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De dia está na Até ao Fim do Mundo. À noite e aos fins-de-semana trabalha para os EUA

Começou o seu percurso profissional como web designer mas depois passou para o motion design. Filipe Carvalho, nos últimos seis anos, tem conseguido conciliar o seu trabalho como designer na […]

Rui Oliveira Marques
Destaque M&P Exclusivo

De dia está na Até ao Fim do Mundo. À noite e aos fins-de-semana trabalha para os EUA

Começou o seu percurso profissional como web designer mas depois passou para o motion design. Filipe Carvalho, nos últimos seis anos, tem conseguido conciliar o seu trabalho como designer na […]

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Rui Oliveira Marques
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Começou o seu percurso profissional como web designer mas depois passou para o motion design. Filipe Carvalho, nos últimos seis anos, tem conseguido conciliar o seu trabalho como designer na produtora Até ao Fim do Mundo com colaborações com vários estúdios norte-americanos. O seu trabalho de motion design pode ser visto nos separadores do Game of Thrones, no genérico da nova série Cosmos, no filme Amazing Spider-Man 2 e nos canais HBO, Fox, History Channel, PBS, ESPN ou FX.

Meios & Publicidade (M&P): Como é que começou a trabalhar para o mercado norte-americano?

Filipe Carvalho (FC): Comecei há cerca de seis anos. Depois de construir um portfólio razoável entre 2007 e 2009 com clientes portugueses, enviei um e-mail para um dos maiores estúdios americanos, a Digital Kitchen, que tem escritórios em Chicago, Seattlle, Nova Iorque, Los Angeles. Eu não estava à espera, mas responderam ao meu e-mail. Foi a partir daí que comecei a trabalhar com vários estúdios americanos.

M&P: Do portfólio que tinha então, que trabalhos destaca?

FC: Um vídeo institucional da Gulbenkian e outro vídeo institucional da Partex, empresa de petróleo portuguesa.

M&P: Teve sorte ou o trabalho que se faz em Portugal é uma boa referência em termos internacionais?

FC: Foi um pouco de sorte, mas também o trabalho que procurei desenvolver na altura, antes de contactar a Digital Kitchen, era à imagem do que existia nos Estados Unidos. Tentei copiar um pouco o processo criativo porque parecia-me que era a melhor forma de trabalhar. O processo criativo americano é muito diferente do português. Presta-se muita atenção e dedica-se muito tempo à parte inicial do processo de criação de um genérico de televisão. Procura-se boas ideias, são reunidas e depois separadas para se encontrar um caminho próprio para avançarmos para a produção. Em Portugal isso não acontece. Há muito pouco tempo para se pensar nas coisas porque tem de se produzir rapidamente. Depois, os orçamentos são totalmente diferentes.

M&P: Como se criam laços de confiança entre as partes uma vez que o seu trabalho é feito à distância?

FC: Trabalho, raramente, com os canais, como a HBO e a Fox, mas 97 por cento do trabalho é com os estúdios que depois têm os seus clientes. A Digital Kitchen, por exemplo, tem escritórios em quatro estados americanos. Estão acostumados e para eles é uma coisa cultural trabalhar por Skype, e-mail, FTP e remotamente. Para eles, tanto faz que eu esteja em Lisboa, Seattle ou Nova Iorque.

M&P: Como é a sua semana normal de trabalho?

FC: É complicada. Trabalho em full time na Até Ao Fim do Mundo das 10 da manhã, por vezes, até sete ou oito da noite. Chego a casa, janto com a minha mulher e depois vou-me sentar no escritório até às quatro/cinco da manhã. Às vezes isso acontece durante duas ou três semanas seguidas. Fisicamente é complicado. Tento dosear conforme a minha agenda. Se estiver duas semanas a trabalhar para um projecto nos EUA, tiro depois uma ou duas semanas em que não aceito um projecto dos EUA. Tenho de parar. No início, há seis anos, tinha um projecto internacional mas depois estava dois meses sem novos projectos. Agora já sou relativamente conhecido no mercado norte-americano. Recuso bastantes projectos porque não tenho tempo para me dedicar a eles.

