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Ricardo Monteiro

Protagonista :: Publicidade

“Já me considero um número 1 na Havas Worldwide”

Primeiro Portugal, depois Espanha, Brasil, América Latina e agora o mundo. Ricardo Monteiro é o gestor português com maior influência na publicidade global ao ser agora nomeado presidente executivo da Havas Worlwide e fala ao M&P sobre o novo cargo e as expectativas para 2014.

Pedro Durães

Ricardo Monteiro

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“Já me considero um número 1 na Havas Worldwide”

Primeiro Portugal, depois Espanha, Brasil, América Latina e agora o mundo. Ricardo Monteiro é o gestor português com maior influência na publicidade global ao ser agora nomeado presidente executivo da Havas Worlwide e fala ao M&P sobre o novo cargo e as expectativas para 2014.

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O avião é, cada vez mais, um local onde Ricardo Monteiro passa grande parte do seu tempo. O gestor português lidera os mercados português, espanhol, brasileiro e latino-americano da Havas Worldwide, cargos que agora acumula com a presidência executiva do grupo. Ainda assim, consegue responder a todos os e-mails. E como lida a sua familia com uma promoção a chegar a cada ano e com os cargos a acumularem-se e as horas do dia do gestor a diminuírem? “Um dos pouquíssimos privilégios que tenho e que está plasmado no meu contrato é que a empresa custeia as viagens da minha mulher”, explica, assegurando que “ela, realmente, faz-me imensa companhia, viaja quase sempre comigo”. Quanto aos filhos, terão no sangue o espírito nómada do pai: “Tenho uma filha em Nova Iorque, um filho de partida para Espanha e outro em Inglaterra. O que resta está casado com a Julie, que é francesa, e está sempre de malas aviadas. Lar, é onde estão os nossos filhos e o meu está por aí, se tivesse que ficar em Portugal então sim, teria um problema com a minha mulher, teria que arranjar forma de continuar a viajar para poder estar com os filhos”. “Muito de 2014 será passado a viajar entre a Índia e a China e, provavelmente, pela Europa, onde haverá que continuar a ajustar a nossa realidade a um continente problemático”, adianta. E, quando se é o número dois de um grupo internacional, ainda há ambições? “O número um do grupo Havas é o Sr. Yannick Bolloré que tem 33 anos e cuja família detém 37 por cento do capital da empresa. Já me considero um número um na Havas Worldwide”, confessa Ricardo Monteiro, que garante que nunca recebe convites de outros grupos.

Meios & Publicidade (M&P): Acaba de ser nomeado presidente executivo da Havas Worlwide, cargo que se junta a várias outras responsabilidades que já tem no grupo, no mercado ibérico, brasileiro e ibero-americano. A sua resposta ao email do M&P demorou cerca de um minuto. Como consegue?

Ricardo Monteiro (RM): Simples, estar sempre online, mesmo quando em movimento e responder imediatamente a todas as mensagens para evitar acumulações. “Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”…

M&P: Este cargo vem como uma missão definida de replicar o sucesso da sua gestão noutros mercados em dificuldades?

RM: Este cargo, por definição, não terá outra missão que não seja a de manter o crescimento sustentado da empresa e a sua rentabilidade dentro dos padrões éticos e deontológicos que a sociedade exige. Os modelos de gestão são de uma validade limitada, no tempo e no espaço. O que funciona hoje pode não funcionar amanhã, o que resulta aqui, pode não resultar ali. Flexibilidade, abertura de espírito, humildade, honestidade e denodo são talvez as únicas constantes no mundo do trabalho e da gestão.

M&P: Quais são os seus maiores desafios para este ano com as novas responsabilidades? Tem a seu cargo agora 80 mercados. Quais aqueles que lhe vão merecer este ano maior atenção?

RM: A empresa tem uma vasta presença no mundo, quase uma centena de países, muitas agências próprias e afiliadas. A nossa diversidade traz consigo dificuldades nos modelos a aplicar pois eles têm que integrar a diversidade local e a realidade global. Métodos conjuntos e funcionamento em equipa numa organização que alberga mais de 60 idiomas e tem duas línguas oficiais, o francês e o inglês, constituem por si só um enorme desafio. Do ponto de vista do negócio, temos que concentrar-nos no crescimento acelerado na Índia e na China, manter o crescimento na América do Norte e contrabalançar as dificuldades que ainda subsistem na Europa. Mas temos esperança de que em 2014 começaremos a ver uma clara melhoria também na Europa e nos países ditos “periféricos”, como Espanha, Portugal, Irlanda, etc..

M&P: Quais os mercados sob sua alçada que mais crescem e quais aqueles a que reconhece maior potencial de crescimento?

RM: Os mercados que mais crescem são o México, o Chile, o Uruguai e a Colômbia, além de Porto Rico, que é um mercado pequeno em dimensão territorial mas grande em valor. O Brasil começou a parar, em paralelo com as perplexidades da governação naquele país, mas continua a ser o meu maior mercado. E Portugal já cresceu em 2013, o que é uma óptima notícia que me deixou muito feliz. Em 2014 a minha aposta será pela Índia e pela China, onde estamos atrás dos nossos concorrentes.

M&P: Quais são as suas expectativas globais para a evolução do investimento publicitário neste 2014 que agora arrancou?

RM: A nível mundial, o investimento publicitário quase nunca deixou de se expandir, muito impulsionado pelos países ditos “emergentes”. Em 2014, a aceleração dos Estados Unidos, ainda a maior economia mundial, e a nossa maior unidade de negócio, bem como a retoma, ainda que tímida, na Europa certamente assegurarão um bom ano para a indústria. Por outro lado, a fusão Publicis Omnicom vai certamente criar perplexidades neste concorrente, a braços com a integração de 130 mil funcionários, em que certamente surgirão oportunidades por fuga de talentos e saída de clientes que se achem “perdidos” na imensidão de uma organização que terá mais funcionários do que 99.9 por cento dos seus próprios clientes.

M&P: E ao nível dos meios? Quais os que têm mais potencial de crescimento e quais deverão cair?

RM: A nível mundial, a televisão manter-se-á estável com um pouco menos de 50 por cento do investimento publicitário global. Mas as realidades são diferentes consoante as geografias. Em Portugal, o Google factura mais de 50 milhões de euros, se não estou em erro. É, portanto, maior, como meio, do que quase todos os media impressos. Mas, se for para mercados emergentes, Índia, mesmo China e Brasil, a televisão continua a captar uma fatia crescente, em valor dos investimentos em publicidade. Em suma, continuação do crescimento em plataformas digitais, estabilidade da TV, queda de todos os outros segmentos de mercado com a imprensa a acentuar o seu declínio na captação de dinheiros que lhe permitam manter o seu modelo de negócio relativamente obsoleto.

M&P: Enquanto presidente mundial do grupo e presidente para Portugal, vai exigir mais de si mesmo sobre o mercado português do que o seu antecessor? Quais são os objectivos para este mercado neste ano?

RM: Boa pergunta… realmente há muito que o meu antecessor tinha deixado de questionar sobre Portugal…. Com as agências número um e número dois do país, não havia muito mais que se pudesse exigir… acho que a resposta terá que ser “sim, exigirei mais de Portugal”. Temos potencial, temos história, modelo integrado e eficaz de gestão, temos os melhores clientes do país e alguns dos seus melhores profissionais. Há que voltar aos anos de crescimento a dois dígitos. E recuperar as excelentes rentabilidades que tivemos até 2008. Mas, a prioridade é, e será sempre, a plena satisfação dos nossos clientes, conseguir que as suas marcas atinjam os seus objectivos comerciais e sejam as mais fortes nos seus respectivos segmentos.

