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Agências dizem sim ao híbrido e abrem a porta à semana dos 4 dias

Depois de Islândia, Nova Zelândia, Bélgica, Espanha ou Suécia, está a chegar a vez de Portugal experimentar a tão falada semana de quatro dias. O projeto vai ser testado no […]

Sandra Xavier
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Agências dizem sim ao híbrido e abrem a porta à semana dos 4 dias

Depois de Islândia, Nova Zelândia, Bélgica, Espanha ou Suécia, está a chegar a vez de Portugal experimentar a tão falada semana de quatro dias. O projeto vai ser testado no […]

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Depois de Islândia, Nova Zelândia, Bélgica, Espanha ou Suécia, está a chegar a vez de Portugal experimentar a tão falada semana de quatro dias. O projeto vai ser testado no privado, em 2023, mas há empresas que se adiantaram e para quem a palavra flexibilidade já faz parte do léxico. É o caso de algumas agências com quem o M&P falou para perceber se a adoção deste modelo faz sentido na indústria criativa

“Há muitos anos que beneficiamos de redução de horário semanal, em determinados meses do ano. Mas este ano, na WYcreative, vive-se, desde julho, num modelo de quatro/quatro dias e meio por semana, porque se ampliou o horário de verão até 31 de dezembro”, avança Rita Baltazar, partner e administradora do WYgroup, a que pertence a agência criativa resultante da fusão entre as agências By e Fever.
O mesmo acontece na FCB Lisboa. “Há oito anos que estamos num constante processo de reduzir horas de trabalho dos colaboradores, sem diminuir a remuneração. Já fizemos quase tudo: reduzir uma hora por dia de trabalho, todos os dias, oferecer as sextas-feiras à tarde aos colaboradores. Ainda não temos planeado ativar a semana de quatro dias, mas está aí algo para pensarmos fazer. Quem sabe em 2023?”, reflete Edson Athayde, CEO e chief creative officer da agência.
Mas nem todos têm experiências idênticas. No caso do grupo Havas Portugal, o presidente da Havas Worldwide, Pedro Graça, refere que na agência de publicidade não testaram a semana de quatro dias, mas adianta que “outras empresas do grupo estão a ponderar dar esse passo”.
Susana Albuquerque, partner e chief creative officer da Uzina, recorda duas experiências diferentes dentro da agência: “Já tivemos um copy que trabalhava quatro dias por semana. Funcionou durante algum tempo, até deixar de funcionar. Ele era o único nesse modelo. Não trabalhava às sextas, mas os projetos continuavam às sextas. Esse descompasso era difícil de gerir. Por outro lado, temos uma outra experiência a decorrer, e bem, porque inclui toda a agência. Às sextas, fazemos jornada intensiva das 8h30 às 16h30. Conseguimos organizar-nos para cumprir este horário, os clientes estão avisados, nenhum trabalho fica pendurado por isso, e é motivador para as pessoas saberem que têm parte da tarde livre.”

Criativos “apenas” quatro dias por semana

Mas, afinal, a semana de quatro dias funcionaria bem na área criativa?
Edson Athaíde não hesita: “Deus não inventou a semana de trabalho de cinco dias. Nem Alá, nem Buda. Semanas e horários funcionais não passam de convenções. Ajudam a que nos organizemos dentro de uma linha industrial de produção. Dão jeito, mas não devem ser encaradas como algo sagrado. Com planeamento e organização seria possível, a quase todos, o trabalho em quatro dias em vez de cinco. Na publicidade, de certeza. Na área criativa, mais ainda.”
Rita Baltazar vai mais longe: “Funcionaria bem em todas as áreas onde o core são as pessoas. Não só na área criativa. É errado continuarmos a utilizar as mesmas ferramentas para atrair, reter e aculturar talento. As semanas de quatro dias são um dos muitos exemplos, mas existem outros, porque o mais importante não é a forma do benefício, mas a iniciativa em si. E a capacidade de perceber o que melhor se adapta à equipa e área de negócio onde estamos. O one size fits all perdeu validade e, para os mais desatentos, tudo mudou, nós inclusivamente.
Susana Albuquerque, que foi recentemente reconduzida na presidência do Clube de Criativos de Portugal, rende-se às “evidências”. “É mais justo trabalhar quatro dias e descansar três, em vez do que vivemos agora, trabalhar cinco dias e descansar dois. Acredito que caminharemos para a semana de quatro dias, sobretudo para ganhar qualidade de vida, além de estarmos a contribuir para a redução da pegada de carbono, se pensarmos a uma escala planetária”, afirma, ressalvando, no entanto, que “a dificuldade deste modelo, na criatividade, é o trabalho em equipa”. “Nesta profissão todos dependemos de todos. Acho que o modelo funciona se for para todos, e não só para alguns. E levanta questões para as quais não tenho resposta. Trabalharemos todos de segunda a quinta ou os dias serão rotativos? Como se gerem essas agendas?”, questiona.
Por sua vez, Pedro Graça defende que, “para que funcione bem, é necessário organização e disciplina para que os quatro dias sejam efetivamente quatro dias de trabalho”.

