X Corp processa mais sete anunciantes
Lego, Nestlé, Tyson Foods, Abbott Laboratories, Colgate-Palmolive, Pinterest e Shell International são as mais recentes empresas que Elon Musk está a acusar de ao boicote ao investimento publicitário no X, num processo judicial iniciado em agosto de 2024
Daniel Monteiro Rahman
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O X está a alargar o processo judicial contra anunciantes para incluir a Lego, a Nestlé, a Tyson Foods, a Abbott Laboratories, a Colgate-Palmolive, o Pinterest e a Shell International, acusando mais empresas de boicotar o investimento publicitário na rede social de Elon Musk. A ação, intentada a 6 de agosto de 2024 num tribunal federal do Texas, já inclui o organizador do alegado boicote, a World Federation of Advertisers (WFA), bem como a Unilever, a Mars, a CVS Health, a Twitch e outras empresas.
A empresa de Elon Musk está a pedir uma indemnização e alega que as marcas integrantes da Global Alliance for Responsible Media (GARM) – iniciativa da WFA que visava fornecer um quadro comum que os proprietários de media, os anunciantes e as agências poderiam utilizar para categorizar o discurso de ódio e a desinformação, que participaram no boicote – prejudicaram a capacidade do X de competir no mercado publicitário digital, ao suspenderem os investimentos publicitários em larga escala.
A GARM foi forçada a encerrar a atividade após a X Corp ter apresentado a ação judicial preliminar, afirmando que, sendo uma organização sem fins lucrativos de pequena dimensão, não dispunha de recursos para enfrentar a ação.
Segundo o processo, pelo menos 18 anunciantes que integravam a GARM deixaram de comprar anúncios no X, tanto nos Estados Unidos como a nível mundial, nas semanas após Elon Musk ter comprado a plataforma em novembro de 2022, enquanto outros membros da GARM “reduziram significativamente” os investimentos em publicidade no X.
A empresa de Elon Musk sustenta que foi privada de milhares de milhões de dólares em receitas de publicidade e que os efeitos do boicote ainda se fazem sentir anos depois. “Como resultado do boicote, o X tornou-se um concorrente menos eficaz na venda de publicidade digital e na competição pelo envolvimento dos utilizadores da plataforma”, refere a queixa.
Os advogados da X Corp argumentam que, num mercado concorrencial, as redes sociais devem poder estabelecer as suas próprias normas de segurança da marca que sejam “as mais adequadas à plataforma em causa”, acrescentando que “a ação coletiva de anunciantes concorrentes para ditar as normas de segurança das marcas a aplicar pelas redes sociais contorna o processo concorrencial e permite que as opiniões coletivas de um grupo de anunciantes com poder de mercado se sobreponham aos interesses dos consumidores”.