Como o Colombo se transformou em plena pandemia
Potenciar a experiência de compra omnicanal, novas lojas e reforço do sentimento de segurança. Paulo Gomes, director do Colombo, explica o que mudou no maior centro comercial de Lisboa nos […]
Rui Oliveira Marques
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Potenciar a experiência de compra omnicanal, novas lojas e reforço do sentimento de segurança. Paulo Gomes, director do Colombo, explica o que mudou no maior centro comercial de Lisboa nos últimos meses
Não é novidade que a pandemia da covid-19 conduziu a uma redução no número de frequentadores dos centros comerciais. No caso do Colombo, a quebra de visitas em Agosto situou-se nos 40 por cento face ao ano anterior, enquanto que em Setembro o decréscimo ficou nos 30 por cento. No entanto, a expectativa está colocada nas semanas que antecedem o Natal, que corresponde à maior facturação do ano. “É claro que no período do Natal é esperada uma maior afluência, sujeita a um apertado controlo de acessos e cumprimento do rácio definido”, assegura o director do Colombo, Paulo Gomes, em declarações ao M&P.
Os dispensadores de gel desinfectante continuam presentes nas entradas do centro e nos locais de maior afluência ou passagem, houve um reforço da limpeza e a sinalética relembra aos visitantes que devem circular pela direita e manter distanciamento social. “O sentimento de confiança reflecte-se no número de visitantes, que tem crescido gradualmente. A maior diferença que sentimos no comportamento de quem, agora, visita o centro Colombo é que vem com um objectivo concreto de utilizar um serviço ou fazer uma compra em detrimento do passeio”, prossegue Paulo Gomes.
Nos últimos meses foram implementadas várias medidas, que, a par da higienização e segurança do espaço, permitiram digitalizar e transformar o processo de visita e compra no centro comercial da Sonae. Em parceria com o Dott, passou a ser possível comprar online os produtos dos lojistas que aderiam à plataforma. O serviço de drive-in permite recolher as compras sem sair do carro, depois de o consumidor ter feito a sua encomenda online ou por telefone. Foram instalados cacifos contactless. Já o site Colombo.pt e a app mostram em tempo real a pressão de visitantes no centro para que, caso o sinal de tráfego seja mais intenso, o cliente opte por adiar a visita.
Outro exemplo da adaptação aos novos tempos de pandemia é a edição 2020 de A Arte Chegou ao Colombo, que nos anos anteriores atraiu milhares de visitantes. Em vez da habitual exposição, o centro comercial optou por uma instalação de arte na cúpula da Praça Central. A propósito da 10ª edição, foi também lançada uma retrospectiva digital que reúne os conteúdos das edições anteriores.
No entanto, tendo em conta o incentivo para a adesão dos portugueses ao comércio online, será que no pós-pandemia, a experiência de consumo nos centros comerciais poderá estar em causa? “O crescimento do comércio online não vai colocar em causa a experiência de visita aos centros comerciais. Aliás, o comércio online e a digitalização da economia são realidades com as quais vivemos há muitos anos e que conhecemos muito bem pois funcionamos numa lógica de omnicanal, onde o online complementa o físico e vice-versa. Há espaço para os diferentes formatos, o consumidor usa o online e as lojas físicas da forma que mais lhe convém, ao longo do processo de compra”, argumenta Paulo Gomes. O director do Centro Colombo acrescenta que “as lojas físicas são um activo muito valioso num mundo cada vez mais digital e é esperado que os centros comerciais contribuam com soluções que tornem este fluxo entre digital e físico ainda mais eficiente”.
Certo é que, com o período de confinamento, as restrições de horários de funcionamento decretadas para a Área Metropolitana de Lisboa e as quebras nas vendas, algumas lojas acabaram por fechar. “A postura do Centro Colombo é de diálogo permanente com todos os lojistas. Como noutros momentos de crise, acreditamos que, conjuntamente e num regime de total respeito pelo negócio de cada um, será possível superarmos o impacto desta crise”, aponta Paulo Gomes. Em termos de ocupação, “até ao momento mantém-se. Temos registado um equilíbrio entre encerramentos e novas aberturas, contando recentemente com novas lojas dos operadores Benamor, Iqos e Xiaomi”, exemplifica.