M&P: Um orçamento de um trabalho para os EUA, que tem impacto mundial, não tem nada a ver com a realidade portuguesa…

FC: Os orçamentos não têm nada a ver com os portugueses. A realidade é totalmente diferente. Eles são 300 milhões de pessoas, nós somos dez. Um trabalho recente que fiz foi o do genérico da série Cosmos – A Spacetime Odissey, que passou na Fox e foi nomeado para um Emmy. Na altura do briefing que me foi dado para desenvolver o conceito, havia uma alínea que dizia que o orçamento era ilimitado. Não havia qualquer limitação de budget. Podia fazer tudo o que quisesse. Isso é uma coisa que nunca acontece cá. E este não é caso único, já me tinha acontecido antes com a HBO. Quando são projectos grandes para os canais, eles não têm problemas de orçamento.

M&P: No caso português, que canais trabalham bem nesta área?

FC: A SIC e a SIC Notícias têm muita qualidade gráfica – não falo dos conteúdos. Mesmo o Canal Q, feito por uma empresa relativamente pequena, já ganhou alguns prémios e acho que é muito bom. Não há falta de talento. O problema que encontro para a internacionalização é a dificuldade de muita gente falar inglês. Se não se sabe passar as ideias em inglês, não se chega lá, porque isto é 50 por cento visual e 50 por cento defender aquilo em que pensaste. É preciso ter um nível alto de inglês porque os americanos não vão fazer o esforço de compreender por não sermos americanos. Outra coisa é a falta de horizontes. As pessoas são muito boas, mas não pensam que conseguem mais do que têm agora aqui.

M&P: Quando olha para o seu portfólio internacional, quais são os trabalho de que gosta especialmente?

FC: A resposta é complicada porque há trabalhos que me deram mais prazer porque as pessoas eram muito boas e senti-me muito à vontade. Depois há aqueles em que o resultado em si foi muito bom. Diria que, provavelmente, o trabalho que me deu mais gozo e que teve o resultado mais interessante foi o do genérico de Cosmos, a série que sucedeu à de Carl Sagan. Fui o único freelancer chamado para o projecto e desenvolvi as ideias juntamente com o director criativo do estúdio Big Block em Los Angeles. Trabalhámos directamente com a esposa de Carl Sagan. No final, as minhas ideias foram utilizadas para o genérico e acabou por ser nomeado para um Emmy. Não fui nomeado para um Emmy porque como free lancer não posso aparecer na lista de créditos mas, na prática, é como se tivesse sido.

M&P: Esteve também ligado ao rebranding da Fox…

FC: Os rebranding de canais são processos muito longos, demoraram muito tempo e envolvem muita gente. A Fox, por exemplo, queria um rebranding total que seria depois desdobrado para o mundo. Várias empresas e estúdios foram chamados para a fase de pitching e eu estive envolvido logo nessa fase. Era tão importante para a Fox que o budget era ilimitado e tínhamos acesso aos actores das séries. Na altura tinha coisas como o Dr. House e o Dexter. Sou chamado para repensar a marca e a sua aplicação televisiva.

M&P: No site onde apresenta o seu trabalho (randomthoughtpattern.com), não tem nenhum caso português para ilustrar, mas encontra-se o genérico da novela angolana Jikukumessu. É sinal da diferença do trabalho que faz para os EUA e em Portugal?

FC: O genérico do Jikukumessu é o único projecto da Até ao Fim do Mundo que tenho nesse portfólio. Às vezes é um bocado complicado tirar um chip e meter outro. À noite tenho de meter o chip EUA, onde os orçamentos e expectativas são completamente diferentes. Mas há coisas que transbordam de um lado para o outro. Eu faço produção, isto é, animo e realizo projectos de início até ao fim na Até ao Fim do Mundo, enquanto nos EUA entro na fase de conceito. A experiência que ganho na Até ao Fim do Mundo ajuda-me a ter depois capacidades na parte de conceito para os EUA. Por outro lado, a experiência que tenho de concepting e o que aprendo com a maneira de trabalhar deles acaba por depois influenciar o trabalho na Até ao Fim do Mundo.