M&P: Como vê o caso português da Fuel, agência do grupo detida em grande parte por capitais nacionais, e que suplantou a própria Havas nos rankings de investimento, onde ocupa o primeiro lugar?

RM: O Miguel Barros, nosso sócio na Fuel, trabalhava comigo em Paris, como meu braço direito, quando o convidei para lançar e assumir uma participação na agência Fuel, que lançámos há uns poucos anos. Não o fiz por acaso. Com vasta experiência no mundo da gestão, um MBA pelo INSEAD e incontestáveis capacidades comerciais e de liderança, o Miguel Barros fez o que eu esperava dele e continuo a esperar: liderar uma agência ganhadora, que é também nossa, conhecida não só pela sua dimensão como também pela eficácia das suas campanhas e a satisfação que consegue junto dos seus clientes. Como representante da Havas, sócio maioritário da Fuel, e por ter partido de mim o convite, só posso orgulhar-me pelo acerto da minha decisão e de ter a Fuel no grupo Havas. Só espero que os meus colegas da Havas Worldwide saibam responder ao desafio da sua jovem concorrente e agência irmã e lhe contestem esse primeiro lugar merecido. Acredito na concorrência, até mesmo em empresas que partilham corpos gerentes e têm um sócio maioritário comum.

M&P: Há fusões em curso em vários e grupos e fala-se muito em consolidação, sobretudo num mercado pequeno como o português. Alguma vez esteve ou está em cima da mesa absorver a Fuel e solidificar o primeiro lugar ao nível de investimento entre as agências criativas em Portugal?

RM: Em nenhum momento isso fez parte dos nossos planos. O posicionamento da Fuel é muito claro e o da Havas Worldwide também. A Fuel não será absorvida, isso seria descaracterizá-la, desrespeitar o seu sócio local e ir contra a vontade dos clientes que optaram por uma ou por outra agência mas não por ambas. Além disso, diga-me, há primeiro lugar mais sólido do que aquele que ocupa a primeira e segunda posições? A minha prioridade é a Havas como um todo. Já imaginou o que seria se o Futebol Clube do Porto tivesse tido, nos últimos anos, um clube de sua pertença e de igual valor a disputar a Liga? Mais valia os outros pendurarem as botas!

M&P: Há planos para o lançamento de novas unidades do grupo no mercado português? São dos poucos grupos que não tem uma unidade de RP…

RM: Não temos planos de lançar uma unidade de RP, mas a nível mundial temos uma fortíssima unidade nesse campo e muito premiada também. Não ter planos hoje não significa não tê-los no futuro. Mas acrescento que as RP em Portugal são feitas muito no modelo de “attaché” de imprensa em que a obsessão é toda voltada para controlar notícias e “criar” notícias. É um modelo como qualquer outro, mas não encaixa no nosso negócio.

M&P: A posição de 5º maior grupo do mundo satisfaz-vos ou os seus objectivos no novo cargo passam também por melhorar esse registo?

RM: Não temos como objectivo ser maiores, embora o crescimento seja um imperativo em qualquer negócio. Mas não queremos crescer a qualquer preço nem ao ponto de desfigurar o negócio e a relação com os nossos clientes. A Iberia sempre foi uma linha aérea relativamente medíocre. A sua fusão com a British Airways apenas a fez pior, embora bastante maior. Acredito que há mérito no crescimento orgânico, ganhando clientes e dedicando-lhe toda a atenção que merecem. Não quero nem desejo para a Havas embarcar numa política de aquisições ou fusões que diluam os seus valores de serviço e proximidade ao cliente, a sua cultura francesa mas universal, a sua presença global mas local, próxima de cada um dos seus clientes, em Lisboa como em Shanghai..

M&P: Como vê o negócio que junta Publicis e Omnicom?

RM: Se fosse cliente, por exemplo em Portugal, preferiria entregar o seu negócio de publicidade, eminentemente local e culturalmente português, a uma empresa que emprega 130 mil pessoas, com sedes em Nova Iorque e Paris, mais de 500 escritórios, sete marcas de publicidade, cinco ou seis centrais de compra de meios, incontáveis marcas no mesmo sector de negócio em total conflito de interesses, ou procurar uma agência que realmente se preocupe com o seu negócio, onde o CEO tenha cara e a cotação da acção não seja a única obsessão? Maior nem sempre é melhor e considero que é esse o caso aqui, com o respeito sempre devido a quem, como é o caso, construiu um império.

M&P: Em Portugal, a grande conta do ano deverá ser a da Zon Optimus, que deverá, na sequência da fusão, consolidar a sua publicidade (a Havas trabalha a Optimus e a BBDO a Zon). Reter a conta na Havas é o principal alvo deste ano para a agência em Portugal?

RM: Absolutamente. Reter a conta da Zon Optimus é uma prioridade absoluta não só em Portugal como no nosso mundo. É muito, muitíssimo importante, daremos tudo por tudo, colocaremos os nossos melhores recursos para assegurar esse objectivo.

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Audiências semanais: RTP1, SIC e cabo em crescimento

Na semana de 10 a 16 de fevereiro, o consumo global de televisão aumenta cerca de um minuto por dia. A RTP1, a SIC e o cabo são os únicos canais que aumentam a quota de audiência. Nos canais por cabo, a CMTV continua destacada na liderança

Esta semana, o consumo global de televisão reverte a tendência registada nas últimas semanas, aumentando cerca de um minuto por dia face à semana passada, o que corresponde a um consumo diário de cinco horas e 35 minutos. Em termos de variações da quota semanal, a RTP1, a SIC e o cabo são os canais que reforçam a quota de audiência, ao contrário do que se verifica com a TVI e o ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos), que descem.

A RTP1 aumenta quatro décimas e tem agora 11% de quota semanal, enquanto a SIC sobe duas décimas e atinge os 13,7%. A TVI, pelo contrário, diminui ligeiramente, atingindo agora os 15%. O cabo também reforça a quota de audiência semanal, alcançando os 41,6%, enquanto o ‘outros’ regista a tendência oposta, descendo ligeiramente para 17,7% de quota semanal.

Quanto à tabela dos canais mais vistos da televisão por cabo, a CMTV, a CNN Portugal e o Star Channel continuam a ocupar o pódio. Nas restantes posições do top 10 não entram novos canais, com os lugares seguintes a serem ocupados por SIC Notícias, Star Movies, Hollywood, Globo, SIC Mulher, Star Life e News Now, que fecha o ranking da semana.

O concurso de final da tarde da RTP1, ‘O Preço Certo’, lidera a tabela global dos programas mais vistos. Seguem-se o programa de humor de Ricardo Araújo Pereira e companhia na SIC, ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’, a novela ‘A Promessa – 2.ª Temporada’, também da SIC, mais uma edição de ‘O Preço Certo’, da RTP1, e o ‘reality show’ da TVI ‘Secret Story – Desafio Final’, que fecha o top 5 da semana.

O programa desportivo da CMTV, ‘Duelo Final/Farense X FC Porto’, lidera esta semana o ranking dos programas mais vistos da oferta de canais de televisão por cabo, com ‘Golos: Primeira Parte/Mónaco X Benfica’ e ‘Golos: Segunda Parte/Mónaco X Benfica’, ambos conteúdos da CMTV, a seguirem-se. Nas posições seguintes encontramos mais um programa desportivo, o ‘Liga d’Ouro/Champions’, e ainda o ‘Grande Jornal – Noite’, também da CMTV.