Vantagens compensam desvantagens

Felicidade e maior produtividade são, desde logo, apontadas como duas das vantagens de uma semana de quatro dias de trabalho. “Vejo pelo nosso exemplo das sextas. Trabalha-se com mais foco para conseguir sair a horas”, constata Susana Albuquerque. Edson Athayde acrescenta: “Maior produtividade, pois haverá menos tempos mortos entre projetos. Colaboradores mais organizados, mais descansados e com menos questões pessoais a resolver durante os dias de trabalho. Pessoas com mais referências culturais e de vida, pensado que elas poderão ver mais filmes, ouvir mais músicas, passear mais, etc.” Pedro Graça também realça o facto de os colaboradores poderem ter mais tempo livre “o que, em princípio, se traduz em pessoas mais felizes, com mais tempo para tratarem de assuntos pessoais e, por reflexo, mais produtivas e focadas nos quatro dias de trabalho”.
Rita Baltazar não tem dúvidas. Vantagens? “Todas. Índice de felicidade das equipas, nível de motivação, atração e retenção de talento. Trabalha-se com mais antecipação e organização para garantir que todos os projetos seguem os timings previstos. E, acima de tudo, contamos com a parceria dos nossos clientes, que se juntam com solidariedade a estes momentos, o que ajuda a agilizar”.
No entanto, a partner do WYgroup admite que “nem sempre conseguimos. Há algumas variáveis que não se conseguem controlar, como situações de última hora, alteração de deadlines. Não consideramos desvantagens, são desafios. Mas qual é o modelo que não tem desafios? Compensam todos os outros dias em que se consegue, e muito!”, garante.
Já para o presidente da Havas Worldwide Portugal, uma coisa é a teoria, outra é a prática e explica porquê: “A logística de implementação é complicada – como se distribuem os quatro dias de trabalho pela semana? São iguais para todos, ou são rotativos para que a empresa tenha sempre equipas a trabalhar durante os tradicionais cinco dias úteis da semana? A resposta a estas questões não é fácil”.
Quanto à presidente do Clube de Criativos e partner da Uzina, a maior desvantagem é “o quebra-cabeças de encaixar as agendas de quem está e quem não está durante a execução de cada projeto”. Nada que assuste o CEO da FCB Lisboa. Para Edson Athayde, o principal desafio da flexibilidade de horários é “convencer alguns clientes que o tempo em que era giro confundir agência de publicidade com escravatura já passou”.

O híbrido veio para ficar

Diferenças de opinião à parte, certo é que as quatro agências abordadas pelo M&P já se renderam ao regime de trabalho híbrido, na maioria, adotado depois da pandemia.
Na Havas Wordwide Portugal “funcionamos em regime híbrido: três dias de trabalho presencial, dois dias de trabalho remoto. Há uma grande flexibilidade no nosso modelo híbrido, pois deixamos que as equipas se organizem e decidam, em função do trabalho, qual a melhor maneira de distribuírem o seu tempo”, realça Pedro Graça. Também a Uzina optou pelo “regime híbrido: segundas, quartas e sextas na agência. Às terças e quintas só vai à agência quem quer”, explica Susana Albuquerque.
Em algumas unidades do WYgroup, o híbrido já era praticado. Atualmente, estendeu-se a todo o grupo, embora existam “vários modelos implementados, que dependem das características e perfis das equipas”, salienta Rita Baltazar.
Já a FCB Lisboa dá liberdade de movimentos total: “Chamamos ao nosso modelo de fluído – as pessoas podem trabalhar onde quiserem, no país que quiserem, sem compromissos de ir ao escritório, a não ser por vontade própria ou para tocar um projeto em determinado momento. Tem funcionado mais do que bem”, conclui Edson Athayde.