M&P: O genérico de Jikukumessu é bastante sofisticado para uma novela. Como foi o processo de criação?

FC: Foi peculiar. O cliente tem muita cultura de imagem, especificamente norte-americana. Foi o próprio cliente que me pediu para desenvolver um genérico um pouco à imagem dos filmes dos anos 70. Por isso, correu muito bem. Foi totalmente desenvolvido por mim desde a fase de concepting até às filmagens com os actores para o genérico. É um projecto que, pelas condições especiais que teve, podia ser americano.

M&P: Aliás, os genéricos das séries norte-americanas estão cada vez mais sofisticados…

FC: Apanhei a fase, como eles chamam, da golden age da televisão. É uma fase maravilhosa das séries de televisão, em que parece que as pessoas gravitam à sua volta. Por exemplo, fui chamado pela HBO para fazer uma coisa muito pequena para o Game of Thrones. Eles tinham um behind the scenes, um production making of da quinta temporada e precisavam de uns separadores gráficos entre as imagens. Uma coisa muito simples de fazer. Assim que disse às pessoas que estava a fazer esse trabalho para o Game of Thrones foi a loucura. As séries, mais do que os filmes, mexem muito com as pessoas. É engraçado fazer parte disso.

M&P: Em termos da golden age na TV portuguesa, não sabemos se vamos atravessar essa fase durante as nossas vidas…

FC: (risos) Não sei se estarei vivo quando a golden age chegar a Portugal. O nosso país tem muito talento mas tem um problema intrínseco que é a falta de orçamento. Não temos mercado para a indústria cinematográfica, não temos mercado e experiência para fazer boas séries de televisão. Por isso é que tive de procurar fora. Não podia ficar à espera.

M&P: Costuma trabalhar em publicidade?

FC: Pouco, às vezes faço coisas na Até ao Fim do Mundo e já fiz dois trabalhos para os EUA mas não gosto de trabalhar em publicidade nem sou chamado para isso. As pessoas olham para o meu portfólio e percebem que não é o que gosto de fazer. Gosto de fazer genéricos de séries de televisão ou de filmes, porque há espaço para uma narrativa, para contar uma história visualmente, seja de uma forma abstracta ou não. Na publicidade tem que se mostrar produto rapidamente. O espaço para a narrativa fica em segundo plano.

M&P: Não está a pensar mudar-se para os EUA?

FC: Não, mas já tive várias respostas para essa pergunta nos últimos anos. Tive propostas e já estive quase a ir porque as condições eram muito boas. Tenho 34 anos mas a minha vida acaba por ser muito cá. Depois de falar com amigos nos EUA, depois de trabalhar com eles, toda a gente me diz que o que tenho é um nicho que mais ninguém tem. Estou no meu país maravilhoso, a trabalhar para os melhores clientes do mundo, nas minhas horas e nas minhas condições.

97 por cento do trabalho é com os estúdios que depois têm os seus clientes. A Digital Kitchen, por exemplo, tem escritórios em quatro estados americanos. Estão acostumados e para eles é uma coisa cultural trabalhar por Skype, e-mail, FTP e remotamente

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Nespresso e SharkNinja celebram Natal com David Beckham (com vídeos)

No filme de Natal da marca de cafés, o empresário e ex-futebolista inglês joga à bola com um boneco de neve. Para os eletrodomésticos norte-americanos (na foto) prepara a refeição da consoada para a família

Luis Batista Gonçalves

David Beckham é o rosto da campanha de Natal global multimeios da Nespresso. Produzido pela Studio 99, produtora audiovisual criada pelo ex-futebolista e empresário inglês em parceria com Nicola Howson e David Gardner em 2019 para produzir documentários desportivos, o filme publicitário mostra o antigo desportista a jogar à bola com um boneco de neve num dia de inverno.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o ‘spot’ promove a nova cápsula de café Peanut and Roasted Sesame, uma das edições especiais da Nespresso para o Natal de 2024, além da máquina Vertuo Creatista e da caneca Vertuo Mug, outro dos produtos que a insígnia suíça comercializa.