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VASP organiza conferência para celebrar 50 anos

“O percurso da VASP está intimamente ligado à história do jornalismo e da liberdade de imprensa em Portugal. Este evento é uma oportunidade para refletir sobre o legado construído e sobre os desafios do futuro”, salienta Marco Galinha, presidente do conselho de administração da VASP

A VASP está a organizar uma conferência que reúne ‘stakeholders’ e intervenientes relevantes ligados aos media, para assinalar os 50 anos de história da empresa distribuidora de jornais e revistas e projetar o futuro da empresa. O evento, a 19 de fevereiro, na sala Almada Negreiros do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pretende reforçar o compromisso da empresa com o futuro da distribuição e do setor editorial em Portugal.

“O percurso da VASP está intimamente ligado à história do jornalismo e da liberdade de imprensa em Portugal. Este evento é uma oportunidade para refletir sobre o legado construído e sobre os desafios do futuro”, salienta Marco Galinha, presidente do conselho de administração da VASP e CEO do Grupo BEL, citado em comunicado de imprensa.

Além de Marco Galinha, entre os convidados e oradores encontram-se Fátima e Paulo Jesus, proprietários das papelarias Rima, Manuel Fonseca, presidente do conselho de administração da editora Guerra e Paz, José Carlos Lourenço, presidente do conselho de administração do grupo Media N9ve, Francisco Rebelo dos Santos, diretor do jornal Região de Leiria, Rui Moura, administrador da VASP, Sérgio Sousa Pinto, deputado e autor, e Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares.

Ao longo de cinco décadas, a VASP, que é detida pelo Grupo Bel desde 2024, desempenha um papel central na distribuição de jornais e revistas em todo o país, acompanhando a evolução da imprensa e da democracia em Portugal. Atualmente, a empresa tem vindo a diversificar a sua atividade para áreas como a impressão, a distribuição postal, a distribuição de encomendas expresso, as vendas diretas e o trade marketing.

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Atlântica lança licenciatura em design UX/UI

O arranque da licenciatura em design UX/UI da Atlântica (na foto), que será lecionada em português e em inglês, é no início do próximo ano letivo. As candidaturas para o regime geral, maiores de 23 e concursos especiais já estão abertas

A Atlântica prepara-se para abrir uma licenciatura em design UX/UI, focado na experiência do utilizador (UX) e nos interfaces de utilizador (UI). Lecionada em português e em inglês, é um dos lançamentos do instituto universitário para o ano letivo de 2025/26. As candidaturas para o regime geral, maiores de 23 e concursos especiais já estão abertas.

“A nova licenciatura surge com o intuito de preparar futuros profissionais – designers UX/UI, estrategas digitais e web designers, entre outros – para atuar num setor em crescimento acelerado. Transversais a diferentes áreas de atividade, estas competências são particularmente procuradas por empregadores como agências de design e marketing digital”, refere a Atlântica em comunicado de imprensa.

Atendendo às necessidades emergentes do mercado, o curso oferece uma visão estratégica e multidisciplinar que alia as bases fundamentais do design UX/UI à tecnologia e a áreas complementares destas áreas, como o marketing, a gestão, o empreendedorismo, a ilustração, a fotografia e o vídeo.

“Contamos com um corpo docente altamente qualificado e ativo na investigação, assegurando uma formação em design UX/UI em linha com as exigências do setor e proporcionando aos estudantes um percurso académico completo e diferenciador”, salienta Natália Espírito Santo, diretora-geral da Atlântica, citada em comunicado de imprensa.

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Cidade FM reforça equipa de locutores

Além de contratar João Pedro Pereira para fazer dupla com Leonor Carvalho, a Bauer Media Audio Portugal promove Beatriz Pinto, que passa de produtora a animadora para conduzir as noites da estação. Asize Topal conduz a emissão entre as 13h e as 16h

João Pedro Pereira, humorista de Gaia, estreia-se em rádio na Cidade FM, fazendo dupla com Leonor Carvalho, animadora que transita das noites para a condução do programa ‘Já São Horas’, emitido nos dias úteis entre as 7h e as 10h.

A nova grelha da rádio da Bauer Media Audio Portugal, que estreia a 17 de fevereiro, conta também com Beatriz Pinto. A produtora é promovida a animadora, para vai conduzir as noites da estação de segunda-feira a sexta-feira, entre as 20h e as 22h.

Na Cidade FM desde 2021, Catarina Silva continua a animar o final das manhãs, entre as 10h e as 13h, abrindo caminho para Asize Topal. A animadora búlgara passa a conduzir a emissão entre as 13h e as 16h. O ‘Toque de Saída’, programa que acompanha o regresso a casa, entre as 16h e as 20h, mantém Artur Simões em dupla com a humorista e apresentadora Joana Miranda.

“Esta nova fase traduz a nossa identidade: irreverente, inovadora e próxima do nosso público. Acreditamos que esta equipa tem o talento e a energia certos para continuar a fazer da Cidade FM a rádio de referência das novas gerações”, refere Manuel Cabral, diretor da Cidade FM, citado em comunicado de imprensa.

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“Não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque”

A Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido uma faturação de €6,2 milhões, e está a preparar a abertura de uma estrutura comercial em Espanha, em 2025, revela Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da agência, em entrevista ao M&P

No rescaldo de a Nossa ter sido considerada a agência mais reputada entre as marcas de serviços profissionais de comunicação em Portugal e da conquista de dois lotes da conta de criatividade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da Nossa, fala sobre as razões que dão à agência a liderança no estudo da OnStrategy e as implicações que as novas contas trazem.

Em entrevista exclusiva ao M&P, o líder da agência independente nacional revela ainda que o volume de negócios da Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido €6,2 milhões, um reflexo do foco na exigência criativa e na valorização das equipas.

Aborda a expansão para Espanha, que “tudo indica que se concretizará este ano”, e os desafios de gestão de uma agência independente face às multinacionais, “que operam com o conforto do alinhamento internacional”.

A Nossa é considerada a agência mais reputada em Portugal no estudo da OnStrategy. Em quais dos pilares é que a Nossa mais se destaca?

Diria que está muito relacionada com a consistência, o bom trabalho, os nossos clientes estarem satisfeitos e as pessoas que aqui trabalharam e trabalham sentirem que estão numa boa empresa, que tem ambição e um projeto sólido.

Mas em qual desses critérios têm melhores resultados?

A reputação é algo muito abrangente, é difícil isolar critérios uns dos outros. É o acumular de 16 anos de consistência nestes vários serviços, seja na forma como tratamos as pessoas, seja no resultado do nosso trabalho, que é aquilo que normalmente mais fala por nós, porque é isso que ajuda os negócios, as marcas e os nossos clientes a crescerem.

Qual é a estratégia seguida para liderar nesses aspetos?

É uma estratégia assente em dois eixos: a qualidade do trabalho e as relações com as pessoas. Somos obcecados, no bom sentido. Achamos sempre que é possível melhorar e estamos nesta constante procura para poder criar melhor.

Por outro lado, sabemos criar boas relações de confiança, que permitem ir mais além, o que está relacionado com a forma como lidamos com os colaboradores. Sempre procurámos criar e valorizar a equipa, com o foco na exigência criativa e garantindo bons resultados para os clientes.

Em 2023 participaram neste ‘ranking’, mas não lideraram nenhuma tabela. Em que aspetos trabalharam e que vos deram esta posição em 2024?

Não mudámos nada e o estudo apanha-nos de surpresa, não estávamos à espera deste reconhecimento e desta posição. Mantivemos a nossa coerência e consistência, melhorando alguns aspetos. O desafio da transformação digital que enfrentámos ditou, em parte, o nosso percurso.

De que forma?

Temos a noção, desde 2008, que queremos ser uma agência integrada, em que o digital faça parte do resultado do ‘output’ criativo, sem que exista o conceito de agência offline e online. Foram surgindo as redes sociais e os influenciadores, com o protagonismo que têm hoje e com outros meios a caírem.

