Em Versalhes com a Academia Internacional das Artes e Ciências de Televisão
O Théâtre Montansier acolheu a Academia Internacional das Artes e Ciências de Televisão para o visionamento do primeiro episódio da série Versaille. A série suscitou opiniões díspares e, indiferente à de tantos outros críticos que se pronunciaram como um sacrilégio, fora vendida para toda a Europa, à excepção de Itália e países nórdicos
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O dia inteiro e solarengo de sexta-feira foi passado em Versalhes, o nome da série franco-canadiana falada em inglês. Sim, são maioritariamente franceses a produzir em outra língua que não o francês para ser exibida em França no Canal+ e a pensar para fora. O Théâtre Montansier acolheu a Academia Internacional das Artes e Ciências de Televisão para o visionamento do primeiro episódio da série Versaille. A série suscitou opiniões díspares e, indiferente à de tantos outros críticos que se pronunciaram como um sacrilégio, fora vendida para toda a Europa, à excepção de Itália e países nórdicos para já; e também sem data de estreia em Portugal.
Na audiência houve quem supusesse que os direitos da série Versailles, distribuída pela Zodiak, chegaram ao mercado internacional por um valor baixo. Os co-produtores franco-canadianos anunciaram que vão avançar para a produção de uma segunda temporada, ainda sem a primeira ter sido emitida e, consequentemente, sem dados audimétricos. Quando questionados pela correspondente da Variety, Elsa Keslassy, já em fim de conversa e numa última pergunta, sobre o que poderia ser o argumento de uma segunda temporada desta história que remonta às ambições de Louis XIV, em 1660, de construir o Château, os criativos e produtores em palco, optaram por não responder. O elenco é jovem e George Blagden (Grantaire, no filme de 2012, em Les Misérables e fez também a série Vikings) tem 24 anos e protagoniza um rei com 22 anos e 6 anos à frente do torno francês. O actor foi convidado com poucas semanas de antecedência mas mesmo que lhe tivessem dado meses para se preparar, considera que nunca estaria preparado com tanta informação que há para pesquisar sobre Louis XIV.
O elevado investimento na produção, 30 milhões de euros, aposta que certamente irá continuar em Cannes. Esta promoção da série com o screening para um conjunto de profissionais privilegiados da Academia foi muito bem conseguida, tendo terminado numa visita que fez jus ao Palácio de Versailles, muito mais bonito à noite, com músicos vestidos à época tocando cravo, entre os salões, numa festa que teve a honra de ter «Monsieur le Président», François Hollande, que preferiu estar connosco do que com outras beldades no Paris Fashion Week.
A importância da Academia
Ser membro desta Academia devia ser prioritário para quem quer crescer em mais mercados televisivos. Já em 2008, no Rio de Janeiro, Lula da Silva brindou-nos com a sua presença e este ano, a minha amiga Duda Pereira e a sua maravilhosa equipa da Globo levaram Dilma Rousseff ao encontro dos membros da Academia. Há muitas novidades mas terão de ficar para outro dia; mencionar três Presidentes da República em exercício é exemplificativo do que menos importância aparenta ter tudo o que a Academia se propõe e faz. Quando se concretizar o Academy Day e a semana Emmy em Portugal quero levar o próximo Presidente da República Portuguesa, como fizeram os meus pares no seu país. É caro produzir um evento como este mas um dia teremos uma indústria à altura de o receber. Para já quero referir que procuro profissionais deste meio para se juntarem à Academia e se me pedirem informações, à vossa responsabilidade, eu consigo ser muito persuasivo. Desde que faça sentido para vós e para a Academia, terei todo o gosto em ser o proponente (e, não, não sou comissionista nem recebo qualquer compensação por cada «conseguimento»). Quantos mais profissionais de países de língua portuguesa, incluindo, lá está, Portugal, se juntarem, teremos mais força. Somos actualmente 39% da Europa, 12% da Ásia, 11% da América do Sul, 4% do Canadá, 3% de África, 3% da Austrália, 3% do Médio Oriente e 25% dos E.U.A. – em 2004, 43% dos membros eram dos E.U.A. – eu entrei em 2005 na melhor organização internacional que conheço e há tanto para fazer e por onde se pode crescer…
Regressei no sábado ao início da tarde a Paris de comboio, fui a pé de Montparnasse à Gare de Lyon e continuo agora a escrever a partir do TGV que me levará, acredito, a Cannes. Amanhã, domingo, irei ao Palais des Festivals et des Congrės ver o stand de Portugal antes do MIPCOM abrir as portas na segunda-feira às 8h30: é a primeira vez que Portugal estará presente através do esforço conjunto entre ICA, APIT, RTP, SIC e TVI.
A minha actividade aqui poderá, espero, ser acompanhada com #PortugalMIPCOM e via M&P com um balanço de cada dia, do que vi, ouvi e ajudei, isto se lá chegar. Se estiverem presentes, pelo sim, pelo não, tragam galochas para chegar aos passeios na Croisette e façam o favor de usar a hashtag #PortugalMIPCOM. Quem não se quer molhar este ano, pode sempre torcer por nós e será muito bem-vindo/a no próximo.
Artigo de José António Chagas Machado, em Versalhes