Enquanto saboreia a bebida, David Beckham, que é embaixador da Nespresso desde novembro de 2023, observa a paisagem pela janela e, ao aperceber-se da presença de um boneco de neve inacabado com uma expressão triste, decide inverter a situação. Depois de o finalizar, recorrendo a uma cápsula de café para lhe criar um nariz, utiliza-o como guarda-redes.

Além do anúncio da Nespresso, David Beckham também é a estrela do filme publicitário natalício da SharkNinja, que marca a estreia da marca de eletrodomésticos norte-americana nas campanhas multimeios globais. Enquanto prepara a refeição da consoada para a família, o ex-desportista vai utilizando alguns dos novos lançamentos da insígnia.

Divulgado em digital e em televisão em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Escandinávia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Médio Oriente e Estados Unidos, o anúncio é amplificado através de publicações nas redes sociais e painéis digitais em praças centrais de Nova Iorque, Los Angeles, Miami e Londres.

As receitas natalícias preferidas de David Beckham, que é o embaixador global da SharkNinja, estão disponíveis num site dedicado. Para além de aumentar a notoriedade da marca a nível internacional, a contratação do ex-futebolista e empresário inglês pretende potenciar as vendas da insígnia globalmente.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Amazon lança concorrente ao Temu e Shein

Os produtos comprados na Amazon Haul são entregues em uma ou duas semanas. Em Portugal, a Amazon está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado com IA generativa, que responde a perguntas sobre produtos e apresenta recomendações

A Amazon tem uma nova experiência de compras para os consumidores dos Estados Unidos, que consiste na venda apenas de produtos que custam 20 dólares (€19) ou menos, para competir com as ofertas de retalhistas como Temu e Shein. A Amazon Haul está disponível apenas através do smartphone e apresenta-se com preços competitivos, em produtos como vestuário, eletrónica e equipamento de cozinha.

“Todos os artigos têm um preço inferior a 20 dólares (€19), sendo que a maioria tem um preço igual ou inferior a dez dólares (€9,50) e alguns artigos custam apenas um dólar (€0,95)”, segundo avança a empresa em comunicado de imprensa. Os clientes também vão poder usufruir de descontos, quando adicionam mais artigos a uma única encomenda, com 5% de desconto em encomendas de 50 dólares (€47,50) ou mais e 10% de desconto em encomendas de 75 dólares (€71,24) ou mais, à semelhança das práticas das plataformas concorrentes.

A contrapartida da nova aposta da Amazon são os prazos de entrega, diferentes dos da Amazon Prime. Em vez disso, os produtos comprados na Amazon Haul chegam a casa do consumidor, por norma, em uma ou duas semanas, à semelhança do que acontece com a Temu e outras plataformas semelhantes.

A empresa liderada por Andy Jassy salienta que os utilizadores devem gastar pelo menos 25 dólares (€23,75) para receberem o envio gratuito, mesmo que subscrevam o serviço Prime. Caso contrário, o custo de envio é de 3,99 dólares (€3,79). São, no entanto, oferecidas devoluções gratuitas em todas as compras efetuadas na Amazon Haul acima de três dólares (€2,85) dentro de 15 dias após a entrega.

Em paralelo, em Portugal, a Amazon já está a disponibilizar o Rufus, assistente virtual alimentado por inteligência artificial generativa, através da aplicação da Amazon, por enquanto apenas em versão ‘beta’ e para clientes selecionados. Este assistente de compras virtual pretende melhorar a experiência de compra online, permitindo aos utilizadores interagirem com a plataforma de maneira mais eficiente, conseguindo responder a perguntas relacionadas com produtos e apresentar recomendações.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Portugal conquista seis prémios nos Clio Sports Awards 2024

A campanha ‘Drawn to Equality’ (na foto), também distinguida com duas Pratas, rendeu à Dentsu Creative o único Ouro que a criatividade portuguesa trouxe da cerimónia. ‘Surfing Through the Odds’ ganhou Prata e Bronze. ‘League of All Leagues’ foi reconhecida com Bronze

A criatividade portuguesa conquistou seis prémios na edição de 2024 dos Clio Sports Awards, em Nova Iorque. A campanha ‘Drawn to Equality’, que a Dentsu Creative criou para a Visa, ganhou três galardões. Além de Ouro na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, foi reconhecida com Prata na subcategoria Fan Engagement, da categoria Social Good, e com Prata na subcategoria Partnerships & Sponsorships, da categoria Brand x Media.