O resultado é que temos estado em constante adaptação, tanto a nível de reformulação da equipa como de afinações do ‘output’. Não aconteceu nada de especial de um ano para o outro.

Ganhámos clientes de maior dimensão, como a EDP, que é o afirmar de uma grande marca que tem confiança num grande parceiro. O mesmo se passou com a Santa Casa, onde reafirmámos a nossa posição, e mais recentemente com a conquista da Allianz.

Jogar sem lugar garantido na equipa titular

Como é que uma agência independente e nacional vence às multinacionais neste estudo?

Querendo mais do que eles. Somos aquele jogador que nunca tem lugar garantido na equipa titular, por isso, somos mais comprometidos com os clientes e dependemos muito mais do nosso esforço e do sucesso. Esta analogia com o futebol é muito simples, porque o jogador que está muito à vontade na equipa titular tipicamente vai baixar o rendimento.

As multinacionais vivem um conforto que é terem o alinhamento internacional e as contas que chegam, sem que façam um grande esforço. No nosso caso, todos os clientes que conquistámos foi com o nosso esforço e trabalho e isso muda um pouco a mentalidade de quem aqui trabalha e também sente isso.

Como é que a vontade de querer mais impacta nos critérios do estudo?

Na confiança dos clientes, porque sabem que estamos sempre disponíveis. Na flexibilidade, que não é um critério, damos uma capacidade de resposta que os clientes reconhecem. Se for necessário, criamos uma nova área ou colocamos um designer do outro lado. Somos muito flexíveis e capazes de nos adaptar, não temos um processo único válido para todos os clientes. Com a Sommersby trabalhamos de uma forma, com a Abanca trabalhamos de outra.

A Nossa tem muito a ver com colaboração e com este ‘ir ao encontro do outro’, de modo a conseguir criar o melhor processo de trabalho possível, que seja vantajoso para o cliente. O nome da agência também é importante e acaba por estar dentro do critério de notoriedade.

Em que sentido?

Ao contrário de muitos outros, não temos o nosso nome na porta. Temos um conceito coletivo que tem a ver com cocriação, com o que criamos juntos, e a maioria das pessoas identifica-se com isso: o marketing é um esforço coletivo. A maioria do mercado sabe quem está por trás da Nossa e continuamos os mesmos desde o início, somos fundadores e continuamos à frente.

Como é que isso vos permite saírem à frente?

As multinacionais têm estado num grande processo de mudança, que é público, nomeadamente no que se refere a fusões e aquisições, e ao desaparecimento de algumas marcas emblemáticas e históricas. Faz-me confusão que a J. Walter Thompson, de um dia para o outro, seja substituída por uma VML, que nenhum de nós, pelo menos quem trabalha nisto há tantos anos quanto eu, reconhece credenciais.

No entanto, é o mundo a mudar e essas mudanças também nos ajudam. A Euro RSCG passa a Havas, no grupo Omnicom, a BBDO é a marca-chave, mas a TBWA\Chiat\Day, que era uma marca incrível, desaparece, bem como a DDB que também desaparece e fica dentro de uma bolha.

Isso contribuiu para que algumas marcas perdessem notoriedade e nós, pela nossa consciência e pela nossa portugalidade, pudéssemos crescer.

O desafio da Santa Casa

A Nossa ganha o concurso de criatividade da Santa Casa e fica agora com dois lotes. Quais eram as marcas da Santa Casa que trabalhavam anteriormente?

Temos um lote que é o chamado lote institucional ou lote 3, no valor de €5,25 milhões, que voltámos a ganhar e vamos manter, relacionado com tudo o que é a obra social e a instituição Santa Casa no seu todo, ligado ao pilar da reabilitação, ou seja, à saúde num conceito mais abrangente, ao acolhimento, que é uma questão fundamental da obra social, à cultura, aos museus e à zoologia.

São aspetos menos visíveis, mas para os quais a Santa Casa existe. A Santa Casa é uma obra social e, na sua essência, tudo o que faz e tudo o que vai buscar ao jogo tem como objetivo continuar essa obra social e devolver à sociedade. A nível da marca Jogos Santa Casa – a parte institucional, ativação, patrocínios e apoio ao desporto – também já trabalhávamos e vamos continuar o trabalho que fazemos há quatro anos.

Quais são as marcas Santa Casa que vão trabalhar agora?

O lote novo é o lote 2, que conquistámos no concurso público, com um valor de €8,1 milhões, e abrange as marcas Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e EuroDreams.

Apesar de a Nossa ter ficado classificada em primeiro lugar para trabalhar os três lotes, incluindo o lote 1, com as marcas Euromilhões, M1lhão, Totoloto, Raspadinha e Novo Jogo, no valor de €7,5 milhões, o concurso estipula que os dois lotes dos jogos não podem ficar atribuídos à mesma agência. Razão pela qual a Nossa fica a trabalhar os lotes 2 e 3, respetivamente. O lote 1 fica para a segunda classificada, a VML.

Esses valores que refere dos lotes são referentes a quê, faturação?

Estes valores são os tetos máximos de adjudicação para três anos, não são valores diretos de faturação.

Que implicações tem para a agência, a nível de recursos humanos e ferramentas de trabalho, acumularem os dois lotes da Santa Casa?

Vamos reforçar a equipa criativa, não precisamos de muito mais, mas o volume de campanhas aumenta. As equipas de estratégia e de serviço ao cliente estão muito bem adaptadas ao serviço, mas serão equipas diferentes nos dois lotes, o que nos dará também uma complementaridade.

Como é que lida com a situação de vir a perder a Santa Casa, depois de já ter investido em recursos?

Como fizemos até aqui. Nada cresce nem decresce eternamente e estamos preparados para os solavancos da vida. A covid foi um grande solavanco e dele também tirámos imensos benefícios. Aproximámo-nos coletivamente e de forma mais consciente daquilo que realmente nos move e motiva.

Nessa situação terá de haver um ajuste de pessoas, mas o nosso objetivo será sempre conseguir garantir outro cliente que possa sustentar a equipa, porque é isso que temos feito. O período da pandemia é um ótimo exemplo. Não desesperámos, pois achámos sempre que, apesar de termos perdido muito negócio, estávamos a fazer tudo o que estava ao nosso alcance.

Na pandemia houve despedimentos na Nossa?

Mantivemos a equipa toda, acreditando que iríamos ganhar alguma coisa e que tínhamos recursos para garantir os salários de todos, pelo menos até ao fim de 2020. Nessa altura, também esperávamos que o mundo mudasse e que a pandemia terminasse. Não estávamos à espera da segunda fase, mas ajustámo-nos e o que é facto é que ganhámos o primeiro concurso da Santa Casa durante a pandemia.

Quais são os desafios de trabalhar uma das maiores contas nacionais?

Reforçar a visibilidade do nosso trabalho. Porque quando criamos para o digital no contexto atual de meios, em que é tudo muito fragmentado, é mais difícil para uma agência mostrar o seu trabalho na rua. O trabalho está a acontecer em múltiplas plataformas e não é tão fácil como antigamente, em que toda a gente comentava uma campanha que viu na televisão.

Já não vivemos nem queremos voltar a essa realidade. No entanto, o facto de trabalharmos este lote do jogo, que tem marcas mais emblemáticas e que terá campanhas com mais impacto, dá também uma melhor mediatização e visibilidade ao nosso trabalho, o que motiva toda a gente.

Quem trabalha nesta área gosta de ver o trabalho na rua. Motiva-se a ir para o trabalho e ver uma rede de múpis com aquilo que criou, ouvir na rádio e ver as campanhas nas redes sociais.

Promover jogo consciente e impacto social

Que outros desafios vêm com esta conta?