Cada caso é um caso

Para Rita Baltazar, “o futuro das empresas passa pela capacidade de entendermos o que funciona melhor para os seus colaboradores e para as dinâmicas das equipas. Passa por estarmos despertos para a necessidade de criarmos novas abordagens estratégicas para criar e transmitir cultura, propósito e valores, de forma criativa e genuína. Acredito que não passa por `obrigar´, mas por `responsabilizar´. Temos assistido recentemente a grandes alterações dos comportamentos dos colaboradores e das empresas. A melhor forma de estarmos preparados é adoptar modelos evolutivos, flexíveis e escaláveis, porque todos nós mudámos e passámos a querer um futuro com estes vetores bem marcados”.
Susana Albuquerque considera que “depois de muitas experiências feitas na Uzina, a que temos agora parece-nos a melhor. O nosso trabalho ganha muito com a presença física, com a discussão, com o que se fala nos corredores, com ver os que os outros estão a fazer na mesa do lado – já  alguém experimentou discutir num Teams? – mas não nos podemos esquecer de que vimos de um período de trabalho remoto que funcionou”. “Há partes dos projetos que ganham com a solidão. E poder trabalhar de casa, alguns dias, traz benefícios práticos e financeiros que representam maior qualidade de vida para as pessoas. É como em tudo. O ideal é encontrar um equilíbrio entre os dois modelos”, aponta a também presidente do CCP.
Pedro Graça não tem dúvidas: “Acho que não vamos voltar para trás. Uma das poucas coisas boas que a pandemia nos trouxe foi a prova de que é possível trabalharmos sem termos que estar todos os dias no escritório.” No entanto, salienta, “a atividade de uma agência de publicidade precisa de momentos em que o trabalho é feito presencialmente. Há muitos problemas que se resolvem numa conversa de corredor, à volta da máquina do café”. Nesse aspeto, o presidente da Havas concorda com Susana Albuquerque: “Às vezes, olhar para o monitor do colega do lado é o suficiente para que se perceba que se está a cometer um erro ou a ir por um caminho que não é o melhor, por isso, os momentos no escritório não podem desaparecer. “Dito isto, também me parece óbvio que não é necessário que todos estejam a toda a hora no escritório, há muitas interações de trabalho que se resolvem perfeitamente de forma remota. O grande desafio que este novo método de trabalho nos traz é sobretudo de organização e de procura de soluções que ajudem, em remoto, à criação de espírito de equipa e sentido de pertença”, conclui.
Edson Athayde reconhece que “não haverá modelo único. Cada um sabe a dor e delícia de ser como é. A FCB Lisboa gosta do modelo fluido, tem a ver com o nosso ADN de liberdade, felicidade funcional e criatividade. Outros poderão ir por caminhos diversos e tudo bem”, sustenta.
As empresas do setor privado têm até janeiro de 2023 para se candidatarem ao projeto piloto dos quatro dias de trabalho semanais. Em fevereiro será feita a seleção dos participantes e, de março a maio, será feita a preparação da experiência. O modelo dos quatro dias de trabalho será testado de junho a novembro do próximo ano. Durante a experiência, as empresas poderão adotar uma carga horária semanal de 36, 34 ou 32 horas e não poderá haver redução de salários.
Em dezembro de 2023, haverá um período de reflexão. Se o balanço do projeto piloto for positivo, então a experiência da semana de quatro dias poderá ser estendida ao setor público.

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

A empresa compradora, a Live Nation Entertainment, aceita o compromisso de uma política comercial “aberta, transparente e não discriminatória” na Meo Arena, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o seu “congelamento” nos próximos cinco anos

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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‘Outlets’ superam retalho nas vendas de produtos de luxo

“O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company

Os ‘outlets’ já superam o retalho tradicional nas vendas de produtos de luxo, afirma um estudo internacional da consultora Bain & Company, realizado em parceria com a associação de marcas de luxo italiana Altagamma.

A base global de clientes de luxo está a encolher, face à contínua incerteza económica, ao aumento de preços e ao declínio na lealdade dos clientes às marcas, particularmente entre as gerações mais jovens, refere a Bain em comunicado de imprensa.

“Numa altura em que as lojas retalhistas de luxo estão a verificar uma queda acentuada do tráfego de visitantes, o canal de ‘outlet’ está a ter um desempenho superior, impulsionado pela busca dos consumidores por compras de valor. O canal está a ganhar popularidade como uma entrada preferida no mercado”, aponta o estudo.

À beira da primeira desaceleração desde a grande recessão de 2009, o mercado de bens pessoais de luxo deverá desvalorizar 2% em comparação com o ano passado. Ainda assim, deverá registar vendas a rondar os €1,5 mil milhões em 2024. “Este mercado permanece relativamente estável face a 2023, com uma taxa de crescimento anual estimada entre -1% e 1%”, revela o documento.

As áreas de crescimento identificadas no segmento do luxo são a hospitalidade e a gastronomia, apesar de a redução da procura por parte da geração Z, a menos leal às marcas, se estar a acentuar. “O mercado de bens de luxo perdeu cerca de 50 milhões de consumidores nos últimos dois anos, por opção ou por terem sido forçados a deixar de consumir estes bens. Isto é um sinal de que as marcas precisam de reajustar as suas propostas de valor”, refere Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo, as experiências de luxo continuam a manter-se em alta, à medida que os consumidores transferem os gastos para experiências de viagem e eventos sociais, favorecendo tratamentos pessoais e bem-estar, em detrimento de bens tangíveis. A cosmética e o ‘eyewear’ são as exceções à regra.

