada em Angola em 2006, através do alargamento de pontos de venda, tanto próprios como através de revendedores. A nível de marketing, temos algumas campanhas previstas, que visam o reforço da notoriedade da marca e do seu posicionamento como marca de referência no sector das tintas.