Fortalecer as marcas e levar mais pessoas a jogar de forma consciente, fazendo crescer os jogos, aumentar a popularidade da lotaria e valorizar todo o legado de um jogo com 250 anos. O Placard enfrenta um grande desafio, pois tem uma concorrência de plataformas digitais muito forte.

É preciso conhecer a história, saber comunicar de forma diferente e explicar o que está por trás do jogo e os benefícios de jogar nos jogos da Santa Casa. É igualmente importante transmitir o impacto social que isso tem, pois há toda uma geração que se preocupa com isso e que poderão vir a ser futuros apostadores.

A estratégia, linha de comunicação e ‘branding’ das marcas da Santa Casa vão alterar-se?

O mais interessante é poder trabalhar os dois lotes e estabelecer ligações. Com isto, um ponto muito importante é demonstrar que quando as pessoas apostam nos jogos da Santa Casa estão a contribuir para boas causas. Esta mensagem não é clara.

Durante o processo do concurso realizámos um pequeno estudo do qual concluímos que a maioria das pessoas continua sem saber isso, apesar de a Santa Casa já ter feito várias vezes esta comunicação. Um dos exercícios da campanha era sobre como transmitir bem esta mensagem.

Acho que temos a solução e espero que a campanha seja lançada em breve. Em termos gerais, temos ideias, mas é cedo para adiantar mais pormenores, porque ainda não começámos a interagir diretamente com o cliente, para saber se vamos alterar o rumo ou não.

No entanto, vamos trabalhar com aquilo que nos é mais útil, a criatividade. Temos de compreender as motivações e os ‘insights’ dos jogadores, bem como o que os pode levar a apostar no Placard, por exemplo, em vez de todas as outras plataformas disponíveis.

Vão utilizar as propostas com que ganharam o concurso?

Temos um histórico engraçado de ganhar concursos com campanhas que depois são, de facto, veiculadas, como aconteceu com a EDP no ano passado, mas que já aconteceu também com a Sommersby.

A assinatura da Sommersby, ‘É fruto da tua imaginação’, que data de 2013, foi ganha em concurso e foi a assinatura que apresentámos no primeiro dia, quando o Bruno Albuquerque, diretor de marketing do Superbock Group, nos desafiou para aquele concurso. Trabalhamos a marca desde então e é uma marca pela qual nutrimos carinho, porque crescemos com eles.

É o cliente que mais nos desafiou a sair da zona de conforto, porque queria uma gestão integrada e, na altura, não tínhamos experiência em redes sociais, por exemplo. Trabalhávamos conteúdos para as redes sociais, mas não queríamos assumir a gestão e a equipa do Superbock Group insistiu.

Também não tínhamos eventos, subcontratávamos, mas aceitámos o desafio, porque eles insistiam que os eventos e a ativação de marca eram muito importantes. Hoje, esta área de negócio que desenvolvemos chama-se Mossa e é uma empresa própria que não depende dos clientes da Nossa.

Quanto à Santa Casa, ainda não sei o que vai acontecer, mas sei que temos um histórico considerável de campanhas ganhas em concurso e que são implementadas. Com a EDP aconteceu com a campanha de energia solar. No concurso da Santa Casa, apresentámos muitas ideias boas e espero que muitas vejam a luz do dia, mas não depende só de nós. Não posso adiantar nada porque o contrato ainda não entrou em vigor.

A crescer 25% em 2024

Quanto cresceu e faturou a Nossa em 2024?

Em 2024, faturámos cerca de €6,2 milhões e crescemos na ordem dos 25% face a 2023.

Quais foram os clientes que mais contribuíram para esse crescimento e faturação?

A EDP, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Hey Doc.

De que formas contribuíram?

A Hey Doc [clínica dentária do Lusíadas Saúde], que foi um dos nossos maiores contribuintes, teve um impacto muito interessante, na medida em que nos permitiu fazer o que mais queremos fazer: gerir marcas 360º.

O nosso propósito é ser o parceiro preferencial de comunicação dos clientes. Isso exige que toquemos uma série de instrumentos, para depois podermos estar à frente da orquestra e tocar a melhor música possível em conjunto.

Em outubro de 2023, o Grupo Lusíadas comprou a Dr. Wells e lançou um concurso para o ‘rebranding’, que resultaria da fusão da Dr. Wells com a Lusíadas Dental, que era a marca existente. Ganhámos o concurso e o grupo lançou-nos o desafio. Eram 20 clínicas Dr. Wells e cerca de dez da Lusíadas Dental. Era necessário criar uma nova marca, que se pretendia que fosse independente do Grupo Lusíadas, por razões estratégicas, e nós tratámos de tudo.

O que é que trabalharam exatamente?

Criámos a marca, o próprio nome, refizemos as clínicas em termos de ‘branding’, fizemos a campanha de lançamento, o plano de meios, em parceria com a Nova Expressão e a Chlick [performance digital], que é outra agência dentro da Nossa, e organizámos o evento interno.

Atualmente, gerimos este conjunto de plataformas com toda a comunicação e ativações associadas. O cliente sabe que pode contar connosco em todas estas frentes e que estamos sempre a observar os resultados, o número de conversões e de pessoas que reagem a uma campanha de implantes, bem como o número de contactos no centro de atendimento, etc.

Quais foram os acontecimentos mais marcantes para a Nossa em 2024?

O lançamento da Hey Doc porque foi um processo difícil, não é fácil fazer um ‘rebranding’, juntar duas culturas empresariais muito diferentes. Eles também enfrentaram muitos desafios internos e estivemos sempre com eles, nos bons e nos maus momentos.

E outros clientes?

O trabalho para a EDP, em que ganhámos o cliente em 2023, mas o trabalho só começa a ser lançado em 2024. A campanha ‘Eu Escolho Painéis Solares’ foi importante porque encerra também toda uma narrativa de alinhamento com uma marca que escolhe a sustentabilidade e que publicamente diz ‘Escolhemos a Terra’.

No entanto, era importante ligar isso à narrativa comercial. Criámos uma forma muito simples, mas que tem estado a funcionar: ‘Se a EDP escolhe a Terra, eu escolho a EDP’. É uma coisa relativamente simples, mas que tem funcionado porque é bastante claro. É uma escolha que me beneficia [consumidor] e que está a ajudar o planeta.

A campanha da Sommersby também é um momento importante, porque quanto mais tempo uma agência trabalha com um cliente, maior é o desafio, pois já muitas coisas foram feitas e, por vezes, é difícil reinventarmo-nos e sermos capazes de olhar para aquilo outra vez. A campanha que fizemos este ano consiste em quebrar um pouco a sazonalidade da Sommersby, que é o verão, e em fazer um grito de verão com as pessoas nas esplanadas.

Foi um ano bom em prémios?

Não foi um ano muito famoso em termos de prémios, portanto, não é um ano que iremos recordar por isso.

O caminho da rentabilidade

Como é que conseguem ter rentabilidade, quando o caminho é cada vez mais as fusões e as estruturas maiores?

Com muito cuidado. Nunca damos um passo maior que a perna. Primeiro, crescemos, ganhamos o cliente e só depois é que mexemos na estrutura. Fomos dando pequenos passos que nos têm permitido não ter dívidas e sentir-nos completamente à vontade.

Face ao que o mercado está a pedir em termos de integração, temos de ser muito claros com os clientes: para podermos entregar, é preciso ter bons recursos. Para isso, precisamos de bons ‘fees’. Somos muito transparentes quanto ao que lhes pedimos e à forma como o nosso modelo de preços está desenhado.

É impossível ter boas ideias sem boas pessoas, talento e equipas. Por esse motivo, não discutimos preços e não somos uma agência de preço baixo, porque é muito importante garantir a viabilidade da Nossa e a qualidade de vida das pessoas que aqui trabalham.