“Os produtos de beleza, particularmente as fragrâncias, continuam a ter um bom desempenho, numa altura em que os consumidores gravitam em direção a pequenas indulgências. O mercado ótico também está a viver um momentum positivo, com os consumidores atraídos pela crescente criatividade das marcas e por marcas especializadas de alta qualidade”, salienta o estudo.

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Google Chrome pode ser vendido por 20 mil milhões de dólares

A Google utiliza os dados que obtém através do Chrome para direcionar os utilizadores para anúncios publicitários, que geram a maioria das receitas da empresa

O navegador de internet Chrome, da Google, pode ser vendido por até 20 mil milhões de dólares (€18,9 mil milhões) se Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, aceitar a proposta do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de vender o navegador da Google, noticia a Bloomberg.

A situação surge no seguimento do juiz responsável pelo caso ter determinado, em agosto, que a Google violou as leis da concorrência ao construir um império de pesquisa na internet.

Na eventualidade de a venda se concretizar, a Google pode reeceber “pelo menos entre 15 a 20 mil milhões de dólares (€14,2 a €18,9 mil milhões), dado que tem mais de três mil milhões de utilizadores ativos mensais”, segundo avança Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence.

Deter o navegador de internet mais popular do mundo é fundamental para o domínio da publicidade da Google, devido ao facto de a empresa liderada por Sundar Pichai ter a capacidade de ver a atividade dos utilizadores registados e utilizar esses dados para direcioná-los mais eficazmente para anúncios publicitários, que são a principal fonte de rendimento da empresa.

A Google também tem utilizado o Chrome para encaminhar os utilizadores para o ‘chatbot’ Gemini. As autoridades da concorrência norte-americanas, juntamente com os estados norte-americanos que se juntaram ao processo, recomendam também, a 20 de novembro, que o juiz imponha à Google condições para o licenciamento de dados e restrições a nível do uso da inteligência artificial (IA), de acordo com a Bloomberg.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da Google, afirma que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais do processo”, acrescentando que “o facto de o governo impor a sua posição desta forma vai prejudicar os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana precisamente no momento em que é mais necessária”.

As propostas apresentadas têm o potencial de transformar o mercado da pesquisa e o setor da IA a nível mundial. O processo é a tentativa mais ambiciosa por parte do Governo norte-americano de regular uma empresa de tecnologia desde que Washington tentou, sem sucesso, dividir a Microsoft de Bill Gates em 1998.

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Bolo-rei da Versailles é a estrela do anúncio natalício do Pingo Doce (com vídeo)

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative, o spot (na foto) foi realizado por Pedro Varela. Além da televisão e da rádio, a campanha é divulgada em digital e nos supermercados Pingo Doce

O bolo-rei da Versailles, que este an0 está à venda no Pingo Doce, é a estrela do anúncio de Natal da cadeia de grande distribuição da Jerónimo Martins.

Com criatividade da BBDO Portugal, produção da Blanche Films e planeamento de meios da Initiative Media, o filme publicitário, realizado por Pedro Varela, mostra um avô numa aldeia a recordar o período em que vivia em Lisboa e celebrava o Natal com um bolo-rei da Versailles. O septuagenário é surpreendido pela neta, que o informa que já não precisa de ir à capital para se voltar a deliciar com o bolo-rei da Versailles.

Além da televisão e da rádio, a campanha está a ser divulgada em digital e nos supermercados do retalhista. O filme terá declinações ao longo das próximas semanas, divulgando a oferta de produtos que o Pingo Doce tem para esta época.

“Esta campanha tem como protagonista o bolo-rei, criado em parceria com a Versailles, mas possui a elasticidade para conseguir abranger outros produtos tradicionais da época, como o bacalhau, o peru ou as iguarias de Natal da nossa marca. Acima de tudo, queremos reforçar que somos o supermercado de proximidade e que as famílias podem confiar em nós para encontrarem tudo o que necessitam para esta altura do ano, com produtos de qualidade e as melhores oportunidades de poupança”, explica Luís Lobato Almeida, diretor de marca do Pingo Doce, citado em comunicado de imprensa.

A edição especial do bolo-rei da Versailles está à venda, em exclusivo, nas lojas Pingo Doce desde dia 17. “Quando surgiu esta ideia de o criarmos em conjunto, fez-nos todo o sentido porque, desta forma, conseguimos levar um pouco da nossa história e da pastelaria tradicional a todo o país, em parceria com uma marca que partilha dos mesmos valores que nós”, refere Sérgio Nunes, sócio-gerente da Versailles.

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