A campanha ‘Surfing Through the Odds’ da Betclic, que apresenta um documentário criado pela Coming Soon e produzido pelos Shutterstock Studios, para combater a desigualdade de género e racial através do surfe, em São Tomé e Príncipe, também recebeu dois galardões. Na subcategoria Sports Betting, da categoria Partnerships & Sponsorships, teve direito a Prata. Na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, conquistou Bronze.

‘League of All Leagues’ rendeu à Judas o segundo Bronze que veio para Portugal. A campanha, que promove a Liga Portugal Betclic, foi distinguida na subcategoria Gameday/In-Game Experience, da categoria Use of Partner or Sponsor. ‘League of All Leagues’ também ficou em ‘shortlist’, na subcategoria Social Good, da categoria Social Good, à semelhança de ‘Bet On Her’ da FunnyHow para a Betclic, na subcategoria Public Relations, da categoria Public Relations.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Marcas de fabricante fazem crescer retalhistas de sortido curto

“Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, diz Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca

As marcas de fabricante estão a contribuir para o crescimento do negócio dos retalhistas de sortido curto, avança um estudo da Kantar desenvolvido em parceria com a Centromarca. De acordo com a análise, a estabilização da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento da taxa de emprego também estão a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio.

“O consumo fora de casa tem vindo sempre a crescer acima do consumo para casa, nos últimos trimestres. No entanto, a percentagem do gasto que os portugueses dedicam ao consumo dentro de casa perdeu espaço, com uma diminuição de 1,2 pontos percentuais, face ao terceiro trimestre de 2023”, informa a Centromarca em comunicado de imprensa.

Além do tamanho das cestas ter diminuído, a maioria das categorias de produtos de grande consumo também regista um decréscimo em valor, nos primeiros nove meses do ano. No caso das bebidas, a redução atinge os 5%. No das limpezas caseiras, a quebra ronda os 3%. A venda de produtos de alimentação animal caiu 2%.

“No mesmo período, os números mostram também um avanço das marcas de distribuidor sobre as de fabricante, ainda que as segundas mantenham a maior quota de mercado, com 52,5% em valor. Apesar do decréscimo da quota, as marcas de fabricante contribuíram positivamente para o desempenho de alguns retalhistas de sortido curto”, refere o estudo.

Entre julho e setembro, o consumo em casa recuperou ligeiramente, com a dimensão da cesta de compras das famílias portuguesas a crescer, apesar da desaceleração da dinâmica de crescimento que as marcas próprias dos retalhistas registavam até então.

“Num contexto que se mantém desafiante, apesar dos números animadores da economia e dos mais recentes dados do mercado, as marcas continuam a ter de reforçar a relação com os consumidores, atrair novos públicos e reter compradores habituais. Uma marca consistentemente inovadora e atrativa aumenta mais rapidamente o seu alcance junto dos compradores e conquista a sua preferência”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, citado no documento.

O estudo da Kantar mostra ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam crescimento em volume de vendas. “As marcas que não recrutaram consumidores nos últimos dois anos decresceram 14,5% em valor entre janeiro e setembro de 2024, quando comparado com o período homólogo. Já as que conquistaram novos ‘targets’ em 2023 e 2024 cresceram 14,3% no mesmo período”, refere ainda a análise.

Segundo o estudo, as marcas que angariaram mais clientes viram a fidelidade dos consumidores aumentar 57% e a taxa de repetição de compra subir 54%. “Recrutar consumidores em vários retalhistas pode ser difícil para as marcas, mas a diversificação dos locais de venda revela-se bastante vantajosa e fundamental para atingir o maior número de compradores possível”, defende Marta Santos, diretora de clientes e de análises da Kantar.