Quais são as vantagens de serem uma agência nacional face às multinacionais?

Flexibilidade. A nossa capacidade de adaptação e de reação é muito maior, não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque. As decisões são tomadas com muito mais agilidade. Outra vantagem é a independência ou autonomia. Somos agnósticos em relação aos media, não temos nem preferência nem nenhum acordo.

Temos uma competitividade natural, que tanto o Nuno [Cardoso] como o Vasco [Teixeira-Pinto] – os sócios que estão comigo e que são fundamentais – partilham. Somos muito competitivos por natureza e transmitimos isso à equipa.

Temos vontade de fazer melhor e sabemos que queremos ir mais longe e fazer mais, mas essa vontade também nos motiva a mudar processos e a compreender o que podemos fazer de diferente. Somos inquietos por natureza.

Maior desafio? A integração da narrativa multimeios

Quais são os principais desafios do mercado publicitário nacional? A inteligência artificial (IA) entra na conversa?

A IA entra, mas não é o principal desafio. O principal desafio é de integração, porque os meios estão muito fragmentados e é muito fácil uma marca perder-se neste labirinto de opções e de meios e de dispersar a narrativa, sem conseguir contar uma história com princípio, meio e fim, com coerência.

A integração, neste sentido de poder ter alguém que está a controlar a narrativa e que está a comandar a história e que sabe ativar nos diferentes pontos, é fundamental e é o desafio que temos sentido e vivido, e onde queremos melhorar.

Em relação à IA, quais são os desafios?

Estamos todos a aprender à medida que avançamos. Temos vivido transformações constantes que aceleram todo o processo publicitário. Atualmente, só tenho de pensar numa imagem, desafio a IA a criá-la, melhoro-a ao infinito, escolho a temperatura da fotografia e a lente.

Posso definir tudo ao pormenor, as feições, se são asiáticas, europeias ou africanas, entre outros aspetos, e isso é mais um acelerador, mais uma ferramenta. O desafio passa por sabermos como tirar partido disso, como o incorporar e como formar as pessoas para saberem utilizá-la.

E além desse desafio?

A televisão, porque tem um papel muito importante em Portugal e representa uma parte significativa do orçamento publicitário das marcas de grande consumo. A própria televisão tem de se reinventar na forma como veicula a publicidade. O formato de intervalos de 15 minutos não é bom para quase ninguém.

Porquê?

Porque mistura muito, são muitos anúncios seguidos e também um pouco direcionados. A publicidade na televisão contínua a ser viável, mas tem de ser reinventada. O Playce, por exemplo, é uma boa resposta portuguesa, que já faz parte da nova forma de estar na televisão e no digital, que também tem a ver com a atenção.

A atenção também é um desafio?

Num mundo fragmentado de plataformas, em que as pessoas vivem com a sensação de falta de tempo e fazem ‘scroll’ cada vez mais, a capacidade de captar a atenção é um bem essencial do nosso trabalho e do meio publicitário em geral.

Por um lado, precisamos de chamar a atenção e de que as pessoas estejam num contexto ‘vulnerável’ para nos poderem dar essa atenção. Por outro lado, temos de ser entusiasmantes e saber contar a nossa história, o que é, por si só, um desafio.

Quais são as oportunidades?

Tirar partido de todas estas tecnologias e perceber o que nos vão permitir fazer. Temos muito mais informação e sabemos muito mais sobre as pessoas. Temos de aproveitar para criar conteúdos mais direcionados a comunidades e grupos de interesse, embora não tão abrangentes. Essa é uma grande oportunidade que estamos a viver.

Mossa e Chlick: as ‘irmãs’ da Nossa

Quais são as perspetivas de crescimento e próximos projetos da Nossa para 2025?

Projetamos continuar o nosso crescimento, não tanto em termos de novos negócios, mas de crescimento com os clientes atuais. Temos também a ambição de incorporar e integrar mais nos nossos projetos as outras empresas que criámos.

Quais são essas empresas?

São a Mossa e a Chlick. A Mossa nasce em 2018 focada em eventos e na ativação de marcas, e atualmente é uma empresa autónoma, com dimensão razoável. No Rock in Rio, por exemplo, ativou quatro marcas diferentes. Já trabalhamos com a Mossa e a Nossa em conjunto com algumas marcas, como a Sommersby e a Santa Casa, e é algo que queremos continuar a fazer.

A Chlick é liderada pelo Sérgio Lobo e está focada em performance e marketing digital. Tem muito a ver com a conversão. Vem complementar aquilo que já fazíamos.

Gerimos redes sociais para cerca de dez clientes, mas não fazíamos a gestão de meios, de ‘paid media’ e a gestão do funil de vendas e da conversão. A ideia nasceu em 2023, mas 2024 foi o primeiro ano de exercício. A empresa tem uma equipa de quatro pessoas e está a crescer e a melhorar.

A gestão da Mossa e da Chlick passa pelos sócios da Nossa?

As duas empresas trabalham sob o mesmo teto que a Nossa, mas com gestão autónoma e números de contribuinte distintos. No entanto, a gestão passa também pelos sócios da Nossa. No caso da Mossa, quem está a liderar é o Vasco Teixeira-Pinto [sócio e ‘digital partner’ da Nossa].

No caso da Chlick, existe um quarto sócio, o Sérgio Lobo, que lidera a empresa. Mas estamos cá para apoiar e temos serviços partilhados e integrados, tanto a nível financeiro como administrativo.

De que maneira integram a Mossa e a Chlick no trabalho para os clientes da Nossa?

Ambas as empresas têm particularidades e subespecializações diferentes e o que pretendemos é integrá-las, cada vez mais, com os clientes que já temos na Nossa. No entanto, no caso da Sommersby, eles têm a agência de meios e a Chlick não participa no processo, o que não constitui qualquer problema.

O que fazemos é integrar a maioria dos clientes com os quais trabalhamos, porque entendemos que há uma mais-valia, falamos todos a mesma língua, estamos motivados e orientados pelos mesmos princípios, o que facilita o trabalho.

Quais são os próximos passos da Nossa?

Este é um ano-chave, porque temos o Abanca, que está em plena fusão com o EuroBic, e que vai ter uma maior necessidade de comunicação e temos de trabalhar a forma como vamos comunicar a marca. Em 2025, a marca EuroBic Abanca é a que existe e só em 2026 é que a marca única Abanca será implementada.

É um ano muito importante para a Audi, que está a viver o desafio da transição total para a eletrificação e vai apresentar carros muito interessantes em 2025. Temos também algumas dúvidas no que se refere à grande distribuição.

Quais clientes?

Tínhamos a conta do Minipreço, que foi recentemente comprado pelo Auchan e, portanto, existe aí uma situação, que ainda não posso adiantar mais pormenores.

Internacionalização para Espanha em 2025

Estão a pensar expandir para fora de Portugal?

Sim, mas primeiro quero esclarecer que já exportamos. Já fazemos coisas para fora em muitos mercados, como Dinamarca, Suíça e Dubai, entre outros.

O que é que fizeram?

Desenvolvemos recentemente a página web e a plataforma digital de uma marca norte-americana, a Bloomwell. Não é muito conhecida, mas é importante para nós. A exportação não é um tema, porém, a ideia de entrar num mercado estrangeiro e estabelecer uma presença física já nos acompanha há três anos e está prestes a dar os primeiros passos, com um parceiro identificado. Curiosamente, o mercado que estamos a considerar é Espanha.

Quando é que vão avançar?

Tudo indica que será este ano, ainda não temos a certeza, mas esperamos que sim.

Quem é o parceiro?

Não posso dizer quem é, porque ainda não está escrito na pedra, mas é um parceiro que já tem operações em Espanha.

Atua no mercado criativo?

Não, é de outra área. O sócio entra essencialmente como um facilitador e um investidor.

Em que é que consiste a parceria?

A intenção é ter uma estrutura comercial e uma marca registada em Espanha, com um número de contribuinte. O nome também ainda não está definido. Será a Nossa em parceria com o sócio e a ideia é que o ‘hub’ criativo seja em Lisboa e, a partir daqui, fornecer serviços para lá.

Consideramos esta visão exequível, porque Lisboa é hoje vista de forma muito positiva, como um centro de excelência em muitas áreas. É uma cidade criativa e temos a ambição de ter aqui a estrutura principal e ter em Espanha uma função mais comercial.

Temos de contratar criativos espanhóis, mas também precisamos de ter aqui uma estrutura que possa dar uma resposta mais eficaz a partir de Portugal.

Vão funcionar como agência criativa e trabalhar marcas e campanhas em Espanha?

Sim, a ideia é conquistar clientes e anunciantes locais em Espanha, bem como aqueles que já trabalham connosco aqui e que manifestem interesse em trabalhar connosco também lá. Isso é do nosso interesse, mas ainda é muito cedo para dizer se vai acontecer ou não. A ideia é ter uma agência a concorrer no mercado espanhol, mas não posso entrar em mais detalhes por agora, porque ainda não está nada definido.

Entrevista com coordenação e edição de Catarina Nunes

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Digital

Comissão Nacional de Protecção de Dados analisa DeepSeek

À semelhança da Irlanda, Croácia, França, Luxemburgo, Chipre, Grécia, Bélgica e Alemanha, Portugal investiga a aplicação de IA DeepSeek (na foto), por alegadas violações de proteção de dados. Na Coreia do Sul, a aplicação está banida desde 17 de fevereiro

A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) está a analisar a aplicação móvel de inteligência artificial (IA) DeepSeek, “no âmbito das suas atribuições legais e poderes de investigação, correcção e sancionatórios”, noticia o Expresso, citando a Lusa.

O processo de investigação surge na sequência de uma queixa da Deco Proteste. A associação de defesa do consumidor suspeita que a ‘app’ chinesa esteja a violar o Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD).

Na queixa apresentada, a Deco Proteste aponta “várias violações dos regulamentos europeus e nacionais de proteção de dados” na política de privacidade da empresa chinesa, uma informação que a CNPD procura agora confirmar.

Portugal não é, no entanto, o único país a pôr em causa o cumprimento de legislação por parte da empresa liderada por Liang Wenfeng. Irlanda, Croácia, França, Luxemburgo, Chipre, Grécia, Bélgica e Alemanha também estão a analisar a DeepSeek.

Na Coreia do Sul, a DeepSeek é retirada, a 17 de fevereiro, das lojas de aplicações sul-coreanas, enquanto é feita uma investigação à forma como a companhia chinesa gere os dados dos utilizadores. Itália já tinha bloqueado o acesso à ‘app’ de IA, a 30 de janeiro.

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Media Monitor vai auditar canais da DAZN

A partir de 17 de fevereiro, a empresa de monitorização e análise de media Marktest será responsável pelo visionamento de programas e publicidade em três canais lineares da DAZN (DAZN 1, DAZN 2 e DAZN 5)

A DAZN Portugal está a anunciar a parceria estratégica com a Media Monitor, em que a empresa de monitorização e análise de media vai garantir a auditoria dos canais da plataforma de ‘streaming’ dedicada ao desporto. Desta forma, dados independentes sobre audiência e publicidade nestes canais estarão acessíveis ao mercado, “reforçando a transparência e credibilidade junto de anunciantes e parceiros”, refere a DAZN em comunicado de imprensa.

“Na DAZN, acreditamos que a transparência e a precisão dos dados são fundamentais para um ecossistema publicitário forte e dinâmico. Esta monitorização representa um passo importante para reforçar o nosso compromisso com o mercado português, proporcionando aos nossos parceiros ‘insights’ detalhados sobre o comportamento da audiência e a eficácia das campanhas publicitárias nos nossos canais. Agora, as marcas não só podem envolver-se com uma audiência ‘premium’ em momentos de grande impacto dentro de conteúdos desportivos de elite, mas também medir o seu impacto”, explica Sara Pastor, vice-presidente sénior de ‘ad media sales’ da DAZN Iberia, citada em comunicado de imprensa.

A partir de 17 de fevereiro, a Media Monitor, do grupo Marktest, será responsável pelo visionamento de programas e publicidade em três canais lineares da DAZN (DAZN 1, DAZN 2 e DAZN 5).  Com esta parceria, os canais passarão a dispor de ferramentas avançadas para monitorizar o impacto mediático das campanhas e transmissões exclusivas, identificar tendências e oportunidades para otimizar a estratégia de comunicação, medir com precisão o impacto mediático e fornecer dados fiáveis e auditados sobre a publicidade nos canais lineares da DAZN.

Filipe Pinto, diretor comercial do grupo Marktest, salienta que “a MediaMonitor e o Grupo Marktest promovem desde a sua fundação o mercado dos operadores televisivos, inovando e apresentando soluções para todos os players da indústria. Sendo este um mercado com forte dinamismo, é com satisfação que iniciamos o fornecimento de serviços à DAZN em Portugal, através dos softwares de análise de audiência, análise de publicidade e visionamento de canais. Acreditamos que a informação de visionamento dos canais DAZN será um estímulo adicional para o setor da publicidade em Portugal nos próximos anos”.

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Marketing

Uso de grandes modelos de linguagem altera jornada de consumo

Com 60% da publicidade a ser impulsionada por algoritmos, a perceção das marcas está a mudar e a afetar a forma como os consumidores decidem as compras. Com a evolução tecnológica, a jornada de consumo inicia-se cada vez mais no ponto de venda e não com o produto

O recurso crescente a grandes modelos de linguagem, sistemas de inteligência artificial (IA) que compreendem, interpretam e geram linguagem humana, através do processamento de grandes quantidades de dados (conhecidos como LLM na sigla anglo-saxónica), está a alterar a jornada de consumo.

De acordo com o Consumer Vision 2035, estudo da Dentsu, com 60% da publicidade a ser impulsionada por algoritmos, a perceção das marcas está a mudar e a afetar a forma como os consumidores decidem as compras. A evolução tecnológica está a acelerar e a segmentar os clientes das marcas, que estão cada vez mais conectados.

Com o novo paradigma, a jornada de consumo passa a iniciar-se no ponto de venda e deixa de ter o foco no produto. “Os assistentes de LLM sintetizam as opções e destacam as que consideram mais relevantes. Esta situação tem o potencial de inverter a jornada de consumo. Em vez de terminar no produto, a viagem começa no ponto de compra”, alega Hamish Kinniburgh, diretor global de estratégia da Dentsu, num artigo para o World Advertising Research Centre (WARC).

Era algorítmica exige abordagem integrada

A mudança exige uma nova abordagem no planeamento e na definição de estratégias para acompanhar a evolução que os algoritmos e os LLM estão a gerar. “Em vez de nos isolarmos, defendemos a adoção de uma abordagem de código aberto para dados e parcerias, para acedermos a mais dados e recursos tecnológicos, para encontrarmos melhores ‘insights’ e oportunidades”, refere Hamish Kinniburgh.

A abordagem ampla que o processo exige obriga as empresas a estarem mais atentas à evolução algorítmica, que o avanço da tecnologia potencia. “Decifrar esses códigos permite que as marcas criem cada vez mais algoritmos personalizados próprios”, explica o diretor global de estratégia da Dentsu.