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Startup portuguesa ZeroPact quer descarbonizar ecommerce

A startup portuguesa está a lançar uma ferramenta gratuita, que permite às empresas de comércio eletrónico calcular e compensar automaticamente a pegada carbónica dos produtos, aumentando a transparência e a confiança junto dos consumidores

A ZeroPact, startup portuguesa de tecnologia focada na sustentabilidade, está a lançar uma solução alimentada por inteligência artificial que permite às marcas de comércio eletrónico integrar o cálculo e a compensação da pegada carbónica dos seus produtos, permitindo aumentar a transparência e a confiança junto dos consumidores.

A startup fundada por João Morgado, Luís Branco e João Matos ganhou o El Corte Inglés Retail Challenge, concurso de inovação no retalho que teve lugar durante a Web Summit, tendo agora a possibilidade de iniciar um teste piloto com o El Corte Inglés, reforçando a aplicabilidade da tecnologia em grandes marcas e antecipando-se às novas regulamentações do Digital Product Passport (DPP) previstas para 2027.

De acordo com o Barómetro Mastercard 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal, os consumidores portugueses estão cada vez mais atentos às práticas ambientais das marcas, sendo que 80% dos portugueses dão importância à política de sustentabilidade dos comerciantes ou fornecedores e que 52% já deixaram de comprar um produto devido à má reputação ambiental de uma marca.

“Estes números mostram a urgência das empresas em adotar práticas transparentes e alinhadas com as expectativas de um consumidor mais consciente”, sustenta João Morgado, CEO da ZeroPact, em comunicado de imprensa.

A análise da Mastercard revela ainda que 87% dos portugueses manifestam interesse em saber a pegada carbónica das suas compras, com esta percentagem a subir para 90% entre as mulheres. No entanto, apenas 15% conhecem a sua própria pegada carbónica, apesar de 74% já estarem familiarizados com o conceito.

“Este cenário evidencia uma grande oportunidade para as empresas liderarem na comunicação de sustentabilidade e oferecerem ferramentas que ajudem os consumidores a tomar decisões mais informadas e sustentáveis”, argumenta João Morgado.

De acordo com o CEO da startup, a ZeroPact tem planos de expansão para toda a Europa, focando-se em mercados europeus estratégicos devido à legislação emergente que, até 2027, obrigará as empresas a adotarem passaportes digitais de produtos e práticas de sustentabilidade mais rigorosas.

A tecnologia da ZeroPact já está disponível em vários sites portugueses, como Otherwise, Jakshoes, DCK, NAE-Vegan, 38 graus, Cool Mood Community, Arisca, Wheat&Rose, Le-mot, Mineral Fashion Store, Bordaleiras, Chulé, Pera Lima, Tribu, Cura, entre outros.

“A aplicação da tecnologia na área de sustentabilidade permite fornecer aos clientes informações claras e precisas sobre a pegada de carbono dos produtos que adquirem. Além disso, pode criar um modelo replicável para o setor como um todo, impulsionando uma transformação mais ampla em direção à sustentabilidade”, enfatiza Vasco Marques Pinto, gestor de relações externas do El Corte Inglés.

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Salvador Martinha protagoniza campanha da Revolut (com vídeo)

A campanha da agência criativa Nossa com o humorista (na foto) é a primeira da Revolut filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing, que a marca tem vindo a desenvolver no mercado nacional

O humorista Salvador Martinha dá a cara na nova campanha digital da Revolut, que promove as funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa. A campanha, desenvolvida pela agência criativa Nossa, é a primeira da marca filmada em Portugal e faz parte de uma estratégia de marketing mais vasta, que a Revolut tem vindo a desenvolver no mercado português.