Hamish Kinniburgh não acredita que o uso crescente de IA venha a acabar com o planeamento estratégico, mas reconhece que vai dar origem a novas formas de gestão. “Esta tecnologia está a acelerar as principais competências de planeamento, com dados mais completos e obtidos de forma mais rápida, passando de um planeamento isolado para uma abordagem totalmente integrada”, defende.

Recurso a mais dados analíticos equilibra experiência de compra

A atual era algorítmica representa um desafio acrescido para os profissionais do marketing e da publicidade e para os anunciantes. “A IA está a alterar as nossas ferramentas de análise próprias, transformando os consumidores em personas que os LLM têm permanentemente à mão”, sublinha Hamish Kinniburgh, salientando que “a experimentação, sustentada pela análise, é a nova forma de planeamento”.

O recurso a mais dados analíticos é considerada pelo diretor global de estratégia da Dentsu como uma vantagem para as marcas. “Se a anterior era da difusão fazia pender mais a balança do investimento para o topo do funil e a era da precisão canaliza-o para o fundo do funil, acreditamos que a era algorítmica representa a oportunidade de criar um melhor equilíbrio em toda a experiência de compra”, conclui Hamish Kinniburgh.

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Comunicação

Marie conquista comunicação estratégica da GHD Portugal

“A GHD não é só ferramentas de ‘hairstyling’, é confiança, autoexpressão e empoderamento. É esta narrativa que queremos reforçar, através de ‘shootings’ (na foto), campanhas, eventos, parcerias e experiências imersivas”, explica ao M&P Mariana Perestrelo, CEO da Marie

A Marie acaba de conquistar a comunicação estratégica da GHD Portugal. Para além da assessoria de imprensa e das relações públicas, a agência de relações públicas e consultoria de marcas, assume também o marketing de influência da marca de escovas, pentes e produtos capilares profissionais.

“É um reconhecimento da nossa experiência e capacidade de criar estratégias inovadoras e impactantes, que não só elevam a notoriedade das marcas, mas também constroem uma relação autêntica com os consumidores”, salienta ao M&P Mariana Perestrelo, fundadora e CEO da Marie.

A estratégia comunicacional já está a ser delineada. “A nossa abordagem será integrada e estratégica. Vamos trabalhar ativamente a relação da GHD com os media e desenvolver ativações e parcerias com ‘influencers’ e ‘hairstylists’ de referência, de forma a amplificar a visibilidade da marca e reforçar o seu posicionamento premium e inovador”, explica.

A intenção é aumentar a notoriedade da GHD em Portugal, com um plano de comunicação pensado para atingir diferentes audiências, “desde os profissionais da área até aos consumidores finais que procuram tecnologia de ponta para o cuidado do cabelo”.

“O nosso plano de comunicação será dual. Vamos destacar a inovação e a performance dos produtos, apresentando a tecnologia avançada da GHD e os seus benefícios concretos, mas também vamos trabalhar o universo aspiracional da marca, ligando-a a tendências de ‘lifestyle’, moda e beleza”, desvenda Mariana Perestrelo.

Depois da Media Consulting, a empresa britânica elege a Marie, que também comunica marcas de beleza como a Sephora, a Clarins, a Too Faced e a Charlotte Tilbury, para potenciar o crescimento da marca em Portugal.

“A GHD não é só ferramentas de ‘hairstyling’, é confiança, autoexpressão e empoderamento. É esta a narrativa que queremos reforçar, através de ‘shootings’, campanhas, eventos, parcerias e experiências imersivas, ao longo do ano”, revela a CEO da agência.

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SIC estreia intervalos publicitários com limite máximo de dois minutos

“A redução muito forte da presença publicitária elevará com significado a qualidade da atenção dos espectadores às mensagens publicitárias”, diz João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa, em declarações ao M&P, referindo-se ao novo formato publicitário no jornal apresentado a 16 de fevereiro, por Rodrigo Guedes de Carvalho e Clara de Sousa (na foto)

Catarina Nunes

A emissão do Jornal da Noite de domingo, 16 de fevereiro, marca a estreia da SIC na estratégia de blocos publicitários com dois minutos de duração, no máximo. O objetivo é melhorar a eficácia dos anúncios, que durante duas semanas será avaliada através de um estudo da Mediaprobe, e evitar que os telespectadores mudem de canal nos intervalos.

Cofidis, Lidl, L’Oréal, McDonald’s, Nissan, Nos, Stellantis, Unilever, Vodafone e Volvo são os dez anunciantes que se juntam à emissão de lançamento do novo formato, em que os intervalos publicitários do Jornal da Noite (apresentado por Clara de Sousa e Rodrigo Guedes de Carvalho), não só ao domingo como às segundas e quartas-feiras, passam a ter apenas três ‘breaks’ com até dois minutos. “Preenchemos toda a oferta para estas duas semanas, através da adesão dos nossos anunciantes habituais”, revela ao M&P João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa.

A nova experiência na emissão é referida na abertura do Jornal da Noite de 16 de fevereiro, por Clara de Sousa. Durante o jornal, o primeiro intervalo arranca às 20h19, com uma duração de um minuto e 40 segundos, e é composto por anúncios da Nos, Nissan, Lidl e McDonald’s, por esta ordem. O segundo intervalo começa às 20h42, com a Vodafone, Citroën, Dove Men e Cofidis, e dura um minuto e 35 segundos. Citroën, Skip, L’Oréal e Volvo integram o terceiro intervalo, às 21h02 e com um minuto e 47 segundos.

Questionado sobre as razões da aposta no Jornal da Noite, em detrimento de outro jornal ou formato da SIC, João Paulo Luz explica que “quisemos testar com escala, mas não querendo ser demasiado disruptivos”, acrescentando que “o Jornal da Noite é uma peça fundamental na comunicação dos nossos parceiros e este é um movimento que iremos construir com eles”.

Impacto dos intervalos curtos medido pela Mediaprobe

Do lado das agências de meios envolvidas nesta operação, Fernanda Marantes, CEO da Havas Media Group Portugal, considera que “sendo o Jornal da Noite, um dos dos programas com maior audiência na SIC, acreditamos que a redução substancial do ‘break’ publicitário fará com que as marcas obtenham melhores resultados de audiência bruta e maiores níveis de atenção das suas mensagens”.

Nas duas primeiras semanas de emissão neste formato, o impacto emocional nas audiências será avaliado pelo estudo da Mediaprobe, “à semelhança do que temos vindo a fazer desde um primeiro teste nos Globos de Ouro, em outubro de 2024”, avança João Paulo Luz, que considera que “a redução muito forte da presença publicitária elevará com significado a qualidade da atenção dos espectadores às mensagens publicitárias”.

Alberto Rui Pereira, CEO da IPG Mediabrands Portugal, por seu lado, garante que “os nossos clientes reconheceram e valorizaram esta nova oferta, porque vai ao encontro do aumento da eficácia e de maior retorno potencial do seu investimento. ‘Breaks’ curtos são geradores de maiores níveis de atenção e de envolvimento emocional, e isso pode ser medido e comprovado”, referindo-se ao estudo da Mediaprobe ‘Emotional Impact, a New Standard for Media Measurement’, com o qual a SIC vai monitorizar esta nova aposta.

Quanto à subida do custo dos anúncios no Jornal da Noite neste formato, João Paulo Luz refere que “o preço será sempre resultado da procura perante a oferta, e será aquele que o mercado entender como adequado”, avançando que a SIC irá “partilhar toda a informação disponível com os parceiros comerciais, agência de meios e anunciantes, com os quais iremos trabalhar em conjunto”. Apesar de o estudo da Mediaprobe abranger apenas as primeiras duas semanas do formato, os intervalos curtos vão manter-se no Jornal da Noite de domingo, segunda e quarta-feira.

Sobre o autorCatarina Nunes

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