No filme publicitário, presente nas plataformas digitais, Salvador Martinha mostra algumas das funcionalidades do novo sistema de segurança financeira da empresa, com o tom humorístico que o caracteriza. O anúncio salienta a destruição do cartão descartável digital após uso, o bloqueio automático do cartão se houver suspeita de atividade fraudulenta e o apoio da equipa de especialistas em crimes financeiros, que estão disponíveis para ajudar os clientes 24 horas por dia.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com o Salvador Martinha nesta nossa campanha digital onde salientamos a segurança dos nossos sistemas financeiros. A sua influência e alcance no mercado português são extraordinários e acreditamos que esta parceria estratégica nos permitirá reforçar a nossa presença em Portugal e chegar a um público mais vasto”, sustenta Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento da Revolut para o sul da Europa.

O objetivo da campanha é reforçar a estratégia de posicionamento da marca que pretende se tornar o banco principal dos portugueses. Para além da campanha com Salvador Martinha, a empresa anuncia também uma ativação no aeroporto do Porto, com máquinas de dispensa de cartões gratuitos antes das viagens de avião, e a parceria com o festival Primavera Sound 2025, em Barcelona e no Porto.

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Concorrência aprova venda da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico

A empresa compradora, a Live Nation Entertainment, aceita o compromisso de uma política comercial “aberta, transparente e não discriminatória” na Meo Arena, com a “redução imediata dos preços de acesso” e o seu “congelamento” nos próximos cinco anos

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à operação de concentração, que envolve a aquisição de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues e da Arena Atlântico (na foto) pela empresa Live Nation Entertainment (LNE). “Esta decisão foi possível, após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”, informa a entidade reguladora em comunicado de imprensa.

As garantias oferecidas pela promotora de espetáculos, que detém uma participação no festival Rolling Loud e promove o festival Rock in Rio Lisboa, através da subsidiária Better World Comunicação, Publicidade e Entretenimento, foram suficientes para a AdC.

“A decisão agora adotada foi precedida de uma investigação aprofundada, depois de termos considerado que a operação de concentração poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à Meo Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”, refere o regulador.

A fase de averiguações incluiu um teste de mercado, que contou com a participação dos dez maiores clientes da Meo Arena. As preocupações expressas foram posteriormente apresentadas à empresa norte-americana.

“No que respeita à tese de dificultar o acesso aos artistas, a AdC considerou que, mesmo sem a operação de concentração, a LNE poderia entrar como promotor direto de eventos no mercado nacional e que a possibilidade de o fazer com os artistas e digressões internacionais próprias será um facto normal face ao seu modelo de negócio verticalmente integrado, não constituindo um elemento específico da presente operação de concentração”, refere o documento.

Os compromissos assumidos pela LNE “reforçam também as condições que garantem a adoção de uma política comercial de utilização da Meo Arena aberta, transparente e não discriminatória, o que se traduz, entre outros, na redução imediata dos preços de acesso à Arena e no congelamento dos preços para os próximos cinco anos”, revela a AdC.

A implementação das medidas propostas é avaliada por um mandatário de monitorização e, sob a sua supervisão direta, por um gestor de informação independente, “que será selecionado e contratado pelo novo mandatário de monitorização e que, em última instância, reporta à AdC”, esclarece ainda o comunicado do regulador da concorrência.

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A campanha produzida pela Bro, que aborda as atividades disponíveis na ilha, no Natal e fim de ano, é divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, Google e YouTube

A campanha de Natal e fim de ano Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade com um novo apelo à vivência plena do destino. Dando continuidade à comunicação da iniciativa ‘Vive a Madeira por inteiro’ apresentada em 2023 para o mercado nacional e amplificada para o mercado externo com a designação ‘Experience Madeira for Yourself’, o filme publicitário promove as festividades natalícias do arquipélago.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Bro, o anúncio evidencia a oferta turística, cultural e gastronómica da região. Divulgada em suportes digitais, nas redes sociais da Meta, no Google e no YouTube, a campanha, promovida pela Associação de Promoção da Madeira (APM), volta a apresentar o arquipélago como destino de mar, montanha e tradições culturais.

“Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, optámos por uma abordagem disruptiva, transmitindo a mensagem que estar fisicamente na região é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer. A proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, explica a APM em comunicado de imprensa.

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JMR Digital traz para Portugal plataforma de automação de marketing

A Deployteq (na foto) permite criar campanhas multimeios a partir de qualquer lugar, sem necessidade de códigos, e é alimentada por inteligência artificial. A apresentação pública da ferramenta é a 10 de dezembro

A agência de marketing digital e automação internacional JMR Digital disponibiliza em Portugal a plataforma de automação de marketing Deployteq. Através de um leque de ferramentas digitais, é possível criar e amplificar campanhas multimeios. Acessível a partir de qualquer lugar sem necessidade de códigos, a tecnologia é integrável noutras plataformas, permitindo uma abordagem de marketing unificada e centralizada.

Tirando partido de um modelo de dados estruturado para refinar estratégias e impulsionar o sucesso das campanhas, a Deployteq é alimentada através de inteligência artificial (IA). Além da gestão de dados sincronizados que possibilita, permite uma maior personalização e segmentação das comunicações. “Através de uma abordagem multicanal, garante um maior alcance através de diversos canais e plataformas, para um maior ‘engagement’ entre marcas e consumidores”, refere o documento de apresentação, a que o M&P teve acesso.

Fundada em 2017 pela portuguesa Joana Meireles e pelo neerlandês Mischa Rinck, a JMR Digital apresenta publicamente a plataforma, a 10 de dezembro, em Lisboa. De acordo com o site da Deployteq, a nova tecnologia já é utilizada por cerca de 4.700 profissionais de marketing, para construir segmentações dinâmicas em campanhas. Com uma taxa de entrega de 99,8%, a plataforma multiplica, em média, o retorno do investimento (ROI) por 2,5.

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Luisa García e Tiago Vidal assumem novos cargos na LLYC

A profissional espanhola regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. O português, até agora diretor de talentos e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, é o novo diretor de operações globais

Tiago Vidal (na foto, à dir.) é o novo diretor de operações globais da LLYC. Além de continuar a liderar as áreas de talento e tecnologia da agência de comunicação e assuntos corporativos, o anterior diretor de talentos e tecnologia passa a supervisionar o marketing, a comunicação, a governança ambiental, social e corporativa (ESG) e a equipa de integração, procurando maximizar os retornos dos investimentos em crescimento inorgânico.

“A nomeação de Tiago Vidal consolida a nossa estratégia de talento, tecnologias de informação, comunicação e integração numa mesma área, com o objetivo de continuar a impulsionar a nossa estratégia de crescimento e avançar no processo de transformação da empresa”, explica Alejandro Romero, sócio e CEO global da LLYC, citado em comunicado de imprensa.

A promoção do responsável português ocorre na altura em que a espanhola Luisa García (na foto, à esq.) regressa à primeira linha do negócio, com a nomeação como CEO global de assuntos corporativos. No novo cargo, irá focar-se na inovação e na integração da oferta de soluções de ‘corporate affairs’, num portefólio que já conta com uma componente de tecnologia e inteligência artificial (IA) aplicada.

“Esta área de atuação engloba serviços como reputação corporativa e liderança, comunicação financeira e operações corporativas, gestão de crises e riscos, ESG, pessoas, talento e cultura, bem como assuntos públicos, assuntos europeus, ‘advocacy’ e diplomacia corporativa, contribuindo com 60% do total das nossas receitas operacionais”, refere a LLYC no documento.

Luisa García, que acaba de ser considerada uma das mulheres mais influentes de Espanha pelas publicações espanholas Forbes e Yo Dona, continua a exercer o cargo que ocupava no conselho de administração da LLYC, que integra desde 2021.

“É com grande entusiasmo que lidero a melhor equipa de especialistas em comunicação e assuntos públicos em Espanha, Portugal, Bruxelas, América Latina e Estados Unidos. Acompanhados pelos melhores profissionais em criatividade e com toda a potencialidade dos desenvolvimentos da IA da LLYC, o nosso compromisso é ajudar os nossos clientes a tomar decisões conscientes e audazes num contexto cada vez mais desafiante, em que a incerteza veio para ficar”, afirma a nova CEO global de assuntos corporativos.

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